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2013/02/08

Antes das cidades já havia pessoas?

Igreja/Santuário de N. Sra. da Encarnação . Leiria: ao anoitecer de ontem.
De cima da ponte que liga a zona do hospital de Sto. André aos Pousos, em Leiria. Ao anoitecer. Ontem

Ora bem. Aqui estou eu, à espera que mudem os pneus do meu carro. E, pelos vistos, vim mesmo na hora. Pelos menos dois dos pneus já estavam nas lonas. Têm andado a gastar mais por dentro, pelo lado do pneu que não se nota à vista ligeira e de rotina.

Os pneus nas lonas. Tal como nós, portugueses. Uns mais que outros, claro.
Veio-me à ideia o que se tem passado com a gestão da coisa pública. Do país, este país desgraçado pela atuação desgovernada e corrupta dos políticos que nos têm calhado nas rifas das eleições ditas democráticas, mas que pouco têm de democrático, na perspetiva de que as pessoas que são escolhidas pelos partidos acabam por nos ser impostas através do  sistema eleitoral vigente em que não se dá oportunidade a que pessoas independentes e reconhecidamente competentes e honestas se possam apresentar a sufrágio universal.
Do país e das cidades, como é o caso de Leiria, nitidamente em situação de rutura financeira e com as pessoas a deixá-la às moscas. Com o comércio completamente à deriva e as lojas a fecharem umas atrás das outras, o centro histórico degradado ao extremo.

Tendo aqui à mão o semanário "Região de Leiria", de que sou, aliás, assinante, dei com uma crónica na página de "Opinião" que me chamou particularmente a atenção. Por sinal a crónica desta semana tem como finalidade introduzir o tema que vai passar a ser abordado pelo seu autor(*). E fiquei expectante.

Muito sinteticamente e em jeito de slogan, o autor inicia o seu texto desta semana, reproduzindo um grafiti que recentemente encontrou numa das artérias centrais duma cidade aqui perto. Que diz assim:

"Antes das cidades já havia pessoas?"

Apesar do aparente absurdo desta pergunta, o autor propõe-se, com esta crónica, trazer regularmente à discussão pública, "propostas de leitura e interpretação do lugar do urbano e do papel das cidades no mundo contemporâneo."

Parece-me uma boa ideia.
Vamos a isso, cá estaremos para o ler e acompanhar. O tema promete.
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E pronto. Os pneus já estão montados. Espero passar a sentir-me mais seguro a conduzir, nos próximos tempos. Assim possa acontecer o mesmo com os políticos que nos governam. Com a mudança de Orçamento plurianual para a UE parece que até nem vamos sair muito desfavorecidos, pelo menos no que respeita aos fundos de coesão para a Agricultura. 
Assim venham a ser geridos com o rigor que se exige. 

(*) João B. Seara
Professor do Instituto
Politécnico de Leiria

@as-nunes

2011/12/29

Eça em Leiria, um grafite a evocar "O Crime do Padre Amaro"

Cheguei ao Largo da Sé, em Leiria, descendo a Rua Cónego Sebastião da Costa Brites, aquela calçada que vem do Largo Manuel de Arriaga, ali ao Governo Civil (ex-Governo civil, que agora já não há governadores civis, sei lá), quem vem da zona do Castelo.
Reparo na azáfama dum fotógrafo, às voltas com o melhor ângulo para fotografar a gravura estampada na parede, como se mostra na foto. Arte Grafite, diz-se.
Se se ampliar, pode ler-se a seguinte legenda: "O seu nome era Amaro Vieira". Ficámos por ali um bocado à conversa sobre quem é o autor daquele mural, parece que já o "Correio da Manhã" andou a investigar quem será o artista mistério (actualização: ver vídeo TVI24), que já fez apresentações deste género, mas sempre originais e propositadas, em vários pontos da zona de Leiria. 
Será Leiriense?
Acabámos por chegar à conclusão que até já tínhamos trabalhado na mesma empresa, há muitos anos atrás, falámos imenso sobre máquinas fotográficas, objectivas, lentes, aberturas, velocidades, sensibilidade, tempos passados em que a fotografia era com rolos, etc. etc., trata-se do Filipe, repórter fotográfico profissional, pareceu-me pessoa já muito experiente e activa, falámos do "Diário de Leiria", de Agências de Informação, etc., a primeira página do DL vai trazer hoje, 29 de Dezembro, uma reportagem sobre esta história do artista mistério, acabei por lhe tirar esta foto, os fotógrafos raramente ficam nos "bonecos" está bom de ver, entretanto eu também acabei por tirar uma data de fotografias.
Fiquei com a ideia de que o Eça também estava metido nesta história e lá fui dar mais uma espreitadela no "O Crime do Padre Amaro". E lá está, na pág. 11 da edição da "Lello & Irmão - Editores", não tem a indicação do ano em que foi impresso, mas deve ser dos anos 50/60 do século passado:
"..., o pároco José Miguéis foi definitivamente esquecido.
Dois meses depois soube-se em Leiria que estava nomeado outro pároco. Dizia-se que era um homem muito novo, saído apenas do seminário. O seu nome era Amaro Vieira. ..."
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@asnunes