2009/07/05

Trânsito e obras no Centro Histórico de Leiria


Está cada vez mais na Ordem do Dia, o "falar-se", às vezes "escrever-se", sobre o Centro Histórico de Leiria.
Como já ém várias oportunidades tem aqui sido referido, a confirmar o que os olhos dos visitantes detectam com a maior das facilidades, a zona demarcada do Centro Histórico de Leiria está a necessitar de urgentes obras de requalificação de edifícios.
A Câmara Municipal lançou recentemente um Edital em que coloca à disposição dos proprietários verbas para obras nos seus prédios. O problema é que a maior parte dos proprietários não está a conseguir ser motivado para lançar mãos a essas obras por vários motivos: 1) As rendas são baixíssimas; 2) as despesas que ficarão a seu cargo, mesmo com subsídios são elevadas para as suas posses; 3) O Centro Comercial ao ar livre, que já foi nesta zona, está a atravessar momentos de grande sufoco, particularmente pela profileração de Grandes superfícies comerciais nas zonas limítrofes desta área, algumas nos limites da própria cidade; 4) A falta de disciplina na exploração das zonas de diversão nocturna, nomeadamente Bares é flagrante, a ponto de tornar a vida dos residentes de certas áreas num autêntico inferno; 5) A restauração do edifício da antiga Associação de Futebol de Leiria, situado no Largo da Sé está-se a transformar num autêntico folhetim de cordel, com capítulos infindáveis: começa-se e interrompe-se já uma quantidade de vezes. E lá está aquele estendal de serapilheira a destoar completamente da dignidade que qualquer Largo de Sé, em qualquer cidade do País, faz questão em manter perfeitamente apresentável. Não fosse a Sé, propriamente dita e o edifício "Pharmácia Paiva" e este Largo bem poderia ser riscado do mapa da cidade.
Entretanto, parece que, com a colaboração duma marca de tintas famosa, se está a pintar a fachada dum edifício, a meio da Rua Direita, a "Rua Barão de Viamonte", esta que se vê a iniciar, na foto.
E vai de interromper o trânsito, pouco diga-se, mas que ainda assim ajudava a manter alguma vida naquela artéria. Claro que esta questão do trânsito tem de ser muito bem analisada, tendo em conta os interesses dos habitantes, dos comerciantes e dos visitantes.
Só se lamenta é a utilização de critérios diversificados para a instalação de tapumes para efeitos de obras. Se vier ao caso, poderei contar-vos um caso caricato, que contrasta completamente com o que actualmente se está a passar para justificar a interrupção do trânsito.
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Já agora, a título de curiosidade:
Esta "Rua Direita" tem o nome oficial de "Rua Barão de Viamonte", pessoa importante do séc. XIX. O caso é que na reunião da Càmara de 20.2.1861 a Vereação aplicou ao Barão de Viamonte a "multa marcada no nº 28º da Portaria de 7.3.1837" por não ter mandado retirar os entulhos resultantes das obras da sua casa que estavam na rua por onde devia passar a Procissão do Senhor dos Passos.
Sem mais comentários, tendo em conta outros casos passados em Leiria.
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10 comentários:

Adriana Roos disse...

Oi amigo!
Saudades de ti...
As voltas com papéis e folhas, avaliações e cadernetas escolares esta eu tambem ate a ultima semana... e uffa!
Vontade de fazer outra coisa!
Enfim, terminando quase tudo, amanha nos reunimos na escola para o conselho de classe, e entao 15 dias de férias.

Espero que tenha terminado seus relatórios e números...
Abraços bem,mas bem apertados!

Anónimo disse...

Mais uma vez, era bom que se pronuncia-se com conhecimento e informação.
Na Rua Barão Viamonte (Rua Direita), teve inicio um projecto da responsabilidade da Agência de Desenvolvimento para os Centros Históricos (Leiria, Batalha e Porto de Mós), organismo intermunicipal, que consiste em um protocolo entre a Agência, uma empresa de tintas, para requalificar as fachadas dos edificos menos degradados (numa 1ª fase), ao qual os proprietários tiveram a oportunidade de aderir ou não ao referido protocolo. Todas as obras são acompanhadas pela Câmara, de modo a garantir o uso de cores e tipos de tintas adequadas ao Centro Histórico.
Era bom que em vez de se levantar suspeitas sem fundamento, primeiro se informasse junto de quem de direito.
Para alguém que se apresenta como uma pessoa culta e informada, penso que deveria ter um pouco mais de cuidado com a informação incorrecta que tem colocado aqui.
Espero contribuir para um melhor esclarecimento.

Anónimo disse...

Existem pessoas que muito gostam de escrever,como se fossem doutores,daquilo que não sabem e não vivem.Centro histórico,eu digo cidade antiga.Divulga subsidios sem saber como funcionam e como os proprietários podem aderir ou usufruir desses mesmos subsídios,e, qual o valor a que têm direito.Talvez para remodelar uma casa de bonho,pouco mais.Queixa-se dos bares e arrenda casas para o efeito.Gato escondido com rabo de fora.Apela a obras de recuperação,mas não quer o trânsito fechado.Talvez possa disponibilizar um helicóptero.O povo agradece.Critica mas não habita.Diz conhecer,mas não vive na cidade antiga.Não seja invejoso.Colabore com critica construtiva,e não com artigos cínicos.Se não quer colaborar não critique os que o fazem graciosamente.Este país está cheio de doutores e de críticos.Trabalhar,construir,dois verbos de modo mas não de eficácia.

a d´almeida nunes disse...

Vou admitir que "anónimo" é um "nickname" que não quer identificar-se.

1º) Gosto de participar na vida da cidade de Leiria; acho até que é um dever cívico indeclinável de qualquer cidadão consciente;
2º) Ainda que cá não tenha nascido, tenho a certeza que sou tão Leiriense como os que o são. Pelo menos. Saiba que vivo em Leiria desde 1966 e que, se estiver interessado, posso arrolar todas as acções cívicas por mim desenvolvidas em prol desta região, até à data;
3º)Essa questão do protocolo que envolve várias entidades interessadas em colaborar na pintura de fachadas de casas do Centro Histórico é interessante e de aproveitar. Ainda bem que o meu ilustre "anónimo" explica no seu comentário como funciona.
Não me incomoda nada, pelo contrário;
4ª) Sobre os subsídios patrocinados em boa hora pela Câmara Municipal de Leiria, as pessoas não são estúpidas e podem informar-se da forma de os obter. Assim tenham capacidade financeira para arcar com a sua quota-parte;
5º) Trazer ao tema o assunto do Bar é um golpe baixo e denota falta de entendimento do que se passa;
6º) A questão dos tapumes para proteger e facilitar a circulação de pessoas e viaturas na via pública veio à baila, não porque tenha “inveja” de si, caro “anónimo” (que, pela maneira como se apresenta já nem é “anónimo” nem nada…) mas porque…(teria que contar uma anedota. Só que agora não me apetece…não se preocupe que não é nada consigo);
7º) Para acabar, que tenho mais que fazer:
a) Será que já não se pode emitir opiniões?
b) Sabe o que é um blogue, na sua essência?

Não se amofine tanto! Pelo que deduzo sabe quem eu sou, se calhar até somos vizinhos. Estarei à sua disposição para conversar, se for caso disso. Até pode ser que aprendamos alguma coisa sobre o Centro Histórico de Leiria, quem sabe?

arte por um canudo 2 disse...

Opinar sobre o que está bem e o que está mal sempre foi lema deste blogue. Acredito que muitos se sintam incomodados mas assim também ficam alertados.Força amigo. Gr. abraço

Bruno Nunes disse...

Se formos falar em legitimidade por conhecer e habitar na "cidade antiga"... Talvez não seja esse o caminho, Sr. anónimo... Ainda se o post fosse meu, talvez (e só talvez) pudesse usar esse tipo de argumentos... Ao falar do bar, inclusivé, só mostra como está bem informado... Grosseiro, a roçar o ofensivo. Para toda a minha família...

Não era para comentar, mas quem se amofinou (ou pior) fui eu...

Se sabe quem é o meu pai, imagino que também saiba quem eu sou... E ainda bem.

Opiniões são opiniões e valem o que valem. Desde que expostas de forma civilizada. O parvo sou eu que ainda leio blogs...

aavozaida disse...

Boa tarde "Anonimo".Há quanto tempo somos vizinhos? É que eu nasci no Largo da Sé já lá vão 64 anos. E se bem que tenha outra casa é aqui que continuo a passar grande parte dos meus dias (e noites) - a viver, portanto. Já faço parte da "mobília" do Centro Histórico de Leiria... Duma LEIRIA que adoro! E pena é que todos os que dizem gostar da nossa cidade não se unam esforços, saberes e capacidades, para bem da terra que nos viu nascer, ou que adoptámos como mãe! Sinceramente, estou farta de "tricas" que a nada levam. Que tal uma reunião em conjunto? Para, a dar a cara, podermos todos dizer da sua justiça sobre o tema que tanto nos apaixona: o centro da cidade de LEIRIA. Vamos a isso?

Anónimo disse...

Boas aqui vai mais um anónimo. Estes senhores comerciantes de meia dose, que não querem o transito a circular na zona histórica deveriam começar por dar eles mesmo o exemplo e não estancionarem os seus carros, nas ruas estreitas que quase não se pode circular a pé!

Anónimo disse...

Não tenter acertar.o anónimo nunca foi nem é comerciante.

Anónimo disse...

Boa noite.
O 1º comentário foi de minha autoria, quanto aos outros, provavelmente de pessoas que se cansaram de se levantarem suspeitas, dúvidas e innuendos.
Quanto ao facto de usar identidade anónima, lá terei as minhas razões.
Por muito que me custe, assim terei que continuar, pois já sofri as consequências de dar a cara.
Não tenho, nem nunca tive, interesses económicos nesta zona. Felizmente a minha vida não passa por aqui, tirando o facto de que aqui nasci e vivo.
Quanto a respeito, primeiro deve-se respeitar, só assim se pode exigir respeito.
Lamento que não se lute em conjunto, em vez de entrar em acusações e suspeitas, sobre pessoas que nada de mal fizeram. Apenas tentam levar uma vida honesta e honrada.
Já me alonguei mais do que pretendia, apenas gostaria de deixar um ultimo apelo. Se Leiria é o que todos defendemos, então porque entrar no discurso difamatório, de suspeição, levantado suspeitas sem nunca as concretizar?
Quanto a mim, despeço-me, pois parece-me que, citando o General Ramalho Eanes, "Portugal tem os governantes que merece".