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2018/03/19

Poesia (ensaios) - pingos passam por mim




ainda bem que os telhados
não protegem de toda a chuva
pingos passam por mim
com um sorriso

Estão velhas
estas telhas

gosto delas assim

fazem-me recordar
um certo tempo

(a pensar na Lurdes, na Sinó, no Vitor: a treparmos o tempo de dois em dois degraus...)


-

O meu amigo Carlos Pires tem-me incentivado a escrever "poesia".
E eu, às vezes, até penso que se calhar também sou poeta...

-

Este meu amigo tem um blog (que começou a editar recentemente, em substituição de um outro, já mais antigo, mas de que perdeu os códigos de acesso.

O ponto cego da existência

-

Obrigado, Carlos, por me teres dedicado:


apanhar ar
mexer na terra 
receber a luz 

mover as sombras
ou segui-las

depois ir
como se fosse vento
e lá fora chuva
                             (para a-porfírio)


em 27 fev 2018

2018/03/06

Ainda os meus amigos: Pedro Jordão (compositor e músico injustamente esquecido) e Carlos Lopes Pires (poeta do mais puro quilate)

Permito-me partilhar uma publicação que acabei de ver na internet, neste endereço:
https://festivaiscancao.wordpress.com/2017/08/10/pedro-jordao-edita-cd-era-tao-azul/

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Tentando substituir-me, na minha modesta medida, na memorização do trabalho desenvolvido por Pedro Jordão, nos anos 60 e 70, pelo menos, enquanto músico e compositor, não posso deixar de transcrever:

«Pedro Jordão foi o compositor de sete das canções que na década de 60 do século passado marcaram presença nos Festivais da Canção e uma na década de 70.
Este compositor fez parceria com o autor Rui Malhoa em cinco temas, com António José em dois e assinou letra e música de uma outra canção.
Pedro Jordão e Rui Malhoa apresentaram a concurso as seguintes canções:
Balada da traição do mar (1967) interpretada pelo próprio Rui Malhoa, Vento não vou contigo (1968) por Mirene Cardinalli, Fui ter com a madrugada (1968) por Tonicha, Ao vento e às andorinhas (1968) por João Maria Tudella e Canção ao meu piano velho (1968) por Simone de Oliveira.
A dupla Pedro Jordão e António José levaram ao Festival da Canção de 1968 as canções Calendário e Dentro de outro mundo interpretadas respetivamente por Tonicha e Simone de Oliveira.
Pedro Jordão foi autor e compositor da única canção que não se conhece e nunca foi gravada do Festival da Canção de 1975, o tema Leilão da lata a que Fernando Gaspar deu voz.»

-
Mais sobre Pedro Jordão já eu aqui deixei publicado conforme:

http://dispersamente.blogspot.pt/search/label/Pedro%20Jord%C3%A3o

2017/09/04

Nos meus 70 anos de vida. Obrigado, Carlos Pires

No dia dos meus 70 anos (em forma de agradecimento a um e-mail que recebi do Carlos Pires em   fevereiro 2017  )


Carta de agradecimento 
Carlos Pires


Acuso a receção da tua carta, poeta
e quero dizer-te que a li
atentamente
e reli-a
uma, duas, várias vezes
quero agradecer-te as coisas
simples que nela dizes 

a vida é e não é
aquilo que nós pensamos ser
sem conseguirmos chegar 
a lado algum

afinal o que é a vida?
o que pensamos ser a vida?
o que queremos que ela represente?
o que seria a vida sem poetas?
um pouco de nada a querer ser tudo?

a vida será o tempo que passa?!
o voo dos pássaros sobre o mar?!
o tempo partido em fragmentos?!
o vento que nos quer falar?!

queria responder à tua carta, poeta
com palavras em tinta de chuva
que pudessem dizer coisas 

mas não estou a conseguir
hoje dei comigo a querer ser tempo
tempo que me foge 
não sei se porque me falta
se porque me ando a perder
nele

o tempo hoje
é um número
70

                          espero bem viver
                          o que me faltar
                          simplesmente

O arrojo de falar da poesia de Carlos Lopes Pires

Apresentação do livro de poemas de Carlos Lopes Pires em 1 abril de 2017 no auditório da Casa-Museu João Soares.
(pelo sim pelo não talvez tenha interesse ver o meu vídeo https://youtu.be/42x9zVdWVYU )

A este propósito e porque me permito, às vezes, o arrojo de
me referir à poesia do meu amigo e "irmão" Có-Có Carlos Lopes Pires
---


ato de contrição (para o Carlos Pires) Uma campainha soou e o som não era um simples toque eram palavras estranhas que não podia ignorar diziam coisas de alarme que queriam dizer coisas que eu teria de decifrar e não ficar na eterna ignorância e falavam estranhamente de formigas e de muito céu e de maçãs e de tardes azuis estariam a interrogar-se sobre um livro de poemas e de como o tratar naquela sua capa de adeus com letras em branco e silfos e um menino verde e azul e uma formiga a ajudar-nos a ver como era Deus a minha ignorância talvez seja poesia também mas «a minha poesia é uma ignorância» é um livro bonito com uma poesia infinitamente maior que toda a minha ignorância Esta é a minha penitência mas não me sinto penitenciado o suficiente ... antónio n

2017/08/30

Será que sou Poeta?! na pura aceção do termo?!


Decidi-me. Vou preparar um livro sobre poesia. Será que me posso considerar um Poeta na aceção literária do termo?! Será que é poeta quem quer?! Bastará querer para se poder ser poeta? Eu penso que sim. Sinto a poesia como uma forma de dialogar intimamente com o meu Eu mas na expectativa de poder chegar ao Outro. Comecei este ´post` sob um impulso inexplicável. Acabei de ver um vídeo e ler um texto alusivo ao que de estranho para nós, Homens, parece estar a acontecer no nosso Planeta no seu conjunto e do próprio Universo. 
É assustador atentar nas interrogações que os próprios cientistas estão a levantar. Parece que o mar se está a comportar duma forma estranha. Diz que o Atlntico está a recuar em relação à terra. Mas que, em contraste, se estão a formar ondas alterosas no Pacífico. Que o grau de inclinação da Terra em relação ao posicionamento do seu campo eletromagnético e à sua translação à volta do sol se está a alterar no sentido duma maior verticalização...
...
Voltemos à poesia. Pretensão minha, talvez, mas a verdade é que tenho escrito uns ensaios poéticos. Não sei se algum dia conseguirei fixar-me numa linha de rumo, num fio condutor preciso...

Há dias escrevi este "poema" que deixei, de improviso, ao sabor do momento, no Facebook do Grupo de Poesia de Alcanena. Já aqui falei deste grupo, penso eu. É só confirmar no Índice Temático deste blogue. Já o farei.

É assim:


o dia a hora o vento lesto
calor brutal numa onda de fogo
é o verão da morte
no crepitar das folhas finas pontiagudas 
das árvores esguias queimadas
fantasmas dissimulados nas estradas
homens mulheres crianças
envoltas no pavor da morte
embrenham-se no desconhecido
perdem-se em imagens terríveis
mudas de espanto e terror
esfumam-se em espirais de dor
a televisão repete aqueles momentos
ininterruptamente
demoniacamente
mistura-os e confunde o próprio tempo
com fotografias vídeos
reportagens indiscretas em direto
inflamando a própria incandescência
com palavras eivadas de demência
vidas e sentimentos
são convertidas em teatro
num palco inimaginável
um corrupio de lamentos
e de tantos fingimentos …
este verão
já é da Morte

jun2017-Leiria
as-nunes

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Outros ensaios dispersos pelo Facebook e papéis........... que vou encontrando aqui e ali


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Eu e o Outro

A prescrutar o tempo
Eu ao lado do Tempo

Eterno e Velho amigo
Sempre comigo a conspirar
Etéreo e incógnito trilho
Onde quer que ele vá dar
 
Congeminações e embaraços
Quantos entrelaçamentos
Nesta teia infinita de laços
Dobados ao longo dos tempos

A vida é tudo e é nada
Talvez um mito cósmico
Que nos limita a jornada
O Outro em mim atónito

Eu um átomo ou menos
Duvidoso de si e do Outro
Sentindo-se mui pequenos
Neste mundo e no outro

Seremos,
Eu e o Outro
Eu?!

as-nunes
jan17

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Onde quer que ele vá dar
 
Congeminações e embaraços
Quantos entrelaçamentos
Nesta teia infinita de laços
Dobados ao longo dos tempos

A vida é tudo e é nada
Talvez um mito cósmico
Que nos limita a jornada
O Outro em mim atónito

Eu um átomo ou menos
Duvidoso de si e do Outro
Sentindo-se mui pequenos
Neste mundo e no outro

Seremos,
Eu e o Outro
Eu?!

as-nunes
jan17

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Já andava desanimado
Com tamanha desfaçatez
Uma aveleira que nem sequer
Dava ares da sua função
Que é dar avelãs
Triste sina a dela e a minha

Há  dias surpreendeu-me
Mostrou-se enfeitada com
Uns adornos disfarçados na folhagem
Depois de consultada a enciclopédia
Feitas as devidas análises

Aleluia
Uma aveleira que afinal dá avelãs
Sem ser às escondidas
Mistério desvendado
As avelãs que apareciam no chão
Não vinham do céu, não…

primavera 2017

(…)A terra produziu plantas, ervas que contêm semente segundo a sua espécie, e árvores que produzem fruto segundo a sua espécie, contendo o fruto a sua semente. E Deus viu que isso era bom." (Gênesis 1, 11-12)

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Acantonaram-nos para aguardar
o regresso ao Continente
apartamentos em camarata 
uma aparelhagem de som
topo de gama volume máximo

Ouvimos “This is Africa”
parece que é agora
neste momento
que voga no pensamento
evocação com tantos anos
sons cores ventos africanos

Aquela música ainda é africa
o som cheira a tambor
o cheiro ouve-se em clangor
isto é africa

A comissão já tinha terminado
agosto 1971 já era passado
o volume do som alto
o quarto pequeno
´flats` de oficiais milicianos
a espera exasperante

Na minha ideia
só a Zaida e a Inês
dia e noite sem descanso

O tempo parece que estaca
a rendição já está feita
nosso alferes só mais um pouco
devo estar a ficar louco

Um alguidar está cheio
bebidas misturadas muitas
confraternização e farra geral
adeus em algazarra d´arraial

Finalmente o bilhete de avião
aeroporto de Nampula
moçambique fim de verão
nostalgias já comigo vão


Isto ainda é África …

2016 - an

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Carlos Pires
27/04/2017

para Pedro, Carlos, Luís, mim, Ivone, Clara, Clara, Fernando, Rita, pedro, Aurora, Paulo, Maria, José, Rui, Celeste, Cecília, Ana, Catarina, fulvio, Luís, Orlando, Aninhas, Ana, Cristina

se um dia me encontrares
à tua porta

acena-me antes de uma janela
faz riscos no bafo das vidraças
desenha um coração
tão pequeno

um sol
com olhos nariz e boca
onde eu possa ficar
                              (a noite que mão alguma alcança, 2018)
-

Recebido por e-mail, ao qual respondi:

para Carlos, Pedro, Carlos, Luís, Ivone, Clara, Clara, Fernando, Rita, pedro, Aurora, Paulo, Maria, José, Rui, Celeste, Cecília, Ana, Catarina, fulvio, Luís, Orlando, Aninhas, Ana, Cristina
-

Os amigos e o vento

cheguei a casa
olhei pela janela
o vento levava consigo
o tempo
o sol e os pássaros

e eu com ele

não sei se gostaria
de saber
o que  serei eu
nesse sítio
para onde o vento
me leva

adeus amigo

28abr17

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em agosto 2017, também em troca de recomendações inter-irmãos Có-Có, no nosso fórum/Cúria:

em vez d´olhos 
veem-se bugalhos
presos a sete ferrolhos
o mundo em frangalhos
nós cerrados nos sobrolhos
do tempo como espantalhos

noites de insónias 
o corpo sem espaço
os algoritmos do software
a decidir pelo homem
o próprio momento 
da sua auto destruição

Que alucinação?!

Rezemos muito
Que não nos falte cocó

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A todos os poetas

a todos os poetas e os que não
ou porque não sabem que o são
ou porque não querem que se saiba
ou porque as duas

gosto dos vossos poemas
com que nos vão presenteando

de todos
arrisco-me a dizer
antes mesmo de os ler
entre o saber e o ser
neste limbo de não ser
mas querer saber ser

apetece-me responder
mesmo na dúvida suprema
de saber que não sei
como e porquê

pré-sintonia cósmica
também vi essa vossa rosa


António A. S. Nunes

an-jan17

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Ser poeta
é dizer do seu sentimento
num dado tempo
não perceber
que já está a viver
uma sucessão de momentos
quais instantâneos
dum filme de curta metragem
numa duração indeterminada
sem notar
que o tempo voa
qual pássaro sem forma
que nos trespassa
e nos interroga
sem esperar pela resposta
que sabe que não a temos…

as-nunes16

jun-pª nova-pedrógão

2017/06/01

Adeus maio de 2017




Um passeio pelo meu jardim com fundo musical e voz de Pedro Jordão e poema de Carlos Lopes Pires.
O trabalho, imaginação e empenho da Zaida são visíveis...


2017/05/30

Vídeo-montagem com fotografias das árvores do recreio da Escola Básica da Cruz da Areia - Leiria, poema de Carlos Lopes Pires e Música de Pedro Jordão.


Uma das minhas homenagens aos amigos:
Carlos Lopes Pires (Poema)
Pedro Jordão (Música)

Que se abalançaram à edição dum CD intitulado "era tão azul", cuja capa e contracapa é assim:


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Vídeo-montagem com fotografias das árvores do recreio da Escola Básica da Cruz da Areia - Leiria, poema de Carlos Lopes Pires e Música de Pedro Jordão. Poema "no silêncio da semente".

2017/04/03

Carlos Lopes Pires apresentou o seu último livro de poemas "a minha poesia é uma ignorância"

No sábado, 1 de abril de 2017, foi apresentado mais um livro de poemas de Carlos Lopes Pires.
O seu título "a minha poesia é uma ignorância", ed. Textiverso e a sessão decorreu no Auditório da Casa Museu João Soares, nas Cortes - Leiria.
Pode ler-se, no FB de Carlos Fernandes, o Editor:
«“a minha poesia é uma ignorância”, escreve Carlos Lopes Pires.
A Casa-Museu João Soares, nas Cortes (Leiria), vai acolher, no próximo dia 1 de Abril, às 16h00, o lançamento do livro “a minha poesia é uma ignorância”, de Carlos Lopes Pires, com produção da editora Textiverso, de Leiria.
A apresentação deste livro de poesia será feita por Luís Vieira da Mota (escritor) e Pedro Jordão (compositor e músico). Durante a sessão serão lidos alguns poemas, terminando com uma sessão de autógrafos.

Nota: No final da apresentação, terá lugar o primeiro e penúltimo Congresso Mundial de Aquilo Que Vocês Sabem (AQVS), que será precedido pela bênção dos presentes. Terá como únicos intervenientes os quatro Santos que compõem a Santa Cúria deste movimento, que irão falar sobre as origens, características, objectivos e acções passadas, presentes e futuras de AQVS. Irão igualmente dançar ao estilo AQVS, utilizando vestes que caracterizam estes Santos Monges.»
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Dado o momento emocionalmente muito forte, a parte final ficou adiada, tendo havido, ao jantar, no Restaurante Canário, uma pequena sessão pré-congresso, da qual vai ser lavrada a respetiva ata. 
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A poesia de Carlos Lopes Pires é, sem dúvida, apresentada segundo um estilo muito pessoal e revelador de um espírito humanista e muito sensível a tudo o que a vida nos pode mostrar ou sugerir em todas as suas dimensões.

Uma possível reportagem fotográfica:


 O Editor Carlos Fernandes, o Autor Carlos Lopes Pires, os apresentadores Pedro Jordão e Luís Vieira da Mota.
 Celeste Alves a dizer alguns poemas





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Prezado Carlos Pires. É uma honra ser teu amigo.

2017/03/20

Família Nunes - Casal de Ribafeita - Viseu. Uma árvore cujos ramos se estão a entrelaçar fortemente com os ramos de outras árvores


No passado domingo, 19 de Março de 2017, que, por acaso também era o Dia do Pai, reuniu-se quase toda a família que teve como origem comum, o casal Daniel Nunes e Maria da Encarnação. A origem desta grande família está no lugar de Casal, freguesia de Ribafeita, concelho de Viseu. Estamos espalhados por Viseu, Coimbra, Covilhã, Leiria, Porto, e, até, Inglaterra. 
Um dia destes, espero ser capaz de começar a escrever uma monografia desta família e da sua ligação mais chegada aos Quintais, Maias, Victorinos. Já estamos espalhados pelo Brasil, Austrália, Inglaterra.
O ponto de encontro foi na «Taberna Bate-Mal», em Abravezes - Viseu, da gerência do Filipe Nunes (sobrinho) e fomos recebidos com uma qualidade de serviço e de cozinha fora de série.
Fiquei fã.