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2013/04/12

ACÁCIO de PAIVA - Altíssimo Lírico e o maior Humorista da Poesia Portuguesa

Acácio de Paiva nasceu a 14 de Abril de 1863.
Vão fazer precisamente 150 anos!
Alguém se lembrou dele?
Não tenho conhecimento de nenhuma iniciativa para comemorar oficialmente esta efeméride!
Acácio de Paiva é, reconhecidamente, um dos maiores poetas líricos e satíricos da Literatura Portuguesa!

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 O Tojo

Porque me fez cruel a natureza,
O tojo diz, é alma da floresta,
E não me concedeu, como a giesta
E mais irmão que tenho a macieza?

Não pode por carícia (que tristeza!)
Diminuir a dor que me molesta,
Pois que por condição, e bem funesta,
A quem me toque eu firo, com dureza.

Pés descalços, de carne preciosa,
Se atravessam os matos dos caminhos
Eu tenho de os rasgar, alma impiedosa,

E tanto desejaria que os espinhos
Se trocassem por pétalas de rosa
Quando os pisam crianças e velhinhos!

  Acácio de Paiva


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A LÍNGUA PORTUGUESA

Assim como onde tem maior pureza
A linfa, é na mãe de água, por ventura
Assim também na aldeia é que é mais pura
A minha amada língua Portuguesa.

Na sua elegantíssima rudeza
Como nos seus extremos de doçura
Todos os pensamentos emoldura
Numa espontânea e artística beleza

Oiço-a forte, nas feiras, discutindo;
Nos serões oiço-a meiga namorando…
E é sempre um trecho de poema lindo

Aqui soberbo, além risonho e brando,
Porque é de Portugal o mar bramindo
E é também o nosso rouxinol trinando

ACÁCIO de PAIVA
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 (No momento em que eu, no Arquivo Distrital de Leiria, enquanto a recolher (quantas consultas????) dados para completar a escrita de um livro sobre Acácio de Paiva...
Desculpem qualquer erro gramatical, que será de minha responsabilidade, pela pressa com que escrevi e publiquei...)

em tempo:
1- O fotocopiador do arquivo não está operacional;
2- não se podem fotografar documentos;
3- As digitalizações que se queiram, levam uma semana, pelo menos.

Razão de ter digitado estes dois sonetos.   Ficam já aqui...

Boa tarde a todos.

@as-nunes

2012/02/13

Viva o 13 de Fevereiro!

Durante o dia, esta camélia, belíssima, retratei-a eu no meu jardim, talvez um pouco desfavorecida pelos frios intensos que se têm feito sentir...

Esta vista panorâmica é uma das minhas companhias diárias...
E não me podia esquecer de fazer referência ao 1º "Dia Mundial da Rádio" instituído pela UNESCO, ou não fosse eu radioamador desde 1980 (CT1CIR).

 65 anos da colheita de 1947, concentração à média luz, um filme a correr, suspense!...
(foto da Maria Inês Nunes)

Tínhamos reservado uma festarola de arromba no Hotel Cinco Estrelas, mas acabámos por ficar em casa, em família...
(foto da Maria Inês Nunes)
Mas valeu a pena, ora digam lá que não.
A diferença de idades correspondente a três gerações, sendo que a mais idosa tem 93 anos e a mais novinha 4.
@as-nunes 

2010/09/18

MIL POSTS!...

Foi em 16 de Março de 2006 que iniciei o "Dispersamente".
Mil posts depois e olhando para trás, penso que o resultado é verdadeiramente positivo. Talvez tenha dado mil opiniões; talvez tenha recebido mil críticas; talvez tenha feito mil amigos; talvez, até, mil inimigos. 
Mas, volto a repetir: o resultado foi positivo. Por mil razões. Aprendi tanto, reavivei tantos, tão bons e úteis conhecimentos; partilhei a mais variada informação; conheci tão bons amigos!...
Vou continuar. Não sei se por mais mil posts. Mas vou continuar. Que não me falte a coragem. Que me não desencante com as mil e uma coisas que a vida ainda me reserva. Dia após dia.


Mil vezes obrigado a todos quantos me têm acompanhado ao longo dos meus mil posts ...
 (O Sole mio - Pavarotti)

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2010/06/13

LEIRIA em dia de Sto António de Lisboa


Hoje comemora-se:
O Dia de Santo António de Lisboa
que o é, também, dos mais variados sítios e lugares


O Dia da Freguesia de Leiria.


Leia-se o seguinte excerto do parecer efectuado pelo Professor Doutor Saul António Gomes, emitido em 20 de Agosto de 2002, a pedido do Executivo da Junta de Freguesia de Leiria:
"...
Permanece em aberto, efectivamente, o facto histórico de grande relevância que é a elevação oficial de Leiria ao estatudo de cidade, pelo rei D. João III, como se referiu, em 13 de Junho de 1545. Curiosamente, um dia festivo na vida religiosa, cultural e histórica portuguesa por ser, muito justamente, o dia de Santo António de Lisboa. Santo que tinha na Leiria dos nossos avós grande apreço e era popularmente comemorado na cidade e arredores.
..."

Na imagem acima pode ler-se um poema dedicado a S. António escrito por Miguel Torga, intimamente ligado a esta cidade, pelo facto de aqui ter instalado o seu primeiro consultório como médico e aqui ter vivido nos anos 40. Aqui foi preso pela PIDE.
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Nestes tempos, ditos modernos, em que andamos todos à nora com problemas de variada índole, nomeadamente as grandes dificuldades de ordem económica e financeira que o país atravessa, ocorreu-me transcrever um soneto de Acácio de Paiva, um dos maiores poetas leirienses de todos os tempos
(eu a recordar, também, aquele outro belo soneto, em que o poeta evocava as Noras que se faziam ouvir no meio do choupal ao longo do Rio Lena, agora a transformar-se rapidamente em área de infraestruturas a que a modernidade parece querer obrigar a todo o custo!...):


LEIRIA
I


A minha terra... Basta ser a tua
Para que mais nenhuma assim me agrade,
Na parte velha, a nossa mocidade
(A cegueira dos anos...) continua.


Ora me demorei vendo uma rua;
Talvez a mais antiga da cidade...
Conserva-te menina: ingenuidade,
Comedimento, a não ver Sol nem Lua.


Há bairros novos, casas de cimento,
Reparos brancos em ruínas, feira
mudada, restaurantes, movimento,


Outras línguas - política, suponho.
Recolhamos, afável companheira,
À capelinha rósea do meu sonho!


- Ler ensaio sobre o brasão da freguesia de Leiria 
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2010/05/20

LEIRIA - Afinal os choupos foram poupados

(clic na foto e repare nos acers que iriam substituir totalmente a paisagem verde do local. São bonitos, mas não justificavam o abate dos choupos, não concordam?)
Na sequência da reportagem que aqui publiquei é natural que tenha ficado na mente de quem a leu, a ideia de que estes choupos iam ser abatidos. Estávamos em 2009. As obras de requalificação deste largo, o Largo Cónego Maia, em Leiria, lá prosseguiram o seu ritmo. Só que - talvez porque era altura de eleições - a Câmara Municipal de Leiria menteve o projecto inicial, mas com uma alteração: os choupos afinal seriam mantidos (por alteração ao inicialmente previsto) e o resultado está à vista.
Repare-se: Sem os choupos, que já lá estavam e que faziam parte integrante das nossas vidas, que seria de quem tivesse que lá andar e descansar nos bancos de jardim, agora que o calor começa a apertar? 
Quem poderia pagar aquela sombrinha que se vê tão nitidamente desenhada naquele chão?...

Valeu a pena a luta travada na altura pela população.
Afinal de quem é a cidade?
Não é de quem a faz viver nela vivendo e trabalhando?

NB.: No próximo dia 22 comemora-se o "Dia do Município de Leiria". 
O programa das comemorações encontra-se detalhado consultando-se o link.
Sei que se tem andado numa azáfama trepidante para conseguir inaugurar nesse dia, obras de iluminação da barbacã do Castelo de Leiria. Essas obras foram adjudicadas por 150.000 Euros. O morro do Castelo foi mexido e remexido. Esperemos que não se tenha afectado o equilíbrio das terras, rochas e arvoredo, que sempre têm sustentado esta área da cidade.Quanto a mim, este tipo de iluminação vai dar outra visibilidade nocturna ao morro em si, não ao castelo propriamente dito, visto que abrange a área onde mal se divisam algumas muralhas no lado Norte. Talvez que se passe a perceber melhor a existência do Portão Norte do Castelo, o que poderá constituir uma mais valia. É que este Portão, de muita beleza e valor arquitectónico  e histórico, está localizado num ponto muito fora do olhar dos visitantes e tem acessos difíceis e sem sinalização.

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2010/03/25

ALCANENA - Dia Mundial da Poesia

No salão principal de leitura da Biblioteca Municipal de Alcanena, no Dia Mundial da Poesia.
Estiveram presentes mais de seis dezenas de poetas oriundos de Alcanena, Riachos, Rio Maior, Chamusca, Leiria. Todos os presentes leram poemas, de sua própria autoria na maior parte dos casos, mas também de outros autores, dos mais consagrados aos simplesmente populares (Alguns, quem sabe, mais tarde, também consagrados pelo mérito demonstrado?).
A Poesia é eterna...Os poetas não têm idade!...
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Porque não utilizar a poesia para apelar ao apego do uso correcto das palavras na expressão oral e até escrita, quantas vezes?
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Línguística


O nosso português tão lindo
Já poucos sabem falar.
Com tanto pontapé na língua
Onde irá ela parar?


É o "hades" em vez de hás-de
"Sube", "truce", "fostes", "troceu"
É o "quaisqueres" por quaisquer
Em vez de comigo é "mais eu".


Por este andar qualquer dia
A gramática vai mudar!
E antes que eu diga asneira
"Prontos", vou acabar.

Zaida Paiva Nunes
"Pedaços de Mim", Ed. folheto, 2005
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2009/05/22

Dia de Leiria (Município)


(foto "controlKedições")
Hoje comemora-se o Dia do Município de Leiria
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LEIRIA
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A minha terra...Basta ser a tua
Para que mais nenhuma assim me agrade,
Na parte velha, a nossa mocidade
(A cegueira dos anos...) continua.
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Ora me demorei vendo uma rua;
Talvez a mais antiga da cidade...
Conserva-te menina: ingenuidade,
Comedimento, a não ver Sol nem Lua.
.
Há bairros novos, casas de cimento,
Reparos brancos em ruínas, feira
mudada, restaurantes, movimento,
.
Outras línguas - política, suponho,
Recolhamos, afável companheira,
À capelinha rósea de meu sonho!
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Acácio de Paiva
(1863-1944)
In Acácio de Paiva - Um Crésus perdulário
Américo Cortez Pinto - 1968
O autor deste blogue está a compor esta entrada, pressionado pela gestão do seu tempo disponível tendo em conta a época do ano e a necessidade premente de cumprir prazos implacáveis no âmbito da sua actividade profissional.
Pela janela do meu escritório de trabalho, vejo a Sé Catedral de Leiria com o seu Adro e o respectivo Largo. Do interior do templo ouvem-se, vagamente, os cantos de Grupos Corais. À esquerda, olhando mais para o alto, o Castelo de Leiria, a Torre Sineira, a rua empedrada que sobe até à Igreja de S. Pedro, ao Antigo Paço Episcopal e ao próprio Castelo, a figura mais emblemática da cidade de Leiria, a par do seu rio Lis, talvez dos rios mais escritos e cantados por poetas, músicos e prosadores.
Na casa onde me encontro, nasceu há 145 anos, o poeta autor deste belo soneto dedicado a Leiria. Aqui vivi e trabalho desde 1968. Aqui nasceu a Zaida (Paiva e... Nunes), também ela com uma veia poética, quantas vezes espontânea..., o meu filho Bruno (Paiva e Nunes)... Aqui continua viva a alma da família Paiva. Aqui pairam, a silhueta grandiosa de Eça de Queirós e ondas sublimes de inspiração do seu celebérrimo romance "O Crime do Padre Amaro".
Muito gostaria de, neste ensejo, escrever, escrever até que as mãos me doessem de tanto bater no teclado do computador, sobre o lídimo escritor, prosador e poeta, bucólico, humorista, dramaturgo, um dos mais crésus perdulários, com a sua extensíssima obra espalhada por todos os jornais e revistas da sua época. Acácio de Paiva(*). Muito gostaria de vos transcrever, aqui, agora, mais poemas de Acácio de Paiva. A falar, infatigavelmente, da sua amada Leiria, dos rios Lis e Lena, da Sra. da Encarnação, das Olhalvas e das suas ervinhas, da Sra. do Monte, da Rainha D. Isabel e dos seus ciúmes de amor provocados pelos muitos amores de D. Dinis, o semeador do Pinhal de Leiria, de S. pedro de Moel e do seu grande amigo, Afonso Lopes Vieira, da variada correspondência que trocavam entre si.
Sem esquecer a sua amada terra das Olivais (Ourém), onde faleceu na sua Casa das Conchas, e dos seus verdes prados, do arvoredo cheio de aves, quais diáfanas inspirações para muitos dos seus poemas bucólicos e de saudades múltiplas!...
- (*) Está em curso a organização de vários eventos em sua homenagem, durante o corrente ano, promovida sob a coordenação da AOD - Associação Oscilação Dinâmica, sedeada no Largo do Gato Preto, em Leiria (ver entrada recente).
...
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2009/04/21

Onde está o 25 de Abril?!...

Como imaginam que devem estar os corações dos que acreditaram nos ideais subjacentes a uma Revolução, que só a força imparável do Povo, levou avante! A revolução dos Cravos? A revolução da Liberdade? A Revolução da Paz?
E o Tempo, o que nos trouxe?
PAZ, PÃO, SAÚDE, SOLIDARIEDADE?!...

Eu queria acreditar que andei mais de 25 anos a lutar por uma causa, que não era fácil, nem milagrosa, bem o sabia!...

E agora?...O que é que podemos esperar do futuro de Portugal, passados estes anos todos?
Fui mobillizado com 21 anos para Moçambique. Entretanto, raramente alguém nos dava emprego enquanto não estivéssemos livres do serviço militar. Parece que me estou a ver entrar no Convento de Mafra, onde estava aquartelada a Escola Prática de Infantaria, depois duma viagem em que me meteram num comboio rumo ao desconhecido, para me prepararem para a Guerra, que era o nosso passo obrigatório, ou para a Morte, de milhares de jovens, ou para o começo da vida para os sobreviventes. Hoje, esses sobreviventes, continuam a lutar para que lhes seja reconhecido o tempo de serviço militar para efeitos de cálculo do valor da reforma, que o tempo já o aceitaram para esse efeito. Só que não se come o Tempo!... E quantos veteranos dessa famigerada guerra colonial não morreram já, sem que lhes tenha sido dado o devido reconhecimento?

Desgraçadamente sinto que não conseguimos preparar um Futuro mais risonho e próspero para os nossos filhos e para os nossos netos!
É com amargura que antevejo que se tem de começar quase tudo do princípio. É certo que vamos comemorar o 35º Aniversário da Revolução dos Cravos num ambiente dramático de Crise global. Mas nós, portugueses, estamos numa situação extremamente complexa, que nos vai obrigar a um esforço maior que muitos dos outros povos, incluindo os da Comunidade Europeia.
Claro que não vamos baixar os braços!
Mas já estamos cansados de apertar o cinto...alguns de nós...a maioria...

Quem sabe se umas chineladas das gerações dos nossos netos não surtissem efeito? Pelo menos teriam o condão de envergonhar alguns dos que, desde o 25 de Abril de 1974, outra coisa não têm feito que andarem a viver à custa do Orçamento!...

Há muitos anos que perdi o entusiasmo de usar o Cravo vermelho no 25 de Abril!
Não sei que força, agora já a envelhecer, me está a dar, que o vou colocar este ano, bem à vista, na lapela do casaco!...

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2008/07/04

O massacre da Portela – 5 de Julho de 1808

Amanhã comemoram-se 200 anos sobre o massacre de quase todos os habitantes da cidade de Leiria, à época uma pequena urbe.
Este momento histórico da invasão das tropas de Napoleão, comandadas pelo general Margaron, saldou-se no massacre de cerca de 120 leirienses, muitos fuzilados sumariamente por terem de sua posse qualquer das alfaias agrícolas usadas na altura.
Existe documentação bastante para se perceber e compreender o que se passou nesse fatídico dia, mas a sua dispersão é grande, repartida por capítulos de alguns livros (por exemplo, “A Mãezinha” de Júlia Moniz (Barreira), Villa Portela (cap. I do livro), "História da Barreira" de Borges da Cunha (Barreira), entre outros, e muitas gravuras da época.
No âmbito das comemorações desta terrível data para as gentes de Leiria e milícias em número reduzido, comandadas por alguns soldados do Batalhão Académico de Coimbra, realizam-se várias iniciativas, dentre as quais se destacam:

1- Lançamento do livro “O massacre da Portela – 200 anos depois” ed. Textiverso coordenação de Carlos Fernandes, no Salão Nobre da Câmara Municipal, pelas 16h30; Sábado, 5 de Julho de 2008;
2- Exposição cedida pelo Museu da Marinha, no Arquivo Distrital de Leiria, que ficará patente até 29 de Agosto;
3- Homenagem aos mártires do massacre, junto ao local assinalado com uma placa evocativa no muro sul do Convento da Portela (Rua Dr. João Soares);
4- Exposição de 100 gravuras de época, de grandes dimensões, na Casa Museu João Soares, Cortes, Leiria; algumas destas gravuras são inéditas, como as da autoria de João Mouzinho de Albuquerque , que esteve em Leiria, de passagem, no séc. XIX;
5- A Câmara organizará um colóquio sobre este tema, nos próximos dias 14 e 15, na Escola Superior de Educação de Leiria.
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2008/03/23

Árvores e Livros


Vivemos, eu e a Zaida, na freguesia da Barreira, que comemorou este ano 270 anos da sua fundação. A Junta de freguesia lembrou-se de recordar os escritores que, tendo nascido ou aqui vivam, têm publicado livros, contribuindo assim para o enriquecimento da cultura e do bom nome da freguesia.
No passado dia 16 do corrente mês, decorrreu no Salão do Centro Paroquial, durante a tarde, uma sessão solene tendo em vista a comemoração do facto de que em 1738 a Barreira foi elevada ao estatuto de freguesia, aproveitando-se o ensejo para homenagear os autores literários e as associações da freguesia. Entre os loureados figuraram: eu, António Nunes ("Caminhos Entrelaçados na freguesia da Barreira" - ed. da Junta de 2005 e co-autor de "José Teles de Almeida Paiva - 1917-94 - uma Vida, Uma Obra, Uma cidade". ed. dos autores de 2004); e Zaida Paiva Nunes (co-autora de "José Teles de ..." e autora de "Pedaços de Mim" - 25 Poemas, col. da Ed. Folheto, ed. 2005).
A Junta encontrou uma forma original e actual de entregar as respectivas homenagens aos autores: Árvores; a da esquerda, Grevíllea Robusta, para a Zaida; a da direita, Liquidâmbar. Aqui estão elas, devidamente plantadas no nosso jardim. Esta operação levou-nos a fazer várias contas de cabeça para desencantarmos um local condigno para as plantar, mas cá estão e serão futuramente acarinhadas com todo o nosso desvelo. Até pelo simbolosmo de que se revestem.
Estão situadas: Grevíllea: zona NW do jardim; Liquidâmbar: zona NW(fonte).
Cá iremos dando conta do seu crescimento...
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2007/06/10

PORTUGAL - O Estado somos todos nós

Pátria

Serra!
E qualquer coisa dentro de mim se acalma…
Qualquer coisa profunda e dolorida,
Traída,
Feita de terra
E alma.

Uma paz de falcão na sua altura
A medir as fronteiras:
- Sob a garra dos pés e fraga dura,
E o bico a picar estrelas verdadeiras…
................................................................................
Gerês, Pedra Bela, 20 de Agosto de 1942
Miguel Torga
-
sem esquecer CAMÕES, no dia que oficialmente se convencionou passaria a ser o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades.
- Uma modesta forma de participar das comemorações do 100º Aniversário do seu nascimento.
Contributo de um Beirão da Beira Alta, tão Leiriense como os que o são... que se orgulha de ser PORTUGUÊS!

2007/06/01

O FUTURO nas mãos das CRIANÇAS!...

A todas as crianças do Mundo!
Que do meio da selva descontrolada em que o Mundo está transformado, possam despontar os futuros dirigentes das Nações, que venham a ter a capacidade de se entenderem e proporcionar uma vida mais Justa e Solidária para todos.
Nós, os adultos da actualidade, temos o DEVER de preservar o AMBIENTE para que as gerações vindouras possam viver SAUDÁVEIS!
Que os ricos não sejam tão gananciosos e os pobres menos pobres!
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2007/04/22

"Alcança quem não cansa" (3)

Sabem os meus amigos que o nosso colega bloguista e sentido poeta, Luís, o bufagato foi convidado pelo Vereador do Pelouro da Cultura da Câmara Municpal de Maia para participar e ser homenageado numa sessão pública na Biblioteca Municipal? Fiquei muito satisfeito por ter tomado conhecimento desta informação e só lamento não poder estar presente. Muitos parabéns Luís.
Penso que o ensejo é o apropriado para se chamar a atenção dos responsáveis pela Cultura neste país, no sentido de prestarem mais atenção às excelentes manifestações culturais e artísticas que se têm apresentado na blogosfera.
Não há que ter medo dos bloguistas nem da blogosfera. É que há momentos em que até parece que o fenómeno blogosférico é apresentado aos olhos do público em geral, como um demónio a combater e a ser votado ao ostracismo e indiferença, como forma de forçar a sua não visibilidade pelos que ainda não vêem à Net, ou porque não sabem, ou não porque não querem, por comodismo, ou não podem.
Seria bom que se atentasse com mais cuidado no que está escrito no Plano Nacional de Leitura. Uma das formas a dar particular atenção no sentido de promover o gosto pela Leitura deverá ser o Blog. Concordo plenamente, até pela experiência que já tenho destas andanças pela internet, a escrever e a partilhar dados e informação vária.
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Não queria deixar passar esta ocasião sem aflorar o facto de a Assembleia da República ter deliberado, muito recentemente, que eram horas de tratar de todas as formalidades conducentes à trasladação dos restos mortais de Aquilino Ribeiro para o Panteão Nacional.

A este propósito ocorreu-me que seria boa ideia falar sumariamente, embora, do livro daquele emérito escritor nacional, A Batalha Sem Fim, não só por ser um dos bons livros de Aquilino Ribeiro, mas também, pelas estreitas ligações do autor e do conteúdo desse livro com um lugar que muito me diz: a Praia do Pedrógão, concelho de Leiria. Aliás, a própria vida de Aquilino Ribeiro, está intimamente entrelaçada com aquele lugar e pessoas daquela zona, Coimbrão nomeadamente. Tanto assim é que existe no Pedrógão, uma rua com o seu nome.
Seguindo o que já está escrito sobre este assunto na monografia "Praia de Pedrógão - Locais, Gentes e Memória", Ed. Magno - 2006, de António Inácio Nogueira:
"Por volta de 1922 começa a escrever o romance A Batalha Sem Fim(1), onde nos conta a lenda da Cova da Serpa, retratando o Pedrógão de uma forma excepcional.
Na realidade, Aquilino Ribeiro andou pelas terras do Pedrógão e do Coimbrão, em 1922. Viveu alguns meses no Casal de Baixo, numa casa de Joaquim Ferreira Rocio. Era mais uma peregrinação de exílio, situação que sempre o fazia ausentar de Lisboa."
... Referindo-se a José das Neves Leal, um ilustre homem de letras, natural e com casa de família muito referenciada e bonita, no Coimbrão, o autor da monografia da Praia do Pedrógão, continua a escrever: "Na casa do Coimbrão foi fundada a Seara Nova, e comemorados os seus cinquenta anos. Por lá passaram, em diferentes circunstâncias, figuras ímpares da nossa cultura: João Soares (pai de Mário Soares), Eduardo Vieira, Almada Negreiros, Ary dos Santos, Adriano Correia de Oliveira, José Manuel Tengarrinha, Sotto Mayor Cardia, Alberto Ferreira, Fernando Namora, Alves Redol, Jaime Cortesão, Raul Brandão, Horácio Bio, Teixeira de Vasconcelos, Raul Proença, Câmara Reis, Augusto Abelaira, Carlos Eugénio, Humberto Gurreiro, Manuel Matias Crespo, António Reis, Adelaide Félix, Lopes Cardoso e Aquilino Ribeiro.
O Pedrógão deve a esta gente, pelo menos, a amizade que eles tinham a Aquilino. Se assim não fosse, hoje não haveria Batalha Sem Fim."
Aquilino Ribeiro morreu a 27 de Maio de 1963, precisamente na altura em que se preparava uma justa homenagem ao escritor. Tal era a amizade que unia o escritor a José Leal(4) que este livro lhe é dedicado expressamente.
O jornal, "O Século", a propósito deste livro escreveu, na altura: "As figuras do arrais Pedro Algodres, e a do filho José, embriagado de grandezas, assombram pela nitidez. A do senhor juiz de Leiria, Dr. Afonso da Cunha Leão, esqueceu a Eça de Queirós quando andou a documentar-se na cidade do Liz."
Este brilhante prosador português dá-nos, neste livro, imagens escritas do mais puro falar do povo português. Ora veja-se esta pequena frase dum diálogo entre o Algodres (que queria vender, por necessidade, a sua armação de pesca) e o Eudóxio, pelos vistos um rico proprietário da Ervedeira(2):
"...Rai´s abrasem tanto larápio como há em Portugal! ...
Logo a seguir, vem este excerto da narração do autor, a preparar mais um diálogo: "..."Perante a crónica excelsa, venerável nos coiros semiextintos da lombada, transpirando mais verdade que um missal, não soube o Eudóxio dissimular a sua emoção. Homem de letras gordas, para ler à vontade, sentou-se num madeiro que ali jazia. E estatelando em seguida o livro nos joelhos, depois de mirar e remirar com respeito, não isento de certa desconfiança, aquele tombo mágico, pôs-se a soletrar, enlevado como à missa, a passagem portentosa."...
Para rematar este post nada melhor que ler, de fio a pavio, os dois livros atrás referidos.
Actualização em 24-04-2007: É da mais elementar justiça reparar uma minha desatenção imperdoável, quando compus este post: o meu caro e ilustre amigo e bloguista Jofre Alves tem vindo a escrever sobre Aquilino Ribeiro com uma profundidade e riqueza de informação que seria muita pena que quem ler estas singelas notas não pudesse seguir este link do blogue http://couramagazinefoto.blogs.sapo.pt
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-(1) Bertrand editora, 1984. Edição comemorativa do centenário do nascimento de Aquilino Ribeiro.
(2) Por esta terra, a 15 km da Praia do Pedrógão, viveram várias pessoas de família.
(3) Era o ex-libris de Aquilino Ribeiro, que nasceu a 13 de Setembro de 1885, no concelho de Sernancelhe, freguesia de Carregal da Tabosa.
(4) Ainda o conheci e com ele tive o privilégio de conviver, a espaços.

2007/03/27

TEATRO - Dia Mundial

Comemora-se hoje o "dia Mundial do Teatro". Arte tão antiga que se perde na memória dos tempos!
Mas como gosto de recordar o "nosso" Gil Vicente, fundador do teatro nacional; e de como adorei, com os meus 15 anos, o "Auto de Mofina Mendes"!
E D. João da Câmara, grande poeta e dramaturgo português. Foi há mais de 40 anos que vi, pela primeira vez, representada a sua peça "Os Velhos". Inesquecível! Tive então a honra de ver trabalhar grandes Senhoras e Senhores do nosso teatro: Amélia Rey Colaço, Josefina Silva, Canto e Castro, Raul de Carvalho e outros igualmente grandes.
Mas este é o Teatro "Arte". Porque, afinal, não será o Mundo um enorme teatro? E os homens, fabulosos actores? É só olharmos à volta! Os ricos fingem que, coitados deles, estão na miséria; e, pior ainda, os pobres, fingem-se ricos e endividam-se cada vez mais!
Os parvos a fingirem-se de espertos; os espertos fingindo-se de parvos...
Os incultos a fingirem-se cultos, os maus fingindo-se de bons, os políticos fingindo-se de sérios...E há os que se fingem de loucos, os que se fingem de filantropos, os que se fingem de doentes...
Estou a lembrar-me do grande Molière, do seu "Doente Imaginário", de "Le Bourgeois Gentilhomme"...
E daquele "personagem" tão presente por esse mundo fora:

LAMBE BOTAS

Lambe-botas é criatura
Que existe por todo o lado
Por fora pelo macio
Mas com ferrão afiado.

Com muitos salamaleques
Voz meiga e algo melosa
Vai convencendo meio-mundo
De boa e prestimosa.

Mas por trás, oh meus amigos,
Cuidado com o Lambe-botas!
Se isso lhe convier
Espeta-vos o ferrão nas costas.

Mas mesmo assim, podem crer,
Muitos o valorizam bem
Porque só o Lambe-botas
Os fazem sentir alguém.

Zaida
Texto e poema

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Esta colaboração acaba por se apresentar como uma oportuna deixa para vos falar dum Teatro que houve em Leiria, o Teatro D. Maria Pia. Demoliram-no em 1956. Uma brutalidade que nem sei como é que está tão esquecida da memória dos Leirienses.
Aliás, é inadmissível que, até hoje, nada tenha sido feito pelas autoridades administrativas deste concelho para perpetuar a memória da existência e o que foi a excelente acção daquele Teatro em Leiria. Parece-me a mim que haverá memórias que incomodam ainda hoje e que tudo se tem feito no sentido de as riscar da história.
Insensatos! A história não se apaga administrativamente!...
Em próxima entrada voltarei para falar com mais pormenor sobre este episódio rocambolesco da história da cidade de Leiria.
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2007/03/22

Dia mundial da Água - Centenário de Miguel Torga

Leiria, 10 de Abril de 1940

Visita

Fui ver o mar.
Homem de pólo a pólo, vou
De vez em quando olhá-lo, enraizar
Em água este Marão que sou.

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Da penedia triste
Pus-me a olhar aquele fundo
Dentro do qual existe
O coração do mundo.

E vi, horas a fio,
A sua angústia ser
Uma espécie de rio
Que não sabe correr.

::
Comemora-se precisamente hoje o Centenário do Nascimento do grande Miguel Torga. Em Coimbra vai ser instalado uma Casa-Museu, na casa onde residiu enquanto médico a exercer nesta cidade, que vai acolher uma parte importante do seu espólio pessoal, doado por sua filha.

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Eu andava com ideias de inserir uma nota neste blogue alusiva ao facto de hoje se estar a comemorar o Dia Mundial da Água. Tenho, inclusivamente, uma significativa reportagem fotográfica(*) sobre a zona requalificada recentemente, da ponte dos Caniços, em Leiria. Aliás, nessa zona está também a ser recuperado, no âmbito do Programa Polis, o primeiro Moínho de Papel que existiu em Portugal. A sua inauguração está prevista para dentro de alguns meses. A propósito, estive presente, na passada Sexta-Feira, nas instalações do antigo Banco de Portugal, na sessão de abertura da exposição "Água com Humor" - úma boa síntese do V PortoCartoon, que recebeu de todo o mundo autênticos rios de humor, disse, na oportunidade, Luís Humberto Marcos, director do
Museu Nacional da Imprensa. Na troca de informações que se seguiu com a Presidente da Câmara Municipal de Leiria, ficou apalavrada a possibilidade muito real de se vir a estabelecer em Leiria um núcleo museológico com um espaço de exposições para o Museu da Imprensa. O que não será nada de espantar, dado que Leiria, em conjunto com Faro, foram as primeiras do País dotadas de tipografias (ver).

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(*) Esta reportagem pode ser observada em "dentro de ti ó leiria".

:: o poema de Miguel Torga acima transcrito consta do livro "ANTOLOGIA POÉTICA" - Ed. Publicações Dom Quixote - 6ª edição-2001

2007/03/21

Dia mundial da Poesia e da Árvore

Há quem argumente que as árvores dentro do Castelo de Leiria, estão a destoar, que não será aquele um habitat apropriado a tantas e frondosas árvores. Ainda que se possa admitir que aquela área do Castelo teria sido, em tempos recuados, uma zona de cabeço árido, sinto em mim um doce enlevo quando olho para aquele excepcional ponto de referência de Leiria e vejo todo aquele arvoredo, matizado de várias cores, sob o encantamento do cantar de aves de todas as espécies, desde o pintassilgo, passando pelo melro e pelo rouxinol. Uma moldura da Natureza a alindar ainda mais o ex-libris desta cidade.
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“Balada do encantamento”

Dentro de ti, ó Leiria
Vive uma moira encantada,
Não sabe ser minha amada,
E tem por nome Maria.

Leiria foste um ladrão
Leiria do rio Lis.
Roubaste-me o coração
E, vê lá tu, sou feliz.

Letra e música de
D. José Pais de Almeida e Silva

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O meu Jardim Encantado

Vou-vos contar um segredo
Que não quero mais esconder
Ele é tão belo, tão belo
A todos o vou dizer.
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Tenho no meu coração
Um jardinzinho encantado
E nele há lindas flores
Que com muito amor eu guardo.
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Uma rosa linda e esbelta;
Um cravinho bem escorreito;
E um botãozinho tão lindo
Verdadeiro amor-perfeito.
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São autêntica preciosidade
Da mais rara e da mais fina!
Os meus netinhos Guilherme
Mafalda e Carolina.

A avó Zaida
21mar2007

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Dança do vento

O dia estava tão triste!
O sol tinha fugido,
O dia estava a chorar!

E eu no jardim sentada
Com aquele dia sofri
Com ele pus-me a chorar.

O vento passou por mim
E com espanto eu ouvi
Doce música a tocar.

Com o “dançarino do vento”
O vento se foi juntar
E a música que eles tocavam
De anjos me fez lembrar.
E juntos eles dançavam
Um ballet belo e profundo
E eu percebi que bailavam
Com as energias do Mundo.
Ali me deixei ficar
A ouvir a sua música
A ver os dois a dançar.

E quando em mim reparei
Eu já não estava a chorar.
Já não me sentia triste
E dei comigo a cantar.


Zaida

2007

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Um contributo singelo do "Dispersamente"...


Aos Poetas de todo o lado:


Leiam o CONVITE e REGULAMENTO da I Antologia de Poetas Lusófonos!

2006/06/10

DIA de PORTUGAL, de CAMÕES e das COMUNIDADES PORTUGUESAS

Dia 10 de Junho.
Comemora-se hoje o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.
Foi num dia 10 de Junho, mais propriamente no dia 10 de Junho de 1580, que morreu o maior poeta português de sempre - Camões.
O seu nascimento terá ocorrido provavelmente em 1524 ou 1525 e foi o primeiro filho de Simão Vaz de Camões. Provavelmente terá estudado em Coimbra, não se pondo, no entanto, de parte, a hipótese de os seus estudos terem sido orientados pelo seu tio D. Bento de Camões, prior do Convento de Santa Cruz. Mais tarde Camões iria viver para Lisboa, para a corte de D. João III. Tendo-se envolvido em intrigas várias foi desterrado para o Alentejo. Mais tarde foi transferido para Ceuta. Foi aí que numa luta perdeu o olho direito. Regressado a Lisboa, pobre e sem amigos, ter-se-á envolvido numa luta com Gonçalo Borges, moço da casa real, tendo-o ferido gravemente. Isto deu-se num dia da procissão do Corpo de Deus, em 16 de Junho de 1552. Camões foi preso e só nove meses depois libertado pois Gonçalo Borges decidira perdoar-lhe. Camões embarca então para Goa na armada de Fernão Alvares Cabral. É durante esta viagem que Camões recolhe, provavelmente, as informações marítimas que lhe irão permitir escrever certas cenas de "Os Lusíadas". A maior parte desta obra foi escrita durante os 17 anos que Camões viveu na Ásia.
Conta a história que, tendo sofrido um naufrágio, Camões terá salvo o manuscrito de "Os Lusíadas" nadando só com um braço e mantendo a sua obra fora de água com o outro braço erguido. Terá sido neste naufrágio que morreu um dos seus grandes amores - Dinamene. Foi em sua homenagem que Camões escreveu um dos mais belos sonetos que no mundo existem:
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Alma minha gentil, que te partiste
Tão cedo desta vida descontente,
Repousa lá no Céu eternamente,
E viva eu cá na Terra, sempre triste.
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Se lá no assento Etéreo onde subiste
Memória desta vida se consente,
Não te esqueças daquele amor ardente
Que já nos olhos meus tão puro viste.
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E se vires que pode merecer-te
Alguma coisa a dor que me ficou
Da mágoa, sem remédio, de perder-te,
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Roga a Deus, que teus anos encurtou,
Que tão cedo de cá me leve a ver-te
Quão cedo de meus olhos te levou.
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Em 1567 Camões volta a Portugal começando, então, a envidar todos os esforços para publicar "Os Lusíadas". Finalmente, em 1571, é-lhe concedida licença régia, por D. Sebastião (a quem Camões dedica a obra), para a sua impressão e em 1572 é publicado. Foi, também, concedida a Camões uma pensão de 15.000 réis anuais, valor muito exíguo, mesmo para a época.
Camões morre pobremente, apenas acompanhado pela dedicação de um seu serviçal.
A obra de Camões foi bem mais feliz que o autor; venceu os séculos e é conhecida muito além fronteiras.
"Os Lusíadas levam a todos uma mensagem de esperança, na exaltação do que há de mais glorioso na história de um povo - a universalidade da sua cultura." (Domingos Mascarenhas in "Grandes Vidas Grandes Obras - biografias famosas", Selecções do Reader´s Digest, 1974.
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zamala