2019/04/15

Por terras do Bouro, Minho e Santiado de Compostela


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O que é viver senão
uma sucessão de momentos
quantas vezes imprevisíveis
mesmo que previstos
pela mente do homem?

Monção pedra e vinho
verde tinto tinto
rio Minho 
e Miño logo ali
na outra margem.

Recontramo-nos
nos passadiços de Sistelo
ao longo do rio Vez
águas correntes 
límpidas
por entre seixos de todos os tamanhos
sons em chilreante sinfonia 

pássaros pássaros. 

Terras do Bouro
abocanhadas pelas serras
e a imensidão alcantilada
estradas serpenteantes
nas alturas da Peneda
do Soajo, do Gerês

abismando-se até ao fundo
da Furna de Vilarinho
voltando a encabritar serra acima
para logo a seguir afunilar
rumo ao Gerês 
e à imensidão azul da sua Lagoa.

Depois
é subir subir
fragas com águas em queda livre
afundando-se lado a lado 
com a vegetação luxuriante 
da Portela do Homem.

Retoma-se o rumo Norte
via Braga Valença Vigo

a caminho de Santiago
de Compostela 

uma estrela
de fé e força hercúlea dos homens
gentes vindas de todo o lado.

Deambulatório desgastado pelos passos
de milhões de peregrinos 
que há séculos tocam em Santiago
em sinal de promessa cumprida.

Sentem-se os pés doridos na Terra
os olhos nas alturas das cúpulas
a tentar descobrir os mistérios
do Infinito...

O corpo dorido 
inclinado sobre o bordão...

12/3/4 Abr 2019
ZAPI(=) a d´almeida nunes


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