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2015/03/02

Soares Duarte - Para sempre


Publicação de António Nunes. (vídeo no Facebook)

Foto de Maria João (membro do GPC da Biblioteca Mun. de Alcanena)

Paulatinamente...
Tal como estaria já gravado
Na pedra grande da Vida
Soares Duarte transmutou-se
Era o seu tempo de ser outras paragens
Arco-irisadas com sons de gaivota

A  sua voz continua presente
Nas ondas multimétricas do éter
Declamando como só ele era capaz
Os versos de outros poetas
Secundarizando modestamente
Os seus próprios

Não, Soares Duarte, não
A tua poesia
Não é uma mera poesia de curtas frases
Também não é longa de mais
Como se fosse uma lengalenga

A tua Poesia, Soares Duarte
És tu
Poeta, Jornalista, escritor, amante, pai, avô, amigo
A tua voz lançada aos quatro ventos
O seu eco a perdurar eternamente
Desde cada um de nós...
Até ao mais infinito do Cosmos!...

Para Sempre! ...

Leiria, 28 de Fevereiro de 2015
as-nunes

vídeo:
-
No decorrer duma sessão do Grupo de Poesia e Cultura da Biblioteca Municipal de Alcanena no dia 28 de Fevereiro de 2015.

Fotos em https://www.facebook.com/media/set/?set=oa.1562311564053812&type=1


2014/10/21

Soares Duarte: um ano após o seu passamento.

(Prefácio de Óscar Martins)

Era uma sua vontade
oferecer aos seus amigos
versos de saudade
curtos mas precisos...

A família satisfez-lhe esse desejo...


Soares Duarte na rádio Batalha, em 2010, no decorrer do seu programa "Conversas e Ideias".
Saudades, Soares Duarte, das conversas que mantivemos nesse programa. E eu, chato às vezes, volta e meia a falar do meu gosto pela rádio, porque sou rádio amador desde 1982...


31 Mar 2010
A Rádio Batalha, com a reportagem de Soares Duarte em directo, associou-se a este encontro, pela voz do Dr. Óscar Martins, coordenador do Grupo de Poetas de Alcanena e Director da Biblioteca.

in memoriam
Soares Duarte (20 de Fevereiro de 1933 - 12 de Outubro de 2013)

2013/09/29

Biblioteca Municipal de Alcanena: 11º Aniversário

28 de Setembro de 2013: 11º aniversário da Biblioteca Municipal de Alcanena. Juntaram-se, por feliz coincidência, dois eventos numa sessão de Poesia e Cultura. O Dr. Óscar Martins a abrir a sessão de poesia com Hélia Correia.
 Um aspeto da assistência, também participantes ativos.
 Outro aspeto dos participantes.
 Bolo de Aniversário e uma tarte de maçã feito a primor pela Zaida. As maçãs que foram utilizadas na confeção são do nosso jardim/quintal na Barreira - Leiria.
Óscar Martins a preparar o ambiente para se cantar "Parabéns a Você" em companhia da Luísa Soares Duarte ao telefone, por causa dos problemas de saúde do marido e nosso companheiro, ausente/presente...

Também se voltou a falar de Acácio de Paiva e do livro "Falando de Acácio de Paiva"... 
(Afinal em Estremoz também há uma rua com o seu nome)

Um abraço, Soares Duarte!... 
@as-nunes

2011/08/20

Leiria em dias de jogos do Benfica na Televisão vs reflexões...

Duma varanda da Rua dos Lourais observava-se esta bela perspectiva sobre as Cortes, Serra da Maunça...eram p´raí umas 18h30 tmg da passada Terça-Feira.

Já são perto das 20h45.  Não fosse momento de Benfica internacional na TV e teríamos filas contínuas de automóveis a dirigirem-se para o novo santuário do consumo em Leiria.
Boa noite. Dirijo esta saudação particular a quem, eventualmente, passe por este sítio imediatamente a seguir à publicação deste post. Mesmo assim, deverá estar localizado geograficamente, aqui, à volta das proximidades do meridiano de Greenwich(*),  claro está, partindo do princípio que se apercebe das minhas coordenadas através do meu perfil de blogger (bloguista? blogueiro? ainda não decidimos - os utilizadores da língua portuguesa - se vamos aportuguesar este termo ou se o acabaremos por introduzir no nosso dicionário como um anglicismo).
Bom dia, boa tarde ou boa noite - como dizia Artur Agostinho - nas suas reportagens radiofónicas para todo o mundo, em onda curta.

A minha ideia, ao colocar aqui estas fotografias, era, basicamente, dar nota da minha presença activa neste blog (ou blogue? ou Diário?), aproveitando o ensejo para mostrar ao mundo dos frequentadores da blogosfera (já estamos a aportuguesar esta expressão...a ver vamos) mais dois instantâneos de Leiria que me captaram a atenção (e não é só de agora) por estes dias. Concretamente, no dia do jogo de futebol Twente-Benfica, fase de apuramento para o Play-off da Liga dos Clubes Campeões Europeus de Futebol. Parece que o Benfica estará bem encaminhado, depois do jogo que fez e do resultado, um empate a dois golos.

A segunda foto, tirei-a da varanda dum casal amigo, a Luísa e o Soares Duarte, justamente no intervalo daquele dito jogo. Já vem sendo habitual, nos últimos tempos, juntarmo-nos para ver os jogos do Benfica que passam na SportTV. Sempre aproveitamos a ocasião para convivermos um pouco e combinarmos umas sortidas para as nossas lides literárias, aqui e ali, 
(Leiria, Batalha, Alcanena, Nazaré, para já não falar da ACLAL em Castro Daire e da Associação de Apoio e Preservação da Língua Portuguesa, em Viseu - vamos lá a ver, também, no que é que esta ideia vai dar). 
A rádio também teve o seu tempo, pela mão de Soares Duarte... Apetece-me perguntar-lhe, aqui e agora, se vai deixar que algumas contrariedades da vida, da idade (ainda está para as curvas, caríssimo amigo) lhe interrompam o seu gosto pela participação activa aos microfones de uma estação de rádio, com o seu estilo e programas inconfundíveis.

A fotografia que registei em primeiro lugar constitui um momento que não me canso de fixar na objectiva da minha máquina fotográfica, uma Nikon D50 com teleobjectiva Sigma APO DG, 70-300 mm.
Estávamos, eu e a Zaida, a prepararmo-nos para sair de casa por causa do jogo do Benfica. A Zaida acompanha-me, mas, tal como a Luísa, só se apercebem do resultado do jogo através das nossas observações mais acaloradas ou mais críticas, às vezes algo azedas.

E com isto tudo parece-me que já não será muito conveniente prolongar este apontamento.

Cá vamos andando, meus amigos/as!...
-
(*) Obviamente que estou a exagerar. Será noite na parte do planeta Terra em que o Sol está abaixo do horizonte. Desculpem lá, não estou a ensinar nada a ninguém. Simplesmente estou a tentar ser o mais correcto possível na forma de me exprimir.
Já que estou nesta de me confessar e de apelar à benevolência dos meus leitores:
À medida que este meu blogue vai amadurecendo com o tempo também eu vou sentindo cada vez mais necessidade/dificuldade em impedir que as gralhas pousem aqui e ali sem eu dar por isso, seja por distracção, seja por ignorância da minha parte. A verdade é que esta minha disposição de me pôr para aqui a escrever sobre tudo e mais alguma coisa colocam-me, com muita frequência, perante as  limitações intrínsecas à minha qualidade de amador em muitas áreas que ouso abordar sem que, para tal, tenha a preparação cultural adequada. Quantas vezes, movido pela curiosidade e espanto de ignorante, não me permito a veleidade de escrever sobre temas que não domino. Bem me esforço por estudar a matéria mas nem sempre consigo aprender o suficiente.
Das possíveis imprecisões resultantes das condicionantes que vos acabei de referir, quero, desde já, penitenciar-me, agradecendo todas as dicas que possam considerar pertinentes.

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2011/05/04

Opinar...(?!)

(clic para ampliar)
Estava a ver um jogo dos iniciados do UDL em Santa Eufêmea - Leiria
Tinha esta composição guardada no meu computador.
Tem a data de 1 de Abril de 2011.
Acabei por não a usar na altura.
Premonições?!...


Afinal, a natureza simbólica daquele dia, parece que se revelou, no caso concreto que se segue.


Tinha acabado de participar no programa de Soares Duarte, «Conversas e Ideias», na Rádio Batalha, um dos melhores programas (na minha opinião, claro, também na de muitos e dedicados ouvintes) daquela estação emissora. Uma estação com um grande e significativo historial na comunicação radiofónica. Locais, assim se denominam estas emissoras, a maior parte delas nascidas da carolice de uns quantos amantes da rádio (entre os quais muitos radioamadores, a maior parte das vezes enquadrados por profissionais competentes), após a legalização de algumas «estações piratas» que começaram a emitir sem licença logo a seguir ao 25 de Abril de 1974.


Este meu apontamento, vem a propósito daquele programa (que já não é, por "não estarem reunidas as condições"...) e da minha colaboração com aquela rádio, a convite de um "senhor da rádio", assim considerado desde sempre que me lembro deste meu especial e particular amigo: Soares Duarte.
Amigo e companheiro destas andanças e doutras, sempre relacionadas com o associativismo, cultura, promoção da língua portuguesa, divulgação desta região Centro Oeste de Portugal.


Sou radioamador encartado (CT1CIR, desde 1982, a emitir em ondas curtas, em FM nos 2 metros, em UHF nos 70 cm, experiências múltiplas em comunicações digitais, antes mesmo de se falar em PC e internet - vaidade a minha, dirão, eu concordo).
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Ninguém é tão velho que não espere que depois de um dia não venha outro
Seneca ()
Roma Antiga
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Já não somos jovens, fisicamente, mas vai uma aposta em como estamos ainda em condições de nos pormos ao lado de quem quer que seja, nestas áreas? Da comunicação via rádio, mas também na imprensa, na escrita - poesia e prosa - na blogosfera, no associativismo cultural, recreativo e desportivo. Podia começar aqui a enumerar dezenas e dezenas de associações às quais, quer o meu amigo Soares Duarte (ele, particularmente, que é inspirado na sua personalidade e no seu carácter que me dispus a escrever este apontamento neste meu blogue), quer eu próprio, para dizer da minha/nossa experiência/s de vida, que, devidamente aproveitada/s, têm dado o seu contributo à sociedade em que estamos integrados.


Não pretendo entrar em pormenores, senti-me no dever de deixar aqui este meu testemunho de solidariedade e de consideração, não só por Soares Duarte, mas também e muito especialmenbte, pelos ouvintes da Rádio Batalha, que se habituaram a ouvir este programa, às Segundas e às Quintas, e um outro, ao Sábado, mais ligeiro, mas igualmente, de serviço público, a fazer companhia, com música e a palavra ajustada ao momento e às circunstâncias.
É que, pelo que me apercebi, Soares Duarte deixou, inopinadamente, de ter lugar na grelha de programas da Rádio Batalha.
Diga-se, entretanto, que estes programas eram produzidos e colocados no ar pelo próprio Soares Duarte, graciosamente, assim era a vontade do próprio.


Porquê?
Não percebo.


Mas não concebo que uma rádio como esta, que para além de ter intuitos comerciais, também tem o dever de participar na promoção de outros valores mais ligados à divulgação da Cultura no seu sentido amplo,  possa dispensar uma tão reconhecida colaboração.


Se acaso o leitor me tiver ouvido, a "conversar", de vez em quando, com o "senhor da rádio" Soares Duarte, nos 104,8 Mhz ou até via internet, sempre lhe quero aqui deixar uma dica:


Eu era apresentado como António Nunes... (para evitar confusões, deve intercalar-se entre as duas palavras do nome, as iniciais A.S.
Obrigado pela sugestão do comentário 1)


@as-nunes

2011/03/30

Conversas e Ideias na Rádio Batalha: Apelo urgente


APELO URGENTE!...N
OTA PROVISÓRIA
Amanhã (Quinta-Feira), dia 31 de Março, entre as 17h15 e as 17h30 vou estar em rádio a falar com Soares Duarte, na Rádio Batalha, 104,8 Mhz FM ou www.radiobatalha.com, mais provável, se me estiver a ler fora do alcance das ondas hertzianas desta estação.
Apareça, será bem vindo...não temos muito tempo, mas damos-lhe logo a antena toda (bem, o Soares Duarte é que é o «dono do programa», "Conversas e Ideias", entre as 15 e as 18h mas ele com certeza que não leva a mal ser eu a pedir ajuda aos ouvintes...já viram que não há ideias acertadas para resolvermos a embrulhada em que o País está metido?).
A actualidade nacional é o tema. 

Ligue para o 351 244 768 44
ou e-mail para nunes.geral@gmail.com
ou
http://www.facebook.com/profile.php?id=1742211899


Talvez que esta ideia possa ter receptividade, quem sabe? 
Era uma maravilha, que bem necessitado de ajuda estou, a ver se todos conseguimos dar um contributo para a solução dos problemas da sociedade (nacionais e regionais, claro está).
09h00 gmt, 31-03-2011
Em alternativa a preocupar-se com este premente problema nacional resultante das péssimas prestações dos diferentes Governos de Portugal das últimas décadas, porque não admirar as belas e sugestivas imagens de tranquilidade e esperança na Vida, que estão patentes na minha entrada anterior?
Ou, ainda mais eficaz, porque não largar o computador, ir por aí, pelos campos, vales ou montanhas, admirar a beleza estonteante e anestesiante que a Natureza, no seu soberano esplendor nos proporciona?


Na foto, hoje de manhã, vale do Lis, a igreja das Cortes tapada pela neblina espelhando reverberações majestosas do Sol pleno de Primavera.
Portugal é lindo! 
Vale a pena termos esperança em melhores dias! Temos que conseguir ultrapassar estes malfadados "ratings"!...


Qual Dívida Soberana, qual carapuça?
Os políticos que se têm governado até mais não, que resolvam a enrascada em que meteram Portugal e os portugueses!
Essa é a sua OBRIGAÇÃO inadiável!
INAPELÁVEL!..........
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A imagem acima é um fragmento da capa do livro de poemas "Apocalipse", de Lúcia Perdigão, do grupo de poetas de Alcanena.
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@as-nunes

2011/03/24

Rádio Batalha: uma rádio em serviço público

O meu querido amigo Soares Duarte, no seu programa na Rádio Batalha, de hoje, "Conversas e Ideias", abordou, essencialmente, a temática da necessidade de uma adequada programação dos tempos de antena da rádio - uma rádio dita local, neste caso - tendo em conta os seus objectivos e premência na luta pela qualidade, audiência e, sem contestação nenhuma para uma rádio não financiada como Fundação ou Instituto Público, pela sua rentabilidade económica e financeira.
Muito se disse, vários foram os depoimentos de ouvintes, em determinada altura como que ouvi as suas lágrimas de comoção , a correrem-lhe pela face, que quase lhe «calaram o pio». Uma senhora, pareceu-me que estaria nos primeiros anos de actividade em rádio, tantas palavras de elogio lhe dirigiu, relativamente à sua já longa e meritória carreira de radialista, que o meu amigo teve que deixar passar uma pausa na emissão para lhe agradecer a amabilidade. Que é merecida, como bem sabemos, os seus ouvintes.
A verdade é que a Rádio como meio de comunicação social é uma Arte. Incontestavelmente. Só sendo encarada com esse espírito, a Rádio conseguirá atingir os seus objectivos, a começar pelo seu público alvo. Que tem de estar sempre na mente de quem programa a actividade da Estação.
A Rádio tem de ser capaz de dizer coisas às pessoas, de transmitir Cultura, para além da necessária Informação sempre em linha com os acontecimentos e da indispensável Música, criteriosamente seleccionada.
--
Passando para a minha participação no programa, que muito me honra com a sua confiança, era inevitável falar, ainda que sumariamente, nos acontecimentos políticos em Portugal, dos últimos dias, melhor, do que se passou ontem no Parlamento.
Que me desculpem os ouvintes da Rádio Batalha, mas faço questão, na rubrica de que fui incumbido "Opinião", de exprimir a minha opinião, que não será, logicamente, a mesma de muitos dos ouvintes.
No entanto, uma coisa temos que convir. É da diversidade democrática das opiniões que pode e deve sair a síntese indispensável à escolha do melhor caminho para a nossa vida colectiva.
Quem me estiver a ler, pode ficar com uma ideia da orientação que tentei imprimir às notas breves que lancei à consideração dos ouvintes, ampliando a fotografia acima (estava eu na boa companhia do meu computador portátil e duma folha de papel de apontamentos) e lendo o que se consegue vislumbrar na dita folha de papel.
Resumindo: ainda acredito que o nosso Presidente da República não vai aceitar o pedido de demissão como Primeiro Ministro do Engº José Sócrates; ainda o teremos à frente do Governo, pelo menos até ao fim do Verão. 
Haja calma, se for imprescindível para uma melhor governação do País, substituir o actual Governo, não sejamos precipitados. 
Por amor de Portugal e consideração para com os portugueses!
Se atentarem nas consequências, estrondosamente visíveis, hoje, corte de dois lugares no rating Fitch de Portugal, subidas dramáticas das taxas de juro da nossa Dívida Pública, declarações de reputados e influentes dirigentes Europeus e da OCDE...perceber-se-á a razão destas minhas reticências...e vamos lá a ver onde é que esta tragédia vai parar. 
@as-nunes
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2011/03/14

Radio Batalha - Conversas e Ideias: PEC IV - Mais austeridade

(clik para ouvir a Rádio Batalha)

Soares Duarte e
António Nunes

Hoje, 14 de Março de 2011, entre as 17h10 e as 17h30, na Rádio Batalha, 104,8 Mhz
-
Vou tentar fazer uma síntese da nossa conversa via rádio, animada e preocupada ao mesmo tempo.

Decididamente nós, o Povo da rua, aquele que quer é viver a vida do dia a dia, com dignidade, à custa do esforço do seu trabalho, estamos a atingir um ponto de saturação  tal que já não podemos acreditar em mais de 10% do que vamos ouvindo na comunicação social, seja pela boca dos políticos que nos governam 
-Atenção, muita atenção, estamos a ser governados, não só pelo Governo oficial do PS minoritário, mas também pelo Presidente da República, pelo PSD e pelos restantes partidos da Assembleia da República seja pela própria comunicação social.

As notícias vindas a lume são contraditórias, actualizáveis ao minuto. Mas, acima de tudo, muito desanimadoras. Perturbadoras, teremos mesmo que o dizer.

Durante décadas convencemo-nos que estávamos a viver num tempo de vacas gordas. Que toda a gente podia comprar casa (port vezes até com piscina), carro novo, mobílias novas, viajar para países exóticos. E se não tivéssemos todo o dinheiro necessário imediatamente disponível (que era o caso geral) não havia azar. Os bancos emprestavam-nos esse dinheiro, sem grandes burocracias e a taxas de juros baixas.
E assim fomos andando e nos deixámos embalar no canto da sereia.

Todo este regabofe tinha que dar mau resultado, obviamente. A dívida individual foi aumentando exponencialmente, ao mesmo tempo que com as contas do Estado acontecia o mesmo.

Sabendo nós e sentindo na própria carne, as consequências daqui advindas, damos connosco a perguntar:
E agora?

Tentando fazer uma ligeira recapitulação do que se tem vindo a passar e que nos afecta a vida, cada vez com mais premência, retomemos a história, na altura, em que os juros da nossa Dívida estavam em alta declarada. O Primeiro Ministro e o Ministro das Finanças trazem-nos notícias de Bruxelas:
- Acordo europeu para aumentar para 440 Mil Milhões de Euros a chamada FEEF (Fundo Europeu de Estabilização Financeira);
- Que passará para 500 Mil Milhões em 2013;
- Flexibilizar a utilização destes fundos para serem utilizados na compra directa da Dívida Pública dos países em dificuldades e assim reduzir a pressão dos mercados externos para evitar a subida insustentável das taxas de juro.

Só que, entretanto, foram-nos impostas novas medidas de contenção e austeridade nos países periféricos como o nosso. É aqui que surge o já chamado PEC IV, que tanta celeuma está a levantar.

E o que é este PEC IV?

O Governo comprometeu-se na Sexta-Feira passada em avançar com novas medidas de austeridade:
- Aumento do imposto automóvel para reduzir o volume das importações;
- Corte nas pensões a partir de 1.500€ num montante médio (progressivo a partir de 3,5% até aos 10% para as mais altas;
- Revisão das Taxas do Iva;
- Revisão das condições de atribuição do subsídio de desemprego.

Entretanto, Passos Coelho, pressionado pelos gurus do seu partido e pela previsível impopularidade destas medidas, só possíveis com a sua aprovação, já que não acredito que o Governo se abalance sozinho neste difícil cruzada, já veio declarar que o Governo não pode contar com o PSD para as pôr em prática.

Face à nossa dramática situação, vamos a ver se Passos Coelho não vai ter de refrear os seus correligionários.

-
Segundo as últimas informações, os juros da Dívida Pública estão a descer drasticamente e a Grécia a ficar mais aliviada.

Será que a União Europeia, efectivamente unida, irá conseguir ultrapassar este Tsunami financeiro que está a atacar a estabilidade do Euro e da própria União?

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2011/01/27

Leiria: Os tempos que correm...

Ontem, em Leiria, ao descer desde a Rua Natália Correia para a Estrada das Cortes, o hábito pré-primaveril e esplendoroso duma mimosa.
Outra perspectiva do mesmo local, focando o contraste de forte impacte ambiental dos pilares do enorme e monstruoso viaduto que vai sobrevoar o Vale do Rio Lis, entre a Quinta de Vale de Lobos, Quinta de S. Venâncio e Vidigal. Uma obra de vulto, sem dúvida, integrada no conjunto que vai constituit o IC36, a ligar a A8 à A1, entre Alto do Vieiro e os Pousos.


 
Hoje, dia de frio e de chuva. 
Uma perspectiva do Jardim Luís de Camões, em Leiria. 
As tílias, imagem de marca deste jardim, todas nuas... 
              Entretanto...                                      
1- Hoje, logo pela manhãzinha, os pais e alunos do Colégio Conciliar da Maria Imaculada (O Colégio da Cruz da Areia), aqui em Leiria, estão em luta contra o corte drástico no financiamento das Escolas Privadas no âmbito do acordo de cooperação existente com o Estado há mais de 30 anos.
É de referir que estes financiamentos se destinam a fazer face às despesas de funcionamento da Escola na prestação do serviço público de Ensino Obrigatório e gratuito aos alunos do 5º ao 9º anos.
2- Pelas 17h15, na Rádio Batalha, que pode ser ouvida na frequência 104,8 mhz ou via internet seguindo o link www.radiobatalha.com , o autor deste blogue fará uma pequena intervenção na rubrica "Destaque" integrada no programa de Soares Duarte, "Conversas e Ideias", entre as 15h e as 18horas Gmt. 
Participe, contactando pelo telefone 244 768440.

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2011/01/20

Hortas urbanas, biodiversidade e desenvolvimento económico

Nas últimas décadas a preocupação fundamental das grandes decisões governamentais a nível global têm-se prendido com o desenvolvimento económico a qualquer custo.
Que o desenvolvimento económico é condição imprescindível à qualidade da vida do homem, que sem economia forte não há desenvolvimento - invoca-se.
Não podemos contestar tal concepção, mas podemos e devemos travar a velocidade do desenvolvimento económico a qualquer preço em nome duma ideia muito mais importante para o Homem e o próprio Planeta em que ele vive e de cuja sustentabilidade depende a própria vida: a biodiversidade.
Corre pelas chamadas “redes sociais” um movimento “pela criação de hortas urbanas e biodiversidade nos espaços verdes das grandes cidades”. Eu acrescentaria, pensemos em todas as urbes e não só nas grandes cidades. Pensemos também nas terras em pousio pela migração maciça das populações, para os centros urbanos em busca da ilusão de melhores condições de vida.
Actualmente, assistimos à decepção dos novos habitantes das urbes, particularmente aqueles que vêm de zonas mais ou menos interiores e até de áreas limítrofes. É que estão a ser confrontados com uma qualidade de vida muito deficitária, em múltiplos aspectos. Preços incomportáveis dos combustíveis para usar no transporte privado, os próprios transportes ditos públicos cada vez mais caros, engarrafamentos brutais com o aumento subsequente do tempo ocupado em transportes, salários muito baixos para fazer face ao custo de vida, falta de tempo livre.

E a alimentação, o que é que andamos a comer, com estas pressas todas e a necessidade de gerir orçamentos familiares baixíssimos? E deficitários, feitas as contas.

É esta a vida que queremos viver, de facto?

Dada a actual conjuntura económica e social mundial, parece-me evidente que temos que encontrar todas as alternativas possíveis e imaginárias para procurarmos o equilíbrio dos nossos orçamentos familiares e da própria Terra.
Sou incondicionalmente a favor dum melhor aproveitamento das terras de cultivo e que estão votadas ao abandono. E ao aproveitamento dos próprios jardins que, alguns de nós, possam ter à volta das suas habitações. E também a favor da criação de talhões de terreno comunitários para horta.


Nesta perspectiva, dou o meu apoio a esta iniciativa (espero bem que não só virtual) e que seja posta, desde já em prática, por cada um de nós.
Pelo que a mim e à minha família diz respeito, já estamos em fase de substituição de parte do relvado do jardim. Até porque com a relva se gasta demasiada água e pouco ou nada se contribui para a biodiversidade de que o nosso Planeta tanto carece. 
Em sua substituição, estamos a plantar couves, alfaces, plantas aromáticas e medicinais e a semear feijão verde, cenouras, alho, nabiças, nabos, o que a terra possa produzir e ajude na alimentação. E não esquecendo – muito importante – a reciclagem de todos os resíduos biológicos da cozinha, do jardim e da própria horta, bem como o aproveitamento das águas das chuvas.
Ao mesmo tempo, já começámos a dar preferência às plantas e flores autóctones no remanescente do terreno ajardinado. Sem esquecer as árvores de fruto que se possam plantar, como laranjeiras, limoeiros, pereiras, cerejeiras, macieiras, etc.
Aproveitem-se todos os bocadinhos de terra de cultivo (alguns jardins e espaços verdes, inclusivé) para melhorarmos a qualidade de vida das nossas cidades e não só, que há por esse Portugal fora, muita terra abandonada!...

E que não haja “vergonha” de agarrar numa enxada, numa pá, num ancinho, pôr os pés na terra e usufruir, para além de tudo o mais, do bem que é o contacto com a Natureza!...
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(Estive em rádio - Rádio Batalha - a conversar sobre este tema, com o meu amigo e realizador do programa "conversas e ideias", Soares Duarte. Na 5ª feira passada, à tarde. Na rubrica "destaque", quem diria, nestes tempos de campanha para as Presidenciais. Eu, que sou dos que pensam que todos devemos participar com força cívica nos momentos importantes para o nosso país!... 
Estou cansado de ver o povo a não ser mais e melhor juiz das acções concretas dos nossos dirigentes políticos, a branquear factos que deviam ser esclarecidos, para não nos virmos a sentir enganados no futuro).


A composição ao lado é um fragmento do que foi publicado na "Ilustração Portuguesa", um nº de 1916, que retirei do blogue colipoleiria
É certo que nessa época vivíamos essencialmente da Agricultura, a verdade, porém, é que com a nossa entrada na Comunidade Europeia, os Governos Portugueses praticamente foram empurrados a tudo fazer no sentido da desvalorização/menorização da actividade agrícola. Os efeitos perversos estão à vista. Consumimos mais de metade de produtos alimentares importados de outros países Europeus porque nos convenceram que a nossa agricultura não era necessária para coisa nenhuma, que a Europa produzia tudo em abundância, qualidade e preço. 
É o que se está a ver!...

2011/01/12

Joaquim Jorge e o Clube dos Pensadores

In "Diário de Notícias" de 10 de Janeiro de 2011 -              2º Livro de Joaquim Jorge  Ed. Papiro - 2011

Salvo a publicidade em causa própria...
De certo que já repararam na visibilidade que o CdP - Clube dos Pensadores, fundado por Joaquim Jorge, Biólogo, com base operacional em Gaia, tem vindo a assumir no exercício da cidadania através do debate das ideias e de propostas em concreto, face à realidade do nosso País, que muito se tem vindo a deteriorar nos últimos anos.



Precisamente ontem, dia 11 de Janeiro de 2011, estava programado o lançamento em Gaia do seu segundo livro (na foto podemos ver a capa do 1º, lançado em 2009) e a sua apresentação estaria a cargo do Presidente do Governo Regional da Madeira, Dr. Alberto João Jardim. Tal não se consumou pelos motivos sobejamente conhecidos através dos meios de comunicação social. Na TVI, no passado Domingo, Marcelo Rebelo de Sousa também referiu esta apresentação (por acaso pode-se ver um vídeo-clip desse momento, aqui). 



A minha ligação a este clube e ao seu fundador já remonta a 2008, sou seu membro activo e comento, sempre que assim me ocorre, os artigos de opinião e para debate que estão diariamente a ser lançados à discussão no blogue "Clube dos Pensadores".
Sinto-me, assim, como que a percorrer um caminho entrelaçado, em muitos aspectos, com o percurso seguido por este inconformado mas democrático Clube.


Tendo em vista dar a melhor conhecer, por entre os ouvintes da Rádio Batalha, será Joaquim Jorge, o principal convidado do programa de Soares Duarte, "Ideias e Conversas", que estará no ar, amanhã, dia 13 de Janeiro, entre as 15 e as 18 horas, em 104.8 mhz ou via internet em www.radiobatalha.com . Joaquim Jorge será convocado a partir das 16 horas, de qualquer modo a apresentação do Clube dos Pensadores começará a ser feita, desde o início do programa radiofónico. Também estarei presente em estúdio no decorrer desta acção de divulgação de ideias e de conversas sobre a actualidade.


Esperamos a melhor participação de todos os ouvintes.
É chegada a hora de todos nos mobilizarmos para o debate, para dar a nossa opinião no sentido da resolução dos problemas de Portugal.


Todos, sim, que é o Futuro colectivo que está em causa!...
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2010/12/26

Balanço de 2010 na Rádio Batalha

Segunda-Feira próxima, 27 de Dezembro de 2010, entre as 15h00 e as 17h00 tmg, irei participar num programa da "Rádio Batalha" produzido por Soares Duarte.
Vamos abordar, durante duas horas, os factos, locais, nacionais e internacionais, que mais terão ou poderão vir a ter influência relevante na vida dos Portugueses, em particular e de todo o mundo, em geral.
Como é timbre deste tipo de programas que Soares Duarte tem produzido na Rádio Batalha, a antena estará receptiva a todas as colaborações dos ouvintes, estejam onde estiverem, sejam quem forem.
Não nos podemos esquecer que a rádio, hoje em dia, já não é só aquela via fantástica e romântica de comunicar, usando o efeito da propagação do som através das ondas hertzianas. Na actualidade, o sinal de rádio já é transmitido para todo o mundo através da internet.
Daí o meu apelo a todos quantos tiverem oportunidade de ler este pequeno apontamento. Ficaríamos muito honrados, eu e Soares Duarte, com a vossa colaboração, via telefone, por e-mail , via msn ou mesmo blogue ou facebook (neste programa poderão ser usados os endereços abaixo indicados).
Seria extremamente interessante e muito gratificante que pudéssemos contar com o vosso contributo para levar aos ouvintes deste programa, opiniões as mais diversificadas tendo em vista uma informação verdadeiramente útil e interactiva.
É urgente cada um de nós fazer ouvir a sua voz de forma a darmos o nosso melhor no sentido de se encontrar o caminho mais seguro na resolução dos problemas que afligem a sociedade actual.
Todos nós temos o DEVER cívico de não ficar calados e participar no debate acerca dos graves problemas que nos afligem.
Não são só os outros (os governantes e restantes instituições da Administração do Estado) que têm a obrigação de procurar o melhor rumo no sentido da defesa do interesse colectivo.


Cada um de nós tem de dar o seu contributo e dizer alto e bom som da sua opinião.
Temos o direito e a obrigação de ser parte activa na definição das linhas de rumo que queremos para o nosso País! Só o poderemos conseguir, não tendo medo de manifestar as nossas ideias publicamente!...


Contactos:
Escuta: 104,8 Fm ou internet
Telef.: 244 768 440
Msn: orelhavoadora@hotmail.com
Blogue: http://dispersamente.blogspot.com (neste "post", em comentários)
Facebookhttp://pt-pt.facebook.com/profile.php?id=1742211899
(msn, blogue, facebook; endereços do autor do blogue, que estarão on-line em tempo real)

2010/12/23

NATAL



(clic para ampliar)

Segue-se uma mensagem de Natal, singela, como a quadra Natalícia nos sugere, que teria sido lida, hoje, aos microfones da Rádio Batalha, no programa de Soares Duarte - Conversas e Ideias - não fora o corte de energia eléctrica que afectou durante várias horas aquela zona.
Acontece!...mesmo no Natal!

É Natal.
É tempo de paz e de amor. De calor humano. De compreensão e entreajuda.
Ou deveria ser?
Mas cada vez mais se vai transformando o Natal apenas em época de exagerado consumo.
Os sentimentos vão sendo esquecidos.
O verdadeiro significado do Natal Cristão já poucos o sabem.
Em vez da magia do Menino Jesus que descia pela chaminé quando todos dormiam, e deixava no sapatinho o presente tão esperado, aparece agora a “magia”, que nada tem de mágico, de milhentos Pais-Natal, carrancudos, sem qualquer sinal exterior de carinho, que de bicicleta, de trotineta, de carro, a pé, vão distribuindo balões e fazendo propaganda a quem os subsidia (por tuta-e-meia, quantas vezes).
Agora a “magia” do Natal são desfiles de duendes, luzes e mais luzes.
E os corações cada vez mais tristes, sem qualquer vislumbre de uma luzinha de esperança.
Esperança numa vida digna, que todos merecem. Para si, para os seus vindouros.
Que futuro o deste Mundo?
Será preciso que Jesus nasça novamente?
Que mostre novamente ao Homem que a vida é mais do que dinheiro e poder?
Que a vida é amor, compreensão, entreajuda?


É Natal. Que ele seja para todos vós de paz e alegria.


Leiria, 23 de Dezembro de 2010

Zaida Nunes
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Permito-me também subscrever esta mensagem, com a qual, naturalmente, me identifico e que aproveito para vos endereçar os meus melhores Votos de Feliz Natal.
António                                                                                                                       


 
Hoje, 25 de Dezembro,
a minha neta Mafalda,
fotografou-me assim...
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2010/12/18

Boas Festas - Da Batalha para todo o Mundo, via rádio


Estúdios da rádio Batalha. 11h45. Hoje, programa de Soares Duarte coadjuvado por Zaida Nunes (visíveis na foto-montagem). Tema central: receitas culinárias de Natal, mensagens dos ouvintes, conversas a propósito da época Natalícia que estamos a viver.

A Zaida, para além de participar no programa radiofónico, foi quem confeccionou as filhós acima. Uma delícia, podemos - os que as apreciámos no local - afiançar. Simplesmente uma delícia. E podem crer que não é por ser eu - alegado suspeito de não ser imparcial - a afirmá-lo, aqui e agora. A Zaida tem um dom incontestável para a culinária. A receita penso que é mais ou menso consensual. O segredo está na categoria do/a artista. Os preparativos só posso dizer que são demorados e requerem muita paciência, devoção e muito jeito. Para ficarem com aquele gosto e aspecto, claro está!

Também participei de viva voz na emissão desta Rádio, que transmite desde a bela, histórica e muito carismática cidade da Batalha, para saudar os ouvintes, aproveitar para lhes desejar um Feliz Natal e falar-lhes da minha vivência de Natais passados em Viseu, na minha infância, onde se comia, para além das batatas com bacalhau, arroz de polvo. Uma tradição que se perde na bruma dos tempos.

Muito interessantes, duas histórias relacionadas com esta época:

1- Soares Duarte lembrou (muitos de nós aprendemos) que já Gil Vicente falava das filhós. É do "Auto dos 5 Pastores" que se podem recolher os seguintes versos (a ortografia está actualizada, como é bom de ver):

Comprei farinha de trigo
amassei o meu filhó
e ainda não estava feito
papava-mo a minha avó.


Fiz umas papas de abóboras
por sinal bem meladas.
Lobrigou-mas minha mãe
e foram logo papadas.
-
Fiz uma rápida consulta na Internet. Encontrei esta referência:
Os filhos e as filhós
Eu não sei qual a origem das filhós, como doce. Mas já assim se chamavam no século XVI, pois já Gil Vicente escreveu sobre elas:
mando-vos eu sospirar pola padeira d’Aveiro que haveis de chegar à venda e entam ali desalbardar e albardar o vendeiro senam tever que nos venda vinho a seis, cabra a três pão de calo, filhós de manteiga moça fermosa, lençóis de veludo casa juncada, noite longa chuva com pedra, telhado novo a candea morta e a gaita à porta. Apre zambro empeçarás olha tu nam te ponha eu o colos na rabadilha e verás.
Quanto à etimologia, filhós vem do latim filiola, que significava filha pequena.
Agora, respondendo à pergunta: filhós é tão bom, que todos gostam de comer e ninguém se farta, na noite da consoada, e no dia seguinte.   Por isso é tanto masculino, como feminino, tanto singular, como plural.    Comem todos: o filhós, a filhós, os filhós, as filhós.Há quem use no singular filhó, mas parece-me que está errado.   Nos séculos XIV e XV usava-se filhó por filho, e talvez por detrás desse uso se esconda a origem do bolo.  Não sei! E há também quem use no plural filhoses e também filhozes.   Este plural já entrou no costume, e portanto,segundo os dicionários,  não é errado.
Nos Açores chamam-lhes“malassadas”.   

2- Zaida Nunes falou do conto " O Quebra Nozes e o Rei dos Ratos", de E.T.A. Hoffman. Aliás, esta ideia de se falar da história referida num conto tão célebre, tem a ver, naturalmente, com o conto referido, mas também com o facto de ainda estar em palco em Portugal, o bailado "Quebra Nozes", Música de Pyotr IlYich Thaikovsky, por uma companhia itinerante constituída por solistas dos principais teatros da ex-União Soviética.
Este conto pode ser lido, seguindo este link (aqui).
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