Dizem Que não é poeta quem quer Pois eu penso que Ser poeta é sentir a poesia Só isso… Agora apetece-me ser poeta Apetece-me escrever como Um poeta Que já não sabe a idade Ora se sente jovem e não pensa Ora pensa antes de escrever E começa a fazer contas de cabeça Agora não quero fazer contas Olho a serra Aquela linha divisória D´Aquém e d´Além A verdade é que essa fronteira Vê-se Ali bem em frente olhando para sudeste Naquele ponto ínfimo E no infinito do seu próprio olhar Como um ´sniper` Aponto Preparo-me para disparar Espero o momento Mais um pouco de espera O vento tudo muda Neste horizonte de janeiro Agora que já estou a escrever Olho novamente aquele ponto Na mira outro momento A foto fixou outro instante Um momento irrepetível Infinitamente intangível Que me deixou assim Sensível…
Tenho a honra e imenso prazer em integrar o Grupo de "Serões Literários das Cortes"desde há, já nem me lembro bem, quantos anos, talvez mais de cinco.
Hoje, 1 de Janeiro de 2017, lembrei-me de partilhar este trabalho (no âmbito das ações deste grupo) ensaios literários e/ou artísticos, que lá vamos expondo e conversando.
Estou, neste preciso momento, com pouco tempo para grandes explanações. Vou ser breve. Mas o caso é que é agora ou perco a ocasião.
Comecemos, então, por este trabalho que a seguir se apresenta.
ser
ser generoso apesar
do que foge e alcança
dar à gratidão um nome
que não baste para nomear
o quanto
saber que há janelas
que abrem para o que nunca
entenderás
e tão humilde
vendo a tua sombra envelhecer
diante da luz e das coisas
que te trazem
agora
estrelas água caminhos
sinais e animais do ar
e agora
abre os braços
e sossega
Poema de Carlos Lopes Pires
Ilustração de Fulvio Capurso
Música de Pedro Jordão
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Este trabalho recebi-o por e-mail, ao qual respondi:
João Luís Barreto Guimarães Quetzal poesia a saldo Como é possível, questiono eu?
Um transformador da realidade em poesia Disponível para olhar e falar das coisas que vê Conseguir que nós o leiamos enquanto vive Os instantes que acontecem a cada momento
Conseguir reter as coisas que olhamos Que sentimos Com as palavras que nos ocorrem No momento ´São essas coisas Poesia no seu estado mais puro`
a chuva impõe a sua presença
persistentemente
abundantemente
com mensagens enigmáticas
insinua até que já não há sol
que a primavera mudou de endereço
que o correio se despistou há uns meses
ao seu fundo ao pé do rio Lis
que não se sabe dele
que talvez se tenha afogado
que os CTT agora já não são o que eram
que já não querem saber se há primavera
querem é que se saiba que são um banco...
II
a minha rua
está uma lástima
os serviços de obras públicas
escavacaram as valetas
tão bem feitinhas que elas estavam
pedras cortadas em formas irregulares
à moda dos paralelepípedos dantes
mas as águas da chuva escorriam
lindamente a toda a brida
direitinhas ao rio Lis
logo ali em baixo ao fundo da rua
por debaixo da estrada das Cortes
lá seguiam todas apressadas
ao alcance da mão mesmo à frente da janela ora alva como a estrela ora pequenina branca e rosa ouvi-a dizer bom dia e ficou em pose tira-me uma fotografia
Dia ventoso, cinzento, chuvoso
seis e meia da tarde
S. Pedro de Moel
o espírito de Afonso Lopes Vieira
também vislumbro Acácio de Paiva nas suas visitas e troca de correspondência sonetos a forma preferida...
Deambulando pela internet, dei comigo a rever alguns dos meus blogues. São mais que muitos, todos alojados na Blogger. São .blogspot.com E dei com estes ´posts` na rubrica "eu poeta" http://caminhosentrelacados.blogspot.pt/search/label/eu%20poeta Fica aqui, esta nota, por graça ...
A família (parte) está
a começar a juntar-se olho pela
janela da sala impressionado
pela claridade da luz
solar vejo-a a
refulgir no meio do jardim sinto que o momento é único não o posso perder para sempre aqui deixo o registo brancura de neve e seda faz de conta que é o tempo que devia fazer ...... as-nunes dez15
Adeus pequenito... - a noite já tinha caído peguei no seu corpo inerte embrulhei-o com emoção num pequeno lençol branco ajeitei-o pela última vez na sua cama Adeus, amigo ... - passei a noite com pesadelos acordei cedo junto à hortênsia grande flores azuis como o céu uma cova de 60 cm de fundo Lajeada com pedras da serra adeus, amigo ...
as-nunes
04-09-2015
O Tico e a Lala (à direita). em 2006. Eram irmãos, mas a Lala morreu muito nova, de repente, há já 6 anos.
(É de se recordar
a História da II Guerra Mundial)
as-nunes ... entretanto......
Presidente alemão disponível para indemnizar a Grécia
MARIANA ADAM
mariana.adam@economico.pt
Joachim Gauck admitiu pagar as indemnizações reclamadas pela Grécia a Berlim pela ocupação nazi.
O chefe de Estado alemão tem poucas funções executivas, mas estas declarações podem reabrir o debate sobre a indemnização histórica exigida pela Grécia, no âmbito da renegociação do pedido de resgate internacional, e rejeitado liminarmente pelo governo de Angela Merkel.
"A coisa certa a fazer por um país consciente da sua história, como o nosso se incomoda, é considerar que possibilidades haverá de pagar as indemnizações", afirmou o presidente alemão numa entrevista ao Süddeutsche Zeitungque será publicada sábado, citado pela Bloomberg.
O presidente alemão pediu consciência histórica e sentido de responsabilidade pelos crimes de Hittler. "Não somos apenas um povo que vive nos dias de hoje, somos também os descendentes daqueles que deixaram para trás um trilho de destruição na Europa" durante a segunda guerra conflito mundial, "na Grécia, entre outros locais", acrescentou Joachim Gauck.
O governo de Tsipras pediu 278,7 mil milhões de euros à Alemanha, o seu maior credor, pelos danos causados durante a ocupação nazi.
Fotografada duma janela de minha casa com um distância focal 450 mm.
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Chove, não chove
tempo sombrio ventoso
olho pela janela do escritório
pingos de chuva na vidraça
rosas brancas eternas pequeninas agora frágeis expressivas horizonte cinza metalizado fotografo o momento foco-me nas rosas...