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2016/11/11

Ilha de Moçambique 1971


Tempo de rememorar Moçambique...
E aqueles tempos de 1969 a 1971 ...
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Fundo musical:
Música tradicional Moçambicana

ELISA GOMARA SAIA


Elisa wê, elisa wa

Elisa wê, gomara saia

Ava rapaji ni ma pôpa
Ava menina ni ma rabenta

2014/02/10

Moçambique depois de os portugueses lhe chamarem Moçambiqui




2013/10/31

As Armas nos Lusíadas


Vivo na Barreira - Leiria há mais de 20 anos. Escrevi um ensaio monográfico sobre esta freguesia em 2005 e nela referenciei uma das suas grandes figuras históricas, o General Oliveira Simões. Pois fiquem sabendo que Oliveira Simões se me está a revelar como um grande poeta, humanista, cultor exímio das letras, político brilhante e um militar de envergadura. Nasceu em 1857 e morreu em 1944. Descobri recentemente, num alfarrabista, o livro cuja capa reproduzo abaixo. Uma maravilha. As suas descrições ilustradas com pinturas alusivas, acerca das armas que Camões refere frequentemente no seu cantar poético dos feitos heróicos dos portugueses são dignas de ser apreciadas.  Conto escrever e deixar publicado no meu blogue mais pormenores sobre este tema... (quem me abriu as portas ao conhecimento desta figura excecional foi o meu amigo Pedro Moniz através do seu livro "General Oliveira Simões - Poesia e Prosa (Antologia)" - Ed. Junta Freguesia da Barreira, ed. 1997).
(ver aqui).


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 Este livro saiu a lume em 1986.
p. 5


p. 5



O autor, General Oliveira Simões, ocupa-se, neste livro, sucessivamente, em considerações  técnicas e literárias sobre as armas utilizadas pelos Portugueses e os seus adversários com referência aos passos do poema "Os Lusíadas" onde Camões as menciona.  Essas menções referem-se a:
armas em sentido genérico,
armas brancas,
armas de haste,
armas de arremesso,
armas defensivas,
artilharia neurobalística,
armas de fogo,
munições e engenhos de fogo,
apetrechos de guerra,
instrumentos e insígnias bélicas.

José de Oliveira Simões prossegue, escrevendo sobre "Armas-ferro" anotando diversas passagens dos Lusíadas

1º verso da 1ª instância, I canto:

As armas e os Barões assinalados
Aqui a palavra armas tem o significado genérico de feitos guerreiros, façanhas militares, combates, campanhas, trabalhos na guerra.

Armas mitológicas:
IX 37. Tu, que as armas Tifeias tens em nada,
Metáfora a indicar os raios de Júpiter contra o gigante Tifeu.

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Camões emprega a palavra espada no sentido restrito, a designar a arma geralmente conhecida, ou no sentido metafórico.

No canto VIII, estância 19, o poeta pinta-se, em auto-retrato, numa bela imagem erudita mas fiel, afirmando que era escritor e soldado.
Aqui se refere ao prior de Santa Cruz, D. Teotónio, senhor de Leiria, vila que depois D. Afonso Henriques retomou.

 Canto VIII  est. 19

Um Sacerdote vê, brandindo a espada
Contra Arronches, que toma, por vingança
De Leiria, que de antes foi tomada
Por quem por Mafamede enresta a lança:
É Teotónio Prior. Mas vê cercada
Santarém, e verás a segurança
Da figura nos muros que, primeira
Subindo, ergueu das Quinas a bandeira.

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I   47

Neste passo dos Lusíadas há referência aos terçados, quando descreve os costumes e o armamento do gentio de Moçambique:

De panos de algodão vinham vestidos,
De várias cores, brancos e listrados:
Uns trazem derredor de si cingidos,
Outros em modo airoso sobraçados:
Da cinta para cima vêm despidos;
Por armas têm adagas e terçados;
Com toucas na cabeça; e navegando,
Anafis sonoros vão tocando.

O terçado é uma arma muito parecida com a espada, mas mais curta.

I   54

Esta ilha pequena, que habitamos,
em toda esta terra certa escala
De todos os que as ondas navegamos
De Quíloa, de Mombaça e de Sofala;
E, por ser necessária, procuramos,
Como próprios da terra, de habitá-la;
E por que tudo enfim vos notifique,
Chama-se a pequena ilha Moçambique.



(...) Muito mais há para ler e admirar, incluindo imensas e belas reproduções fotográficas e pinturas a cores ... (ver registo 1974 az-biblioteca)

2013/06/03

Saudades de Mocambique ...

Shegundo Galarza - Saudades de Mocambique

Saudades, Moçambique!....


Em 1971, a Inês e a Zaida... na Ilha de Moçambique...
Este é um instantâneo dum filme em 8 mm, o operador de câmara, realizador, produtor, guionista, técnico de imagem e som (o som é que era o diabo, este ainda andava com o dito à solta...)...
ah, pois, esse génio do cinema e da fotografia era eu...

2009/12/16

Da Ilha de Moçambique, com amor pela Língua Portuguesa


Porque sinto a Ilha de Moçambique - que conheci em 1970 - como se lá tivesse deixado uma parte do meu ser Cósmico e Lusófono!...



Excerto do excepcional texto do Prof. Dr. Fernando Baptista
Da náutica dos mares... à «coyta de amor»
do «cuydar» da nossa língua.(1)
inserto no Boletim Nº1 da ACLAL de Novembro de 2009. (*)

(…)
1.1. A palavra dos grandes poetas e escritores da CPLP e a língua portuguesa como insuperada
memória e arquivo dos legados fundamentais duma cultura polifónica, inter-continental e
inter-oceânica

"Sopro pulmonar tornado paixão / de música", a inspirar "a escrita suprema de imaginar por música as coisas"2 e a transmudar-se em "ânfora cantante"3, é A PALAVRA plasmada nos textos dos grandes poetas e escritores da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) que, mais do que nenhuma outra palavra, transporta elevatoriamente a nossa língua, fazendo-a ascender à sua mais alta potência comunicacional, noética e semiósica, à sua mais acabada configuração estético-literária e à sua mais dilatada e globalizada projecção cartográfica, resultante daquela que foi e, em certa medida, ainda continua a ser a sua odisseica navegação, errância e diáspora pelas sete partidas do mundo...
(…)

1) O presente texto reproduz, no essencial, uma conferência proferida em 20 de Maio de 2009, na Cidade da Beira / Moçambique, na Delegação do Instituto Camões.

3Na graciosa e «arqueológica» metáfora grega de Alberto de Lacerda
Oferenda I, Lisboa, IN.CA, 1984, poema “Esta língua que eu amo»,
pp. 316-317. Carlos Alberto Portugal Correia de Lacerda, de seu nome completo, nasceu na Ilha de Moçambique, em 20 de Setembro de 1928, e faleceu em Londres, em 26 de Agosto de 2007.
(*) Pode-se ler na íntegra, este e outros belos textos de apologia da Língua de Camões, a partir do lugar da internet (aqui).
Ver também o blogue da ACLAL – Academia de Letras e Artes da Lusofonia.

2008/11/29

Ilha de Moçambique - Mesquita 1969


O casal Nunes, na mesquita da Ilha de Moçambique, em 1969. Em Moçambique, apesar de, nessa altura ser uma colónia portuguesa, as várias raças e religiões, conviviam dentro da maior normalidade, sem sobressaltos significativos. Aquele território era povoado por muitos Muçulmanos e Indus, particularmente pela proximidade com da zona Arábica e da Índia, para além de Cristãos, como era óbvio. Claro que teremos que excluir as situações de guerra de libertação, promovidas pelas forças guerrilheiras, naturalmente mais politizadas à medida que o andar dos tempos lhes ia dando cada vez mais força anímica e os Portugueses ficavam "orgulhosamente" sós. O nosso isolamento internacional e problemas internos atingiram tais proporções, que levaram ao sucesso do Movimento das Forças Armadas Portuguesas em 25 de Abril de 1974.
Fiquei a gostar de Moçambique.
Espero bem lá poder voltar, nem que seja só em turismo
.
Nota: Este post dedico-o especialmente aos meus amigos de Moçambique que estão a visitar este blogue com alguma regularidade. Um grande abraço para todos os Moçambicanos!
Posted by Picasa