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2010/08/18

LEIRIA E AS MURALHAS DO SEU CASTELO


Não concordo que se use a parte exterior do Castelo de Leiria, o ex-libris por excelência da cidade de Leiria, para se fazer publicidade de um espectáculo de música, ao nível dos Festivais costumeiros, nos últimos anos, por esse país fora.
A dignidade deste Monumento Nacional e a sensibilidade dos Leirienses e dos turistas que nos visitam deviam ser mais preservadas.

Sim senhor, façam-se lá os festivais que se entenderem, mas não se contribua para mais poluição ambiental e cultural do que aquela a que poderemos ser obrigados pelas contingências de desastres imprevisíveis. 
Penso que é indecorosa e indigna a forma visível na primeira foto, como um Monumento Nacional e de relevante interesse turístico/histórico, como é o Castelo de Leiria, está a ser utilizado para publicitar um evento festivaleiro como o visado.

Apoio a iniciativa mas não esta forma usada para a sua promoção!...
Em qualquer dos casos sempre vos digo que será de se comparecer até pela originalidade deste evento na região!...Ao fim e ao cabo, no Centro-Oeste de Portugal, poderemos dizer, um dos principais pólos irradiadores da nossa Portugalidade.
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2010/07/31

Leiria: Quinta do Amparo e o Visconde do Amparo



Uma vista panorâmica desde uma das casas da Quinta do Amparo (junto ao Jardim interior) sobre a cidade de Leiria, em destaque o seu Castelo.
Alguns aspectos da actualidade, que correspondem ao que, na Rua do Amparo, aos Marrazes - Leiria, é conhecido por Quinta do Amparo. Hoje, o local está ocupado pela Escola Superior de Acção Social e pelo Restaurante o "Cardápio do Visconde".
Acerca desta Quinta e dos seus senhores, tenho vindo a colher alguma informação sobre a sua história mas a tarefa tem-se-me mostrado um tanto indefinida.
Na entrada que aqui publiquei em 2008 mostrei fotos da capela dedicada a Nª Sra. do Amparo e que se encontra edificada no conjunto das edificações desta quinta. Por e-mail recebi a informação de que a fonte que se vê perto do jardim desta antiga quinta foi construída em devoção ao local onde terá aparecido a Sra. do Amparo. Nessa fonte está um painel de azulejos azuis com a imagem de Sto. António com um púcaro na mão.
A ligação dum Visconde a esta quinta ainda me traz alguma perplexidade, na medida em que já li referências a um Visconde de Fonte Arcada e noutro trecho fala-se no Visconde do Amparo.
Pode ler-se nos Anais do Município de Leiria, de João Cabral, vol. II, pp 276, o seguinte:
"NOTAS SOLTAS. Na reunião de 31.5.1838 foram indicados para senadores o Visconde de Fonte Arcada, Gonçalo Barba Alardo de Lencastre e Barros, da Quinta do Amparo e José de Faria Gomes de Oliveira, de Leiria."
Consultadas as árvores genealógicas dos Viscondes de Fonte Arcada e do Amparo, não consegui concluir se efectivamente João Cabral queria falar do Visconde de Fonte Arcada como estando ligado a esta quinta.





   Rodrigo Barba Alardo de Lencastre e Barros,
  1º visconde do Amparo
* Lisboa, São Mamede 16.09.1810 + 24.04.1865

Era filho de Gonçalo Barba Alardo de Lencastre e Barros, por conseguinte, muito dificilmente, este poderia ser Visconde do Amparo. Terá sido ele o Visconde de Fonte Arcada a que João Cabral se refere nos Anais de Leiria? Também me parece um tanto inverosímil esta dedução, que, aliás, também não é partilhada pelo actual Presidente da Junta de Freguesia de Fonte Arcada, segundo informação que me prestou por e-mail.






---- POST SCRIPTUM
(NOTA 1)
Sou amigo de Adélio Amaro, editor e estudioso das coisas de Leiria e dos Açores.
Eis senão quando me lembro duma conversa que tivemos há uns tempos atrás em que tomei conhecimento dum estudo que ele fez precisamente sobre o brasão do Visconde do Amparo. (dá-se o caso de que até tirei uma foto dum brasão que foi improvisado para colocar na parede exterior do supra-dito restaurante. É nítida, nesta resenha, a intenção meramente promocional do Restaurante. O 3º quarto do brasão, o prato e o talher, não têm nada a ver com o brasão da família dos Alardos ou até mesmo desta depois das ligações posteriores aos Barros).
Já passava das 3 da madrugada quando, antes de adormecer, me lembrei de vir consultar,  com mais cuidado, os meus apontamentos. E lá está. O Adélio Amaro editou, recentemente um livro.
Teremos, assim, esta questão do Visconde do Amparo resolvido. Penso eu que sim.
Aqui vos deixo o link onde é feita a apresentação daquele livro.
Repare-se na barbaridade cometida com o aproveitamento comercial (na foto da esquerda) do brasão dos Alardos (à direita, em conformidade com o que vem transcrito a pp 215 do livro referido na nota 2).

Adélio Amaro - Brasão do Visconde do Amparo :: ParaVenda.net

Adélio Amaro - Brasão do Visconde do Amparo :: ParaVenda.net

-
(NOTA 2)
Em 1997, Joaquim de Oliveira da Silva Bernardes escreveu "A Freguesia de Santiago dos Marrazes - Apontamentos, notas e documentos para a sua história", Edição da Junta de Freguesia de Marrazes. Neste livro, pp 212 e seguintes, pode-se aprender quase tudo o que de relevante se sabe acerca das famílias ligadas ao Visconde do Amparo e aos proprietários da Quinta acima referida.
(NOTA 3)
Na nota 206 a pp 293 do livro "William Charters - um oficial inglês em Leiria no século XIX", Ricardo Chartes d´Azevedo, ed. textiverso. 2013, pode ler-se:
1º visconde do Amparo por decreto de 30 de Agosto de 1853 de D. Maria II.
Ver, neste livro, a relação dos Presidentes e os vereadores da Câmara Municipal de Leiria durante a centúria de Oitocentos. Nesta lista  consta o nome de Rodrigo Barba Alardo de Lencastre e Barros, que foi vereador nos anos 1850-51,1852-1983, 1854-1855. A este nome está associada a nota atrás (206).

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2010/06/13

LEIRIA em dia de Sto António de Lisboa


Hoje comemora-se:
O Dia de Santo António de Lisboa
que o é, também, dos mais variados sítios e lugares


O Dia da Freguesia de Leiria.


Leia-se o seguinte excerto do parecer efectuado pelo Professor Doutor Saul António Gomes, emitido em 20 de Agosto de 2002, a pedido do Executivo da Junta de Freguesia de Leiria:
"...
Permanece em aberto, efectivamente, o facto histórico de grande relevância que é a elevação oficial de Leiria ao estatudo de cidade, pelo rei D. João III, como se referiu, em 13 de Junho de 1545. Curiosamente, um dia festivo na vida religiosa, cultural e histórica portuguesa por ser, muito justamente, o dia de Santo António de Lisboa. Santo que tinha na Leiria dos nossos avós grande apreço e era popularmente comemorado na cidade e arredores.
..."

Na imagem acima pode ler-se um poema dedicado a S. António escrito por Miguel Torga, intimamente ligado a esta cidade, pelo facto de aqui ter instalado o seu primeiro consultório como médico e aqui ter vivido nos anos 40. Aqui foi preso pela PIDE.
-
Nestes tempos, ditos modernos, em que andamos todos à nora com problemas de variada índole, nomeadamente as grandes dificuldades de ordem económica e financeira que o país atravessa, ocorreu-me transcrever um soneto de Acácio de Paiva, um dos maiores poetas leirienses de todos os tempos
(eu a recordar, também, aquele outro belo soneto, em que o poeta evocava as Noras que se faziam ouvir no meio do choupal ao longo do Rio Lena, agora a transformar-se rapidamente em área de infraestruturas a que a modernidade parece querer obrigar a todo o custo!...):


LEIRIA
I


A minha terra... Basta ser a tua
Para que mais nenhuma assim me agrade,
Na parte velha, a nossa mocidade
(A cegueira dos anos...) continua.


Ora me demorei vendo uma rua;
Talvez a mais antiga da cidade...
Conserva-te menina: ingenuidade,
Comedimento, a não ver Sol nem Lua.


Há bairros novos, casas de cimento,
Reparos brancos em ruínas, feira
mudada, restaurantes, movimento,


Outras línguas - política, suponho.
Recolhamos, afável companheira,
À capelinha rósea do meu sonho!


- Ler ensaio sobre o brasão da freguesia de Leiria 
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2010/06/04

LEIRIA, a Galp e os choupos

(clic para ampliar)
O avisador de que o combustível do meu carro estava nas lonas soou. Pelas minha contas dá para mais 100 km, à velocidade média a que circulo. Conduzo com muito mais calma, agora que entrei nos sessenta e tal. De modo que quando ouço esse fatídico sinal para as minhas finanças pessoais - apesar de tudo - não entro em transe à procura do primeiro posto de abastecimento que apareça.
Como tinha um talão de desconto que me foi entregue a troco de mais uma boa maquia que ficou no hipermercado - que só pode ser usado em estações da Galp aderentes - acabei por parar nesta, a da foto acima. Entra-se e sai-se pela Av. das Comunidades em Leiria. Pode-se dizer que esta Avenida está a fazer o serviço que, em breve, irá ser feito pelo IC36, isto é, ligar a A8 à A1, aqui nesta cidade. Dá muito jeito para encarreirar os automobilistas a seguirem para a A1.

Ironia do destino. A BP lá anda com problemas bicudos para estancar a colossal maré de petróleo que está a ser derramado aos milhões de litros diários para o Atlântico e a afectar com gravíssimas consequências o Golfo do México e, principalmente, toda a costa da Louisiana e, muito provavelmente, a da Flórida. Ouvi nas notícias que Obama está muito zangado com a BP e já a mandou multar em 69 milhões de dólares. 
Coitadinhos. 69 milhões! Estão feitos!?...E as acções a caírem 30 e tal por cento! Ou muito me engano ou daqui a algum tempo é que vai ser ganhar dinheiro em Mais-Valias!

Nessa estação plantaram-se estes choupos, todos numa fila(*) muito alinhadinha. Por acaso estão muito bonitos nesta altura do ano.
E veja-se a oportunidade da colocação do logotipo da GALP, precisamente a apelar para o seu empenhamento no verde.
Do lado de lá da Avenida, entrevêm-se mais umas árvores. É verdade. É uma zona de terrenos agrícolas, de razoável dimensão, que pertence à Prisão Escola de Leiria. Até quando é que aquela zona ficará preservada como zona agrícola?
Com os projectos grandiosos que se antevêm - e já estão alguns em curso (Shopping Leiria de Belmiro de Azevedo e todas as estruturas rodoviárias em redor, um novo Centro Comercial tipo Fórum, ali perto, o próprio IC 36 que vai encurralar esta zona verde, etc. etc.) - está-se mesmo a ver o que vai ser de toda a zona agrícola e florestal que se situa entre esta Av. das Comunidades e a Mourã (lá se vai a Quinta da Mourã, auguro eu) na freguesia da Barreira. E o problema mais sério é que é precisamente nesta área que corre o Rio Lena, que mais abaixo, casa com o Rio Lis e lá seguem os dois muito unidos num só, até desaguarem de mansinho no Atlântico, na Praia da Vieira.
-
Ainda a propósito de choupos em Leiria. Alguém poderá informar a população porque é que se abateu o majestoso choupo que estava, até há dois dias, a dar o vistoso ar da sua graça no Largo do Tribunal em Leiria? Era um belo espécime de populus nigra.
(*) renque, lembrou-me a "deep". Obrigado, que bem andei à procura da palavra e não me ocorreu na altura. Passei à frente...
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2010/05/22

LEIRIA - Dia do Município e da Diocese

O Largo da República e a sede dos antigos Paços do Concelho, hoje, Câmara Municipal de Leiria. As bandeiras de Portugal, do Município  e da União Europeia, içadas, a condizer.
Uma das características mais significativas deste largo é que nele estão implantados cerca de uma dezena de pinheiros mansos. Um dos ex-libris da região de Leiria com o seu histórico e emblemático "Pinhal de Leiria".
É de notar um antigo marco do correio como já não se vêm com facilidade. E mais um painel de propaganda política a apelar à resistência contra o aperto do cinto a que estamos a ser forçados. Esta zona é, por assim dizer, reservada para as campanhas do BE.

Nossa Senhora do Fetal, uma das Paróquias da Diocese de Leiria-Fátima. Em exposição numa das barraquinhas do Jardim Luís de Camões.

Esta rosa amarela fotografei-a ontem, no meu jardim, na freguesia e paróquia da Barreira. Antes que murchasse com este sol abrasador que se tem feito sentir nos últimos dias.

Está um dia de Sol radioso em Leiria. Em todo o Portugal, pelo que dizem as notícias...
Comemora-se o Dia do Município(*) e o Dia da elevação da então vila de Leiria a Diocese(*) de Leiria, hoje, de Leiria-Fátima.
A cidade anda num grande alvoroço, tendas, barracas, barraquinhas, representando as várias Paróquias desta Diocese.
Segundo me apercebi, a Igreja Católica aproveitou o ensejo da recente visita do Papa Bento XVI ao Santuário de Fátima e este ano promoveu uma iniciativa com mais relevo do que nos outros aniversários. Ontem à noite houve uma Procissão a acompanhar a imagem de N. Sra. de Fátima desde o Centro de Turismo, no Jardim Luis de Camões até à Sé de Leiria. Hoje, toda a zona do antigo Rossio, Jardim e Largo 5 de Outubro de 1910, está engalanada a preceito para a "Festa da Fé". Lá se apresentam em confraternização todas as paróquias da Diocese.

Logo à noite vai proceder-se à inauguração da iluminação cénica da barbacã do Castelo de Leiria em sessão oficial na Rua Pero Alvito, a que bordeja a base do morro do Castelo, na parte virada a Norte/Nordeste.
-
(*) Em 22 de Maio de 1545, o Papa Paulo III, a pedido do rei de Portugal, D. João III, criava a diocese de Leiria com a bula "Pro excellenti apostolicae sedis", desanexando-a da de Coimbra. 
No mesmo ano (13 de Junho - Dia da Junta de Freguesia de Leiria), D. João III elevou a vila de Leiria a cidade.
...
Muitas peripécias foram, entretanto, surgindo, com o decorrer dos séculos, tendo mesmo a diocese de Leiria sido extinta em 30 de Setembro de 1881, por bula do Papa Leão XIII. Nesta altura 25 das 50 paróquias de Leiria foram integradas em Coimbra e as restantes ficaram a pertencer ao patriarcado de Lisboa.
O Papa Bento XV, depois de muitas e sucessivas diligências de leirienses e diversos Bispos, acabou por restaurar a diocese de Leiria com a bula "Quo vehementius" ,  de 17 de Janeiro de 1918.
...
A mensagem de Fátima daria à pequena diocese de Leiria uma verdadeira dimensão internacional. Assim, por decreto da Congregação dos Bispos. de 13 de Maio de 1984, confirmado pela bula "Qua pietate", com a mesma data, passou a designar-se "Diocese de Leiria-Fátima".
.
Ver "Leiria-Fátima" - Órgão Oficial da Diocese - Ano XII «» NÚMERO 34 «» JANEIRO/ABRIL «» 2004
(gentil oferta do Prof. Dr. Saul Gomes(y), ilustre historiador, que neste número escreveu "O ano do trigo sujo": as rendas do Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra no Priorado de Leiria nas vésperas da criação do Bispado (1541-1545).
-
(y) Que também me deu a subida honra de escrever um Posfácio para o meu livro, ensaio histórico e monográfico da Freguesia da Barreira - Leiria, "Caminhos Entrelaçados" Ed. da Junta de Freguesia da Barreira, 2005.

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2010/05/04

JANARDO - Leiria: Património arquitectónico e cultural

(clic para ampliar)
Estamos no Município de Leiria.
A localidade de Janardo faz parte da freguesia de Marrazes, uma das de maior densidade populacional do país e muito perto do Santuário dos Milagres, este pertencendo já à freguesia de Regueira de Pontes.
De cima para baixo:
2ª foto: Coreto típico, no Adro da Capela junto a uma árvore frondosa e já com bastantes anos; um Lódão.
Foto central: Pormenor da fachada da Capela destacando-se as datas de "fundação" (1871) e de rectificação (1928).
1ª foto da parte inferior: Aspecto geral da Capela do Janardo.
2ª foto da parte inferior: Aspecto típico duma casa antiga da região. De destacar uma placa muito característica na qual se vêm iniciais e uma data. As iniciais dizem respeito aos nomes do casal que a construiu e a data refere-se ao ano da sua edificação.

No que respeita à capela estamos face a um louvável caso de preservação do património duma comunidade, a Capela da povoação, envolvendo as suas crenças religiosas e de coesão social. Sem uma memória colectiva sólida dificilmente nos conseguimos ancorar o suficiente para resistirmos às adversidades e lutarmos em conjunto pelo bem da sociedade em que nos sentimos em família e com raízes fortes. Ainda que se venha a insisitir na onda globalizante da organização do Homem, dada a velocidade estonteante com que a informação e o conhecimento se propaga por todo o Globo, mesmo assim eu penso que é determinante reagir contra essa tendência para a alienação e uniformização mental dos vários povos.

Os Homens são todos iguais em direitos e deveres em qualquer parte do Planeta. Mas também não nos podemos olvidar que é da diversidade da História de cada povo, das suas tradições e dos seus modos de vida determinados pela respectiva localização geográfica dos seus habitats originais, que reside a possibilidade de nos podermos complementar, suprindo assim as insuficiências naturais de cada um de nós.
O Homem não é um robot que pode ser programado para vivermos todos segundo um padrão previamente definido pelos autómatos que são os líders mundiais. Cada homem ou cada mulher é um Mundo com as suas próprias virtudes e defeitos congénitos.
De qualquer modo, na certeza de que seremos seres eminentemente sociais, tudo devemos fazer para que consigamos conviver em Paz, Amor e Solidariedade. O que não é a mesma coisa que sermos forçados - mesmo que seja pela miragem duma vida mais desafogada financeiramente de igual forma para todos nós - a viver como cordeirinhos sob o cajado dos "pastores" do Mundo.

Há que pensar seriamente naquilo que queremos que venha a ser a vida do Homem à face da Terra.
Há muito mais vida para além do dinheiro!...
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2010/05/02

CHÃS - Leiria: Capela velha, Igreja nova, S.L.Benfica campeão?

No lugar de Chãs, freguesia de Regueira de Pontes, em Leiria. Esta capela, velhinha mas com muitas e íntimas recordações dos seus habitantes, vai ser demolida para dar espaço para uma Igreja nova, linhas a régua e esquadro de tantas outras que têm sido edificadas por esse país fora. Há quem discorde desta decisão, há quem apoie...
A mim, que trabalhei nesta terra mais de 30 anos, dá-me muita pena ver desaparecer a capela!

(clic para ampliar)
Entretanto, os Benfiquistas é que não estão pelos ajustes. O Largo fronteiro, do outro lado da rua de S. António, já está reservado para a Festa dos novos Campeões, o BENFICA
que irão desentronizar o FC Porto. Já não era sem tempo!
Pelo sim pelo não, talvez não seja má ideia rezar, mesmo que seja na capela velhinha, para que o Benfica faça pelo menos 1 ponto nos dois jogos que faltam. Hoje, com o FC Porto, por exemplo. Mas não vale a pena partir pernas e cabeças, que para a semana ainda há outro jogo!
Haja calma. Futebol é desporto, não é uma Guerra em que ou se ganha ou se "morre"!...


-
- e-mail recebido em 30-05-2010


...
...em vias de se consumar, com o beneplácito expresso ou envergonhado de que deveria ter, pelo menos, alguma sensibilidade artística. 
As imagens falam por si para quem não conhece esta pequena peça do nosso património edificado.
Aqui vai a parte substancial da informação: 
...
"O Padre diz que a população é que quer a demolição. Falei com algumas pessoas 
que lá estavam e só o mestre de obras da Igreja nova é que achou muito bem 
com o argumento que a Igreja velha estava em cima da estrada, ao que eu lhe 
respondi que muito antes de haver estrada já ali estava aquela Igreja que é 
do séc XVI com arranjos posteriores.
A arquitecta da nova Igreja é filha do sr arq. Cantante e a Câmara de Leiria votou a 
demolição a pedido do pároco com a abstenção do sr arq. Vitorino 
(presidente da secção regional da Ordem dos arquitectos em Leiria e que envergonhado vem 
desculpar-se num artigo no Jornal de Leiria de 13 de Maio"
... 

Que poderemos fazer para tentar impedir (mais) a esta barbaridade?
Para além de divulgar?

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2010/04/05

Leiria, hoje...Finalmente, LUZ!...

(clic para melhor observar este belo recanto de Leiria)

Leiria, Jardim Luís de Camões, hoje, de manhã. Finalmente, o Sol... a brilhar. As árvores e as aves a espreitarem, desconfiadas!...
-


Também não me esqueço que hoje é dia de Futebol, mais um jogo decisivo para o Benfica ganhar o campeonato (assim se dizia noutros tempos, agora diz que é "Liga").
E também como há quem tenha "mau perder" - apesar de ainda não termos chegado ao fim da Liga - tenta-se justificar uma certa diferença pontual, já significativa, temos que o admitir - que diabo - com histórias que metem túneis, uns sopapos, castigos da Liga que são neutralizados por outros da Federação...enfim, uma trapalhada!...
O Zé Paiva é que não deixa os créditos como cartoonista e caricaturista por mãos alheias e...vai daí...repare-se no boneco que lhe surripiei do seu blogue.

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2010/03/21

POESIA MIMOSA...

No Centro de Portugal, no lugar de Orgens, como resistir a fotografar este belo efeito? Uma Mimosa a recortar-se numa moradia pintada com cores em tom de amarelo, arredores de Viseu ainda campestres!...
...
Mimosa flor de poesia ramos de um sol perfumado
Dando inicio à primavera desabrocha toda em flor
Como rimas de um poema de um verso tão amado 

Daqueles que fazem chorar ninfas musas de amor
...
( Retirado daqui:  "Mural dos Escritores"; de que passarei a fazer parte a partir de hoje se for aprovada a minha candidatura. Talvez pretensão demasiada, a minha!)

Da janela do meu quarto...todos os dias observo as alterações que o Homem e a Natureza vão provocando nesta idílica paisagem rural...
Mesmo no limite da chamada zona urbana da cidade de Leiria, freguesia da Barreira.
No Adro da Sé de Leiria, num dos próximos passados maravilhosos dias de Sol...
Dá-se o caso singular de, precisamente hoje, a Carolina, ter comemorado 3 aninhos...
Quando esta foto foi tirada, não pensava usá-la num post deste blogue. Mas, vejam a coincidência, talvez algo telúrica: na casa com frontaria de azulejos azuis nasceu em 1863 o grande poeta Acácio de Paiva. Nesta foto podem ver-se a sua sobrinha-neta, Zaida (*), acompanhada de uma sua neta. 
 (clic nas fotos para ampliar)
"...Não.  O poeta procura dialogar com o seu leitor como se em verdadese encontrassem juntos num colóquio ou numa tertúlia de amigos:
... ... ... ... ... ...
Crede: - Leiria é digna de visita.
Não exibe a riqueza deslumbrante
Que cega e oprime, que entontece e grita,
E chega a amedrontar o viandante...
Mas é... como direi?... bem comparada...
         Uma Cidade-Flor!
         É pequenina:
- Mas tão airosa, amável, perfumada,
Como gentil grinalda de menina!
... "
Ler "ACÁCIO DE PAIVA - Um Crédulo Perdulário", de Américo Cortez Pinto, 1968 + Mais informação se pode obter usando no motor de busca deste próprio blogue :"Acácio de Paiva".
(*) Com poesia publicada e muita mais escrita. Talvez que a veia poética de seu tio-avô tenha chegado à sua própria veia, pelo éter, através do Tempo!...
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2010/03/08

Barreira - Leiria: HORTO URBANO

Como já por diversas vezes aqui foi referido, à volta da minha casa de residência, dispomos de algumas dezenas de metros quadrados de terreno. Essa terra estava em bruto quando comprámos a propriedade, quero dizer, encontrava-se no estado normal do imediatamente pós-construção. Aos poucos, ao longo destes 18 anos que, entretanto, já decorreram, praticamente sem ajudas externas, eu e a Zaida, temos vindo a construir, com as nossas próprias mãos e esforço, um conjunto de jardim, caminhos e escadas em pedra e cimento. Uma boa parte foi transformada em relvado à base de escalracho.
Ultimamente, temos vindo a tentar fazer aproveitamentos desse terreno para utilizar como horto caseiro. Tentanto, inclusive, preparar a terra necessária pelo método de compostagem dos resíduos apropriados aqui produzidos.
É assim que o canteiro acima foi aberto, à custa do sacrifício de uma borda de relvado e já na presente época agrícola, com uma pequena sementeira de favas, orlada por algumas couves. O tempo (e os gatos) não tem ajudado, mesmo assim, cá vamos criando alguns produtos agrícolas e fruta.
As fotos da montagem abaixo pretendem mostrar algumas plantas/ervas aromáticas - cultivadas neste jardim/horto - de utilização muito corrente na confecção de alimentos e até na preservação da nossa saúde:



Legenda:
De cima para baixo, da esquerda para a direita: (clic para VER em pormenor)
1) Manjerona
2) Poejo
3) Alecrim
4) Hortelã pimenta
5) Hortelã da ribeira
6) Menta (ou hortelã brava)
7) Coentro
8) Salsa
9) Hortelã
10) Salva
11) Aipo
12) Louro

NOTA: Estou a receber informação da Google que este site excedeu a sua capacidade de armazenamento. É verdade que está muito próximo das 1.000 entradas, praticamente todas com duas ou mais fotografias. Tenho que indagar o que se passa... 
Se acaso tiver de interromper esta edição agradeço do fundo do coração toda a atenção que os meus amigos e navegantes me dedicaram ao longo de todos estes anos e se me quiserem contactar talvez seja de o fazerem através de asnunes@sapo.pt

Muito obrigado a todos, um grande abraço. Vou sentir muitas saudades deste sítio maravilhoso, que me tem proporcionado muitos momentos de inolvidável alegria e de partilha de conhecimentos...
Se tiver de acabar assim, fico muito triste!...



2010/02/24

De LEIRIA: Estamos convosco, Madeirenses!...

Largo da Sé, Leiria. Chovia abundantemente.
Largo de S. Pedro, a descer quem vem do Castelo, Leiria.

Visitei a Ilha da Madeira em 1992.

Tenho recordações fantásticas daquela terra portuguesa e do mundo. Das suas estradas íngremes, montanhas duma beleza e mistério ímpares. Das levadas e ribeiras que encaminhavam as águas pluviais e que só por sí constituiam momentos de rara emoção. As suas povoações encostadas às montanhas, cheias do colorido das flores mais bonitas e viçosas que eu já vi em dias da minha vida. As escarpas íngremes mas que nos deixam o espírito libertar-se na contemplação do poder e do misticismo da Natureza na sua expressão verdadeira, da sua infinita grandeza!

O Funchal, que cidade mais pitoresca, não me lembro de ter visto outra assim!

E Porto Monis com o antigo acesso, montanha abaixo, curvas e mais curvas, mas que como que nos encarreiravam por paisagens de sonho até nos levarem àquelas lagoas espantosas, em pleno mar e nas quais podemos banharmo-nos sob um Sol radioso e uma brisa acariciadora?

Já tenho uns bons anos de vida! Não tenho tido oportunidade de regressar àquele jardim plantado em pleno Atlântico.Mas não quero morrer sem lá voltar!...
Sei que muitas obras, novas estradas, túneis a furar montanhas, infraestruturas de toda a ordem, lá foram executadas, entretanto o que facilita a deslocação das pessoas. Concerteza que agora, em pleno ano de 2010, as deslocações estão muito mais facilitadas. Mas aconselho vivamente a que, em viagem de turismo, utilizem, sempre que possível, aquelas aquelas estradas secundárias de então.

A vida plena das cores da Natureza e do fervilhar das gentes da Ilha e dos inúmeros turistas que demandam aquelas paragens tem já o seu curso imparável no sentido do revigoramento depois do rigor que agora se vive!...

Espero bem que sim, com a ajuda de todos, Portugueses e comunidade Europeia e Mundial!...
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2010/02/18

"DIÁRIO" de Miguel Torga em Leiria - 2 de Fevereiro, todos os anos

Por vários motivos de ordem pessoal não tive ensejo de registar neste meu caderno virtual de notas e apontamentos do que me vai ocorrendo e/ou acontecendo, uma referência que fosse sobre o Dia de Miguel Torga em Leiria.

Soube pela imprensa que a Junta de Freguesia de Leiria foi no passado dia 9, descerrar uma lápide no local onde existiu a casa em que morou Miguel Torga com a mulher, junto do Hotel Eurosol.
Logo a seguir foi feita a apresentação de um livrinho de 50 páginas "a Leiria de Miguel Torga - Guia da Cidade - 2010" da autoria de Carlos Alberto Silva, Edição conjunta da Junta de freguesia e do Inatel. Está muito bem concebido e contem várias fotografias comparativas de Leiria da época e da actualidade. Muito interessante. A contra-capa aborda o tema "Uma vista retrospectiva do "bairro" de Miguel Torga" que nos permite compreender a transformação que a zona mais frequentada por Torga em Leiria sofreu desde 1939 até à actualidade.

Talvez em jeito de contrição, passei pela "Livraria Martins", na rua D. Dinis (É sempre com muito gosto que entro nesta Livraria e troco impressões sobre livros com o Snr. Rui, que por sinal até foi meu aluno nos velhos tempos de 1966 a 1968 da Escola Industrial e Comercial de Leiria) e comprei todos os Volumes do "Diário" de Miguel Torga, edição em 2 Tomos da "Publicações Dom Quixote", 2ª edição (integral), Dezembro de 1999.

Não resisto a transcrever o poema «Exortação» que Torga escreveu quando foi preso e interrogado pela PSP de Leiria, à ordem da PVDE e do Ministro do Interior, de 30 de Novembro a 2 de Dezembro de 1939:

Meu irmão na distância, homem
Que nesta mesma cama hás-de sofrer;
Que nem a terra nem o céu te domem;
Nenhuma dor te impeça de viver!


Hei-de voltar a falar de Torga! Vezes sem conta, assim espero!...

2010/02/15

LEIRIA - CASTELO, SÉ CATEDRAL, VISTA PANORÂMICA - Fevereiro de 2010


(para ouvir o som de fundo deve desligar o som da barra lateral)

 
O filme que acima se reproduz aborda aspectos dos mais representativos e caracterizadores da cidade de Leiria.
O seu Castelo, a sua Sé Catedral e Torre Sineira ( a última fotografia) e o seu Largo fronteiriço, tão familiares que estes ícons de Leiria me são, intimidade que já remonta ao ano de 1966, data em que pisei, pela primeira vez, esta histórica e romântica terra, são dignos da nossa melhor atenção.


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Castelo de Leiria

Acerca do Castelo de Leiria foi  publicado em 2004 um excelente trabalho, da autoria do Prof. Dr. Saul António Gomes: "Introdução à História do Castelo de Leiria". Este livro de grande interesse historiográfico e literário, tem como objectivo principal o estudo e divulgação do Castelo sob o ponto de vista histórico e arquitectónico, contem ainda uma valiosa recolha de factos, de lendas e narrativas da maior importância para o conhecimento da história de Leiria e das suas gentes.

Alguns aspectos fotografados incluídos neste filme correspondem a pormenores descritos por Saul Gomes com grande precisão histórica e de belo recorte literário. É o caso do "Portão Norte" e das muralhas do Castelo de Leiria a que o autor do livro em referência dedica os seguintes excertos:
1) Permaneciam, contudo, os vestígios materiais do empenho pretérito da aristocracia concelhia no zelo da sua muralha, encontrando-se um honorífico testemunho heráldico do que acabamos de afirmar na porta românica da entrada norte da barbacã. Ali se encontra o brasão medievo do concelho. Simbolicamente, a sua observação pelos que demandavam a alcáçova recordar-lhes-ia o poder municipal leiriense, a sua jurisdição em todo aquele espaço, o senhorio deste dentro e fora das muralhas. ...
2) Em 1641-42, os procuradores de Leiria às Cortes de Lisboa reclamavam do rei a reparação do Castelo e das suas muralhas, defendendo que poderia ter um papel militar activo nas guerras que se previam.
Mas em meados de Setecentos, o corredor entre a muralha e a barbacã servia de quintal, agravando-se a degradação das muralhas no decorrer de daquela centúria e da de Oitocentos.

 

2010/02/07

Leiria e as crises cíclicas

Os tempos que correm são de grande perturbação social como consequência da persistente crise económica e financeira em que o Mundo mergulhou desde 2008, particularmente.
No que ao nosso país diz respeito, vivem-se momentos de grande incerteza no Futuro de Portugal. O Partido Socialista, após 4 anos de Governo apoiado numa maioria absoluta, não conseguiu, nas Eleições de 2009, mais que uma maioria relativa no Parlamento.
A Dívida pública e o Deficit Orçamental estão a obrigar a que se tomem medidas cada vez mais drásticas e anti-populares.
Quando se imporia que os políticos unissem esforços no sentido da desejada e imprescindível recuperação da Economia e das Finanças Portuguesas, eis que, diariamente, somos confrontados com informações contraditórias que geram mais e mais confusão e uma grande balbúrdia.
E nós, “O Zé”, repetindo-se a história de todas as épocas, cá vamos continuando a ser o bombo da festa.
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Dá-se, entretanto, o caso de que, em Leiria, teve lugar no passado dia 30, sob os auspícios da ODA, Associação defensora do Centro Histórico de Leiria e da Junta de Freguesia desta cidade, um debate seguido da abertura duma exposição sob o tema “comércio tradicional no centro histórico de Leiria – início do séc. XX ao início do séc. XXI”. Esta exposição foi apresentada por Fernando Rodrigues, coleccionador Leiriense essencialmente dedicado às questões relacionadas com as actividades económicas de Leiria.
Foi assim que tive acesso à carta abaixo reproduzida (1) .

Nesta sequência, procedi a uma investigação tendo em vista relacionar o tom melodramático deste texto de 1924 com a situação política, económica e social que se viveria nessa época em Portugal. Estávamos em plena agonia da I República e o debate que a desgastou até ao extremo, foi - pasme-se – entre os defensores do regime de monopólio (2) ou de livre iniciativa no que respeita ao exercício da indústria tabaqueira. Já nessa altura, as forças políticas propagandeavam como bandeiras de actuação: reforma fiscal, programa de fomento, autonomia administrativa e financeira das Ilhas Atlânticas, equilíbrio de classes, desenvolvimento da província (3).

Consultando o livro “100 Anos – 1902-2002” editado pela “ACILIS – Associação Comercial e Industrial de Leiria, Batalha e Porto de Mós” pode ler-se uma justificação para o conteúdo e estilo da carta a que se está a referir:
Em Novembro de 1923, encontrámos um veemente protesto dos comerciantes. A Voz do Povo refere que já há algum tempo se notava que companhias industriais, sobretudo de 
Lisboa, adoptavam oprocesso irritante e vexatório de exigirem o pagamento dos produtos das suas fábricas no momento que o comércio da província” fazia as suas requisições. Como tal, a mercadoria era entregue um ou dois meses depois de paga.
A notícia dizia que “aqueles senhores nababos para quem o comércio da província é apenas um farrapo” tinham por isso, sempre milhares de contos e podiam ter lucros fantásticos, empregando-os.”

.(clic na imagem para ampliar)
(1) Com autorização do dono do documento original
(2) Tema insistentemente abordado no decorrer do IV Congresso Nacionalista de Março de 1926.
(3) Província entendida como as regiões geograficamente afastadas de Lisboa.

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2010/01/01

Leiria do Rio Lis...em tempo de muita chuva

Leia-se, também, o belo poema de Soares Duarte, p. 12 do boletim nº 2, da ACLAL (aqui)

Da ponte Hintze Ribeiro, em 30 de Dezembro, tempo de muita chuva, o rio Lis (*) e as suas águas, ora de curso lânguido e cantado por variadíssimos poetas e trovadores, ora de rápidos e cheias que se espraiam pelas várzeas luxuriantes do vale do rio, desde a zona da Barosa até Monte Real...

(*) A etimologia da palavra identificativa do nome do rio que atravessa Leiria, vindo das Fontes, freguesia de Cortes e terminando o seu curso de cerca de 50 Km, no Atlântico, na Praia da Vieira, tem suscitado algumas confusões, que talvez pudessem ter sido evitadas, na devida oportunidade. A palavra correcta deve ser "LIS", como aliás, se tem vindo a usar da há já umas décadas a esta parte.
Uma das opiniões, favoráveis à utilização da toponímia "LIS" e não "LIZ" é a de Manuel Marques da Cruz, conforme publicou o "Jornal das Cortes nº 106, 2/Set/96, p.6). (v. também o livro "Recortes do Jornal daí" vol I, pág. 297).
Resumindo: concordo com a forma simples como se conclui pelo uso da palavra LIS. Resultará do cruzamento da palavra lilium com a palavra Iris. Pondo isto em linguagem genética, direi: de lilium veio o cromossoma "l", e de Iris os cromossomas "is": i + is = lis.
Continua, Marques da Cruz: O lírio e a Iris são plantas da mesma família, mas de géneros diferentes. Os franceses têm um rio a que chamam Lis. Que nunca escreveram com um "Z"; os bons dicionários portugueses só registam a forma "Lis"; o Armorial Lusitano diz-nos que já em 1528 uma família nobre tinha o apelido "Lis".
Também adoptam a designação "LIS" outros dos mais categorizados dicionário portugueses:
- Enciclopédia Verbo
- Dicionário Etimológico, de Pedro Machado
- Dicionário Lello
- Dicionário de Augusto Moreno
- Dicionário da Literatura Portuguesa, dirigido por J. Prado Coelho

Consultando  eu o "Grande Dicionário Enciclopédico Ediclube" de 1996 pode ler-se: 
LIS. (fr.lis, do l. lilium). s.m. LÍRIO. || v. FLOR-DE-LIS.
LIS. Rio da subregião Oeste, que banha Leiria e desagua em Vieira de Leiria, após um percurso de cerca de 50 Km. Pouco caudaloso, atravessa uma região onde as explorações suínas e as variadas indústrias que rodeiam a cidade de Leiria têm contribuído para o aumento da sua poluição.

Ou seja: será de manter estas placas toponímicas com nomes alegadamente errados? É que ninguém consegue em bom rigor, justificar esta grafia, que está bem implantada na ponte Hintze Ribeiro e noutros locais, ao longo do percurso do rio Lis. E lá vão coexistindo, dolentemente, como se estivessem ali a disputar a toponímia correcta para o nome deste belo rio português.
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