"Conversando Com" ... organização da Associação Cultural "SemprAudaz" em Leiria, ao Centro Cívico. Sessão de 21 de Janeiro de 2014 com Orlando Cardoso ... (edição original no FB desta data )
21 de Janeiro da 2014: Na SEMPRAUDAZ - Associação Cultural
realizou-se a sessão Vamos conversar com... Dr. Orlando C Cardoso. Tema: Almada
e Eça - Romance a dois? Em debate a leitura comparada de "A Capital"
de Eça de Queirós e "Nome de Guerra" de Almada Negreiros.
Sinopse
Sinopse: A Capital é o segundo volume de uma colecção que
inclui as obras de Eça de Queirós, numa nova edição que oferece ao público
textos fixados por um estudo comparativo das várias edições existentes. O
leitor, terá assim acesso, em edições correntes, ao texto fixado pela edição
crítica das obras de Eça de Queirós, levada a cabo pela Imprensa Nacional-Casa
da Moeda. O Professor Carlos Reis é o responsável pela coordenação geral, assim
como pelas introduções, prefácios e notas ao texto.
Obra que Eça deixou inacabada – em parte por recear que fosse
demasiado escandalosa para a sensibilidade dos seus contemporâneos - A Capital
só viria a ser publicada postumamente, numa edição com cortes e acrescentos de
autoria de José Maria d’Eça de Queirós, o filho do escritor. Daí o interesse de
que se reveste a presente edição, cujo texto é substancialmente diferente do
que até agora circulava. Nele descobrimos o deslumbramento, mas também a
mordacidade queirosiana com que Eça retratou a «sua» cidade, através da sofisticada
frivolidade dos meios sociais e das personagens que ainda hoje povoam o nosso
imaginário quando evocamos a Lisboa de Novecentos.
(in site da Wooks) -
Nome de guerra, romance de aprendizagem (Bildungsroman) de Almada Negreiros, foi escrito em 1925 e publicado em 1938. Para Eduardo Prado Coelho, inaugura “na nossa literatura um modelo de ficção-reflexão” (1970: 35) que só na segunda parte do século terá continuidade.
Em termos de construção narrativa, o romance representa a luta entre a personalidade do indivíduo e as normas da sociedade por adquirir uma certa autonomia. Antunes, o neófito, rebela-se contra os padrões sociais: "amava a verdade acima de tudo", "quem pensa sozinho não quer senão a verdade, as justificações são por causa dos outros".
O problema começa com a tentativa dos pais, da sociedade e dos modelos culturais e psicológicos de exercer a sua influência sobre o destino do protagonista: "É sempre assim, temos sempre que perder o nosso tempo em desfazer o bem que os outros fizeram por nós".
Acácio
de Paiva, nasceu em Leiria, no dia 14 de Abril
de 1863. Foi um brilhante poeta (Altíssimo Lírico e o maior Humorista da Poesia
Portuguesa), jornalista (chegou a ser Diretor de «O Século Ilustrado» e de «O
Século Cómico» no decorrer das duas primeiras décadas do séc. XX) e, como
Dramaturgo, escreveu várias peças para o Teatro de Revista dessa época áurea
das letras e das artes portuguesas.
O livro, cuja capa se
mostra acima, vai ser apresentado no dia 6 de Setembro pelas 21:00h, na sala
"Celeiro" da Fundação da Caixa Agrícola de Leiria, pelo Dr.Orlando
Cardoso, brilhante escritor, Diretor que foi do Jornal de Leiria,
jornalista conceituado, emérito investigador da história Leiriense (particularmente a ligada às letras), poeta
inspirado e de méritos reconhecidos, professor, etc.
Entretanto, o meu
ilustre e muito estimado amigo, Dr.Arménio de Vasconcelos(*), autor do Prefácio,
fará também uma dissertação sobre Acácio de Paiva e o historial da aventura (da
qual ele próprio é uma das personagens de relevo) do autor, ao se ter
abalançado a esta temeridade, que é «falar de Acácio de Paiva», das suas
múltiplas facetas literárias e das muitas personalidades do mundo das artes, das
letras e da política que foram seus companheiros de tertúlia...
O Dr. Paulo Costa, psicólogo do hospital de Leiria, brilhante
poeta, amigo e companheiro de Tertúlia dos Serões Literários das Cortes, também
se prontificou a colaborar com um arranjo musical sob temas poéticos ao estilo
de Acácio de Paiva.
Numa das badanas deste livro o autor
considerou ser muito relevante e útil transcrever a apologia de Acácio de Paiva
que outro conceituado representante das letras e da cultura nacionais, a quem
Leiria muito deve, lhe escreveu, nos idos anos de 1968. Trata-se do Dr. Américo
Cortez Pinto.
É, também, da maior justiça, relevar que
esta publicação só foi possível, graças ao apoio editorial da Junta de
Freguesia de Leiria, cujo estímulo foi determinante para o autor se impor a si
próprio como que um dever e uma obrigação moral de coligir toda a informação
esparsa sobre a vida e obra deAcácio de Paiva, de modo a que este
trabalho pudesse ser tornado público ainda no decorrer deste ano de 2013,
precisamente o ano em que se comemoram os 150 anos do seu nascimento. Pode
dizer-se, muito sinceramente, que os inevitáveis caprichos do Tempo e «de
espaço», também poderão ter aqui o seu quinhão de responsabilidade por algumas
lacunas que possam vir a ser encontradas. De qualquer modo, o autor, assume-se,
desde já, em qualquer circunstância, o principal responsável pela escolha
do método de abordagem da estrutura do presente livro e do seu
conteúdo, por muito incompleto que ele se possa apresentar.
Pelos aludidos caprichos do Tempo, este é
um ano de eleições autárquicas em que, administrativamente, a Freguesia de
Leiria vai passar a integrar (em pé de igualdade com Pousos, Barreira e Cortes,
assim terá de ser) uma «União de freguesias».
Mas esse facto jamais poderá ser evocado para justificar qualquer alegada
hierarquização de valores nem sequer de preferência pessoal.