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2009/10/03

Outono da Vida - Leiria

Algures na zona da Ramalheira. Perspectiva do Outono, que vai seco até de mais, mas irrestível, nas suas cores e contrastes...
De cima do viaduto IC2-nó para a A1. Vale da Ribeira do Sirol, um enternecedor princípio duma tarde deste Outubro do ano de 2009...
(clic nas fotos para melhor ver)
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Como já tive oportunidade de aqui relatar, estive em Alcanena recentemente, num Encontro de Poetas...
Às minhas mãos veio parar um livro de poemas, oferta da Câmara Municipal. "Sonetos e Outras Rimas" de Rafael de Castro.

A páginas tantas...

Duas faces da fantasia

O Outono da vida já me alcança
Da Primavera resta-me a vontade
Um sempre grande amor à liberdade
Com a mesma dose de esperança

E se perdi algures a confiança
Achei sempre o caminho da verdade
Perseguem-me os sonhos da mocidade
E as loucuras do bem, pela lembrança

Agora não me vendo como um santo
E não ando ao sabor das fantasias
No íntimo sei criar algum encanto

Amenizo com visões meus tristes dias
Pois assim, de sensações o mal espanto
Extraindo das mágoas alegrias


(Deixo aqui estes versos, pela substância do tema, em primeiro lugar, talvez.
Mas também porque é de enaltecer e divulgar os poetas que, por motivos vários, só muito aleatoriamente, chegarão à luz do conhecimento geral, reconhecido, badalado com ecos a ressoar por todo o lado.
O Outono da vida já me alcança, diz o poeta. Mas também se declara reconhecido pelas visões que, nesta altura da vida, lhe amenizam os dias e lhe relançarão a esperança de próximas Primaveras... e dum sempre possível remoçar da confiança que, algures, se possa ter perdido neste caminho sinuoso da vida e, porventura, coberto por algum nevoeiro, que, naquele momento, lhe toldava o espírito... )
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