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2009/12/16

Da Ilha de Moçambique, com amor pela Língua Portuguesa


Porque sinto a Ilha de Moçambique - que conheci em 1970 - como se lá tivesse deixado uma parte do meu ser Cósmico e Lusófono!...



Excerto do excepcional texto do Prof. Dr. Fernando Baptista
Da náutica dos mares... à «coyta de amor»
do «cuydar» da nossa língua.(1)
inserto no Boletim Nº1 da ACLAL de Novembro de 2009. (*)

(…)
1.1. A palavra dos grandes poetas e escritores da CPLP e a língua portuguesa como insuperada
memória e arquivo dos legados fundamentais duma cultura polifónica, inter-continental e
inter-oceânica

"Sopro pulmonar tornado paixão / de música", a inspirar "a escrita suprema de imaginar por música as coisas"2 e a transmudar-se em "ânfora cantante"3, é A PALAVRA plasmada nos textos dos grandes poetas e escritores da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) que, mais do que nenhuma outra palavra, transporta elevatoriamente a nossa língua, fazendo-a ascender à sua mais alta potência comunicacional, noética e semiósica, à sua mais acabada configuração estético-literária e à sua mais dilatada e globalizada projecção cartográfica, resultante daquela que foi e, em certa medida, ainda continua a ser a sua odisseica navegação, errância e diáspora pelas sete partidas do mundo...
(…)

1) O presente texto reproduz, no essencial, uma conferência proferida em 20 de Maio de 2009, na Cidade da Beira / Moçambique, na Delegação do Instituto Camões.

3Na graciosa e «arqueológica» metáfora grega de Alberto de Lacerda
Oferenda I, Lisboa, IN.CA, 1984, poema “Esta língua que eu amo»,
pp. 316-317. Carlos Alberto Portugal Correia de Lacerda, de seu nome completo, nasceu na Ilha de Moçambique, em 20 de Setembro de 1928, e faleceu em Londres, em 26 de Agosto de 2007.
(*) Pode-se ler na íntegra, este e outros belos textos de apologia da Língua de Camões, a partir do lugar da internet (aqui).
Ver também o blogue da ACLAL – Academia de Letras e Artes da Lusofonia.

2009/03/15

85º Aniversário - pai Daniel





Está-se mesmo a ver quem era o aniversariante. O meu pai, 85 Primaveras. E se o dia estava bonito! Já estava toda a família a acomodar-se, onde está o António, eu a tirar umas fotos ao ECOmuseu de Vila Chã de Sá, tinha-o descoberto naquele momento... Claro, quando cheguei à mesa, tive que me sujeitar a um dos lugares vagos.
Mas se não houvesse tipos como eu, sempre à coca de novidades, como é que os registos destas passagens eram feitos? Sem vida? Só porque alguém nos mostra uma foto ou nos dá uma dica?
Mesmo assim não ia ficar mal acompanhado. Por sinal até fiquei mesmo ao lado do meu irmão Vitor (Prof. em Tondela), ainda que a Zaida tenha acabado por ficar num lugar distante.
O convívio foi excelente, daqueles que só se conseguem com pretextos como o dum aniversário dos mais idosos da família. Três irmãs, o irmão, os respectivos cônjuges, filhos, netos, sobrinhos, cunhados, uma festa. Como os laços de família são fortes!...
-
Também tenho que deixar aqui os meus parabéns às gentes da freguesia de Vila Chã de Sá. Têm ali uma obra de grande gabarito. As alfaias agrícolas e outras da nossa zona de Viseu, ali estão, bem à vista: O engenho ou a picota ou a cegonha, os carros de bois, as pipas de vinho, as grades (quantos hectares de terra elas não terão arado?), os jarros de bronze e de zinco. Mas a lareira!...aquele tipo de lareira!... Quantas recordações, já muito antigas é certo, eu pequenito, a minha avó Neves, as minhas tias, a Nevitas, o calor reconfortante ali mesmo aos nossos pés, a comida a fumegar, o fumo a passar pela telha vã, as vimes das podas, bem secas, as pinhas...o cheiro a cavacas de pinheiro... A nossa casa, no fundo do Povo, do Casal de Ribafeita, assim se chama, uma das fontes comunitárias ali mesmo à mão! E os bailaricos, ao som da gaita de beiços e dum tocador de viola? E as sessões de violino do meu tio Alberto, ali mesmo ao pé da venda de tudo e mais alguma coisa? E as cantigas por altura da Páscoa? A voz da minha mãe a sobressair-se, pelo timbre forte, vibrante, notas certinhas e compassadas?
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Não me podia também esquecer do Agostinho, de Parada de Gonta. Aqui fica a camisola do clube da tua terra. O dono do restaurante lá me informou que "Pinheirão" tem a ver com pinheiro e carvão. Ou seja, tudo o que se come é feito no lume do pinho e do carvão.
Um serviço de qualidade.
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Mais um brinde ao meu pai Daniel. Ergo-lhe a taça, meu pai!
Obrigado por toda uma vida que tem vindo a dedicar aos seus 5 filhos...e netos...e bisnetos.
- NB: os links a azul, no texto, são PIRATAS.

Posted by Picasa

2006/07/07

MOÇAMBIQUE 2.n

Não tenho à mão material preparado para colocar neste meu post, nesta excelente oportunidade e na sequência da minha declaração recente de que pretendia deixar aqui o meu testemunho do que foi a minha vida em Moçambique, entre 1969 e 1971.

Mas não poderia deixar de aproveitar o ensejo duma nota recebida hoje para aqui vos indicar o link abaixo, no qual poderão observar alguns aspectos da cidade da Beira dos anos 70.

http://kaliynka.blogspot.com/2006/06/minha-cidade-beira.html
Mantenho a promessa: voltarei a este tema: Moçambique.