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2016/04/04

A minha Rua



I
a minha rua parece um rio
a chuva impõe a sua presença
persistentemente
abundantemente
com mensagens enigmáticas
insinua até que já não há sol
que a primavera mudou de endereço
que o correio se despistou há uns meses
ao seu fundo ao pé do rio Lis
que não se sabe dele
que talvez se tenha afogado
que os CTT agora já não são o que eram
que já não querem saber se há primavera
querem é que se saiba que são um banco...
II
a minha rua está uma lástima
os serviços de obras públicas
escavacaram as valetas
tão bem feitinhas que elas estavam
pedras cortadas em formas irregulares
à moda dos paralelepípedos dantes
mas as águas da chuva escorriam
lindamente a toda a brida
direitinhas ao rio Lis
logo ali em baixo ao fundo da rua
por debaixo da estrada das Cortes
lá seguiam todas apressadas
agora é aquilo que se vê...

António

4abr2016

2016/04/01

nuvens de véspera. alcumulus




          (vindo do meu facebook - 
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10201588226544470&set=a.4672985079578.1073741933.1742211899&type=3

nuvens de ontem
janela com vistas para a véspera
prenúncios de tempestade
de inverno na casa da primavera
desenhos como dizem os livros
altocumulus em carneirinhos
as-nunes
mar16

2016/01/21

Nampula, Zaida Paiva Nunes, Inês. Moçambique 1970. Enfim: Crónicas de Moçambique





Crónicas de Moçambique 1970 (1-8mm)

Sem mais delongas e pormenores:
A Zaida e a Inês (Paivas e Nunes).

A foto a seguir é uma "frame" (vou ver se descubro uma palavra portuguesa que possa ser usada com este significado) dum filme feito em 8mm. 
Estávamos em 1970, na estrada que saía de Nampula em direção ao interior (Mueda, Tacanha, Praia da Choca (200 km +- no Índico), Ilha de Moçambique, etc. Já não me recordo se íamos a caminho de Tacanha (onde viviam uns primos meus) ou se íamos em direção à Ilha de Moçambique ou à praia. A única estrada alcatroada que havia à volta de Nampula, na altura, eram cerca de 80 km+- talvez 100... Eu estava a cumprir o SMO (Serviço Militar Obrigatório: não meti cunhas para não ir, talvez não conseguisse ou talvez sim, quem sabe; ao fim e ao cabo tinha um outro primo na zona de Lourenço Marques (Maputo) que era afilhado do Governador Geral de Moçambique eheh é verdade... ou são as minhas memórias que já andam a misturar lembranças toldadas no nevoeiro do tempo?!...) Ah, já me estava a passar, eu era Alferes miliciano do SAM (mais tarde posso decifrar esta sigla, se tiverem interesse nisso) e estava colocado num Batalhão de Engenharia, ao lado o Hospital Militar (helicópteros de evacuação de feridos em combate a todo o momento...); a Zaida acabou por arranjar colocação na CELC (depois falamos...) e tinha funções de Alferes (sim, sim...). Bolas. Tenho a impressão que me estou a meter num ´molho de brócolos`... (continuará?!) ...
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comentários no FB:
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António Nunes  Claro, é que o pensamento é tramado. Traz-nos lembranças e tanta nostalgia que não há quem resista! E aqueles serões, depois que chegámos, no Largo da Sé? E aqueles dias com o Trygva? Lembra-se, compadre? Aquele radioamador que veio da Noruega e esteve uns dias lá em casa? Aquelas batatas com bacalhau que ele comeu com uma satisfação inaudita, que não sabia que se comia bacalhau sem ser em papa/moído, sei lá. E aquelas guitarradas? Tenho mesmo que escrever uma crónica de todo esse tempo fantástico!
Jorge Viegas Claro que me lembro disso tudo!... E apesar da vida ter dado muitas voltas, o sentimento, apesar de não ser cultivado, continua o mesmo, e tenho por vocês uma grande estima, acreditem!...
Carlos Alberto Porque não te expões e passas para o papel as memórias boas e más dessa vergonhosa guerra, pensa nisso e avança, grande abraço
Aurora Simões de Matos Memórias bonitas que ficaram... São elas o lastro de um viver. Abraço meu...
António Nunes  Ó Carlos, meu amigo. Hoje emocionei-me de mais com este fragmento/instantâneo dum filme de 1970. Esse filme daquela parte da minha vida passou-me pela mente como se fosse um flash que conseguiu sobrepor todos os seus instantâneos. Vou mesmo começar a escrever "Crónicas de vida em Moçambique nos anos 70".
É verdade, cara amiga Aurora Simões de Matos.
Afinal, fui mobilizado para um teatro de guerra, tinha 21 anos, meteram-me num avião porque ia em rendição individual, tinha casado uns meses antes, a minha mulher 1 mês depois vai ter comigo, grávida de 7 meses e tal (contra tudo e todas as opiniões) Lourenço Marques-Beira-Nampula, a minha filha nasce em Nampula (um Hospital Civil de primeira qualidade, improvável para aquele tempo), encontro lá três primos na sua vida civil... Uma história que à medida que os anos passam me parece cada vez mais um sonho inverosímel. Retribuo o abraço com amizade...

Tanta coisa para nada, caro António Nunes. Por lá morreram 3 amigos meus. Sem proveito e sem glória... A sua história é algo parecida com a de outros que testemunhei. Na Beira ( Mueda) nasceu-me uma sobrinha... entre mato e água insalubre... filha do comandante da Companhia. E tudo já passou. Abraço para os três heróis Paiva e Nunes.
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2015/08/26

Aquilino Ribeiro em Viseu. Aclamação da sua memória





Nesta fase da minha vida tenho vindo a ocupar o meu tempo disponível para participar na rede social designada por "Facebook".
Mesmo assim tenho-me esforçado para não descurar este meu blogue, que há-de continuar a ser o meu local de preferência para deixar em memória os temas que mais me possam interessar.

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10/8 · 

Fui dar uma volta pela minha terra, pela Rua Formosa. E lá me encontrei com Aquilino Ribeiro. — em Viseu.
Fernando Rodrigues Bom passeio amigo Nunes!
  • https://fbcdn-profile-a.akamaihd.net/hprofile-ak-xft1/v/t1.0-1/c5.0.32.32/p32x32/10450770_772766916097877_8344452742090749060_n.jpg?oh=805e5498d3f2cdb6885292ad7ffad7d0&oe=5674B9E8&__gda__=1450422680_c28618b1f95db9383e59bf2fb72e3558
Carlos Frazão Engraçado, estou a reler as Páginas do exílio de 1908 a 1914 do Aquilino com recolha de Jorge Reis. Abraço.

António Nunes E eu ando às voltas com a "A Casa Grande de Romarigães"... Em Viseu também há um Parque jardim e mata, em pleno centro da cidade, que se chama "Parque Aquilino Ribeiro". É um dos ex-libris de Viseu. Abço
Gosto · 1 · 11/8 às 20:59 · Editado

Marta Moita O Aquilino está para si como o Fernando Pessoa está para mim... grin emoticon

Trudi Staeheli Thoughts.

António Nunes Yes, Trudi Staeheli, thoughts, good help Aquilino Ribeiro provides us with the reading of his books.
And that even though written during the 1st half of the twentieth century, continue to delight us with their extraordinary descriptions of the people, of the Beira Alta region and Portuguese society at the time of the First Republic, since its implantation to Salazar as dictator.

António Nunes Gostei do que também está no fb de Antonio Cunha : - Abílio Martins Com o escritor ali ao pé não lhe pediu um autógrafo? A mim me deu um quando por lá passei no dia dos meus anos, 1/7, no primeiro livro que li dele -- Via Sinuosa. Quando há tempos estive na casa onde ele nasceu apenas tive ocasião de a ver por fora e o jardim
Não gosto · Responder · 1 · 28 min · Editado

António Nunes Já lhe sussurrei ao ouvido, mas agora já é tarde. Resta-me a honra de o ter como patrício não só de Viseu mas também de Leiria; com a sua "Batalha Sem Fim".


2015/06/11

ESPAÇO-MEMÓRIA da NOVA-HÉLADE - primeira Parte - Almofala de Cima-Leiria

A entrada da primeira Parte do "ESPAÇO-MEMÓRIA  da "NOVA-HÉLADE" - Almofala de Cima - Leiria, criação do Dr. Arménio Vasconcelos.
INAUGURAÇÃO no dia 10 de Junho de 2015.




Deu-se o caso de a Zaida se ter lembrado do chapéu que comprei em Creta em 2004, quando lá fomos de visita e férias, em 2004.

Dr. Arménio Vasconcelos a saudar os visitantes para a inauguração da "Nova-Hélade"

Arménio Vasconcelos com uma adorável senhora da Confraria da Geropiga"













Arménio Vasconcelos a dizer da sua felicidade de poder homenagear, nesta oportunidade, as suas três netas, reservando-lhes um local próprio neste mágico "ESPAÇO-MEMÓRIA da NOVA-HÉLADE"












Zaida Paiva Nunes a dizer um poema de Florbela Espanca...
Adélio Amaro no uso da palavra: aproveitou para propor a instauração dum Panteon da Palavra; porque não?  Foi muito aplaudida esta ideia.









...no fim, saboreie os sumos de uva moscatel dourado e carmim, a
jeropiga, o MUSKAT da Casa Agrícola  R V, de 2011...






















Aqui chegados, o anfitrião apresentou e deu a palavra a António Nunes (autor deste blogue) para que falasse da sua inolvidável experiência que foi, em 2004, ano dos Jogos Olímpicos de Atenas, ter visitado, demoradamente, CRETA. E falou da sua ida a Knossos e ao Planalto de Lassíti onde nasceu Zeus, o deus dos deuses, de várias outras referências da Mitologia Grega e da forma como Zeus criou a Ilha de DIA (que também visitou), a 10 km a Norte de Creta...














Em breve: apontamentos descritivos sobre o que é e o que pretende vir a ser o "Primeira parte do Espaço-Memória da Neo-Hélade", criado por Dr. Arménio Vasconcelos, em Almofala de Cima, no distrito de Leiria, na zona de Avelar/Ansião.
nb.: Eu estive lá. Espero ainda aqui colocar mais algumas fotos; assim elas me cheguem às mãos.
montagem vídeo com um vigoroso manifesto anti ditadura financista da UE, particularmente contra a Grécia neste momento.
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Estatística: 771 visitas a este ´post´ até 15jun2015
------------- 811 às 02h00 do dia 18-06-2015
------------- 901 às 14:25 do dia 18-06-2015
---------- 1.012 às 21h00 do dia 19-06-2015

in CONVITE:

Dê-me a honra da sua presença, pelas 16 horas do próximo dia 10 de
Junho (Dia de Portugal), a fim de assistir à apresentação da “Primeira
parte do Espaço-Memória da Neo-Hélade”.

O local: Lagoa Joanina em Almofala de Cima, Aguda, Figueiró dos
Vinhos, à distância de um estádio (stadium) do Museu de Almofala.
  – Chegada de clássicos e antigos;
  – Passeio-leitura de mensagens, mitologia e figuras dos deuses e
heróis da Hélade: trono de Zeus; Safo; Penélope; Odysseus; Dioniso;
Hera; Athena; Dodonia; Delphi; Hades; as Três Graças; os cisnes de
Apolo e de Dirce; as coroas dos vencedores “ólea europeae” em Olympia;
“laurus nobilis”, em Delphi; “pinus pínia”...; Ytaca; Creta; Calypso;
as videiras de Dioniso...

CULTURA, ARTE e CULTO DO BELO.

...no fim, saboreie os sumos de uva moscatel dourado e carmim, a
jeropiga, o MUSKAT da Casa Agrícola  R V, de 2011...;

... e voltará um dia para conhecer a Segunda Parte do Espaço-Memória
da Neo-Hélade.

Nota: Durante vinte minutos serão referidos (vendidos a 5 euros, cada
exemplar) os livros: “Zélia Gattai, a bem-amada”, de Aurora Simões de
Matos e “Rimas Perdidas, Ensaio sobre Florbela Espanca”, de Claire
Leron; no âmbito da actividade da Academia de Letras e Artes
Lusófonas.
Serão lidos poemas...
Serão ouvidas vozes de rouxinóis...

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Assim aconteceu, de facto.