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2012/02/04

Não se andará a cortar árvores de mais, para vender como lenha?


Comprei 1.000 kg de lenha a O,13€ kg. A carrada vinha com sobreiro, azinho e oliveira. Diz que o azinho faz uma boa chama e dura mais tempo a arder. Assim parece, de facto.

Estive um pouco à conversa com o snr. A..., que me deu uma lição sobre os vários tipos de lenha que se usa nas lareiras de Portugal e a sua origem (indeterminada, que os fornecedores dizem que vem dos sítios mais diversos, muita do Alentejo, e que são provenientes de árvores velhas e carcomidas pelo tempo). Entretanto, vai adiantando que no que respeita às oliveiras, as centenárias - autênticos monumentos vivos, alguns que vamos admirando em rotundas de Leiria e outras cidades - estão a ser arrancadas a esmo e a serem substituídas por espécies próprias para produção intensiva de azeitona para curtir e para azeite (passou a ser todo "extra"?!). 
E com isto tudo o ecossistema desta orla atlântica e mediterrânica vai-se modificando (destruindo, talvez seja o termo mais adequado)  inapelavelmente.

Quanto ao azinho (azinheira), o seu abate está proibido. E o sobreiro (sobro ou chaparro) também é uma árvore protegida.

De modo que se fica com a sensação de que se estão a cortar árvores protegidas, aparentemente em bom estado vegetativo, para vender como lenha...

Que controlo é que se faz, de facto, sobre a forma como se está a gerir a floresta e a boa ordenação das espécies arbóreas existentes em Portugal? 

Bem sabemos a resposta: salve-se quem puder!...
Até quando?!...
-
nota:
azinho: azinheira (Quercus ilex)
sobro: sobreiro (Quercus suber)


@as-nunes  

2008/10/09

Urbanizações em Leiria e preservação do Ambiente



Infraestruturas de mais uma grande urbanização em Leiria. No topo da célebre Calçada do Bravo, actual Av. Paulo VI, talvez a mais comprida de Leiria ocupando cerca de dois kilómetros da antiga Estrada Nacional 1 (que inicialmente, anos 60 já a conhecia como tal, ligava o Porto a Lisboa). Esta zona era particularmente arborizada por Sobreiros que, na sua maioria, foram abatidos ou decepados pelo meio do seu tronco. Aliás, como se pode observar, a primeira foto sugere isso mesmo e a preocupação de "proteger" dois desses sobreiros. Com esta imagem é caso para perguntar: será que aqueles sobreiros vão mesmo sobreviver ou é tudo cenário para "inglês ver"?
Num outro post já tive ocasião de mostrar o estado de degradação em que ficaram os sobreiros que não foram abatidos pela raiz mas que foram cortados (diz que podados) a meio do tronco. Situam-se os restos desses sobreiros na encosta Sul da urbanização.
Como a sociedade está organizada é forçoso que se promova o desenvolvimento económico das mais variadas maneiras. No entanto, este desenvolvimento tem de ser perfeitamente sustentado, de modo a que a preservação do Ambiente seja colocada, no mínimo, no mesmo patamar de prioridades estabelecidas pelas instituições públicas que têm a obrigação de zelar pela autêntica qualidade de vida dos cidadãos. E os habitats das espécies animais e botânicas não podem ser minimamente desprezados.
Será que não somos capazes de conciliar estes três vectores? Desenvolvimento económico, Ambiente, Ambição desmesurada do Lucro?
Como é do mais elementar bom senso.
Uma questão de sobrevivência de todas as espécies que habitam o planeta. O próprio Homem incluído, naturalmente.
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2008/06/15

Urbanizar a qualquer preço


Ainda que mal pergunte, mais uma vez: Que mal faziam estes sobreiros à urbanização que nasceu imediatamente acima. Estamos no cimo da Calçada do Bravo, actual Rua Paulo VI, em Leiria.
Pelos vistos temos mesmo que aceitar que este mundo em que vivemos não sobrevive senão à custa do negócio.
Mas a qualquer preço? Destroiem-se as referências ambientais, mesmo sem necessidade? Mesmo que tal corte fosse considerado indispensável para o bom andamento do projecto, valeu a pena este corte drástico? E o futuro? O Ambiente não conta? Desenham-se umas ruas, cheias de árvores de crescimento rápido (as que estão na moda, liquidâmbar, melia azedarach e acer negundo) em desprezo total das árvores autóctones. E pronto. Ficamos de consciência tranquila!...
Isto não é vandalismo?

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2007/08/24

Sobreiro da Escola do Telheiro - Barreira

Este sobreiro é como que uma imagem presente do meu dia a dia e nos de muitas mais pessoas, com toda a certeza. Já o fotografei em variadíssimas ocasiões: com mais luz, menos luz, de outros e variados ângulos. Mas é assim, tal como está - mesmo descarnado da sua cortiça, que lha tiraram há uns dois anos - talvez, que mais ele se mostra.
Há que tempos que ando para o colocar neste meu blogue. Ei-lo finalmente!
Quantos anos terá? Já fiz esta pergunta a muita gente da terra, Telheiro - Barreira - Leiria. Que não fazem ideia. Está posicionado precisamente no lugar do muro do recreio da Escola Básica. Ainda bem que o estão a preservar. Para mim, que aqui passo todos os dias e que moro aqui perto, já é mais que uma simples árvore. É um símbolo dum lugar! Imprescindível!
Que Deus o conserve! E que os homens não o desamparem!...

- Quercus suber L Sobreiro, Sovereiro, Sobro, Sôvero, Chaparro

Árvore de copa ampla algo irregular, até 10-25 metros de altura. Ritidoma suberoso(*), grosso e gretado, cinzento-escuro a quase negro, revelando-se liso e amarelado ou avermelhado nos troncos e ramos descortiçados. Espécie comum do O da região mediterrânica e muito cultivado na Europa pelo valor ornamental e aproveitamento comercial da cortiça. (ver "Árvores de Portugal e Europa" - Guia FAPAS(**) - ed- 2005. A página 3 deste livro pode ler-se: "Em memória do grande ambientalista português, Vitor Manuel Marques de Magalhães, 1951-2004. ... Com o Vítor Marques, como gostava de ser chamado, travámos muitas lutas, fundámos o Terra Viva, o Grupo para o Estudo e Protecção da Fauna e Flora do Alto Alentejo e, por fim, o jornal e a associação Quercus. ... Caro Vítor, ainda havemos de plantar, com o Gustavo, muitas árvores em tua memória! 14 de Abril de 2005. Serafim Riem" (Gustavo é seu filho)).

(*) Principal característica para o distinguir da Azinheira, Quercus Ilex L, que tem o Ritidoma não suberoso, isto é, "porção externa da casca, e que consiste na periderme e tecidos por ela isolados, nomeadamente tecidos corticais e floémicos", no caso em análise, ter ou não ter cortiça.

(**) FAPAS - Fundo para a Protecção dos Animais Selvagens, associação sem fins lucrativos (http://www.fapas.pt/)

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2007/05/13

Chaminés anos 30



Tenho vindo a observar a existência de várias casas antigas com chaminés, dum modelo muito parecido ao desta fotografia. Ainda não consegui concluir da razão da existência deste tipo de chaminés. Se se reparar na fotografia ampliada verifica-se que a data inscrita se reporta ao ano de 1932. A verdade é que as que eu tenho fotografado nos últimos meses, e são muitas, têm datas inscritas muito próximas deste período do século XX. As minhas observações têm abrangido a área à volta de Leiria. Vou indagar o porquê destas chaminés com datas. Talvez signifiquem algo de interessante. A verdade é que não me recordo de ver deste tipo de chaminés noutros locais. A via que se observa em fundo é a variante em auto-estrada que liga a A1 ao IC2, entre Pousos e rotunda aérea da Cova das Faias.
Já agora também vos mostro (na foto do lado esquerdo) o sobreiro monumental e que deve ser muito antigo, cujos ramos se destacam em primeiro plano na foto da casa e da chaminé.

(clic em cima das fotos para obter excelentes ampliações proporcionadas pelo Picasa)
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