“A Pedra da Paciência existiu, desde há cento e tal anos até à altura em que o cemitério da Gândara foi deslocado para um local mais ajustado às necessidades da população. Encostada ao muro do antigo cemitério, que circundava a capela, e virada para o exterior, a pedra estava apoiada em tijolos tipo "burro" e servia de apoio aos mais idosos, e não só, que aí se reuniam para conversar, provavelmente também para desconversar e, de facto, também para esperar que o tempo passasse. Certamente também para verem o movimento do vai e vem das pessoas e dos veículos, primeiro os de tracção animal e mais tarde os movidos a motor, uma vez que era a parte mais central da terra e estava junto à Estrada Nacional n.º 109 (Leiria-Figueira da Foz). E, porque não dizê-lo, o banco ficava pertíssimo da taberna, pelo que também dava jeito para as idas e vindas. Sobre a pedra actual, pode-se dizer o seguinte: tal como retiramos da inscrição na lápide que lhe está adjacente, o banco actual foi edificado na altura da comemoração do 3.º centenário da construção da capela e, de facto, pretende ser uma homenagem aos anciãos Gandarenses. A pedra que faz parte deste trabalho, embora sendo, sem dúvida, centenária, não é a original. É uma soleira da porta de uma casa antiga, demolida nos Marrazes e que foi cedida para o efeito. É mais larga do que a original e de comprimento idêntico e está assente em tijolos igualmente diferentes dos originais. Estas informações foram obtidas junto da pessoa que idealizou a obra e não tiveram direito a contraditório. Gândara dos Olivais, 31 de Março de 2016, João Ervilha"
Repare-se no pormenor do nome do fabricante do painel: