Os braços do plátano à entrada do Telheiro
dobrados por vezes pelo vento
árvore na estrada que a humaniza
qual mão em alto relevo rendilhada
@as-nunes
(1) No séc. XV a moagem de cereais era uma das tradições de trabalho e de riqueza na região. Dos Caniços ao
Arrabalde podiam contar-se sete moinhos, para além do pisão do papel, pertencendo uns aos Mosteiros de Alcobaça e de Santa Cruz de Coimbra e outros, ainda, a abastados proprietários que os podiam, ou não, alugar a rendeiros. Em 1411, D. João I permitiu, por Carta Régia, a Gonçalo Lourenço de Gomilde, homem da Corte, que"...em dois assentamentos velhos que em outro tempo foram moinhos que estão no termo e na ribeira da nossa vila de Leiria...junto à ponte dos caniços..."instalasse"...engenhos de fazer ferro, serrar madeira, pisar burel e fazer papel ou outras coisas que se façam com o artifício da água...contando que não sejam moinhos de pão...". (in "Roteiro Cultural de Leiria "Do Moinho do Papel à Tipografia Judaica" - ed. "Região de Turismo Leiria/Fátima").
Muitas outras fábricas se instalaram em Portugal (particularmente a partir de meados do séc. XVI) permitindo um desenvolvimento da técnica papeleira que deu a um português - Moreira de Sá - a honra de fabricar pela primeira vez em todo o mundo papel de pasta de madeira de pinho, em 1802, na sua fábrica junto do Vizela (1). ((1) A História de Portugal, de A.M.Cunha Lopes, p. 54).
Até há bem pouco tempo o edifício principal do moinho mantinha a traça arquitectónica original e teimava em laborar, precisamente, na arte de fazer farinha. Ainda é vivo e activo noutra profissão o último moleiro daquele moinho.
Perto das 9 horas. Margem direita do Rio Lis. Zona do antigo Parque da Fonte Quente. Os plátanos, majestosos, em preparativos para o Outono que se avizinha.
A Sra. D. Felismina, já duma certa idade (mais ainda que a minha, talvez pudesse ser minha mãe, portanto já podem ver), acabou de trazer, aqui ao meu escritório, no Largo da Sé, em mão própria, esta dose de marmelada. Esta senhora vive e tem estabelecimento de cestos e outros utensílios em vime, aqui perto, na Rua Direita, mesmo ao lado do "Pina".
Tem esta fotografia a finalidade de informar os frequentadores ou simples passantes deste blogue, todos bons amigos que muito prezo, que esta marmelada é a melhor do Mundo (e talvez até consiga provar, daqui a uns tempos -quanto ainda não sou capaz de prever, por isso é que coloquei a designação "Pina" entre aspas - e dos arredores). E mais. É feita à antiga, com marmelos e tudo!
Vou já comer só um bocadinho, que acabei de almoçar há pouco. Coisas de vizinhos doutros tempos, daqueles tempos das visitas e conversas porta a porta. Tenho saudades desse tempo, mas o Mundo não pára, está sempre a pular e a querer avançar!
Será que o está a conseguir?
Plátanos na margem direita
Fotos tiradas de cima da Ponte da Fonte Quente, em Leiria.
Entardecer pardacento
Inverno, Primavera?
Clima em fingimento
Alma Humana sincera?!
Pensamento em nostalgia
Em corrente sinuosa
Será noite, será dia?
Bonança tormentosa!
Uma bruma m´ inquieta
Neste momento de quietude
Será a vida de cor infinita
No seu rumo sem virtude
Deslizando… aflita...?
Talvez se ouça uma sineta!?
antónio
16fev2008
À entrada da Quinta de S. Venâncio, atrás referenciada... do lado de lá segue a estrada Leiria-Cortes, muito perto do preciso local onde se limita a zona da cidade com as Cortes.
Entardecer Outonal...com Cedros, Plátanos e...muita folha velha acastanhada ou amarelecida pelo tempo...apesar de ele próprio andar muito confuso!...
Fala-se em que esta Quinta virá brevemente a transformar-se numa zona de Turismo Rural. Não seria má ideia!...
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