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2014/06/25

Largo da Sé de Leiria - uma história para contar


Nestes dias, no Largo da Sé de Leiria. 
Foram muitos anos (1971 a 2012);  aqui casei com a Zaida e passámos a viver e a trabalhar durante este tempo todo, a ocupar o 1º andar do nº 7 da casa "Pharmácia Paiva".
O Centro Histórico de Leiria, no seu fulgor, vários empedrados naquele chão sagrado, por onde caminharam, lutaram e morreram, muçulmanos, cristãos, judeus, onde ainda se sentem os espíritos de mercadores, artesãos, poetas e trovadores ...
D. Afonso Henriques, D. Dinis, Rainha Santa Isabel, Francisco Rodrigues Lobo, Eça de Queiroz, Acácio de Paiva, Afonso Lopes Vieira, Miguel Torga,  são figuras que me ocorrem e que por ali pairam nas memórias que nos legaram ...


Há muitos anos atrás
memória mais recente
anos 70 e oitenta
aqui estavam padreiros*
lar e palco duma das melhores orquestras do mundo
dezenas e dezenas de pequenos pássaros
cantavam inebriadamente
do nascer da aurora ao sol-pôr
ininterruptamente
aqui havia vida para além da noite

a câmara decidiu que estavam velhos
caquéticos
carcomidos pelo tempo

chorámos
em coro com os pássaros
escrevemos nos jornais
reclamámos

Hoje
esta imagem é bela
mas não se fez justiça
mesmo assim

-
* o mesmo que ´acer pseudo-plátanus´
as-nunes14

2010/04/05

Leiria, hoje...Finalmente, LUZ!...

(clic para melhor observar este belo recanto de Leiria)

Leiria, Jardim Luís de Camões, hoje, de manhã. Finalmente, o Sol... a brilhar. As árvores e as aves a espreitarem, desconfiadas!...
-


Também não me esqueço que hoje é dia de Futebol, mais um jogo decisivo para o Benfica ganhar o campeonato (assim se dizia noutros tempos, agora diz que é "Liga").
E também como há quem tenha "mau perder" - apesar de ainda não termos chegado ao fim da Liga - tenta-se justificar uma certa diferença pontual, já significativa, temos que o admitir - que diabo - com histórias que metem túneis, uns sopapos, castigos da Liga que são neutralizados por outros da Federação...enfim, uma trapalhada!...
O Zé Paiva é que não deixa os créditos como cartoonista e caricaturista por mãos alheias e...vai daí...repare-se no boneco que lhe surripiei do seu blogue.

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2008/04/16

Olhar Leiria: Rossio

Jardim Luís de Camões. Porque razão aqueles bancos hão-de ter sido pintados a cor de laranja?!...
Acaba-se de subir as escadas da fonte antiga do Jardim L.C. e pode apreciar-se o espectáculo único dum conjunto de árvores diferentes, já com uns bons anos. A primeira, liquidâmbar, foi ela das que primeiro me seduziram a apreciar o extraordinário ciclo das árvores nos coloridos das suas folhas e no perfil dos seus hábitos. Outras árvores sediadas neste maravilhos recanto de Leiria: ácer falso plátanus (padreiro), do lado esquerdo; uma faia, já a enfeitar-se com o seu vestido gracioso, cor púrpura; liquidâmbar a começar a sua faina de se cobrir de folhas que, ao longo do ano, vão assumindo várias cores, verde tímido, passando pelo vermelho outonal e acabando num amarelo esplendoroso apesar de moribundo; a espreitar por debaixo do padreiro e da faia, pode vislumbrar-se uma acer negundo; retorcida pelo tempo e pela incúria dos homens, mesmo assim apresentando-se em jeito escultórico, aprecie-se a original melia azedarach, neste momento, mostrando as suas belas flores violeta, pequeninas mas em tufos, ao mesmo tempo que ainda nos deixa ver os frutos da época passada (bastante tóxicos quando trincados ou comidos pelo homem; quer-me parecer também que não haverá muitas aves que se atrevam a comê-los, dado que eles lá estão pendurados até cairem. Ver pormenor das folhas, flores e frutos aqui).
Do mesmo local da tomada das fotos anteriores, no Marachão, junto ao liquidâmbar, mesmo ao lado o rio Lis, observe-se a nova estátua do Papa Paulo VI, enquadrada num modernaço visual de zona pedonal e jardim. Em primeiro plano, uma tília. Ao fundo uma silhueta escondida das obras de requalificação do antigo edifício "Garage". nota: tenho várias fotografias destes ângulos. Vou passar a colocar neste blogue, esta mesma sequência, ao longo do ano. Comecemos então a numerar esta sequência como sendo a nº 1/2008-rossio
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2007/09/18

Recuperar o património particular da zona histórica de Leiria?


Uma amostra importante do estado deplorável em que se encontra o património particular da zona histórica de Leiria.
Como é que se vai resolver este problema?
Os proprietários actuais estão descapitalizados, na maioria dos casos e ainda por cima estão obrigados a pagar indeminizações aos inquilinos (quantos, simplesmente à espera do dia em que as venham a receber; pudera, com a miséria de rendas que pagam aos senhorios!), em caso de pretenderem fazer obras ou vender a quem as queira fazer. E mais, o chamado IPPAR, que tem que se pronunciar sobre as obras a levar a cabo é muito cioso de, mais centímetro menos centímetro, nas alterações que se propõem, particularmente em casas que não têm qualquier valor arquitectónico nem sequer ligações a nenhuma personalidade ou facto histórico.
Claro que se tem que preservar as linhas mestras que caracterizam os Centros Históricos. Mas também não há necessidade de sermos mais papistas que o Papa.
Foto tirada do Jardim do antigo Paço Episcopal, no preciso local onde funciona actualmente o comando da PSP de Leiria. Naquele dia em que lá andei por via do Abacateiro, lembram-se? Em primeiro plano, pode-se observar parte da zona do Largo da Sé. A árvore visível à esquerda é uma magestosa tília. Logo a seguir há um belíssimo e imponente Jacarandá. Então não é que, entretanto, vim a saber do Snr. Quico Huingá (saibam que este meu vizinho e amigo habita, precisamente, no local onde Eça de Queirós tinha o seu gabinete quando trabalhou em Leiria como Administrador do Concelho) 70 e tal anos, da história deste Jacarandá? Que terá sido plantado entre 1905 e 1910 por um primo, que morava ali pela Rua Direita! Uma novidade na época! Terá, portanto, 100 anos. Contou-me que assistiu a várias excursões que se realizavam a Leiria para o observar, quando em flor. De facto, é um espectáculo, aquele seu azul lilás, antes que as folhas apareçam (aí por Março/Abril).
Curioso: quando tirei esta foto (há dias), esse Jacarandá estava vicejante com as suas farfalhudas folhas verdes, entrefolhadas por algumas bonitas flores em plena forma! Nesta altura do ano?!

(convém clicar para ampliar)
- aprecie-se, também, a beleza das folhas e da ramagem dos falsos plátanus (padreiros), ao lado do jacarandá. Eram árvores deste tipo que faziam parte da ornamentação do Largo da Sé, até que em 2000 alguém se lembrou de cortar as várias árvores centenárias que lá havia para as substituir por jacarandás. Ainda gostava de saber quem é que lhes encomendou o sermão!
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