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2007/09/03

Igreja e Convento de Santo Agostinho - Leiria

Na entrada anterior deste blogue fala-se do Jardim de Sto. Agostinho, mesmo pegado à Igreja e Convento do mesmo nome. Nessa sequência, talvez não seja desajustado, acrescentar mais alguns pormenores daquele monumento arquitectónico, que, pelo que me é dado saber, só por si, daria para escrever um livro. A Igreja está aberta ao culto e em bom estado de conservação.
Já o antigo Convento com as suas imponentes colunas do espaçoso claustro, do qual se entrevê nesta fotografia, em fundo, uma das torres da Igreja, encontra-se num estado lastimoso e, que se saiba, não há projectos para a sua restauração ou requalificação (apesar de enquadrar a área junto ao rio Lis, que foi objecto de obras de requalificação no âmbito do Programa Polis). Toda esta zona está votada ao abandono quase completo, servindo de arrecadação desordenada de todas as velharias mal conservadas, nem sei se minimamente catalogadas ou sequer inventariadas.
Relativamente ao brasão apresentado na fotografia 2 - Há uns meses atrás entrei, pela primeira vez, naquela área. Aliás, o seu acesso está às escâncaras. Reparei num brasão, muito ao abandono - escreve João Cabral, nos Anais do Município, volume I - ed. 1993, a pág. 83: "No Convento de Santo Agostinho, na parede sul do claustro, está um brasão cujos elementos são: Escudo francês esquartelado. O 1º e o 4º quartéis seis quadernas postas 2,2,2,; e o 2º e 3º ondados. Elmo cerrado, de frente: Virol, timbre e paquife. O 1º e 3º quartéis lembram-nos GOIS, nome muito respeitado em Leiria em princípios do século XVII. O 2º e 4º recordam-nos MARTIM DE TÁVORA E NORONHA, segundo filho de D. Pedro Vieira da Silva e neto, por parte da mãe, de Martim de TÁVORA e Noronha."
Esta foto 3 refere-se a um pormenor da porta de entrada. Segundo a mesma obra: "A coroar a porta de entrada da igreja de Santo Agostinho, vê-se um brasão cujas peças são: uma águia bifronte com uma lisonja no centro e dentro desta um coração. Sobre a lisonja uma mitra."
Esta águia, símbolo dos missionários agostinianos, faz parte da haráldica da freguesia de Leiria, sobre cujo brasão continuo a recolher elementos o mais precisos possível, dado que a justificação da simbologia dos elementos que a compõem, que me foi facultada pela própria Junta, não me parece estar devidamente clara.
- Já que estamos em tempo de inauguração oficial de obras Polis, com membros do Governo e tudo, seria bom não esquecer que em 2000 foi anunciado, como uma das obras a levar avante: "instalação de um museu de arqueologia no Convento de Santo Agostinho".
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2007/08/30

Igreja Sto. Agostinho de Leiria - Quercus robur vs Quercus rubra

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A Igreja de Santo Agostinho, de Leiria, é um dos ícons sagrados desta cidade. A sua história é muitíssimo rica. Pena é que a parte conventual a que este monumento de culto está intimamente associado esteja tão maltratado. Só vendo as fotografias que tenho de minha posse tiradas nos claustros! É uma pena! Tanto esforço psíquico e financeiro das gerações passadas e nós a desbaratarmos os sinais que nos deixam, autênticas pistas de reflexão para trilhar um futuro de comunidade.(1).


Este aspecto de pormenor seria suposto reportar-se ao Quercus robur, a que se refere a placa abaixo e pertenceria à árvore que se vê junto a essa mesma placa colocada no jardim requalificado no Largo de Infantaria 7 (ou do jardim de Sto. Agostinho), o rio Lis, aqui mesmo ao lado, a primeira fábrica de papel de Portugal, a 50 metros ao lado esquerdo, tudo devidamente requalificado (ou quase, que as obras ainda estão em curso), no âmbito do programa Polis, ontem solenemente inauguradas pelo Primeiro Ministro e pela Dra. Isabel Damasceno, Presidente da Câmara).

Outros nomes por que o Quercus robur L. é conhecido: Carvalho-roble, Carvalho-alvarinho, Carvalho-comum.
Não são visíveis Frutos. De qualquer modo não será de espantar que este carvalho esteja sem frutos, dada a sua tenra idade e o seu longo período de maturação (explicação adaptada duma nota/comentário deste post. Aliás aconselha-se a leitura destes comentários, pela pertinência das suas achegas ao esclarecimento do conteúdo desta entrada). Talvez que se estivesse mais bem tratado ou localizado de modo a que a própria Natureza melhor o desenvolvesse, o seu vigor fosse outro. Ao fim e ao cabo esta árvore há-de ter mais de 10 anos de idade.

- Não gostaria que me dissessem: "quem te manda a ti, sapateiro, tocar rabecão?"

Mas, este Quercus será mesmo um Quercus robur? Não terá havido uma segunda plantação e, na sequência, uma troca de árvores? Veja-se a foto das folhas da árvore que aqui (mais ou menos no mesmo sítio) estava plantada em 2000 (data do "atlas das árvores de Leiria"). Se se ampliar a fotografia acima, tirada hoje, penso que há diferenças nítidas no tipo de Folhas.

Aliás, se repararmos nas folhas dum dos Carvalhos (o da sequência), plantados no passeio nascente da Rotunda Melvin Jones, esse sim, será um Quercus robur. Fica aqui a minha dúvida. Terá razão de ser?

Nota complementar: Pelas informações posteriores que consegui, não só na sequência das minhas próprias observações, mas, muito particularmente, pelas colaborações disponibilizadas através dos comentários de amigos deste blogue e da Botânica, o carvalho actualmente plantado junto à placa em questão é um Quercus rubra. Nestas circunstâncias penso que seria de todo desejável, diria mesmo que deveria constituir-se numa imposição, que, no mais curto espaço de tempo possível, fosse colocado neste local o carvalho da espécie referida na placa comemorativa, em substituição do que lá está, actualmente. (1/9/2007).

Enviei um e-mail à Câmara Municipal de Leiria a chamar a atenção para esta questão. Espero bem que não tenha caído em "caixa rota".

* (1) Ver pág. 20 do III vol. de "Anais do Município de Leiria" - 2ª ed. 1993, de João Cabral.
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