2006/05/05

Haja respeito pela nossa Memória colectiva

(Largo de Infantaria 7, em Leiria, hoje de manhã.)
Este Largo, em Leiria, sofreu grandes alterações, no âmbito das obras do Polis. Pode-se dizer que estas obras parece que estão a resultar num melhor enquadramento da zona urbana de Leiria na paisagem que lhe foi destinada pelo Rio Lis.

Só é pena é que ainda haja quem não tenha qualquer prurido em utilizar o património público para conspurcar o ambiente da forma como se mostra na fotografia 2.
Hoje, de manhãzinha...
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asn

2006/05/04

APEL - Editores e Livreiros


Dei por terminado o serão de hoje, está quase a bater a 1 hora da madrugada. Deixei o site das "declarações electrónicas" da DGCI, ainda estavam registados cerca de 600 utilizadores. A esta hora serão, pela certa, mais de 95% de TOC a trabalhar, a enviar as declarações mod. 3 do IRS, as Declarações periódicas do IVA, (todos os meses uns e trimestralmente, as empresas com movimento diminuto), alguns colegas a enviarem já as declarações anuais de rendimentos das empresas, as mod. 22.
Nestas alturas, a rádio, normalmente a Antena 1, é a minha companhia praticamente insubstituível. Estou a ouvir uma entrevista a Baptista Lopes, Presidente da Assocciação Portuguesa de Editores e Livreiros. Fiquei a saber que se editam demasiados livros para a capacidade de escoamento do nosso mercado de leitores. Que não há nenhuma possibilidade material de uma livraria poder dispor de todos os livros editados, mesmo que se tratasse simplesmente só dos mais recentes.
Ter o hábito de ler ou não ler livros, eis a questão.
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asn

2006/05/03

"Para que percorres inutilmente o céu inteiro à procura da tua estrela? Põe-na lá"
Vergílio Ferreira

CEM - Sem grandes comentários

Cheguei ao "post" 100.
Não tenho um Balanço com resultados extraordinários a apresentar, ao fim destes 4 meses em que tenho vindo praticamente todos os dias a este mundo extraordiário dos blogues e dos bloguistas, blogueiros ou bloggers. (Temos que decidir se vale a pena utilizar algum neologismo que se coadune com a Língua Portuguesa...).
Muito sinceramente, este mundo dos Blogues é muito próprio, existem muitas rodinhas a rodar à volta de rodas maiores, algumas dentadas. Felizmente, quantas vezes por mero acaso, encontram-se algumas pessoas muito simpáticas, pressente-se que verdadeiras até.
Gostaria de estar com tempo disponível para elaborar um Relatório do que tem sido esta experiência para mim e, também, para outras pessoas, nomeadamente as que comigo privam de mais perto.
Provavelmente irei fazê-lo, mas hoje não. A minha actividade profissional é muito absorvente, muito complicada, sinto-me extremamente descompensado e cansado desta vida (As empresas também não estão nas melhores condições, ainda que haja por aí, muita gente que não consegue perceber, na sua plenitude, qual a forma mais correcta de gerir uma empresa. Esquecem-se com demasiada ligeireza da necessidade básica que é conseguir motivar as pessoas que lhes proporcionam um factor de produção indispensável: o trabalho consciente e com todo o nosso talento à disposição).
E estamos em tempo de dar os últimos retoques nas contas do ano de 2005. E o Fisco à espera que as moedinhas caiam...tenho a impressão que vão sofrer uma desilusão!...Andam a mandar-nos recadinhos que as empresas têm que apresentar lucros, caso contrário...e mostram-nos o papão duma fiscalização! Mas que mau feitio!...
Simultaneamente, as condições em que nós, TOC, desenvolvemos a nossa actividade, estão a ficar cada dia que passa mais e mais difíciceis, temos permanentemente, várias frentes em que nos empenhar, técnica contabilística, gestão em geral, legislação fiscal (uma teia quase indecifrável mesmo para nós), legislação comercial, pressão insuportável do Fisco, "polícias" em que não se conhece quem é o chefe da esquadra, uf!...
Bem, vou-me pôr a andar. Tenho que ir à reunião das quartas-feiras... para saber das últimas congeminações para baralhar este jogo incrível em que todos participamos, uns ganham, outros perdem, outros nem sabem a quantas andam...Um mundo incrível!..
...
(continuará...com outro estado de espírito, espero!...)

...
Afinal não houve a supra-dita reunião. É para a semana próxima.

Assim, ainda tive tempo de tirar esta foto a umas rosas brancas. Paz, preciso de paz, tenho-me sentido em guerra com o que nos tem vindo a acontecer nestes últims tempos, cá no nosso Portugal. Revoltadíssimo com a falta de coragem e idoneidade que os políticos que têm governado o país, digamos que, pelo menos nos últimos 25 anos, denotaram, tendo em conta que todas ou quase todas as medidas gravosas que estão a ser tomadas e que me apanharam algo de surpresa, pela sua brutalidade face às minhas expectativas e as de muitos outros portugueses (quantas ilusões!...), podiam ter sido aplicadas gradualmente dando-nos tempo a reorientar essas mesmas expectativas. Não é nada fácil tolerar sem revolta o que nos está a acontecer, particularmente à mnha geração, a já chamada "geração sandwich":

Nascemos no imdiatamete pós-II Guerra Mundial, crescemos às sopas do "Plano Marshall" dos Americanos, combatemos ingloriamete em defesa do então chamado "Ultramar", vivemos, no auge da nossa juventude, todas as vicissitudes do pós 25 de Abril (Nacionalizações, desemprego, PREC, (des)governos uns após outros, o desbaratar dos milhões da Europa que nos mantiveram durante uma década ou pouco mais na ilusão duma prosperidade redentora) e agora que estamos a entrar nos sessenta e tal, depois de termos contribuído para a Segurança Social durante 40 e mais anos, feitas as contas conclui-se que o dinheiro do Estado Social só chega para alguns?

Estado Social e Solidário? Tretas!

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asn

Boa notícia para os Contabilistas e Empresários


Nº 63 (Suplemento) I-A de 29/3/2006

Ministério das Finanças e da Administração Pública e da Justiça
DL nº 76-A/2006:

Boa notícia: "...Logo, os livros de inventário, balanço, diário, razão e copiador, deixam de ser obrigatórios, apenas se mantendo os livros de actas. Consequentemente, eliminam-se a obrigatoriedade de legalização dos livros, incluindo os livros de actas. Estima-se que, por esta via, deixem de ser obrigatórios centenas de milhares de actos por ano nas conservatórias, que oneravam as empresas."
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Mesmo assim, ainda subsistiu a obrigatoriedade (completamente anacrónica para as pequenas e médias empresas - as que não têm acções cotadas na bolsa e muitas das ditas médias empresas (?!)) - de fazerem o depósito nas conservatórias do registo comercial dos documentos de prestação de contas.
Qual a utilidade efectiva para o país da manutenção deste depósito/registo obrigatório? É que essa informação reporta-se, na grande maioria dos casos, a pequenas empresas familiares e/ou de irrelevante dimensão. Por outro lado, o que, de facto, interessa para o relacionamento comercial e financeiro deste tipo de empresas com terceiros é o conhecimento da personalidade e carácter das pessoas responsáveis pela sua gestão.
Demais, a Administração Central do Estado já dispõe de outros canais para obtenção da informação de que necessita.
Para quando, a exigência duma única declaração anual, através da qual se satisfizessem as necessidades de informação dos vários destinatários, evitando-se, assim, enormes perdas de tempo em burocracias perfeitamente evitáveis?
Uma boa oportunidade perdida, incompreensivelmente, do meu ponto de vista!
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asn

2006/05/02







Ontem foi o Dia do Trabalho(ador)

Hoje, F´Santos diz-nos de sua justiça, sobre assuntos de relevância Capital.

2006/05/01

Barcarena - Oeiras - Rádio e Escuteiros


Notícias da AMRAD e do CNE 1278 de Barcarena

"...A educação é pois factor decisivo para a formação das crianças e jovens. Sem fundamentalismos, esta é a luta que se deverá prosseguir, até que todos os organismos da administração local, designadamente da autarquia de Oeiras, compreendam que só assim se promove o desenvolvimento endógeno, aquele que o concelho de Oeiras tanto necessita para o bem-estar de todos, e não apenas de alguns, novos ou velhos moradores.
Na imagem três vistas parciais do acampamento, a extensão, a organização e a disciplina.

Uma nota final:
De referir e elevar, o trabalho social que quer a AMRAD quer o 1278 da CNE desenvolvem pela freguesia de Barcarena, naquilo que concerne ao apoio, inserção e protecção das crianças menos favorecidas. 01-05-2006 00:18 "
(por e-mail)
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asn

1 de Maio de 1974

(clic em cima, vê-se muito mais fácil e pormenorizadamente)
No Marquês, em Lisboa, 1 de Maio de 1974.
Este vosso amigo estava lá e tirou estas fotografias.
Tinha eu 27 anos de idade, a febre da Revolução dos cravos ao rubro.
Em cada trabalhador um Revolucionário!
Íamos mudar o Mundo!...
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asn

Lógico!



O F´Santos, o amigo que nos tem disponibilizado uns bem-humorados e sensíveis cartoons, conforme já devem ter observado em notas (posts) anteriores, divulga este aqui mesmo ao lado, no seu sítio na internet...

(Os seus cartoons continuam a chegar... obrigado, António)

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asn

Sons, emoções e memórias vindas da Covilhã

Nota prévia do editor:
Abri o meu e-mail primário, as@nunes.com.pt .
Qual não é o meu espanto quando deparo com um texto que a minha querida irmã, Lourdes, me enviou para, se assim o entendesse, utilizar no contexto deste meu blog, disperso e com as portas abertas de par em par, a todas as colaborações que me queiram fazer a gentileza de enviar. Claro que vai ser publicado já de seguida, até porque eu sei que a Lourdes, apesar de dominar a ferramenta da internet e da informática na óptica do utilizador, não tem grande vocação para se meter nestas aventuras de editar blogues, sites e outras formas que tais. Aliás, para isso é que existem os editores. Para isso é que cá estamos nós, os editores da Internet, neste caso particular os bloguistas ou blogueiros ou "bloggers" (Tenho que pedir a opinião abalisada da minha outra irmã, a Belita, como nós a tratamos carinhosamente, que até é docente da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra - tenho a impressão que até já se doutorou recentemente ou que tal estará para acontecer nos próximos, muito próximos, tempos).
Pretensão a minha; Editor.
Perdoai-me, Senhor, que não saberei o que estou a dizer!...

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Casal de Ribafeita e as minhas memórias...

A disciplina de Expressão Musical constituía um módulo do curso de Animação Sociocultural que concluí na Escola Superior de Educação Jean Piaget de Viseu, em 2003/05. Numa das primeiras aulas deste módulo, o professor pediu-nos que representássemos através de uma composição gráfica uma ideia que transmitisse a nossa relação, passada ou presente, com a música.
Esta proposta trouxe-me imediatamente à memória os sons da minha infância: a minha mãe a cantar, o meu pai que assobiava enquanto se entretinha em qualquer arranjo da casa, os pregões dos vendedores de castanhas e dos gelados, a música dos saltimbancos que de vez em quando encontrava a caminho da minha escola primária, as cantigas de roda (giroflé, giroflá...), os ensaios do coro da catequese ao som de um órgão secular na Sé de Viseu, os cânticos religiosos em latim, na Sé, que desde sempre me fascinaram. Os verões da minha meninice passados em casa da minha avó paterna, em Casal de Ribafeita, aldeia dos meus pais, eram igualmente cheios de sons e de música. Os sons ligados ao trabalho rural, os amanhos da terra, as colheitas, as debulhas e seus cantares, o som dos manguais, do chiar dos carros de bois, da água a correr nos riachos, do chilrear das aves, do cuco, ao qual perguntávamos em cantilena: "cuco da ramaleira, quantos anos vou ficar solteira?". Depois, na festa anual, 1º Domingo de Agosto, a banda da aldeia com pompa e circunstância, os bailes, ainda em roda e ao som de uma gaita de beiços, enfim sons mágicos que povoaram a minha imaginação de criança, e que naquele momento revivi, fragmentos misturados aos fragmentos das minhas histórias de vida.
Anos felizes, anos dourados, os da minha infância, protegida e acarinhada por pais maravilhosos (Daniel e Encarnação) que ainda hoje tenho a felicidade de ver com saúde e cheios de energia nos seus oitenta e dois anos.
lourdesantos Covilhã, Abril de 2006
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Obrigado Lourdes, pelas recordações, longínquoas é certo, mas tão belas e doces que até as lágrimas me chegam aos olhos!...
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asn