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2012/09/15

A Lei (muito menos a imposta pela Troika) não pode ser uma arma de tortura contra o cidadão comum! ...





(...)
Existe no entretanto uma fera, um abutre,
Um monstro pavoroso, hediondo, que se nutre
De lágrimas e sangue: é mais feroz que a hiena;
Não conhece remorso e não conhece pena;
Insensível à mágoa, às súplicas, à dor;
Forte como um juiz; cego como o terror:

É inviolável: mata e fica sem castigo:
Ainda hoje o Estado é o seu melhor amigo.
Pois bem; eu que defendo o monstro que assassina
Contra o braço da forca e contra a guilhotina,
Eu que proscrevo o algoz, eu exigi-lo-ei
Para enforcar somente esse bandido - a Lei.

Guerra Junqueiro

(Idílios e Sátiras)
ed. Parceria Antonio Maria Pereira
Livraria Editora, 1923
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Como se vê, caros amigos/as, já Guerra Junqueiro, ao tempo do princípio do séc. xx se insurgia contra a forma displicente e inumana como as Leis são feitas e pior executadas.

A Lei não pode ser uma arma de tortura contra o cidadão comum! .......................................


Um instrumento de regulação da vida em sociedade, sim, nunca um instrumento colocado nas mãos do algoz para o usar a seu bel-prazer.


Não queremos que nos tratem como ovelhas no redil ...


Não se admirem, snrs., que - bem visto o desenrolar dos acontecimentos dos últimos tempos -  tomaram o poder de "assalto", com mentiras e muitas omissões. Só assim são, hoje, o Governo de Portugal. 

Não nos venham dizer que não sabiam como estava o país.



Além do mais, tendo havido ações de governos anteriores que dolosamente causaram o caos orçamental e financeiro a que Portugal chegou, que se apurem responsabilidades e se punam os responsáveis.

É a vida de milhões de portugueses, enfim, Portugal como Nação, que está em jogo! ...

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- Também publicada no Clube dos Pensadores  
nota:
Entrada inspirada num comentário que deixei no post do blogue amigo "conversas avinagradas"
@as-nunes