2007/08/08

Edição ne varietur


Há que tempos que ando a namorar estes dois livros. Comprei-os há dias.
Acredito que haja muito boa gente que se interrogue, como eu me vinha interrogando (podia dizer que sim senhor, dominava perfeitamente este tema, mas tenho que admitir a minha ignorância, entretanto colmatada, julgo eu), do significado rigoroso da expressão "Edição ne varietur" inserta na capa do livro de António Lobo Antunes. Confesso que tive que fazer umas consultas na internet e, com a ajuda da Zaida (ela é que estudou "Latim" nos seus tempos do Liceu), confirmei num livro (que o dicionário mais sofisticado que cá tenho em casa, o "Dicionário Houaisse da Língua Portuguesa" não me ajudou em nada) lá consegui obter o resultado desejado:
"Ne varietur, como bem observa AURÉLIO BUARQUE DE HOLANDA FERREIRA, trata-se de uma locução latina que significa: “Para que nada seja mudado”; usada para indicar reprodução muito fiel (Pequeno Dicionário Brasileiro de Língua Portuguesa, 11ª Ed., Ed. GAMA)."
Ou seja, o texto publicado é rigorosa e certificadamente igual ao original entregue pelo autor à editora.
Está-se sempre a aprender. Se a minha irmã mais nova lê este post até cora de "vergonha" por esta minha confissão!...
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6 comentários:

Anónimo disse...

Sr. A Nunes, está na hora de começar a ler coisas mais interessantes. Aconselho os livros do Dan Brown. Vai ver que vai gostar. Em todo o caso ligue o 213 que eu tenho o prazer de lhe ajudar. PNS

a d´almeida nunes disse...

Olá pedro, PNS do 213
Por acaso já tentei ler esses livros, os quais parece que só eu é que não li.
Esse 213 deve estar enfeitiçado. Levou-me este post não sei para onde e só quatro dias depois é que mo devolveu...Esse número fará parte do tal código secreto?!

Kalinka disse...

Amigo António
PARABÉNS pela escolha.
Mia Couto é sempre bem-vindo e bem lido, sabes o porquê, não sabes?

A minha alma está vazia,
o meu coração muito triste,
deixo-te uma poesia
da querida Sophia.

A hora da partida soa quando
Escurece o jardim e o vento passa,
Estala o chão e as portas batem, quando
A noite cada nó em si deslaça.
A hora da partida soa quando
as árvores parecem inspiradas
Como se tudo nelas germinasse.
Soa quando no fundo dos espelhos
Me é estranha e longínqua a minha face
E de mim se desprende a minha vida.

Beijitos.

a d´almeida nunes disse...

Kanimambo, Kalinka
Tenho acompanhado as tuas reportagens de viagens, qual free-lancer jornalista, do melhor que há.
Nampula, Moçambique, 1969-1971, jamais poderei esquecer este período da minha vida.
Como já aqui deixei dito - se bem me lembro - também andei por Lourenço Marques (Maputo), Beira e Moçâmedes, estas duas últimas só nas aterragens e a levantar voo naqueles "Friendship" a hélices que pareciam jactos verdadeiros.
A minha filha Inês lá nasceu, hoje tem 37 anos e tal... Chiii pátrão!...
Como é que se pode não gostar do estilo e modo de escrever de Mia Couto?
Bj

*Um Momento* disse...

Sempre a aprender
Tais livros ainda não li
Quem sabe ...
Grata
(*)

Maria Cristina Amorim disse...

Querido amigo,
não sei se estarei a fazer algo errado copiando aquele livro, mas continuarei a faze-lo na esperança de que muitas mais pessoas acreditem que "somos o que comemos".
(Já estou quase a chegar á parte das comidas).
Beijos.