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2013/08/07

É ASSIM

Um dia destes, no aeroporto de S. Miguel - Açores


É ASSIM

É assim:
a gente despede-se, vai-se
embora amaldiçoando a terra,
carrega amargura que nem o diabo
aguenta; com o tempo vai
esquecendo injustiças, mágoas,
injúrias, morrendo por regressar
ao cheiro da palha seca, ao calor
animal do estábulo,
ao sonho do quintalório
com três alqueires de milho ao sol
e dois pinheiros bravos -
porque não há no mundo
outro lugar onde
enfim dê tanto gosto chafurdar.

Eugénio de Andrade
p. 613
Poesia
Ed. e livreiros - Modo de ler, 2010?

@as-nunes

2013/08/01

Ilha de S. Miguel: olhos pretos



Que os "Olhos Pretos" se cantam por tradição em todas as Ilhas dos Açores é um facto.
Mas este grupo de S. Miguel tem esta interpretação fabulosa.
«««»»»

Ilha de S. Miguel:  Hortênsias lindas, duma beleza sem par!...

2013/07/28

Ilhas de Bruma: S. Miguel uma delas


Chama-se Seiji. É Japonês.

Fez parte do grupo de viajantes que, sob a extraordinária orientação da guia Vera, visitou a Ilha de S. Miguel, na semana passada...

Foram cinco dias de convívio com um das Ilhas de Bruma... uma ilha encantada...

Que nos encantou e nos levou a momentos inolvidáveis de pura e mágica contemplação!...

@as-nunes

2013/07/25

Antero de Quental - S. Miguel


Em 1891 Antero de Quental regressa a Ponta Delgada, onde nasceu, a 18 de Abril de 1842, onde, após vários desentendimentos familiares (atritos da família com as pupilas), vem a suicidar-se com dois tiros de revólver no palato, ao fim da tarde de 11 de Setembro de 1891.

O local onde se suicidou foi precisamente sentado num banco de jardim neste mesmo sítio. Por cima, na parede, está inscrita a palavra "Esperança" com uma âncora...

O PALÁCIO DA VENTURA

Sonho que sou um cavaleiro andante.
Por desertos, por sóis, por noite escura,
Paladino do amor, busco anelante
O palácio encantado da Ventura.

Mas já desmaio, exausto e vacilante,
Quebrada a espada já, rota a armadura...
E eis que súbito o avisto, fulgurante
Na sua pompa e aérea formosura!

Com grandes golpes bato à porta e brado:
Eu sou o Vagabundo, o Deserdado...
Abri-vos, portas d´ouro, ante meus ais!

Abrem-se as portas d´ouro, com fragor...
Mas dentro encontro só, cheio de dor,
Silêncio e escuridão - e nada mais!

Na véspera de nos virmos embora, da viagem a S. Miguel, tivemos o privilégio de ouvir o maestro e poeta Carlos Frazão, a tocar (magistralmente) ao piano, um arranjo musical sobre este tema, de sua autoria, também cantado (não me recordo do nome do cantor... perdão, amigo!).

@as-nunes