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2010/03/31

O Anjo de Rosa Lobato de Faria

No passado Sábado, na Biblioteca Municipal de Alcanena. Mais um encontro mensal de Poesia e Cultura. Recordou-se Rosa Lobato de Faria. E a Zaida realçou uma bela prosa poética daquelas que ficarão para sempre presentes nos nossos espíritos. Nesta história (de "Os Linhos da Avó"), a poetisa apresenta-nos de uma forma infinitamente etérea, o Anjo que acreditava piamente a guiou durante toda a sua vida.

A Rádio Batalha, com a reportagem de Soares Duarte em directo, associou-se a este encontro, pela voz do Dr. Óscar Martins, coordenador do Grupo de Poetas de Alcanena e Director da Biblioteca.
Um aspecto da sessão no momento em que a Zaida dissertava sobre a obra literária de Rosa Lobato de Faria. Uma intervenção interessantíssima da parte de quem conhece muito bem quase todos os livros publicados, incluindo as obras destinadas a crianças. De "A Menina e o Cisne", o último livro da escritora, saído do prelo em Fevereiro do corrente ano, já depois da morte da autora, o final tão maravilhoso como poético (tanto para crianças como para adultos):

"E assim o Bem venceu o Mal naquele lugar escondido duma terra desconhecida num país inventado dum tempo sem nome.
E os meninos que ouviram esta história ficaram com os olhos a brilhar, como as mil estrelinhas das águas quietas do lago." 

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2010/02/03

"Não me lamentes."... - ROSA LOBATO DE FARIA


Morreu Rosa Lobato de Faria!
A notícia atingiu-me profundamente!
Não queria acreditar! E comoveu-me.
Há muito que me habituara a admirar esta grande Senhora. Primeiro como actriz de televisão e cinema. Depois como escritora e poetisa.
O primeiro livro que li de Rosa Lobato de Faria, já lá vão onze anos, foi o “Prenúncio das Águas”. E não mais parei.
Cada livro, pelo seu conteúdo, pela sua escrita, tinha o condão de me “prender” durante horas que me pareciam minutos.
Cada obra sua é verdadeira obra-prima!
Rosa Lobato de Faria nasceu a 20 de Abril de 1932. Poeta, romancista, actriz, guionista, letrista, a sua actividade dividiu-se pelas mais diferentes áreas.
Quem não se lembra, por exemplo, do Festival da Canção de 1994, de Sara Tavares e da canção “Chamar a Música”?
Com o “Prenúncio das Águas”, Rosa Lobato de Faria recebeu, em 2000, o “Prémio Máxima de Literatura”.
A sua vasta obra encontra-se traduzida em França, Alemanha e Espanha.


Morreu Rosa Lobato de Faria!
Mas por aquilo que escreveu e como o escreveu, Rosa Lobato de Faria continuará sempre, bem viva, entre nós.


2 de Fevereiro de 2010
Zaida Paiva Nunes
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SE EU MORRER DE MANHÃ

Se eu morrer de manhã
abre a janela devagar
e olha com rigor o dia que não tenho.

Não me lamentes. Eu não me entristeço:
ter tido a morte é mais do que mereço
se nem conheço a noite de que venho.

Deixa entrar pela casa um pouco de ar
e um pedaço de céu
- o único que sei.

Talvez um pássaro me estenda a asa
que não saber voar
foi sempre a minha lei.

Não busques o meu hálito no espelho.
Não chames o meu nome que eu não venho
e do mistério nada te direi.

Diz que não estou se alguém bater à porta.
Deixa que eu faça o meu papel de morta
pois não estar é da morte quanto sei.

Rosa Lobato de Faria
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Ver transcriçao deste post em 
http://aviagemdosargonautas.blogs.sapo.pt/391000.html

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