2006/03/22

DICAS para POUPAR ÁGUA


Clicando em cima da imagem ao lado pode seguir um link que lhe relaciona uma série de dicas para poupar ÁGUA.

Hoje é o dia Mundial da Água, como já devem ter ouvido e lido.
De qualquer modo, aqui fica esta referência, porque nunca é de mais alertar para a necessidade, cada vez mais premente, de todos nós nos preocuparmos com a nossa quota-parte no sentido de que esta Fonte imprescindível de Vida não seja tão desperdiçado como o tem sido até à data.

Ao mesmo tempo, usando esse link também podem ficar a saber algo sobre a Freguesia da Barreira, concelho de Leiria, a terra onde vivo e me sinto em casa...

asn

2006/03/21

DIA Mundial da POESIA

Está-se a comemorar o Dia Mundial da Poesia.
O meu neto frequenta a Escola Básica EB1 em Leiria e entregou para a Biblioteca um livro da colecção "25 Poemas" da Editora Folheto em que a autora é a sua própria avó, Zaida.
O livro tem o título "Pedaços de Mim". Pode-se ver a capa em http://leiria.no.sapo.pt
Hoje, logo pela manhã, uma professora daquela Escola telefonou à Zaida a convidá-la a estar presente numa aula para partilhar com os alunos a sua Poesia e conversar com eles sobre este estilo de escrever. Segundo me informaram a sessão foi muito animada, escreveu-se um poema, os miúdos quiseram autógrafos, beijinhos e abraços. Até ficaram todos a ser netos da autora, de tal modo que o próprio neto, o Gui, acabou por perguntar, irónico, se ele também continuava a sê-lo ou não.
Que melhor forma de fazer e partilhar Poesia se pode exigir?
Parece que a EB1 vai publicar brevemente um livro e que esta sessão vai nele ser referenciada.
Vou tentar saber mais pormenores sobre este livro.
Entretanto, sabem que os alunos e professores da EB1 publicam um jornalzinho da Escola, com os seus próprios meios?
Na última edição, Dezembro passado, do tal dito jornalzinho da EB1, "A Magia dos Lápis", a Lídia Pereira, parece que do 4º ano, escreveu um texto, como outros seus colegas, também o fizeram, abordando temas os mais diversos, como que a brincar com as palavras.
Dada a sugestão do título do seu texto, qual poema à Natureza, e que hoje, coincidentemente, também é o dia da Árvore e o primeiro dia de Primavera, vem mesmo a propósito, transcrevê-lo:

A árvore disse à flor:
- Que linda flor.
A flor disse à árvore:
- Achas que eu sou bonita?
- És catita,
bonita
manita.
És um amor

Que lindo jogo de palavras!...

asn

2006/03/20

Morreu Fernando Gil


Não podia deixar de marcar a minha presença neste blog sem uma referência à morte do grande filósofo que foi Fernando Gil ocorrida hoje, dia 20 de Março de 2006, em Paris.

No site do IPLB - Instituto Português do Livro e das Bibliotecas pode ler-se:

http://www.iplb.pt/


Filósofo, ensaísta e professor universitário. Realizados os estudos liceais em Moçambique, e após permanência, durante um ano, na Universidade de Witwatersrand de Joanesburgo cursando Sociologia, muda-se para Lisboa onde se licencia em Direito. Não chega, contudo, a concluir o estágio de advocacia, partindo para Paris em 1961. Aí licencia-se em Filosofia pela Universidade de Sorbonne (1961-64). No mesmo período e como aluno titular na École des Hautes Études en Sciences Sociales (EHESS), prepara uma tese, que não conclui, sobre a obra de L. F. Céline, sob a direcção de Lucien Goldmann. Ainda nesse período, traduz para português obras de autores como Karl Jaspers, Romano Guardini, Cesare Pavese e M. Merleau-Ponty. A partir de 1966, inicia na Universidade de Paris, e sob a orientação de Suzanne Bachelard, um doutoramento em Lógica, de que resulta a tese La Logique du Nom, publicada em França no ano de 1972. Entra nos corpos docentes da Faculdade de Letras de Lisboa em 1976, vindo em 1979 a integrar o Departamento de Filosofia da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, então fundada. É desde 1988 professor catedrático nessa Universidade. Em 1989, foi eleito directeur d'études (grau equivalente a professor catedrático) na EHESS. Além da docência nestas duas instituições, leccionou, como professor visitante, em várias universidades europeias e sul-americanas, designadamente nas Universidades de Porto Alegre e S. Paulo, integrando desde 1985 a direcção da Sociedad de Filosofia Iberoamericana. Com a publicação de Mimesis e Negação (1984) recebe o Prémio Ensaio do Pen Club, distinção que lhe será atribuída uma segunda vez com a publicação de Viagens do Olhar (1998). No espaço de tempo que medeia a publicação destas duas obras, outras três, Provas (1988), Tratado da Evidência (1993) e Modos da Evidência (1998), permitem reconstituir um itinerário de investigações a vários níveis notável. Longe de se permitir uma redução da Filosofia, enquanto trabalho de investigação, ao seu estudo histórico, e sem sequer se filiar numa das vias de pensamento já disponíveis, o opus de Fernando Gil recorre tanto àquele como a estas, exibindo em ambos os casos um impressionante domínio, para lançar e desenvolver um projecto de investigação pleno de ambição e actualidade. Primeiramente sob a égide do problema da prova, problema crucial da epistemologia, questiona-se sobre as condições de um conhecimento objectivo, da sua validade e universalidade (no essencial, procurando responder à pergunta pela verdade do que se sabe). A partir do Tratado da Evidência, a investigação centra-se num momento particular das preocupações epistemológicas até então desenvolvidas; em concreto, em vez de tematizar a prova, toma em atenção precisamente aquilo que a dispensa, a evidência, sem que se possa afirmar o contrário. E fá-lo introduzindo o conceito de "alucinação originária", uma hipótese forte que visa explicar o que seja a evidência. Tanto Modos da Evidência como Viagens do Olhar procuram experimentar esta hipótese, com a diferença de a segunda destas obras, em co-autoria com Hélder Macedo, o fazer no campo da literatura portuguesa renascentista (com Os Lusíadas, Menina e Moça de Bernadim Ribeiro e a poesia de Sá de Miranda). O interesse e investigação da cultura e literatura portuguesas conduziu-o ao cargo de director do Centre d'Études Portugaises entre 1990 e 1997 e do Seminário Francisco Sanches desde 1992. Além das obras individuais que assinou, dirigiu um conjunto de importantes obras colectivas (entre as quais, O Balanço do Século, 1990; Scientific and Philosophical Controversies, 1990; Philosophy in Portugal, a Profile, 1999; A Ciência tal Qual se Faz, 1999) e publicou para cima de 150 estudos, escritos em diferentes línguas, quer como artigos de revistas, quer como comunicações e apresentações a colóquios. Fundou e dirigiu a revista Análise e integra os comités de redacção de diversas outras revistas e publicações, designadamente as encicliopédias Universalis, Britannica e Einaudi (sendo o coordenador dos quarenta volumes da edição portuguesa desta última). Em virtude do seu mérito científico, internacionalmente reconhecido, foi agraciado, em 1992, com o grau de Grande Oficial da Ordem Infante D. Henrique, por proposta do presidente da República, Mário Soares, de quem foi aliás conselheiro especial. É também distinguido em 1993 com o Prémio Pessoa. O governo francês agraciou-o em 1995 com o título Chevalier da Ordem das Palmes Académiques. Finalmente, foi consagrado em 1998 doutor honoris causa pela Universidade de Aveiro.
in Dicionário Cronológico de Autores Portugueses, Vol. VI, Lisboa, 1999


Consultar a 1ª parte em http://dpersamente.blogspot.com

2006/03/19

A Arte de ser Pai



Convencionou-se que hoje passaria a comemorar-se o dia do pai.
O meu filho, que nasceu em 1974, ofereceu-me este livro.
Creio que tenho conseguido, ao longo de todos estes anos, ser um pai que sempre colocou acima de todas as suas prioridades a de ser pai com todas as letras.
Espero bem manter esta mesma rota até ao resto da minha vida.
Obrigado, meus filhos Inês e Bruno, por toda a consideração com que me têm distinguido.
asn

2006/03/16

JPP - Gostei imenso da sua visita literária a Leiria


Acabei de regressar da cidade. Cheguei atrasado à palestra proferida por Pacheco Pereira, na Arquivo, em Leiria. Motivos profissionais inadiáveis a isso me obrigaram. Isto de ser Técnico Oficial de Contas nesta altura do ano é muito problemático! Decorrem, a um ritmo alucinante, os prazos para a entrega duma infinidade de declarações fiscais e outras que nos trazem nma azáfama simplesmente diabólica. Para quando a tão badalada desburocratização e racionalização da máquina fiscal e administrativa em geral? Já não é sem tempo!

O tema da palestra versou essencialmente a questão das últimas presidenciais portuguesas, aliás como já referi num anterior post.
As instalações da Arquivo são bastante adequadas a eventos deste tipo e a assistência mostrou-se muito interessada nas palavras e nas ideias expostas por JPP.
Estive na iminência de colocar ao orador a questão dos blogs e a influência de muitas edições boguistas poderem vir a condicionar a actividade editorial em jornais, revistas e livros. Não o fiz porque cheguei fora de horas, tendo ficado assim, um tanto desenquadrado dos temas que já teriam sido debatidos entretanto.
Tirei uma fotografia da qual extraí o fragmento aqui exposto. JPP a desenvolver um tema proposto por uma das participantes.
Comprei o livro de JPP "Diário das Presidenciais" (Julho 2005 - Janeiro 2006) da editora "ALÊTHEIA" - Janeiro de 2006.
Está claro que não ia deixar fugir esta oportunidade de obter um autógrafo numa dedicatória do autor. Tive ocasião de lhe falar do seu blog, informou-me que já tinha chegado aos 3 milhões de visitantes, como se pode, aliás confirmar no contador respectivo no fundo da página dos posts recentes no endereço: http://abrupto.blogspot.com
Trocámos uma rápida troca de impressões sobre este fenómeno em que se está a transformar esta moda dos blogs. A verdade é que, de facto, é extremamente fácil editar digitalmente utilizando esta nova técnica. Nem sequer é preciso saber-se nada de html e de técnicas de transferência de ficheiros por ftp.
Continue, Dr. Pacheco Pereira, a actualizar o seu blog, a escrever livros, a colaborar nos Jornais, Revistas, Rádio e Televisão. Estas e outras actividades a que se dedica são cansativas não são JPP? É que o vi um bocadinho cansado após a maratona do serão na Arquivo.
Termino, pedindo-lhe, se acaso ler este meu Post, que possa vir a fazer no "abrupto" alguma referência aos Radioamadores e à sua luta pelo reconhecimento oficial da sua actividade lúdica, cultural, científica e de colaboração com o SNBPC - Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil (http://blogdosradioamadores.blogspot.com).

2006/03/15

Deixei o meu Coração em África

A leitura de um bom livro (a avaliação terá de ser a de cada um de nós, condicionada, obviamente, pela nossa sensibilidade, formação académica e literária, ambiência da sua própria vida, etc. etc.) é fundamental para o nosso equilíbrio emocional e para a formação, quiçá muitas reformulações, do nosso próprio pensamento e modo de encarar a vida em todas as suas múltiplas cambiantes.
Hoje comprei o livro que apresento a seguir:


Título: Deixei o meu Coração em África
Autor: Arouca, Manuel
Ed.: Oficina do livro - 2005

"No decorrer do mês de Dezembro, recebi mais um monte de cartas. Passei-as como quem folheia ansiosamente as folhas de um livro. Depois de me aperceber que o silêncio de Isabel permanecia, fui separando os envelopes, um a um: lá estavam a fiéis cartas da minha mãe, do meu pai, da Leonor. Mas senti um impulso de não as abrir. Naquele particular momento, sem influência do álcool, da noz de cola, só, naquela pujante e inebriante natureza, senti-me profundamente ligado a África e interiorizei que nunca mais de lá sairia. Em termos de paixão, só Isabel me ligava a Portugal."

A minha predisposição para a leitura deste livro tem a ver com o facto de, eu próprio, ter vivido dois dos mais emocionantes anos da minha vida, em Moçambique. Claro, tinha 21 anos, a minha mulher e a minha filha comigo, apesar de estar a cumprir o serviço militar obrigatório, alguns familiares ali emigrados (quer dizer, localizados a quase 500 kilómetros de Nampula), nas suas machambas, aquelas cores da paisagem e o cheiro da terra após aquelas intensíssimas chuvadas, próprias só daquele clima tropical de Moçambique, todas estas extraordinárias sensações e momentos de vida determinaram uma paixão infinita por aquelas paragens.
... Parece que ainda estou a ouvir emocionado "This is Africa", uma faixa dum disco em vinil, 45 rotações, tocada com o volume quase no máximo, numa aparelhagem comprada pelo meu camarada de quarto, estava a poucas semanas de "passar à peluda", a família já estava no continente...
ASN


Consultar a 1? parte em http://dpersamente.blogspot.com

2006/03/09

O Blog de Pacheco Pereira - escritor, político na reserva, professor, bibliófilo...

Nota do editor deste blog:
Julguei de interesse, para quem ainda não conhecer o blog de "Pacheco Pereira", deixar aqui a nota abaixo, que o autor se sentiu na necessidade de divulgar:
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6.3.06
(JPP)
PONGE sem caixa do correio habitual, completamente cheia.Por favor usem jppereira@gmail.com, visto que o imperialismo americano dá-me uma caixa de correio maior do que a pt.
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Sabia da existência dum blog da coordenação de Pacheco Pereira, que me habituei durante muitos anos, a ver simplesmente como político, mas que se percebe, logo às primeiras, extraordinariamente sabedor e dado ao culto dos livros e documentos em geral, também escritor de mérito.
A incomensurável base de dados que se está a construir na internet é, cada minuto que passa, mais e mais impossível de avaliar em termos de consequências para a formação cultural da humanidade e para a qualidade e perenidade do armazenamento da informação. Quanta da informação que está a ser depositada na internet não virá a volatizar-se, pura e simplesmente, sem aviso prévio. Basta que um servidor, daqueles que pertencem a empresas comerciais, por exemplo, inopinadamente, seja destruído acompanhando a falência dessa empresa...
E quanta dessa informação não se reveste de uma importância/valor excepcional? Quem a vai preservar, defendendo-a das contingências da falibilidade dos equipamentos em que é armazenada digitalmente? Julgo saber que existem cópias de segurança de todo o conteúdo da internet em vários pontos do globo.
Será que existem mesmo e que esses backups são fiáveis? Podemos contar com eles numa emergência?
É que, de facto, tem-se produzido tanta informação e esta tornada imediatamente pública através da internet, alguma de qualidade excepcional, que seria dramático que, dum momento para o outro, lhe perdêssemos o rasto.
É certo que uma pequena parte desta informação se encontra publicada em jornais e revistas e, por consequência, guardada contra a intrusão de vírus informáticos e de apagões de discos nos computadores. Mas e toda aquela que não teve a mesma sorte? É que publicar, no sentido tradicional do termo, por impressão em papel, continua a ser uma opção ainda reservada só a uns quantos privilegiados, ou porque têm edições asseguradas, dada a qualidade e ressonância do nome do autor, ou porque existem entidades financeiramente capazes de suportar os custos das edições em papel, interessadas em que tal suceda.
Confesso que já há anos que ando pela internet, mas entretido a construir umas paginazitas web, sem grandes pretensões, só para me manter ao corrente destas novas tecnologias, mesmo assim com o apoio do meu filho, Engenheiro de Informática. Recentemente convenci-me com os blogs, ando a ensaiar uns passitos, não sei se aguentarei o balanço. Sou Contabilista de formação e de profissão... está tudo dito. Há lá profissão mais mal-fadada para quem gosta de pensar sem ser com números e leis, fiscais ainda para cúmulo?
Só há pouco tempo é que encontrei o blog de Pacheco Pereira, apesar de já ouvir falar dele há que tempos...
Aquele contador de visitas deixou-me siderado!... E então não é que acredito mesmo nele?
Vou passar a ser um visitante mais assíduo de http://abrupto.blogspot.com !...
O problema é que não me sinto com capacidade para sequer pensar em participar...
Mas passarei a avolumar o contador, com toda a certeza.
Leiria

2006/02/16

Ainda sobre o Santuário da Sra. do Desterro - S. Romão

Acabei de receber, vindo do Posto de Turismo de S. Romão, um e-mail com informação genérica sobre o Santuário em epígrafe, que visitei, no fim-de-semana passado, num ápice.
Fiquei com o contacto do Snr. Juiz da Confraria da Sra. do Desterro e já combinámos que me iria fornecer informação pormenorizada sobre aquele Santuário e toda a zona envolvente. Espero, dentro de pouco tempo, poder transmitir aos meus leitores, os dados que considerar de interesse para a finalidade deste blog.

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Exmo Senhor,
Temos a informar que o Santuário da Nossa Senhora do Desterro fica a 3 km de S.Romão, nas margens do rio Alva. Ao avistarmos a Sra. do Desterro, deparamos com a Capela da Nossa Senhora da Estrela, a mais antiga das 10 capelas, originária do século XII.
Consta que neste sítio foram aparecendo sucessivamente, embora em lugares distintos, as imagens de Nossa Senhora, do Menino Jesus e de S. José. Em 1650, erigiu-se uma ermida a que foi dado o nome de Nossa Senhora do Desterro, aludindo ao desterro da Sagrada Família para o Egipto.Com as esmolas e doações que este Santuário recebia, construíram-se mais 7 Capelas, nas duas margens do rio Alva. A edificação destas Capelas esteve a cargo dos Irmãos da Confraria da Nossa Senhora do Desterro. As outras capelas são:
Capela de Nossa Senhora da Anunciação; Capela de Nossa Senhora da Apresentação; Capela de Nossa Senhora dos Prazeres ou dos Doutores; Capela de Nossa Senhora da Piedade; Capela de Nossa Senhora do Encontro; Capela de Nossa das Dores (Nicho); Capela da Oração de Jesus no Horto; Capela do Senhor do Calvário. Esta última está a cerca de 200 metros da Cabeça da Velha, pedra antropomórfica de rara beleza.
A Capela de Nossa Senhora da Boa Viagem, foi mandada construir em 1879, por um casal, em reconhecimento do pedido de auxílio a Nossa Senhora da Boa Viagem, num naufrágio que tiveram.
Em 1909, construiu-se a primeira central hidroeléctrica na Senhora do Desterro, para aproveitamento das águas do rio Alva. O edifício primitivo será brevemente Museu da Electricidade. As águas deste rio serviram também para a construção da Praia Fluvial.
...

2006/02/14

Santuário de Nª Sra. do Desterro - Seia


Ainda acerca do post anterior. Acabei de consultar na internet, informações acerca da área do Santuário de Nª Sra. do Desterro. Consultei dois sites, um dos quais da responsabilidade da Câmara Municipa de Seia. Fiquei com curiosidade de saber pormenores acerca do funcionamento da Confraria da Sra. do Desterro. Ainda continuo na dúvida acerca do nome da capela cuja silhueta lateral coloquei neste blog. Acabei de pedir ao Serviço de Relações Públicas da C.M. de Seia, por e-mail, pormenores sobre este Santuário e a respectiva confraria.

Para uma possível orientação de quem consultar este blog aqui deixo o mapa daquele sítio da Serra da Estrela (já no sopé) junto à primeira central hidroeléctrica de Portugal.
<--- Mapa retirado do site da CM Seia.

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Do livro "O Culto de Nossa Sra." do Pde. João Marques Lopes
( Publicado em 1942 )

A pouco metros da margem do rio Alva e a 3 Kms de São Romão, fica situado o Santuário de Nossa Senhora do Desterro.
É tradição que, nestes sítios, apareceram sucessivamente as imagens de Nossa Senhora, do menino Jesus e de S. José. A tradição diz que Nossa Senhora apareceu no local onde hoje está a Capela do Senhor do Calvário e o menino Jesus onde hoje está a capelinha de Nossa Senhora das Dores, vulgarmente chamada capela do nicho.
Em 1650, logo após as aparições das Santas Imagens, erigiu-se a Ermida a que foi dado o nome de Nossa Senhora do Desterro. Não obstante ter ali aparecido a Sagrada Família, o Santuário foi dedicado a Santíssima. Virgem sob a invocação do Desterro, aludindo ao seu desterro no Egipto.
Em pouco tempo este Santuário tornou-se um dos mais célebres e as suas romarias das mais concorridas da Beira-Baixa. Com o produto das esmolas dos fiéis, doações. etc., construíram-se mais nove capelas, duma e outra margem do Alva, representando alguns mistérios do Rosário. O local é dos mais aprazíveis da região, pela sua beleza e quietude natural.
Outras Capelas da Senhora do Desterro

Sra. da Anunciação
Esta Capela nada apresenta de extraordinário. Tem apenas a imagem de Nossa Senhora mergulhada em oração.
Sra. da Apresentação
Três magnificas esculturas adornam esta capela. O Santo Velho Simeão, venerado pela sua idade e pelo seu temor a Deus, sustenta em seus braços o Menino Jesus. Nossa Senhora e S. José, de joelhos. Na frente de S. José está o cestinho com o par de rôlas preceituado pela lei para resgate do primogénito.
Sra. dos Prazeres ou dos Doutores
Ao centro, vê-se a imagem do Menino Jesus discutindo com os doutores da Lei. Em tronos, ao longo da Capela, estão sentados quatro doutores que ouvem estupefactos uma criança de doze anos e admiram tão grande sabedoria nesta idade. Um deles, porem, de livro aberto sobre o joelho, parece estar embebido ao estudo das Escrituras e não prestar atenção às lições de Jesus Menino. O povo dá a este o nome de Doutor Teimoso.
Sra. da Piedade
Representa esta capela o descimento da Cruz e Maria com o seu filho morto nos braços. Era aqui que outrora se armava o Presépio em dia de Natal.

Sra. da Apresentação


Sra. do Encontro
Ao lado da capela de N. Senhora dos Prazeres, vê-se esta capela, também igualmente cheia de simplicidade, representando o quarto Mistérios doloroso do Rosário - Nosso Senhor caminhando para o calvário debaixo do pesado madeiro e o encontro de Sua Santíssima Mãe nesta via dolorosa. Também não tem altar.
Sra. das Dores
Vulgarmente é chamada do nicho. Por isto se supõe ter sido neste lugar a aparição. Ultimamente ( 1942 ) tem estado abandonada. Foi reparada em 1942 e aberta ao culto em Agosto do mesmo ano, sendo então dedicada a Nossa Senhora das Dores.
Tem no interior uma pintura da Verónica. Outrora tinha, num nicho aberto na parede, a imagem de São Roque. Neste mesmo lugar foi colocada a imagem de N. Senhora das Dores.

Sra. da Boa Viagem
No largo da ermida há mais esta capela consagrada à Estrela do Mar. Em 1879 José de Brito Freire de Vasconcelos e sua esposa, vendo-se perdidos no mar, junto da Serra Leoa, suplicaram auxílio a N. Senhora da Boa Viagem, bendita Estrela dos Mares.
A sua oração foi atendida e, em reconhecimento de graça tão singular, mandaram levantar aqui uma capela sob a invocação de N. Senhora da Boa Viagem. Além da imagem da sua titular tem mais as de Nossa Senhora de Fátima e Lourdes.

Oração de Jesus no Horto
É cheia de simplicidade. Não tem altar. Tem uma pequena elevação de terreno ao centro e no cimo a imagem de Nosso Senhor Jesus Cristo, de joelhos e olhos fito no céu, dirigindo ao Seu Eterno Pai, no Horto das oliveiras, a Sua Oração:
«
Pai, se é possivel, afastai de mim este cálice, mas não se faça a minha vontade..»
Suspenso do tecto está o Anjo, descrito pelo Evangelista S. Lucas, com o cálice na mão, confortando o Senhor na Sua mortal agonia.

Senhor do Calvário
Finalmente, a uma distancia de 400 metros da Igreja de N. Senhora do Desterro, no alto do monte que domina a vila de São Romão, levanta-se a Capela do Nosso Senhor do Calvário, convidando à meditação do ultimo mistério doloroso do Santo Rosário - a Crucificação. Tem duas imagens: a do Senhor pregado na Cruz e a de Nossa Senhora da Soledade.

2006/02/12

Viver Portugal - N/NW da Serra da Estrela


Acabei de chegar dum fim-de-semana em família, quartel-general na Aldeia do Sabugueiro (a mais alta de Portugal), duas idas à zona de neve que ainda persiste, apesar do tempo, entretanto, ter mudado, sol a rodos, a temperatura extremamente amena para a época do ano, mesmo em plena Serra do Estrela. O dia, hoje, esteve muito límpido, céu azulíssimo, a contrastar com o branco da neve como que a querer fazer pirraça aos Benfiquistas, ainda para cúmulo, numa época em que os resultados da equipa principal de futebol, com Simões, Moretos e companhia, estão a ser sucessivamente negativos (duas vezes 3-1, uma derrota com o Sporting e outra, logo na semana seguinte com o União de Leiria).
Chegámos ao Sabugueiro ao fim do dia, na Sexta-Feira, cansados, não nos esqueçamos que foi dia de trabalho profissional e que acabámos de fazer a
viagem de Leiria até àquele local.
No dia seguinte, logo pela manhã, mesmo assim não muito cedo, lá seguimos até um pouco abaixo da Torre. Como havia crianças de idade no grupo, não nos foi complicado, aos adultos, aproveitarmos o facto para brincarmos também um bocadinho. A verdade é que esses momentos foram muito agradáveis.
Ao fim do primeiro dia, depois duma ida ao cimo da Estrela, tirei uma fotgrafia à fachada da Igreja do Sabugueiro, o relógio, que estava certo, marcava, 5 minutos para as 5 da tarde. Por cima da ombreira da porta principal está inscrito o ano de 1908.
Um outro pormenor de muito interesse é a existência, mesmo no Largo lateral à igreja, dum cruzeiro que contém várias inscrições e refere o facto de ter sido mudado para aquele local vindo de "Terras de Santa Maria", comemorando o III centenário da Restauração da Independência de Portugal.
No regresso, enquanto o Bruno e a Ana seguiam à frente, por um caminho mais rápido, o resto do grupo seguiu, cortando à esquerda, ao descer para o Sabugueiro, por uma estrada dita secundária, que nos levou até à zona de S. Romão, um recanto paradisíaco, um rio (pequeno), de águas limpas, cristalinas, vindas do alto da Serra, árvores de grande porte, outro avoredo, lado a lado com variadíssimas capelas, que, no conjunto, se enquadram no âmbito de actuação duma Confraria que fiquei a saber se chama "Confraria de N. Sra. do Desterro", conforme um placard no hall de entrada dum bar-café, de aspecto recentemente remodelado e com óptimo serviço, ali em funcionamento.
O ano inscrito na placa colocada sobre a ombreira duma entrada lateral da capela se N. Senhora do Desterro (ainda terei que confirmar se é esse o nome desta capela, provavelmente irei contactar a supra-dita Confraria, já que não me ocorreu, no local ter obtido essa informação in loco -
a verdade é que, algumas das capelas não estão identificadas aos visitantes não documentados)
é o de 1803.