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2012/11/13

Tempos fuscos...



Tirei esta fotografia há dias, na semana passada, com o tempo a dar chuva, por vezes forte, estamos no vale do lis, aqui no centro oeste de Portugal. Como eu gosto de chamar a este sítio de Portugal, que quero que continue livre e independente. Livre da corja de bandidos que o assaltaram e o deixaram completamente exaurido, à mercê dos barões da nova oligarquia dominante, meros e prestáveis funcionários da Alta finança internacional e dos seus próprios interesse e de grupo. Independente e capaz de não se deixar prender pelas garras daquela águia bicéfala, que durante a primeira parte do séc.xx, não conseguiu impôr a sua vontade à Europa, e que agora, sob o estandarte duma dama de olhos azuis Merkel, se dá ao luxo de fazer um périplo de revista das forças dispostas no terreno, e sem gastar dinheiro em munições, conseguir o domínio absoluto da Piglândia, distribuindo medalhas de mérito e exemplar comportamento,  pelos seus alunos e mandatários.
Mesmo que contra a opinião e vontade manifesta da esmagadora maioria do povo português, que não querem ser vergados a ponto de virem a ser os escravos do ressurgimento da produção e crescimento da economia Europeia, depois de os seus salários e condições sociais serem reduzidos a menos que o mínimo de sustento. 

E não nos venham com a história da Dívida Pública ser excessiva. Culpem-se os verdadeiros responsáveis. Eles estão aí bem à vista de toda a gente!

É da história que os povos mais frágeis terão de ser domados à força do medo da pobreza. É isso que a Troika e a Direita portuguesa, à qual fomos forçados a entregar-nos, vai acabar por conseguir. A mão de obra barata e não reivindicativa, a nacionalização das empresas públicas rentáveis vendidas ao desbarato, depois  de tudo se ter feito para as desvalorizar alegando que são mal administradas, eis os ingredientes imprescindíveis para o assalto final do neo-liberalismo e da alta finança internacional.

Sempre à força da arma letal e implacável de nos incutirem o medo de sermos pobres! Depois de nos roubarem todas as expetativas que tínhamos de que o Estado era de confiança, que nele podíamos depositar as nossas poupanças da vida inteira. Que era uma pessoa de bem, que geria não só as nossas expectativas como também tinha gente que era eleita para co-mandar, ouvindo os anseios do povo e as opiniões de pessoas idóneas e competentes, muitas e de saber incontestável.

Mas não, o que importa é ser-se o menino bonito, custe o que custar aos povos da Piglândia...

@ as-nunes
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2012/11/12

Olá! ...

 
                                                                            foto RAFAEL MARCHANTE/REUTERS


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2012/11/09

Nunca terá sido tão importante gostarmos muito de Portugal como na atualidade!...

 

in YouTube
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Portugal


Eu tenho vinte e dois anos e tu às vezes fazes-me

sentir como se tivesse oitocentos

Que culpa tive eu que D. Sebastião fosse combater os

infiéis ao norte de África

só porque não podia combater a doença que lhe

atacava os órgãos genitais

e nunca mais voltasse

Quase chego a pensar que é tudo mentira que o

Infante D. Henrique foi uma invenção do Walt Disney

e o Nuno Álvares Pereira uma reles imitação do Príncipe Valente

Portugal

Não imaginas o tesão que sinto quando ouço o hino

nacional

(que os meus egrégios avós me perdoem)

Ontem estive a jogar póker com o velho do Restelo

Anda na consulta externa do Júlio de Matos

Deram-lhe uns electro-choques e está a recuperar

àparte o facto de agora me tentar convencer que nos

espera um futuro de rosas

Portugal

Um dia fechei-me no Mosteiro dos Jerónimos a ver

se contraía a febre do Império

mas a única coisa que consegui apanhar foi um

resfriado

Virei a Torre do Tombo do avesso sem lograr encontrar

uma pétala que fosse

das rosas que Gil Eanes trouxe do Bojador

Portugal

Se tivesse dinheiro comprava um Império e dava-to

Juro que era capaz de fazer isso só para te ver sorrir

Portugal

Vou contar-te uma coisa que nunca contei a ninguém

Sabes

Estou loucamente apaixonado por ti

Pergunto a mim mesmo

Como me pude apaixonar por um velho decrépito e

idiota como tu

mas que tem o coração doce ainda mais doce que os

pastéis de Tentugal

e o corpo cheio de pontos negros para poder

espremer à minha vontade

Portugal estás a ouvir-me?

Eu nasci em mil novecentos e cinquenta e sete Salazar

estava no poder nada de ressentimentos

o meu irmão esteve na guerra tenho amigos que

emigraram nada de ressentimentos

um dia bebi vinagre nada de ressentimentos

Portugal depois de ter salvo inúmeras vezes os

Lusíadas a nado na piscina municipal de Braga

ia agora propôr-te um projecto eminentemente

nacional

Que fôssemos todos a Ceuta à procura do olho que

Camões lá deixou

Portugal

Sabes de que cor são os meus olhos?

São castanhos como os da minha mãe

Portugal

gostava de te beijar muito apaixonadamente

na boca.

Jorge de Sousa Braga

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