2006/07/02

E VIVA PORTUGAL!!!

Tão pequenos no tamanho
mas de enormes ambições
de_mente triste
por vezes tacanho
Mas quando as mangas
arregaça
Insufla e inflama
o rio de tradições
que sempre o aclama...

Luís Cunha

2006/07/01

VIVA PORTUGAL...Venha o Brasil!!!!!!!!!!/França!)

Posted by Picasa
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... 23h00 - Acabado o jogo com os Ingleses vim logo a correr, nos olhos uma(s) lágrimazita(s) de emoção irreprimível(eis), colocar aqui esta singela imagem, sem qualquer retoque, tal como saiu na altura, com o pensamento também no Brasil...
...
Desgraçadamente para os Brasileiros (particularmente...), a sua Selecção de craques de nível mundial, baqueou estrondosamente frente aos Franceses. É que, talvez por influência directa e imediata de dois livros(*) que, em pouco tempo, acabei por ler, nos quais se pormenorizam cenas dramáticas em Mafra e, muito especialmente, aqui em Leiria, aquando das Invasões Francesas/Napoleónicas de Portugal, tem-se reforçado em mim um sentimento veladamente anti-francês (Não sei se só futebolístico...).
Esperemos que os nossos sonhos que temos vindo a acalentar para a carreira da nossa Selecção de Futebol não acabem "por ir pró Maneta" (cruzes canhoto!).
Vamos a eles, rapazes da Selecção! Já agora vamos até ao fim desta "maravilhosa aventura"!
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(*)
1) Razões de Coração - Álvaro Guerra - col.mil folhas - 2002
2) A Mãezinha - Júlia Moniz - Ed. Jorlis - 2006

BRASIL e PORTUGAL no MUNDIAL


Estamos a poucas horas dos jogos dos quartos de final do Mundial de Futebol na Alemanha.
A rádio não fala de outra coisa. António Macedo, da Antena 1, está no ar com uma reportagem desde a Alemanha. Parece que se confirma que o Cristiano Ronaldo sempre vai estar em condições de jogar com vista ao apuramento da nossa selecção. Portugal e o Brasil vão disputar, hoje, respectivamente contra a Inglaterra e a França um lugar nas meias finais. Estamos esperançados que os resultados destes dois países de língua oficial portuguesa sejam favoráveis às nossas cores.
Curiosamente, se os nossos países, representados nas bandeiras penduradas em prédios da zona histórica de Leiria, a Rua D. Dinis, ao fundo a Praça Rodrigues Lobo, ganharem os jogos desta tarde, terão que se defrontar nas meias-finais.
Contra este entusiasmo, nada há a fazer quanto à questão do uso que se anda a dar às bandeiras nacionais.
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asn

MEDITAÇÃO SOBRE O HOMEM

-clic em cima da imagem para melhor ler-
(Colaboração por e-mail do meu amigo radioamador Mário Freitas - S. Martinho do Porto)

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asn

2006/06/30

LÍNGUAS e CULTURAS CLÁSSICAS

Frequentar disciplinas de línguas e culturas clássicas é um acto de cidadania”(1)

Saul António Gomes(*) é professor na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Uma boa parte do seu trabalho de investigação tem-no dedicado a estudar a região de Leiria, designadamente Alcobaça, Batalha, Caldas da Rainha, Leiria, Ourém e Porto de Mós. As suas obras já publicadas sobre estas zonas geográficas atestam em pleno, do seu gosto pessoal e do manifesto interesse em responder à falta de informação sobre esta interessante região.
Aos 43 anos foi distinguido, pela segunda vez, com o “Prémio Calouste Gulbenkian de História regional e Local 2006” pela Academia Portuguesa de História como resultado do seu livro “Porto de Mós – Colectânea documental e histórica – séculos XII a XIV” que lhe ocupou 20 anos de investigação.
O livro “Introdução à história do Castelo de Leiria”, edição da Câmara Municipal de Leiria, que já vai na 2ª edição (2), proporcionou-lhe o primeiro galardão atribuído por aquela Academia.
(1) Ver post anterior (Petição pública)
(2) Capa do livro e outras indicações.
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(*)O Prof. Dr. Saul António Gomes é natural de Leiria, foi professor da minha filha na Universidade de Coimbra (hoje é professora de História da Arte) e deu-me a honra de escrever o posfácio do meu livro "Caminhos Entrelaçados - na freguesia da Barreira-Leiria", ed. da Junta de freguesia, 2005.

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asn

CÁ VAMOS ANDANDO...

Quero deixar aqui expresso o meu agradecimento sincero a todos quantos me têm deixado notas no meu e-mail - muitas aproveitadas como dicas preciosas - e comentários, directamente neste blog.
Como já se devem ter apercebido este blog funciona, essencialmente, como um recanto, uma passagem dispersa, sem rumo definido, um meio de auto-defesa através da dispersão dos temas, divagando por aqui e por ali...
Quanto mais não seja, o blog tem esta particularidade excepcional: põe-nos a pensar, a racionalizar os nossos pensamentos, a tentar dar um contributo (pequenino muitas vezes, mas de considerar...) ao Mundo.
E a registá-los, a torná-los públicos, porque não?
Não será esta, uma forma ideal arrisco-me a classificá-la, de ficarmos a conhecer melhor a nossa própria espécie, como seres da Natureza?

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asn

2006/06/27

Miguel Torga na minha rua


O que estão a observar é uma poesia de Miguel Torga, que está impressa na vidraça duma porta duma das minhas ruas: a Rua da Vitória, em Leiria.
Ideia original sem dúvida. De qualquer modo não são muitas as pessoas que param para ler esta poesia, comovente e infinitamente bucólica, dum dos maiores poetas portugueses contemporâneos.
Depois de publicar uma quantidade infinda de obras literárias, de receber prémios e homenagens sem conta, o poeta morre em 17 de Janeiro de 1995, em Coimbra. É sepultado na campa da família do cemitério de São Martinho de Anta, junto à qual é plantada uma torga(*).
A sua obra "Diário" foi escrita em 16 volumes sendo que o 16º foi o 55º e último livro que publicou.
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(*)De seu nome completo Adolfo Correia da Rocha, adoptou o pseudónimo de Miguel Torga porque "eu sou quem sou. Torga é uma planta transmontana, urze campestre, cor de vinho, com as raízes muito agarradas e duras, metidas entre as rochas. Assim como eu sou duro e tenho raizes em rochas duras, rígidas, Miguel Torga é um nome ibérico, característico da nossa península"...
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asn

O Homem e a ENXADA...apesar da Bola


O homem com a enxada
Jean François Millet (1814-1875)

Este quadro sugeriu o famoso poema de Edwin Markham, de inspiração social, como narra Bárbara Tuchman, no seu livro "A Torre do Orgulho".
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asn

2006/06/25

NO CALOR DA EMOÇÃO!!!!!!!!!!!!!!


Pode-se dizer cobras e lagartos contra o Futebol! Por vezes à sombra do Futebol movem-se as maiores traficâncias que se possam imaginar!
Mas, se isto não é EMOÇÃO a rodos, mesmo com alguns jogadores sem o mínimo de "fair-play" e árbitros sem categoria, então onde é que podemos encontrar estas emoções nacionalistas tão fortes?
Por agora é assim que me apetece "postar" no meu blog! Depois se verá!
Ouvem-se foguetes! A alegria é muita, entre os Portugueses, claro está!

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asn

DIA da INDEPENDÊNCIA de MOÇAMBIQUE

Como ia dizendo…
Estávamos em 13 de Junho de 1969. O avião da TAP levantava voo do Aeroporto de Lisboa. Eu ia lá dentro meio entontecido pelo momento de múltiplas emoções que me assaltavam o espírito. Esperavam-me 15 horas de voo, mudança do Hemisfério Norte para o Sul, Moçambique como destino.
Não conseguia pregar olho. Observava o firmamento e a mudança do seu sistema de constelações e os relâmpagos das trovoadas tropicais lá mais em baixo.
Espectáculo inolvidável: ver o nascer do Sol sobre o Deserto do Saara.
Nove horas da manhã. Aeroporto de Luanda de cujas instalações não chego a sair. Atravessar toda a África de Oeste para Este rumo à Beira-Moçambique. Daqui mais 2.000 Km até Lourenço-Marques (actual Maputo) em avião a hélices da “Air Malawi”, bem me lembro. Estive um mês em LM, entretanto a Zaida também se tinha metido a caminho e lá estávamos os dois, recém-casados, convencidos que o meu serviço seria naquela cidade.
Nada disso. Fui novamente mobilizado, dum dia para o outro, para seguir para Nampula, onde, entretanto, estava a ser instalado o Quartel General da RMM. Eu fazia parte dum grupo de 24 oficiais milicianos do SAM (Serviço de Administração Militar) que tínhamos tirado um curso de especialidade na EPAM, ao Lumiar em Lisboa.
A Inês acabou por nascer no Hospital de Nampula, em 1 de Setembro de 1969. Já na época, um Hospital moderno, com médicos de todas as especialidades, à base de oficiais milicianos (normalmente com a patente de capitão), serviço de primeira categoria. Quem nos dera que todos os Hospitais Portugueses funcionassem como aquele.
Nampula era uma cidade bonita, profusamente plantada com acácias vermelhas e algumas avenidas de duas vias e quatro faixas de rodagem. Com autorização especial do Comandante-Chefe da Região Militar leccionei disciplinas ligadas à Área Administrativa e Comercial na Escola Industrial e Comercial daquela cidade, desempenhando, ao mesmo tempo, as minhas funções militares de Chefe de Contabilidade do Conselho Administrativo duma Unidade Militar de Engenharia.
Tantas pequenas/grandes estórias que teria para contar, incluindo o acidente de automóvel (andávamos com carros que passavam de mão em mão e era só meter gasolina a menos de 3 escudos o litro) que me levou, inconsciente, para o Hospital Militar (era outro, também bem equipado). Quando saí do coma, umas 18 horas depois do acidente, tive oportunidade de me aperceber do ambiente infernal que se vivia no interior duma unidade de cuidados intensivos dos feridos em combate. Simplesmente horripilante e, para cúmulo, estávamos no auge da célebre operação militar “Nó Górdio” sob a orientação do General Kaúlza de Arriaga que, supostamente, reduziria drasticamente as acções da guerrilha. Nada disso aconteceu, como se sabe, e era de considerar já na altura do próprio planeamento da operação.
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Tive ocasião de conhecer a Ilha de Moçambique, passei lá 8 dias de férias. Por acaso, até tivémos problemas no regresso, porque choveu bastante, contrariamente ao que era habitual naquela área. Passavam-se anos em que não caia pinga de água.
As fotografias que se seguem são desse período, tiradas com uma "Kodak Retina S1":

Vista da praia junto à fortaleza da Ilha (do lado direito da foto). Um barco à vela aproximava-se. Estes barcos faziam a travessia desde as terras do continente Moçambicano e a Ilha. Os passageiros, pelo menos os de maior prestígio social, eram transportados em cadeira de braços humanos até terra firme e enxuta.

Em 24 de Maio de 1970. Preparativos para uma festa popular. Ao fundo o Índico. A ponte que ligava a Ilha ao continente ficava do lado direito da foto.

Aqui conviviam com facilidade várias religiões: cristã católica, ortodoxos e muçulmanos (estes em maioria).

(Aqui serão colocadas mais fotos)...

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asn