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2011/01/11

Interlúdio fluvial...

Junto à ponte dos Caniços, em Leiria, as águas do rio Lis acolhem-se num açude, local perfeito para se pescarem barbos e bogas.
- Portugal a meter água, também à pesca. Só que no presente, é dos credores internacionais que nós estamos necessitados.  


Águas abundantes, estas as do rio Lis, nos dias que correm. Ei-las, fogosas, antes de se precipitarem, por entre salgueiros, choupos e amieiros (na foto), na voragem da corrente, passando sucessivamente ao lado da primeira fábrica de papel que houve em Portugal (hoje, um museu), do Jardim e Igreja de Sto. Agostinho, reminiscências da primeira central hidroeléctrica de Leiria, ponte Hintze Ribeiro, ponte Ernesto Korrodi, Marachão abaixo (em plena cidade de Leiria)...até chegar à foz na Praia da Vieira.

Hoje não me apetece escrever sobre coisas sérias, finanças, dívidas, fmis e quejandos...

Amanhã, quem sabe, cá estarei, de retorno às congeminações sobre o momento que se vive em Portugal. Só se fala de política, presidenciais, bpns, afinal até estamos a conseguir atingir os objectivos de déficit preconizados para se começar este ano D  de 2011, na esperança de que possamos, daqui a uns anos largos voltar a falar de desafogo (aparente, presumivelmente...).
Hallo Titania. Hope very fast better weather in your country, Australia. The best for you.
link Titania
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ACTUALIZAÇÃO - 12-01-11
Austrália em alerta máximo com inundações e fogos
Em Brisbane, habitantes foram aconselhados 
a deixar as casas.
A quatro mil quilómetros, centenas de pessoas fogem
ao fogo. (JN)


Algo de muito grave se passa com as alterações climáticas em todo o Mundo!
A crise não é só financeira!
Há que repensar com urgência uma Gestão Global do Planeta Terra!

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2010/10/14

Êxtase e inquietude!...

Descendo a Rua de Martingil, no lugar de Marrazes, a maior freguesia do Concelho de Leiria, hoje, ao finar da tarde, olhar na direcção da cidade. Panorama imponente do Castelo de Leiria, do casario da cidade, do Santuário da Nª Sra. da Encarnação, dos montes da Maúnça e do enfiamento da Serra dos Candeeiros, o azul do céu com um fundo de cinzento do nevoeiro a enfeitar-se para a noite que aí vem...
Lá em baixo, segue o famoso IC2, em obras de alargamento e outras melhorias (que bem precisado estava nesta zona do seu percurso), a caminho do IC36 (logo a seguir à curva ao fundo), que vai ligar a A8 à A1 cruzando os lugares da Mourã, Telheiro, Vale de Lobos, Vale do Lis/Cortes, Pousos. Itinerário de 10 km, talvez não tanto, com um viaduto sobre o Vale do Lis, um túnel (no Telheiro) e uma área de grande contestação porque a opção foi de corte de terrenos em profundidade e a céu aberto quando as populações reclamavam um túnel; Casal dos Maios/Pousos.
Obras em bom ritmo, quem diria que há crise de obras públicas?
Já estavam em pleno andamento antes das últimas medidas drásticas tomadas pelo Governo, quando não lá teriam ficado para as calendas gregas! É claro que também estava em jogo o lobby das Auto-Estradas! Ligar a A8 à A1 nesta zona do País é ouro sobre azul tendo em vista poder criar-se/fortalecer-se mais uma fonte de receita através da futura portagem dessa via (mais próxima do que muitos de nós estamos a imaginar).
De qualquer modo, um conjunto de obras, de importância nitidamente relevante para toda esta estratégica área geográfica de Portugal.
Ao fim da rua, ao longe, para os lados da Barosa, logo atrás, Marinha Grande, Vieira, o Atlântico a abrir a cama para o Sol se deitar!...

Hoje, ao cair da tarde, no lugar dos Marrazes, sobranceiro ao Arrabalde, leito do Rio Lis, águas a correr devagarinho, mansamente, ao encontro do Rio Lena, aqui mais ao lado direito da fotografia, próximo, na Barosa, os dois, juntinhos, unidos para sempre, a namorar em direcção à Praia da Vieira...
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O Orçamento do Estado para 2011 a ensombrar o êxtase destes poéticos momentos!...
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2010/10/01

De candeias às avessas!

Cá andamos, de candeias às avessas, às voltas com o Futuro...

Que mais nos irá acontecer?!...

Apesar de tudo o Rio Lis está lindo. Aos meus olhos, pelo menos!
E continua a correr para o mar!...

Unidos Venceremos!...
Assim os nossos políticos que têm a missão de governar correcta e justamente o nosso País, se consciencializem que não podem desbaratar o erário público e que têm a obrigação indeclinável de zelar por este Povo como um todo.


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2010/09/04

Fontes de vida!...



Fontes...


Nascentes
do Liz
reluzentes
frescura de petiz


Natureza estival
mantém-te assim
tão belo milheiral
esperança sem fim


Mais abaixo
ambiente desfigurado
haja que seja um só seixo
De novo será mudado


Assim seja!...

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(repare-se no contraste, post a seguir, 5 km abaixo, no mesmo rio?!...)
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2010/09/01

LEIRIA DO RIO LIS... Sempre!...

(clic para ampliar)
O Rio Lis tem uma extensão de 39,5 Km, nasce a 5 km da cidade de Leiria, nas Fontes, freguesia das Cortes e desagua na Praia da Vieira. É um rio com um trajecto curto mas tem sido desde tempos imemoriais, fonte de inspiração de poetas e outros escritores e uma referência histórica de assinalável relevo.
Na última década e meia têm corrido outros rios de tinta a reportar cheias, secas, poluição, mortandades de peixes, obras Polis de requalificação das suas margens na zona urbana, entre as quais poderemos destacar o chamado "espelho de água", uma represa automática, que transforma a zona do Marachão, entre a Fonte Quente e a Ponte Hintze Ribeiro, num belíssimo lago, perfeitamente navegável mas completamente abandonado, do ponto de vista de aproveitamento da água para utilização de barcos a remos, incluindo canoagem.

Parece que as pessoas deixaram de ver no rio Lis uma forma de aproveitamento lúdico e até desportivo. Inclusivé, os famosos concursos internacionais de pesca desportiva deixaram de se realizar em Leiria. Um espectáculo digno de referência, como o foi nos anos de 60 a 80, pelo que me lembro dos tempos em que vivo neste recanto encantado de Portugal.

Como se pode ver na foto do meio, o rio Lis é povoado, como sempre terá sido, por uma fauna variada. De realçar a presença de barbos (visível na foto), bogas, ruivacos e enguias (em tempos idos, peixe que se comercializava, perfeitamente comestível e de sabor muito agradável). Com o tempo foram introduzidos, o pimpão e a carpa, mas, pelo que me é dado observar, subsistem basicamente, muito a custo nos verões secos, a boga, o ruivaco e o barbo.

A verdade é que este curso de água está sujeito, cada vez mais, a forte pressão da população em geral e os seus péssimos hábitos em termos de protecção do ambiente, da Câmara Municipal de Leiria, pela sua dificuldade em conseguir coordenar uma gestão sustentada deste recurso natural, nomeadamente no que respeita às possíveis formas de actuação prática com vista ao combate à crescente poluição do rio que terá sido o principal estímulo à fixação dos primeiros habitantes de toda esta região de Leiria.
Politicamente, quem tem gerido o concelho de Leiria, tem sido, desde 0 25 de Abril de 1974, o PSD e o PS (no presente mandato). Sem esquecer que o mesmo Presidente da Câmara, Engº Lemos Proença, também esteve à frente da Câmara, ora pelo PSD ora pelo CDS.
De modo que temos que, nos últimos tempos, quem se tem mostrado mais aguerrido na denúncia da situação calamitosa a que o rio Lis e seus afluentes têm sido votados pelos vários agentes poluidores, tem sido, sem dúvida, o BE.
É assim que, um tanto contraditoriamente, talvez, alguém, em nome desta formação política partidária, usou e abusou do direito à livre expressão dos seus pensamentos e acção política, a arma do spray de tinta vermelha em cima do branco imaculado de zonas públicas. Chama-se a atenção para um determinado problema, não há que duvidar, mas exagera-se nas armas utilizadas.
Combate-se a poluição do rio com uma outra forma de contribuir para o mesmo tipo de poluição, ainda que, aparentemente, só visual.

Já agora, o que é que o BE preconiza para se "limpar" o Rio Lis, duma forma permanente e drástica?

Já li(*) e ouvi umas quantas dicas, algumas perfeitamente pertinentes, mas parece que não há grande vontade política para as pôr em prática!..

Vamos continuar a adiar sine die a resolução deste grave problema ambiental e de saúde pública, apesar de tudo uma gota de água no Oceano?
Só que não nos podemos esquecer que o Oceano também só é o Oceano, porque uma infinidade de gotas se juntaram para o formar. E conseguiram este efeito espantoso que é termos a Terra coberta por Oceanos em praticamente 75% da sua superfície!...
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(*) Leia-se o Jornal de Leiria, o "Público" e o site do BE (aqui)

2010/08/02

A sombra


A Sombra

É como me sinto
Uma sombra
ensombrada
pelo tempo
que passa
sem tempo

Uma sombra
assombrada
pelo tempo
fugidio
descrente
no fundo do rio
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2010/07/14

FONTES - Nascentes do Lis e Nª Sra. de Lourdes

Estamos em plena povoação de Fontes, freguesia de Cortes - Leiria. Aqui, precisamente, nasce o Rio Lis, que no seu remanso, segue o seu caminho, sozinho, até à saída de Leiria, quem vai para a Barosa. Aqui casa-se com o Rio Lena, que, para o efeito, corre desde Porto de Mós, para depois, já unidos, seguirem pelo fértil e histórico Vale do Lis até se entrelaçarem com as águas do Atlântico, na Praia da Vieira.
A fachada da Capela da povoação, com a imagem de Nª Sra. de Lourdes(*).
Era dia da Festa anual de FONTES, em honra da padroeira, Nª Sra. de Lourdes. Foi no passado Domingo, dia 11 de Julho.

Tinha, ali perto, no Salão Paroquial da Barreira, acabado de participar na sessão de lançamento de mais um livro de um autor daquela freguesia.
O livro tem como título "Barreira e a sua História" - II Vol. e o seu autor, o já consagrado prof. António Borges Cunha. Mais um excelente repositório de acontecimentos ligados à freguesia, que foram sendo reportados nos vários jornais dos princípios do séc. XX até à sua década de 80, complementado por sugestivas fotografias dos trajes típicos da época e das famílias mais representativas desta região.
Tivemos o privilégio de ouvir o Prof. Dr. Saul António Gomes a dissertar sobre o tema abordado e as virtualidades do autor e das gentes da Barreira. É sempre com redobrado prazer que se escuta ou lê Saul Gomes a tratar de questões ligadas à investigação histórica particularmente desta Região, muito bem demarcada, que é a da Estremadura Portuguesa.
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(*) Estas singelas notas de reportagem ficaram a saber-me a pouco. O lugar de FONTES, da freguesia de Cortes (Córtes) merece muito mais divulgação. Por manifesta falta de tempo disponível limitei-me à consulta do livro "RECORTES do jornal daí" -  As Cortes da pré-história à actualidade, edição do "Jornal das Cortes", 1997. E podem crer que não se dá por mal empregue o tempo utilizado na sua consulta para quem quiser saber das coisas e das gentes de toda a freguesia e, neste contexto, do lugar de FONTES. É assim que, a páginas 168 deste livro, se pode ler um interessantíssimo trabalho publicado no J.C. nº 75, 7/Fev/94, pp. 1 e 4) por Carlos Fernandes, que, em equipa com José Bento da Silva, se abalançaram em 5 de Dezembro de 1987, a iniciar a publicação do mensário "Jornal das Cortes". E ele aí continua vivo e a respirar saúde. Esse escrito explica sobre a história da actual Capela e da descoberta da capela velha das Fontes. A actual foi construída em 1914 a 1915.
(...)  Fiquei com curiosidade de saber mais sobre as FONTES!...
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À minha irmã Lourdes, com um grande beijinho.
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2010/06/04

LEIRIA, a Galp e os choupos

(clic para ampliar)
O avisador de que o combustível do meu carro estava nas lonas soou. Pelas minha contas dá para mais 100 km, à velocidade média a que circulo. Conduzo com muito mais calma, agora que entrei nos sessenta e tal. De modo que quando ouço esse fatídico sinal para as minhas finanças pessoais - apesar de tudo - não entro em transe à procura do primeiro posto de abastecimento que apareça.
Como tinha um talão de desconto que me foi entregue a troco de mais uma boa maquia que ficou no hipermercado - que só pode ser usado em estações da Galp aderentes - acabei por parar nesta, a da foto acima. Entra-se e sai-se pela Av. das Comunidades em Leiria. Pode-se dizer que esta Avenida está a fazer o serviço que, em breve, irá ser feito pelo IC36, isto é, ligar a A8 à A1, aqui nesta cidade. Dá muito jeito para encarreirar os automobilistas a seguirem para a A1.

Ironia do destino. A BP lá anda com problemas bicudos para estancar a colossal maré de petróleo que está a ser derramado aos milhões de litros diários para o Atlântico e a afectar com gravíssimas consequências o Golfo do México e, principalmente, toda a costa da Louisiana e, muito provavelmente, a da Flórida. Ouvi nas notícias que Obama está muito zangado com a BP e já a mandou multar em 69 milhões de dólares. 
Coitadinhos. 69 milhões! Estão feitos!?...E as acções a caírem 30 e tal por cento! Ou muito me engano ou daqui a algum tempo é que vai ser ganhar dinheiro em Mais-Valias!

Nessa estação plantaram-se estes choupos, todos numa fila(*) muito alinhadinha. Por acaso estão muito bonitos nesta altura do ano.
E veja-se a oportunidade da colocação do logotipo da GALP, precisamente a apelar para o seu empenhamento no verde.
Do lado de lá da Avenida, entrevêm-se mais umas árvores. É verdade. É uma zona de terrenos agrícolas, de razoável dimensão, que pertence à Prisão Escola de Leiria. Até quando é que aquela zona ficará preservada como zona agrícola?
Com os projectos grandiosos que se antevêm - e já estão alguns em curso (Shopping Leiria de Belmiro de Azevedo e todas as estruturas rodoviárias em redor, um novo Centro Comercial tipo Fórum, ali perto, o próprio IC 36 que vai encurralar esta zona verde, etc. etc.) - está-se mesmo a ver o que vai ser de toda a zona agrícola e florestal que se situa entre esta Av. das Comunidades e a Mourã (lá se vai a Quinta da Mourã, auguro eu) na freguesia da Barreira. E o problema mais sério é que é precisamente nesta área que corre o Rio Lena, que mais abaixo, casa com o Rio Lis e lá seguem os dois muito unidos num só, até desaguarem de mansinho no Atlântico, na Praia da Vieira.
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Ainda a propósito de choupos em Leiria. Alguém poderá informar a população porque é que se abateu o majestoso choupo que estava, até há dois dias, a dar o vistoso ar da sua graça no Largo do Tribunal em Leiria? Era um belo espécime de populus nigra.
(*) renque, lembrou-me a "deep". Obrigado, que bem andei à procura da palavra e não me ocorreu na altura. Passei à frente...
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2010/04/24

LEIRIA do meu encantamento


Rio Lis desde sempre
O Lis do presente
Largo 5 de Outubro de 1910
Largo da República rejuvenescida?
Posted by Picasa (clic para ampliar - Vê-se muito melhor e em pormenor)
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em tempo:
mais sobre este largo aqui

2010/01/01

Leiria do Rio Lis...em tempo de muita chuva

Leia-se, também, o belo poema de Soares Duarte, p. 12 do boletim nº 2, da ACLAL (aqui)

Da ponte Hintze Ribeiro, em 30 de Dezembro, tempo de muita chuva, o rio Lis (*) e as suas águas, ora de curso lânguido e cantado por variadíssimos poetas e trovadores, ora de rápidos e cheias que se espraiam pelas várzeas luxuriantes do vale do rio, desde a zona da Barosa até Monte Real...

(*) A etimologia da palavra identificativa do nome do rio que atravessa Leiria, vindo das Fontes, freguesia de Cortes e terminando o seu curso de cerca de 50 Km, no Atlântico, na Praia da Vieira, tem suscitado algumas confusões, que talvez pudessem ter sido evitadas, na devida oportunidade. A palavra correcta deve ser "LIS", como aliás, se tem vindo a usar da há já umas décadas a esta parte.
Uma das opiniões, favoráveis à utilização da toponímia "LIS" e não "LIZ" é a de Manuel Marques da Cruz, conforme publicou o "Jornal das Cortes nº 106, 2/Set/96, p.6). (v. também o livro "Recortes do Jornal daí" vol I, pág. 297).
Resumindo: concordo com a forma simples como se conclui pelo uso da palavra LIS. Resultará do cruzamento da palavra lilium com a palavra Iris. Pondo isto em linguagem genética, direi: de lilium veio o cromossoma "l", e de Iris os cromossomas "is": i + is = lis.
Continua, Marques da Cruz: O lírio e a Iris são plantas da mesma família, mas de géneros diferentes. Os franceses têm um rio a que chamam Lis. Que nunca escreveram com um "Z"; os bons dicionários portugueses só registam a forma "Lis"; o Armorial Lusitano diz-nos que já em 1528 uma família nobre tinha o apelido "Lis".
Também adoptam a designação "LIS" outros dos mais categorizados dicionário portugueses:
- Enciclopédia Verbo
- Dicionário Etimológico, de Pedro Machado
- Dicionário Lello
- Dicionário de Augusto Moreno
- Dicionário da Literatura Portuguesa, dirigido por J. Prado Coelho

Consultando  eu o "Grande Dicionário Enciclopédico Ediclube" de 1996 pode ler-se: 
LIS. (fr.lis, do l. lilium). s.m. LÍRIO. || v. FLOR-DE-LIS.
LIS. Rio da subregião Oeste, que banha Leiria e desagua em Vieira de Leiria, após um percurso de cerca de 50 Km. Pouco caudaloso, atravessa uma região onde as explorações suínas e as variadas indústrias que rodeiam a cidade de Leiria têm contribuído para o aumento da sua poluição.

Ou seja: será de manter estas placas toponímicas com nomes alegadamente errados? É que ninguém consegue em bom rigor, justificar esta grafia, que está bem implantada na ponte Hintze Ribeiro e noutros locais, ao longo do percurso do rio Lis. E lá vão coexistindo, dolentemente, como se estivessem ali a disputar a toponímia correcta para o nome deste belo rio português.
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2009/12/30

Ano Novo deita fora o Ano Velho!...

Encruzilhada

O Ano de 2009 já vai alto...
O Mundo parece que estilhaça
Vidas em confuso sobressalto
Ano Novo, ergamos a taça?!


Chegada no 31 de Dezembro
Decisiva etapa desta correria
Vida sonhada no vento
Vento que na noite bramia



Ânsias nos tempos que passam
Visões indefinidas no horizonte
Nas asas dum pássaro esvoaçam
Uma pena permanece na ponte.

Dou comigo a sussurrar, para o ar
Quantas dezenas de anos
Já ando, esbaforido, a cavalgar?
Nesta hora, planos, que planos?...

António S. Nunes


2009/03/31

Um par de Freixos em Leiria

Há que tempos que andava para fotografar este par enamorado de freixos em plena várzea ao longo do rio Lis! Este, bucólico, a deixar a cidade ao encontro do seu próprio par, o Lena, que, mais ao lado, depois de passar pela Mourã - Barreira, também segue o seu caminho, convergente. Conforme o já combinado previamente, lá seguem nos seus próprios leitos, até se enlaçarem mais abaixo, na Barosa, abraçando-se de mansinho, casando-se a um Domingo de manhã - como manda a lenda - para seguirem juntos até ao Atlântico.
Estes belos e solitários freixos só se conseguem fotografar deste ângulo, se se parar em pleno IC2, aqui em Leiria, imediatamente à saída da zona do bairro das
Almoinhas. Operação perigosa, sem dúvida, mas compensadora...
Amor a quanto obrigas!...
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Lenda do Lis e do Lena
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2009/03/30

Choupos em Leiria - Rio Lis



Choupo negro ou Populus nigra, na margem direita do Rio Lis em Leiria, junto à ponte do Arrabalde. Passeio pedonal muito utilizado pela população. Uma das áreas da cidade preferidas para se fazer marcha, corrida e ciclismo (nalguns troços com as devidas cautelas dada que a via é a mesma). Óptima também para passear com a família.
A mancha verde da cidade de Leiria está instalada fundamentalmente ao longo do Rio Lis, na encosta do Castelo, no Jardim Luís de Camões, na Praça da República (pinheiros mansos), nas instalações ajardinadas do Seminário Diocesano de Leiria (dotado de um autêntico jardim botânico e com bastantes árvores, particularmente choupos e tílias), em terrenos pertencentes à Prisão Escola de Leiria (pinheiro), quintas particulares e antigas (em vias de extinção?) designadamente a Quinta de S. Venâncio com a sua frondosa e antiga alameda de plátanos e ao longo das avenidas principais (Av. Marquês de Pombal, Av. 25 de Abril, Av. Dr. Sá Carneiro(*) - grevillea robusta e ameixoeiras de jardim, Av. Dr. Adelino Amaro da Costa(*) - Grevillea robusta e Jacarandá, Av. 22 de Maio(**) - Grevillea robusta e Jacarandá).
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(*) Respectivamente Primeiro Ministro e Ministro da Defesa Nacional de Portugal, mortos na explosão e queda dum avião civil (avioneta) ao levantar voo do aeroporto da Portela em 1980 (ainda hoje não se conhecem os contornos deste acidente, aventando-se várias hipóteses, incluindo a de atentado).
(**) Evocativa do dia do Município de Leiria. Esta avenida segue da rotunda do Arrabalde d´Aquem até à rotunda das Almoinhas e é a continuação da Av. Adelino Amaro da Costa, que vem desde a Rodunda das Indústrias, ao início da Av. Sá Carneiro.
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2009/03/27

As Cortes ao crepúsculo matinal


Linha do horizonte
bancos de nevoeiro
Manhã soalheira
Janela pr´oriente
Sra. do Monte

O céu e a terra
limite sentido
Cortes a meio
nascente do Lis
na falda da serra
...
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2009/03/22

Bom dia, Primavera!...



Bom dia, Primavera!...
Estou contigo.
Vou largar já de seguida o computador.
Vou lá para fora pôr o jardim em ordem a receber-te condignamente!...
Pois...não fora a Zaida a orientar!...
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2008/09/18

1ª Fábrica de papel em Portugal - Rio Lis, Leiria


(1) No séc. XV a moagem de cereais era uma das tradições de trabalho e de riqueza na região. Dos Caniços ao

Arrabalde podiam contar-se sete moinhos, para além do pisão do papel, pertencendo uns aos Mosteiros de Alcobaça e de Santa Cruz de Coimbra e outros, ainda, a abastados proprietários que os podiam, ou não, alugar a rendeiros. Em 1411, D. João I permitiu, por Carta Régia, a Gonçalo Lourenço de Gomilde, homem da Corte, que"...em dois assentamentos velhos que em outro tempo foram moinhos que estão no termo e na ribeira da nossa vila de Leiria...junto à ponte dos caniços..."instalasse"...engenhos de fazer ferro, serrar madeira, pisar burel e fazer papel ou outras coisas que se façam com o artifício da água...contando que não sejam moinhos de pão...". (in "Roteiro Cultural de Leiria "Do Moinho do Papel à Tipografia Judaica" - ed. "Região de Turismo Leiria/Fátima").

Muitas outras fábricas se instalaram em Portugal (particularmente a partir de meados do séc. XVI) permitindo um desenvolvimento da técnica papeleira que deu a um português - Moreira de Sá - a honra de fabricar pela primeira vez em todo o mundo papel de pasta de madeira de pinho, em 1802, na sua fábrica junto do Vizela (1). ((1) A História de Portugal, de A.M.Cunha Lopes, p. 54).

Até há bem pouco tempo o edifício principal do moinho mantinha a traça arquitectónica original e teimava em laborar, precisamente, na arte de fazer farinha. Ainda é vivo e activo noutra profissão o último moleiro daquele moinho.


As rodas do moinho, reconstruídas e enquadradas no conjunto requalificado das instalações onde funcionou a 1ª fábrica de papel, como acima ficou dito, com início em 1411. Estas instalações localizam-se entre a "Rua da Fábrica de Papel" e a "Ponte dos Caniços", no Rio Lis, cujo nome foi mantido desde aquele longínquo séc. XV. A abertura destas instalações museológicas está prevista para breve.
Informação bastante pormenorizada pode ser lida a pág. 24 e seguintes da "revista municipal" de Leiria, nº 30 de dezembro de 2007.
Um aspecto actual do Rio Lis, poucos metros antes da "ponte dos caniços". Originalmente, a flora ao longo do rio era constituída exclusivamente por salgueiros, freixos, amieiros e choupos. Segundo julgo saber, os muitos plátanos, alguns de porte monumental, que se podem observar na actualidade, foram introduzidos ao longo das margens do rio, a partir do princípio do séc. XX.
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2008/09/09

Diário duma manhã em Leiria

Perto das 9 horas. Margem direita do Rio Lis. Zona do antigo Parque da Fonte Quente. Os plátanos, majestosos, em preparativos para o Outono que se avizinha.

A Sra. D. Felismina, já duma certa idade (mais ainda que a minha, talvez pudesse ser minha mãe, portanto já podem ver), acabou de trazer, aqui ao meu escritório, no Largo da Sé, em mão própria, esta dose de marmelada. Esta senhora vive e tem estabelecimento de cestos e outros utensílios em vime, aqui perto, na Rua Direita, mesmo ao lado do "Pina".
Tem esta fotografia a finalidade de informar os frequentadores ou simples passantes deste blogue, todos bons amigos que muito prezo, que esta marmelada é a melhor do Mundo (e talvez até consiga provar, daqui a uns tempos -quanto ainda não sou capaz de prever, por isso é que coloquei a designação "Pina" entre aspas - e dos arredores). E mais. É feita à antiga, com marmelos e tudo!
Vou já comer só um bocadinho, que acabei de almoçar há pouco. Coisas de vizinhos doutros tempos, daqueles tempos das visitas e conversas porta a porta. Tenho saudades desse tempo, mas o Mundo não pára, está sempre a pular e a querer avançar!
Será que o está a conseguir?

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