2010/04/30

Leiria - 500 anos do foral de D. Manuel I

A fundação de Leiria tem uma longa e romanesca história, cheia de incógnitas e mistério.
Uma das teorias que mais me tocam pela sua áurea de imaginário histórico, se assim nos podemos exprimir, tem a ver com a afirmação que Leiria foi fundada pelos habitantes da Vila de Eiria, no reino de Valença, trazidos por Sertório, 75 a.C. E daí vem a ligação a Viriato e a Viseu, minha terra natal. Esta hipótese é referida pelo Pde. António Carvalho Costa (Corografia Portuguesa, v. 3º, p. 66) com base em Rodrigo Mendez Silva.


De qualquer modo a única certeza provada por documentos escritos é que Leiria vem dos tempos de Afonso Henriques tendo como base que o ex-libris e símbolo desta terra, o seu Castelo, foi por si construído, o que lhe poderia proporcionar uma melhor defesa de Coimbra e uma maior aproximação das fortalezas árabes de Santarém, Lisboa e Sintra. Aliás, como é da História, Leiria foi um ponto estratégico disputadíssimo entre o nosso primeiro Rei e os Árabes. na sua resistência ao avanço dos portugueses na direcção Sul desta parte extrema ocidental da Península Ibérica. Foi assim que Leiria, como povoado, se foi desenvolvendo ao mesmo tempo que ficou sujeita a contra-ataques destruidores por parte dos Árabes, antes de terem sido obrigados a recuar inexoravelmente até à sua retirada total da Península.


Neste dia 1 de Maio de 2010 passam precisamente 500 anos sobre o dia em que  D. Manuel I concedeu o terceiro foral a Leiria
Iniciava a sua reza assim:
"Dom Manuel por Graça de Deus Rei de Portugal e dos Algarves, daquém e dalém Mar em África, Senhor da Guiné, e da Conquista e Navegação Comércio da Etiópia, Arábia, Pérsia, e da Índia, etc..
"A quantos esta nossa Carta de Foral, dado à nossa Vila de Leiria virem:
"Fazemos saber, que vendo nós, como o ofício do Rei, não é outra coisa se não reger bem, e Governar seus súbditos em Justiça e Igualdade... ...
... ...
Damião de Gois."
... ...
"E os termos do Relego são estes, a saber:
"Começa-se no Rio de Ulmar e na Foz de Agodim e vai-se a agua a enfesto. E sai da agua e vai-se da Lagoa de Fernão Sesta, que jaz no caminho do Coimbrão, e daí vai-se às Covas dos Lagartos, que jazem no caminho de Tomar, E atravessa a Vareja de Sirol, e daí vai-se à Cabeça do Freire e desde aí a Estrada de Torres Novas e desde aí pela estrada do Cume, que vai topar no Rio das Cortes o chamam Porto de Mem Cavaleiro, e está aí o caminho que chamam da Rutura e desde aí vai-se a uma Estrada ancha que vai pela Barreira e vai tomar pela Carreira do Paço e desde aí atravessa o Ribeiro e vai-se do Vale da Sobreira e desde aí sai-se dele, e vai-se à Codiceira e desde aí à Água do Foradouro, e desde aí vai-se por ela ao sopé, e topa no Rio Dalpentende, e vai por ele, e desde aí sai-se dele, e vai-se à Codiceira, e desde aí a uma Cabeça que chamam de mel e manteiga que está a par da Cabeça de Alcogulhe descontra Leiria, e desde aí vai-se à Mata do Esprital que chamam de Cascar alto, e desde aí pela Marinha, e vai-se ao Ribeiro daquem de Amor, e vai-se meter no Rio de Ulmar.
"E fora destes Termos e divisões, não haverá Relego."
... ... ...
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Ver vol I- 2ª Ed. revista e aumentada de "Anais do Município de Leiria", João Cabral - ed. CML 1993 -


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2010/04/29

Roubaram a mota do Paulo

clic para melhor ler
Esta carta encontrei-a colada numa caixa distribuidora de energia da EDP situada na Alameda Engº José Lopes Vieira, ao Marachão, na cidade de Leiria. No dia 25 de Abril próximo passado.
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2010/04/27

Barreira - Leiria: Um jardim-horta-capoeira-santuário

Melhor se pode perceber clicando aqui

O 1º ovo, ante-ontem,
duma galinha poedeira,
quem o comeu?
 A Carolina,
3 anos de vida

por aqui vão vagueando
 e cantando os seus trinados
 toda a espécie de passarada
autóctone ou de arribação
Tendo-se clicado no link acima sugerido pode-se fazer a comparação entre o aspecto da horta, nestes dias, com o que era em 13 do mês passado. 
É uma das pequenas grandes emoções da vida aquela que consiste em acompanhar, com todos os sentidos,  as metamorfoses por que vai passando a Mãe Natureza a par do seu eterno companheiro: o Tempo.
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2010/04/26

Alcanena - Poetas à descoberta de Fernando Pinto do Amaral

Mais um encontro de poetas em Alcanena. Tal como o aqui anunciado num post próximo passado. Leu-se poesia de Fernando Pinto do Amaral e tentou-se a sua descodificação, pelo menos ensaiaram-se algumas interpretações. Claro, na maior parte dos casos, essas divagações levaram-nos a novas perplexidades. Valeu-nos, na circuntância, o facto de Óscar Martins ter sido seu aluno na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.
Um poeta com 96 anos de idade. Acabou por se socorrer do seu caderno de notas com os seus poemas. Ainda tem uma memória de invejar, mas, às vezes, lá tem que pôr os óculos e fazer uso do seu auxiliar. Um caderno que, de certo, passará a ajudá-lo cada vez mais, à medida que os anos se vão encaminhando para o seu centenário.
... ... ...
Excerto da introdução da edição especial de "A Phala" de 1988. Este trabalho já aqui foi referenciado e constitui uma incursão muito oportuna e pedagógica na vida e obra dos grandes poetas que percorreram a época áurea do século que vai dos fins do séc. XIX até aos anos 80 do século passado. 
Uma autêntica lição de sapiência e de promoção do conhecimento das várias correntes literárias/poéticas que marcaram duma forma indelével o nosso passado próximo. Por mim sinto que estou a conseguir retirar excelentes informações que muito me poderão vir a incentivar a um maior aprofundamento do estudo das teorias e correntes literárias.
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2010/04/25

LIBERDADE


A LIBERDADE é VERDE
A LIBERDADE é VERDE e VERMELHA


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... ... ....
Qual a cor da liberdade?
É verde, verde e vermelha.

Esses ricos sem vergonha,
esses pobres sem futuro,
essa emigração medonha,
e a tristeza uma peçonha
envenenando ar puro.

Qual a cor da liberdade?
É verde, verde e vermelha.

Essas guerras de além-mar
gastando as armas e a gente,
esse morrer e matar
sem sinal de se acabar
por política demente.

Qual a cor da liberdade?
É verde, verde e vermelha.

Quase, quase cinquenta anos
durou esta eternidade,
numa sombra de gusanos
e em negócios ciganos,
entre mentira e maldade.

Qual a cor da liberdade?
É verde, verde e vermelha.

Saem tanques para a rua,
sai o povo logo atrás:
estala enfim altiva e nua,
com força que não recua,
a verdade mais veraz.

Qual a cor da liberdade?
É verde, verde e vermelha.

jorge de sena
[Lisboa, 1919-1978]

in CANTIGA DE ABRIL, livro "Os poemas da minha vida" - Jerónimo de Sousa, ed. Público -  2005
-
E hoje, 25 de Abril de 2010, 36 anos decorridos desde esse mítico 25 de Abril de 1974?

  • Que Democracia?
  • Os ricos cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres.
  • O Estado a dar esmolas, hipocritamente, como que a penitenciar-se dos desmandos dos seus dirigentes.
  • A Economia desorganizada, quase desmantelada, pela falta de estratégia nacional e de defesa do interesse público.
  • O egoísmo das corporações profissionais e económicas a sobrepor-se cegamente aos superiores interesses da comunidade.
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2010/04/24

LEIRIA do meu encantamento


Rio Lis desde sempre
O Lis do presente
Largo 5 de Outubro de 1910
Largo da República rejuvenescida?
Posted by Picasa (clic para ampliar - Vê-se muito melhor e em pormenor)
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em tempo:
mais sobre este largo aqui

2010/04/21

Fernando Pinto do Amaral - Breve resenha biográfica

(Foto de Rui Gaudêncio - jornal Público)
Tive, recentemente, o privilégio de ser introduzido num grupo de pessoas que se dedicam à poesia e à literatura em geral e que irradia a sua actividade a partir da Biblioteca Municipal de Alcanena.
A minha formação académica de base teve como objectivo primeiro preparar-me para trabalhar nas áreas da contabilidade e da gestão de empresas. Ainda que naquele tempo - anos 60 - o plano curricular de cursos mais virados para as ciências disponibilizasse uma razoável dose de conhecimentos de cultura geral, designadamente na esfera dos temas sobre a Literatura Portuguesa. Não admirará, portanto, que não poucas vezes, me possa sentir demasiado exposto à crítica dos leitores deste blogue, ao me permitir tornar públicas as minhas deambulações pelas mais variadas áreas da Literatura e das Artes em geral e dos seus actores, como sejam os escritores consagrados e os que, de alguma forma, me possam cativar com os seus trabalhos e pela sua sensibilidade. Decerto que me entenderão e me perdoarão as mais que possíveis insuficiências que irei manifestando, inevitavelmente. Afinal, venho para este meu blogue, escrever para aprender. E partilhar o que vou constatando...

Por consenso, mas a sugestão do Dr. Óscar Martins, coordenador do grupo em questão e Director da Biblioteca Muncipal de Alcanena, ficou assente que proximamente se iria analisar a vida e obra literária de Fernando Pinto do Amaral, actualmente comissário do Plano Nacional de Leitura (desde Dezembro de 2009).
Fernando Pinto do Amaral nasceu em Lisboa a 12 de Maio de 1960 e é poeta, crítico literário e professor da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (desde 1987).
É doutor em Literatura Românica.

A sua obra literária na área da tradução já lhe valeu o Prémio do Pen Club e o Prémio da Associação Portuguesa de Tradutores, com o trabalho “As Flores do Mal”, de Baudelaire.

De entre as publicações que constam do seu curriculum poderei referir (por as ter consultado ainda que muito superficialmente, tenho que o admitir):
Um Século de Poesia, edição especial da revista “A Phala”, Dezembro de 1988 (Como membro do grupo organizador);
- Acédia (1990, Poesia);
- O Mosaico Fluido – Modernidade e Pós-Modernidade na Poesia Portuguesa Mais Recente (1991, Prémio de Ensaio Pen Club);
- Na Órbita de Saturno (1992, Ensaio);
- A Luz da Madrugada (2007, Poesia).

Em Fevereiro de 2008 recebeu, em Madrid, o Prémio Goya, na categoria de Melhor Canção Original pelo seu Fado da Saudade, interpretado por Carlos do Carmo no filme Fados, de Carlos Saura.

Do que li de Fernando Pinto do Amaral apreciei sobremaneira o texto da sua introdução do Ensaio “Na Órbita de Saturno”.

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Porque terá sido que a minha atenção se fixou neste poema escrito na pág. 41 de Acédia?:

SOLDADOS

Sentiu a mão de um amigo tocar-lhe
no ombro. Sob o peso
do sol
cintilavam as águas do rio.

Não fora ainda o último silêncio
a agonia de termos escutado
as aves de África. Porquê
olhar o azul? Entre duas palmeiras
passou uma nuvem, dizemos
adeus.


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2010/04/18

Futebol, Fado de Coimbra e a Natureza

clic para ampliar

Já hoje, os amantes do Futebol, os que vivem as derrotas e as vitórias dos seus clubes de eleição, aos quais se sentem ligados vá-se lá saber porquê, irão assistir ao jogo mais ou menos decisivo, quer para a Académica de Coimbra, quer para o S.L. Benfica, em Coimbra precisamente.


Ontem, Sábado, assisti a um jogo de torneio particular, em sub 12, entre o G.R. Amigos da Paz - Pousos - Leiria e o União de Leiria. O meu neto Guilherme (Moura) joga no GRAP. Mostro-vos esta foto pelo maravilhoso enquadramento do campo de futebol e as árvores que o rodeiam, particularmente um belo choupal.


E veio-me à ideia, Coimbra, o seu celebrizado Choupal, os seus poetas e prosadores, os seus Fados ditos de Coimbra. Que sempre que tenho oportunidade gosto de ouvir cantar.


À minha frente, tenho, neste preciso momento, o livro de Afonso de Sousa, "O Canto e a Guitarra na Década de Oiro da Academia de Coimbra (1920-1930) " editado em 1986. Afonso de Sousa nasceu em Leiria em 24 de Junho de 1906 e licenciou-se em Direito na Universidade de Coimbra em 1930. Fez parte de uma geração académica, a que pertenceram alguns dos seus mais famosos cantores e guitarristas, com os quais fez, como acompanhador à guitarra e à viola, inúmeras digressões pelo país e pelo estrangeiro.


Neste livro escreve, a dado passo, Afonso de Sousa, referindo-se à voz de Lucas Junot, como cantor com inflexões ligadas ao sertão ou à planície sem fim do sertanejo Brasileiro, de onde era natural ainda que radicado em Coimbra desde tenra idade:
"...meditarmos na intuição lírica revelada neste poemazinho de sua imaginação, que adequou à melodia do Fado de Santa Clara, música de Francisco Menano, e que perdurará por gerações vindouras:
.
Eu ouvi de Santa Clara
gemidos de alguém que chora...
Era a Rainha pedindo
por mim a Nossa Senhora
."


A ver vamos quem vai ter de pedir 
a Nossa Senhora.
Se a Académica para não descer de divisão,
se o Benfica para ser campeão!

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2010/04/15

Moçambique...aqui tão perto!


ACRENARMO - ASSOCIAÇÃO CULTURAL E RECREATIVA DOS NATURAIS E EX-RESIDENTES DE MOÇAMBIQUE
LARGO S.PEDRO - JUNTO AO CASTELO DE LEIRIA
Ultimamente, tenho feito com alguma regularidade, o percurso pedonal, de manhã, entre a Avenida 25 de Abril (ao lado do célebre estádio Dr. Magalhães Pessoa) e o Largo da Sé, passando pelo Portão Norte do Castelo de Leiria, Largo de S. Pedro, acabando a descer as calçadas íngremes e sinuosas até à Sé.
No Largo de S. Pedro lá está a sede da ACRENARMO. Só hoje é que tive ocasião de a visitar. E tomei conhecimento da forma como esta associação funciona.
Eu, que tão intimamente ligado a Moçambique me sinto. Lá cumpri o serviço militar, de 1969 a 1971. Lá nasceu a minha filha Inês. De Nampula, Ilha de Moçambique e ex-Lourenço Marques (Maputo, hoje) tenho como que gravadas em pedra, gratas e eternas recordações.
Jamais te esquecerei, Moçambique!...
Ao descer em direcção ao largo da Sé, esta belíssima Tília tomentosa, a começar o seu novo ciclo de verde e cheiro característico.
Uma maravilha da Natureza!...
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2010/04/12

Há mais vida para além do “ShoppingLeiria”!...


Como é meu hábito, leio um ou os dois semanários de Leiria. Que vêm a lume, um à Quinta outro à Sexta-Feira. O último que li foi o “Jornal de Leiria”, que acompanho desde o seu primeiro número,muito franzino, há 25 anos atrás. Nessa altura, a cidade de Leiria ainda não conhecia o vírus dos grandes Centros Comerciais, hoje designados por “Shopping”, que é uma expressão mais à inglesa como parece ser do gosto do Povo e da ânsia do lucro global, que passou a reger implacavelmente as nossas vidas.

Este semanário tem uma paginação muito bem conseguida e, basicamente, divide-se em várias áreas distintas:
Sociedade,Fórum,Educação,Segurança,Política,Opinião(Destacando-se neste particular, Henrique Neto, na sua qualidade de empresário e comentador de política e estratégia económica), Entrevista (nesta semana o entrevistado é Fernando Nobre, candidato a Presidente da República), Economia (Fica-se a saber que o Primeiro Ministro de Portugal, Engº José Sócrates, vai ser o orador principal no próximo Jantar-Conferência, no dia 14 de Abril de 2010, promovido pela Liga de Amigos da Casa-Museu João Soares, Cortes – Leiria, abordando o candente tema “Nova energia, nova economia”), Suplemento Arte e Cultura, “VIVER” que contém um conjunto de informações interessantes e uma rubrica, que esta semana, eu classificaria em primeiríssimo lugar no ranking das abordagens do “Jornal de Leiria”. Trata-se do “Advogado do Diabo”.
Aqui, Jorge Estrela, director da Casa-Museu João Soares, não se cansa e eu apoio-o incondicionalmente, de se referir às implicações em termos ambientais, culturais, paisagísticos e de planeamento urbanístico, que já se estão a constatar, em relação à descaracterização duma cidade como Leiria, em resultado da forma como aqui foi instalado o chamado “LeiriaShopping”.
Bem gostaria (mas não me devo alongar em demasia) de, neste ensejo, reproduzir integralmente o seu texto, muito oportuno e que poderia perfeitamente servir como mote inspirador em debates sérios, empenhados e participados, sobre o que realmente queremos que venha a ser a nossa vida, presente e a dos nossos filhos e netos. O país está a ser inundado de “Shoppings”, “Fóruns”, etc. copiados uns dos outros. De tal forma que, quando entramos nestas áreas comerciais e de lazer, corremos o risco de nos confundirmos e nem sabermos em que cidade estamos naquele preciso momento.Leiria, Lisboa, Porto, Coimbra, Viseu, sei lá que mais!

Ainda assim permito-me transcrever, com a devida vénia do Jornal e do seu autor:
Numa altura em que se constata o esvaziamento do centro histórico, que perdeu um quarto dos habitantes em poucos anos, Leiria é dotada do equipamento que menos lhe interessa, ou seja, um chamariz para os não visitantes, em que a cidade é que paga a factura.
O engenheiro Belmiro de Azevedo erige-se a si próprio como paradigma do sucesso económico exortando o Estado a seguir-lhe o exemplo, ou seja, a fazer aquilo que ele quer, vê-se à custa de quê, da paisagem, das populações, do ambiente e das cidades. A boa economia é aquela em que se levantam rampas e canalizam pessoas para as portas escancaradas por onde vai esvaziando a sua quinquilharia.”

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2010/04/09

As Primaveras...

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Para os meus três netos nesta Primavera das suas vidas em Primavera:
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A Mafalda
O Guilherme
A Carolina
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Pilriteiro a começar a florir
As primeiras folhas de um Acer pseudo plátanus (Padreiro)
O rebento duma folha de um Padreiro
Malmequeres 
Uma Papoila


(Na encosta em redor do Castelo de Leiria)

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2010/04/08

Acácio Leitão - Biografia


A Junta de Freguesia de Leiria assumiu no seu Plano de Actividades para 2010 a realização de uma actividade em homenagem a escritores e artistas, particularmente os que possam estar ligados a esta bela cidade do Lis. Em 2010 está programado o Poeta Leiriense Acácio de Paiva. Em recente reunião preparatória deste evento estive presente e fiquei a fazer parte do respectivo grupo de trabalho.

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Por um dos muitos acasos da vida chegou-me às mãos, por oferta, uma publicação de 1931 dum outro poeta, também nascido em Leiria, na mesma época: Acácio Leitão. Que eu mal conhecia, a não ser porque em Leiria existe uma rua com o seu nome e, também, pelas suas ligações e algumas afinidades literárias com outros escritores como Acácio de Paiva e até Afonso Lopes Vieira.

Trata-se duma pequena brochura que, como o seu próprio autor escreve, contém em letra de forma as “palavras que foram ditas no Teatro Nacional Almeida Garrett, em Lisboa, no “Serão” de 11 de Maio de 1931.”
Virá a propósito deixar aqui, agora, uma anotação nesta grande base de dados, que é a Internet, sobre a biografia de mais um dos personagens ilustres de Leiria.

ACÁCIO Teixeira LEITÃO – Advogado e escritor, nasceu em Leiria a 20 de Setembro de 1894 tendo morrido em Lisboa a 8 do mesmo mês de Setembro de 1945. Cursou o Liceu da sua terra natal, após o que atingiu o bacharelato em Direito na Universidade de Coimbra. Exerceu advocacia em Leiria e aqui acabou por ser Juiz do Tribunal de Trabalho. Também passou pelas Secretarias Judiciais das comarcas de Vimioso e de Alcobaça. Dispersou a sua obra por jornais de Coimbra, Leiria e Porto, tendo também colaborado na revista “Presença”.
Para além da Conferência cuja capa se reproduz acima escreveu vários outros trabalhos (*), dos quais se pode destacar, pela singularidade de se referir à Beira-Alta, na qual estão as minhas origens: “Canções das Sete Províncias” (Biblioteca Municipal Afonso Lopes Vieira - Leiria, registo nº 46706 de 25/3/1998):
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Beira, saltitando montes
como cabrito montês…
descendo a beber nas fontes,
voltando ao alto outra vez.

Serra agreste e vale mimoso…
Passam rios, entre verduras…
Povo alegre e ardoroso,
pronto às fortes aventuras.

E da mais alta das serras
no seu tutelar mandato,
paira sobre Portugal
a sombra de Viriato…
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(*) Ver "Dicionário dos Autores do Distrito de Leiria" - Ed. magno, leiria 2004

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2010/04/05

Leiria, hoje...Finalmente, LUZ!...

(clic para melhor observar este belo recanto de Leiria)

Leiria, Jardim Luís de Camões, hoje, de manhã. Finalmente, o Sol... a brilhar. As árvores e as aves a espreitarem, desconfiadas!...
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Também não me esqueço que hoje é dia de Futebol, mais um jogo decisivo para o Benfica ganhar o campeonato (assim se dizia noutros tempos, agora diz que é "Liga").
E também como há quem tenha "mau perder" - apesar de ainda não termos chegado ao fim da Liga - tenta-se justificar uma certa diferença pontual, já significativa, temos que o admitir - que diabo - com histórias que metem túneis, uns sopapos, castigos da Liga que são neutralizados por outros da Federação...enfim, uma trapalhada!...
O Zé Paiva é que não deixa os créditos como cartoonista e caricaturista por mãos alheias e...vai daí...repare-se no boneco que lhe surripiei do seu blogue.

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