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2014/06/27

O papel das Bibliotecas Públicas na minha vida de estudante, ali pelos anos 1963/1966

Elegia dum funcionário da Biblioteca Municipal do Porto, talvez o senhor Sá, que tantas horas, durante três anos, de 1963 a 1966, compartilhou a enorme Sala de Leitura da Biblioteca, comigo ... eu, estudante, sem dinheiro para livros (pelo menos o de Economia Política, que esse bem me lembro de o ter passado à mão, quase todo...).


"(...)
eu quando estiver para ir
senhor sá levo bagaço do bom
vá combinando com fernando
pessoa um encontro nos 
claustros da biblioteca daí
a terra prometida e dada
inapelavelmente ao corpo
senhor sá a vida é assim
diga-me como são os livros
depois de apodrecermos"
-
José Viale Moutinho
(faço meus estes versos, amigo José Moutinho)




Tinha eu acabado de receber, via CTT, dum alfarrabista, o livro "Ao Porto - Colectânea de Poesia sobre o Porto", Dom Quixote. 2001. 
Também dedico este "post" à memória (às tantas ainda é viva?!) da minha profª Dra. Silvana Braga (autora do livro/sebenta da esquerda, na foto). Lembra-se Dra. Silvana? de quando foi chamada ao gabinete do Diretor do ICP por causa da minha prova de exame final, 2ª época? Disciplina nuclear, chumbava o ano todo; e eu até era aluno de alguns 17 e até 18 (naquela época!). Lembra-se que não se conformava com a ideia de eu poder repetir a prova depois daquele incidente surreal?! ... E de como eu lhe provei que sabia a matéria toda??? de fio a pavio???? ...

2008/05/13

Tempos da Velha Universidade de Coimbra

(para ver melhor vale a pena clicar)
O meu amigo e grande bloguista, Tozé Franco, escreveu recentemente, um post sobre a história romanesca da Queima das Fitas em Coimbra. E lembrei-me que há um ano mais ou menos lhe falei do choupal de Coimbra, tão badalado em muitos dos fados e baladas desta cidade. Tirei o meu curso no Instituto Comercial do Porto, tendo-o acabado em 1966 (caramba, já lá vão tantos anos!...). Mas a minha experiência de passar pela Universidade de Coimbra, Faculdade de Economia, com uma frequência num anfiteatro mesmo junto à velha cabra, a entrada pela porta de ferro, as minhas idas de Leiria à Faculdade, andava eu com ideias de completar as cadeiras que me faltavam, depois das equivalências do iCP, as Sebentas lidas e gravadas em cassettes, ouvidas vezes sem conta, enquanto andava de carro dum lado para o outro nas minhas lides profissionais, jamais se apagarão das minhas mais ternas recordações. Eu a chegar à sala de aulas e os alunos, muito mais novos que eu, alguns mais distraídos, a pensarem, querem ver que nos mudaram de professor?
Bons tempos! Muito trabalho e muito estudo, mas valeu a experiência de viver a Velha Universidade de Coimbra, como estudante. Tive que desistir da campanha em que me meti. Fiquei com cadeiras do 4º e do 3º anos.
E o que ficou de Coimbra foi também esse vento, de saudade, das velhas sebentas, da velha e rezingona cabra. Já lá dizia Manuel Alegre no seu poema!...
Posted by Picasa

2006/07/05

VIVA PORTUGAL!...

Com os olhos na final.

Também em 1966 mantivémos a expectativa de chegar à final do Mundial de Futebol.
Perdemos ingloriamente com a Inglaterra, muito à conta daqueles pequenos "truques" que - é a minha opinião - mais uma vez, nos atiraram borda fora. Depois admirem-se que nos sintamos os "patinhos feios" da FIFA!...

---E lá vem, mais uma vez, o Dr. Pacheco Pereira e mais o seu sermão contra os amantes do Futebol!
Ó snr. Dr. Pacheco, nós sabemos perfeitamente que, por trás do Futebol, movem-se interesses financeiros astronómicos. Nós sabemos que somos nós, os "pacóvios" da Bola, que alimentamos toda essa superestrutura, FIFAs, UEFAs, FPF, LIGA, jogadores com jeito (às vezes talento no seu métier!...), que ganham milhões! Nós sabemos que até os políticos aproveitam o Futebol para se porem em bicos de pés quando lhes convém.
Mas, bolas! Andar constantemente a querer remar contra esta maré de entusiasmo por esta modalidade emocionante, que arrasta multidões, por todo o Mundo, a repisar aquilo que muitos de nós estamos fartos de saber, que sustentamos um Reino artificial, que não nos deixa pensar em assuntos de maior importância para a vida do Homem, já é de mais!
Então será que somos todos assim tão "parvinhos coitadinhos" que não nos apercebemos que não há racionalidade nesta nossa paixão, que não se explica este gosto pelos bons jogos de futebol e pela nossa "equipa"? Como explicar que, mesmo quando perde, para mim o Benfica é o Benfica, o maior, o glorioso? Quer o snr. convencer-me a deixar de me emocionar com o meu Benfica, ou com o nosso "Portugal"?
E mais, não pagamos e bem aos políticos de carreira e até aos ocasionais, para que façam o seu trabalho com carinho, com todo o seu talento e com consciência?
Resultados? Para quando um Balanço independente e devidamente auditado?
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PS.: Prometo que, durante muito tempo, não voltarei a este assunto.
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asn