2008/05/10

Árvores de Leiria - Esclarecimento que se impõe

Na entrada anterior permiti-me questionar a ausência do site com o brilhante trabalho, "Atlas das Árvores de Leiria", referenciado com muita frequência em variadíssimas oportunidades nos blogues particularmente dedicados à ecologia, botânica em particular.

A observação que então anotei não teve qualquer intenção de criticar negativamente o facto da ausência inesperada daquele sítio na internet. É, de facto, uma pena.


Sei, entretanto - aliás basta consultar o endereço da Associação "Vertigem" - que aquele documento extraordinário e duma utilidade inquestionável, está em actualização. Boa notícia.

Pelo que depreendo, a "Vertigem" é uma associação de jovens e especialmente voltada para jovens. Óptimo! Eu sou um, como se diz na gíria - até me parece mentira mas é a verdade nua e crua - sexagenário. Só que, gosto de intervir com o meu quinhão, no sentido da preservação do ambiente, de colaborar com a organização das comunidades de interesse social, que nos envolvem e nas quais nós, todos nós, nos devemos envolver.

Por isso, caros amigos da "Vertigem", podem contar comigo para o que for preciso. E como eu, pressinto que anda por aí, na blogosfera nomeadamente, muito boa gente, com a mesma disposição.

Não se esqueçam, por favor, de fazer as devidas referências às árvores do Adro e do Largo da Sé de Leiria. Que me lembre e julgue saber: tília tormentosa e jacarandá, ambas estas árvores de porte monumental (O jacarandá da foto a começar a florir, no seu expectante azul lilás), padreiros logo a seguir (saudades minhas e de outros dos "acer pseudo-plátanus" que emolduravam, até, o Largo da Sé e albergavam centenas de pássaros, que nos alegravam a vida com o seu chilrear do amanhecer e do anoitecer...abatidos sem explicação pública), olaias, robíneas pseudo-acácia, melia azedarach.

A foto é de há momentos. Fui à janela, fazendo um intervalo no trabalho... Tirei a foto e, mais uma vez, tive ocasião de observar a incrível desarrumação e balbúrdia que vai aqui pelo Largo da Sé. E os bandos descontrolados, de pombos, anafadíssimos, ainda agora super-alimentados por uma senhora que vai propositadamente a uma loja de rações, aqui perto, comprar às sacadas de milho. Todos os dias. Ninguém põe ordem nisto?

3 comentários:

Chanesco disse...

Meu caro António

Como sempre a demonstrar uma grande preocupação com património da "sua" Leiria (as aspas são apenas porque o meu amigo sendo viseense se diz leiriense emprestado - Eh Eh Eh - desculpe a provocação), neste caso em defesa do ambiente.
Com este post fiquei a conhecer a vista que o meu amigo tem da sua janela. A balbúrdia e a desarrumação, na foto não é lá muito evidente. Há sítios bem piores; oh se há!
Quanto à questão dos pombos tem toda a razão: são uma praga e quanto mais abundante for a comida mais criação fazem.
Sei que nalgumas cidades foi proibido às pessoas na rua alimentá-los e segundo me parece a comida que lhes é fornecida "oficialmente" contem substancias inibidoras do acasalamente, para controlar a sua velocidade de reprodução.

Um abraço

a d´almeida nunes disse...

Caro amigo Chanesco
Obrigado por este comentário. Espero que esteja tudo bem consigo e em Toulões.
Tem toda a razão quando diz que na foto não se detecta a balbúrdia em que está transformado o Largo da Sé de Leiria. Não era a mais apropriada para ilustrar essa minha chamada de atenção, que já a ando a fazer há anos, e nada.
Sabe, às vezes até dá dó publicitar as coisas más e feias que vão pela nossa terra. De qualquer modo talvez seja a única forma de picar os decisores da coisa pública.
Tenho uma foto de ontem que mostra à saciedade o que é aquela zona...
Em quase todo o lado os locais à volta das Sé Catedral costumam ser um ponto de referência pela positiva, em termos de alindamento urbanístico. Coisa que não se passa em Leiria há já demasiados anos.
Mesmo assim estou indeciso se coloque a foto ou não.
Um grande abraço
António

vieira calado disse...

Também ando aqui à nora com as declarações electrónicas.
Quanto aos pombos gordos... também há aos montes... em Lisboa, particularmente... (rs)
Um abraço, amigo.