2006/04/12
EÇA de QUEIROZ em Leiria - post 4.n
D. SANCHO I e Leiria
(reinou de 1185 a 1211)
D. Sancho I foi chamado de "Povoador" em virtude de ter colocado habitantes em lugares onde não havia ninguém para os trabalhar e defender, e os árabes (mouros, muçulmanos, sarracenos) podiam ocupar.
Convidou muitos colonos estrangeiros para aqui se fixarem. Utilizou, tal como seu pai, os serviços da gente ligada à Igreja, para convencer as pessoas a viver em Portugal. Guilherme, Deão de Silves ( O Deão é um dignitário eclesiástico que preside ao cabido. O cabido é o conjunto de cónegos de uma catedral) foi por essa Europa fora arregimentar gente da França e da Flandres (zona da Bélgica e da Holanda) para povoar o país.
Embora pequeno, Portugal não tinha gente suficiente, nem para o defender, nem para o desenvolver. Aqui se misturaram povos de todas as raças, de todos os credos e de todos os sangues.
Ele soube concretizar o pensamento do pai e dos avós ao consolidar um país onde os povos se sentissem livres e seguros. Entregou parte das terras a colonos franceses e flamengos e às Ordens Militares (as Ordens Religiosas Militares: Templários, Santiago, Hospitalários, Calatrava, nunca combatiam contra os reis cristãos) que se tinham formado por causa das Cruzadas. Alguns dos monges guerreiros acabaram por se fixar no território devido às benesses concedidas pelo rei.
Em 1195 dá ao Castelo de Leiria, e ao seu termo, a categoria de município (a cidade tinha leis próprias).No início do reinado, D. Sancho, tenta fixar as fronteiras até ao Algarve: conquista Alvor, Silves, Albufeira, mas os árabes contra atacaram, fazendo-lhe perder estas terras e ainda Alcácer, Palmela e Almada. A partir deste momento o rei compreendeu que valia mais um pássaro na mão do que dois a voar. Dedicou todo o cuidado a tornar estável o pequeno território e a deixá-lo crescer naturalmente.
D. Sancho I, apesar de utilizar os serviços da Igreja, teve contudo alguns conflitos com os bispos do Porto, de Coimbra e ainda com a Santa Sé devido ao pagamento do censo.
Em 1210, D. Sancho, isenta o clero do serviço militar, salvo em caso de invasão árabe.
D. Sancho I lutou com dificuldades de toda a espécie, desde a peste, tremores de terra, fome e guerras; mesmo assim deixou consolidado e rico o pedaço de terra que pouco ia além de Lisboa.
Foi no reinado de D. Sancho I que nasceu o taumaturgo Santo António de Lisboa (1195-1231).
A poesia dá os seus primeiros passos. D. Sancho I é um dos nossos primeiros trovadores.
D. Sancho I e Leiria
A Rua D. Sancho I, em Leiria, quem segue na direcção do Largo da Sé, cujo adro se vislumbra ao nível do muro do lado direito. Logo a seguir olhando para o alto do morro sobranceiro à Sé, divisa-se a silhueta do Castelo de Leiria.
2006/04/11
GUERRA COM O IRÃO?
In "Liberal Journal" blog
WAR WITH IRAN?
The United States government has increased its undercover operations in plans for an aerial assault on Iran, according to an article in The New Yorker Magazine:"The Bush Administration, while publicly advocating diplomacy in order to stop Iran from pursuing a nuclear weapon, has increased clandestine activities inside Iran and intensified planning for a possible major air attack. Current and former American military and intelligence officials said that Air Force planning groups are drawing up lists of targets, and teams of American combat troops have been ordered into Iran, under cover, to collect targeting data and to establish contact with anti-government ethnic-minority groups."See the full article here:
posted by Webmaster @ 10:54 PM 0 comments
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asn
2006/04/10
Cartoon, cartune ou cartum?
Por minha parte, que tento acautelar o mais que me é possível a portugalidade da nossa língua, fiquei satisfeito quando apareceu, há dois ou três anos, um novo dicionário da Língua Portuguesa (em dois ou três volumes). Na falta de funcionamento de um mecanismo oficial de regulamentação da nossa língua, mecanismo que infelizmente não existe, saudam-se redobradamente as iniciativas privadas. Já que a língua portuguesa "caíu na rua" (creio mesmo que caíu na valeta...) pois que seja na rua que se "regulamente"!Espreitei o dicionário (é muito caro e um tanto equívoco, para que eu me tivesse decidido a comprá-lo) e reparei que ele aportuguesa a palavra cartoon, criando o neologismo cartune. Entusiasmei-me com a novidade e desatei a escrever "cartune" por tudo quanto é papel (vegetal ou virtual). Mas reparei que, se não estava sozinho, estava pouquíssimo acompanhado. E arrepiei caminho. Regressei ao anglicismo cartoon. Porque, se estamos em minoria, não temos o direito de impôr a grafia de um neologismo.
Um link num blog dos States
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( Esta referência tem uma justifcação particular. O autor do blog é flho de pais portugueses, reside nos USA e... também consegue escrever em português, ainda que lhe seja muito mais fácil exprimir-se, nas suas ideias liberais, em inglês.)
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asn
Onde PÁRA o DINHEIRO?
Uma nova semana de trabalho tem hoje o seu início e com ela a rotina de lidar com os problemas do dia a dia, da vida real, dos movimentos do dinheirinho, toma lá dá cá, mais para lá do que para cá, na maioria dos casos, dos que não conseguem ser "chico- espertos", daqueles que, ingenuamente até vão acreditando que os seus devedores lhes vão pagar conforme o combinado.
Quantas promessas! É hoje, é amanhã, não passa da semana que vem, pode ficar descansado.
E cá camos aguentando, quantas vezes até temos peninha dos que não nos pagam, atempadamente seria o desejável. O nosso dinheirinho, aquele a que temos direito, pois que a nossa parte do contrato já nós a cumprimos, o trabalho está feito, a factura com o incontornável Iva já está nas mãos do cliente, é que não há maneira de passar para as nossas mãos.
Malditos caloteiros "chico-espertos"!...
Que, infelizmente, também os há, que não podem pagar quando querem, cada vez mais, pessoas sérias, esforçadas, mas que, contrariamente ao que diz a divisa dos "comandos", "a sorte parece que só favorece os "audazes""!!!
(Texto da responsabilidade do editor)
(Cartoon - Colaboração de António F Santos, que agradeço/emos)
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asn
2006/04/09
A Cidade de LEIRIA, hoje (Domingo)
Ainda na mesma praça, em Leiria, 10 e meia. Um grupo de motards preparava-se para partir não peguntei para onde. O arvoredo que se mostra pertence à Quinta da Portela, uma relíquia da cidade, autêntico bosque exótico dentro da cidade, que também é do Rio Lis (apesar de o próprio Eça o ter classificado como ribeira, no seu livro "O Crime do Padre Amaro"). É privado e não se sabe bem qual será o futuro daquele local. Agora, que é uma referência incontornável desta cidade de Leiria, não tenhamos dúvidas.
Continuamos no Largo da República. Vê-se uma estátua do Rei D. Afonso III, os inevitáveis pinheiros mansos e o edifício dos Paços do Concelho, onde funcionam os serviços da Câmara Municipal. Descortina-se com facilidade um pormenor interessante. Finalmente as portas da entrada da Câmara, creio que também as janelas, estão a ser pintadas. É que já estavam necessitadas dessa mautenção há que tempos!...
Como segundo filho, Afonso não era suposto herdar o trono destinado a Sancho e por isso fez a vida em França, onde casou com a herdeira Matilde de Bolonha em 1238, tornando-se assim conde de Bolonha. Todavia, em 1246, os conflitos entre Sancho II e a Igreja tornaram-se insustentáveis e o Papa Inocêncio IV ordenou a substituição do rei pelo conde de Bolonha.
Com o trono seguro e a situação interna pacificada, Afonso virou a sua atenção para os propósitos da Reconquista do Sul da Península Ibérica às comunidades muçulmanas. Durante o seu reinado, Faro foi conquistada com sucesso em 1257 e o Algarve incorporado no reino de Portugal. Após esta campanha de sucesso, Afonso teve de enfrentar um conflito diplomático com Castela, que considerava que o Algarve lhe pertencia. Seguiu-se um período de guerra entre os dois países, até que, em 1267, foi assinado um tratado em Badajoz que determina a fronteira no Guadiana.
No final da sua vida, viu-se envolvido em conflitos com a Igreja (tendo morrido excomungado à semelhança dos reis que o precederam), bem como com o herdeiro D. Dinis. Está sepultado no Mosteiro de Alcobaça.
Leiria foi elevada a cidade em 1545, por influência de D. Frei Brás de Barros, reformador do Mosteiro de Santa Cruz, de Coimbra, e primeiro bispo da diocese. Recebeu forais do seu fundador, D. Afonso Henriques em 1142(2) e de D. Sancho l em 1195 (3), e, foi doada por D. Dinis, com a alcaidaria castelã, a sua mulher D. Isabel de Aragão, mais tarde Rainha Santa Isabel. Foi cenário de diversas vicissitudes da história portuguesa, preservando uma série de monumentos artísticos, nomeadamente igrejas, conventos e casas senhoriais, que atestam um passado esplendoroso. Infelizmente, as invasões napoleónicas de 1808 e 1810 afectaram sobremaneira esta região, com a violência e devastações dos soldados franceses. Saquearam e mataram em Leiria... A "Rua dos Mártires" é para nos lembrar desses horrendos tempos em que homens de Leiria e arredores, armados de alfaias agrícolas, enfrentaram tropas napoleónicas, fortemente armadas e com soldados treinados e experientes. As mulheres e as crianças também não foram poupadas.
2006/04/08
2/3 dos portugueses nunca usaram Internet?
No "Público" de 7 de Março de 2006
Dois terços dos portugueses nunca usaram a Internet.
Entretanto, haja fé. Os estudantes em Portugal "navegam" mais que a média Europeia.
Porquê tanta aversão às novas tecnologias por parte das pessoas de mais idade? Talvez porque já se imaginam fora do mercado de trabalho a curto prazo, não há que recear a falta de produtividade? O tempo de execução das tarefas não conta? À antiga é que é bom? O acesso aos equipamentos é caro? O preço de ligação à Internet é exorbitante em comparação com outros países da UE?
Sim senhor. Mesmo assim. Tenham paciência, nunca é tarde para aprender e os computadores não comem criancinhas ao pequeno almoço!
asn
2006/04/07
A Maçonaria
Muito se poderá dizer e aprender relativamente à Maçonaria e não faltam livros no mercado, sobre esta matéria. Coisa quase impensável há umas décadas atrás.
O autor deste livro pretende clarificar a história, propósitos, crenças e rituais da Maçonaria, tornando a sua compreensão acessível, não só aos próprios membros menos esclarecidos da Ordem Maçónica, mas também aos leigos.
Em síntese, “o autor explica como os rituais da Ordem Maçónica têm por objectivo iluminar o caminho místico para a espiritualidade e fraternidade, pois os iniciados confrontam-se com questões que se colocam ao nível da Religião e da Filosofia – O que sou? Quem sou? Para onde vou? E com quem vou?”
asn
2006/04/06
Os CARTOONISTAS
Os cartoonistas com os quais tenho convivido, amadores, têm sido o Zé Paiva (da família e que é rápido, preciso e conciso mas "muito sorna, mesmo como amador" ...shiuuuuu!) e o Sérgio Vieira ( que até tem feito umas coisas giras, mais ligado à "Folheto" e aos livros que esta vai editando). Agora, encontrei-vos, a vós, amigos Zé Oliveira e demais, do "Buraco da Fechadura" e estou a ficar encantado com a vossa abertura, disponibilidade e humanidade. Naquilo que eu puder ser prestável (podem crer que não poderá ser muito, mas será de boa vontade!) estarei à v/ inteira disposição.
Espero bem que venhamos a constituir uma execelente equipa de partilha e de cooperação, quem sabe?
asn
Comentar em blogs
3za:
2006/04/05
FIEL DO CONVENTO STO. ANTÓNIO DOS CAPUCHOS
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# Ver referências de datas da capela aqui
ALA no Canal2 da RTP
asn
2006/04/04
Rotunda aérea ou ratoeira aérea?
Mais um engarramento. Motivo: choque em cima da rotunda rodoviária sobre o IC2 entre Leiria e Boa Vista. Estes acidentes são diários visto que quem vem de Leiria, tem que subir à rotunda, contorná-la em 50%, voltar a descer e retomar o IC2 para prosseguir viagem na direcção Norte.
asn
2006/04/03
Horizonte encruzilhado...
2006/04/02
ELOS CLUBE INTERNACIONAL - Leiria
O Movimento Elista foi fundado em 8 de Agosto de 1959 pelo Dr. Eduardo Dias Coelho, médico da Sociedade Portuguesa de Beneficência e membro do conselho deliberativo da Associação Atlética Portuguesa, em São Vicente, no local denominado Prainha, localizado defronte da enseada onde ancoraram as caravelas de Martin Afonso de Souza.
Na sua essência, este Movimento assume-se como um veículo de propagação e defesa dos ideais que formam a Comunidade Lusíada, promovendo a expansão do Idioma Português, assim como a sua origem, cultura, usos e costumes, independentemente dos lugares de actuação, espalhados que estão por todo o Mundo.
--Posted by asn to VIVER em LEIRIA at 4/02/2006 11:36:00 AM
asn
2006/04/01
Na foto: Apresentadora, Carlos Fernandes, Arménio Vasconcelos; vendo-se, em primeiro plano a pintora Fátima Gomes, nascida em 1961, que tem a nacionalidade brasileira e é filha do grande Artista Plástico Carlos Gomes, seu mestre; os seus quadros, de cores vivas, já lhe proporcionaram inúmeros prémios, nomeadamente, o "Diploma de Comendadora Grande Mestre e Grande Colar de Ouro conferido pela Associação Brasileira de Desenho e Artes Visuais" em 2004, entre muitos outros.
Este lançamento do livro (cuja capa já foi reproduzida num post anterior) bem assim como a Exposição de Fátima Gomes (que ficará patente até 13 de Abril) tiveram lugar nas instalações da "Galeria de Arte CAPITEL", Rua Engº Duarte Pacheco, em Leiria.
Regresso à Terra!...
2006/03/30
A língua portuguesa emitida desde uma nave espacial
O primeiro astronauta que fala em língua portuguesa, é brasileiro. É o Coronel Marcos Pontes que já está no espaço.É no âmbito do programa educativo da ARISS, com o apoio da Agência Espacial Brasileira, da Agência de Energia Russa, da ESA e da NASA que o Coronel Marcos Pontes, vai dispor de alguns minutos da sua agenda de trabalho, para de bordo da estação espacial, poder proporcionar a alguns jovens do concelho de Oeiras o primeiro contacto directamente realizado entre uma estação terrena portuguesa e um astronauta a bordo da estação espacial internacional a ISS. O Coronel Marcos é o primeiro astronauta que se expressa na língua de Camões. O evento já está agendado, decorre no Observatório Aeroespacial de Oeiras, situado no Centro de Juventude de Oeiras, no dia 6 de Abril, pelas 10:41horas UTC (11:41 hora local), durante a passagem orbital da ISS a 31º.
2006/03/29
O prazer da visita
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Só que também nos gratifica e refresca a alma saber que este nosso trabalho/amador, executado sem que ninguém no-lo tenha encomendado, é apreciado pelos outros, quanto mais não seja, através duma visita, de vez em quando. Se nos deixarem um comentário melhor ainda. O sinal que, dessa forma nos é transmitido constituirá, muito naturalmente, o melhor estímulo para continuar, para não parar ou, mais drasticamente, para, pura e simplesmente, abandonar o projecto/sonho em que nos embrenhámos, quanto de nós, de alma e coração.
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Caro viajante cibernauta! Deixe-nos ficar a marca concreta da sua visita. Não se limite a ficar como um simples impulso no contador dos nossos blogs! Comente, diga olá!
asn
2006/03/28
BENFICA-BARCELONA, Futebol vs Cultura luso-espanhola
Ajuste de contas
Eis chegado o grande dia. Trata-se de mais um reencontro entre os gigantes ibéricos de Barcelona e de Lisboa. O Estádio da Luz vai ser o palco para mais um confronto entre o Benfica e o Barça, sendo que até hoje apenas por uma vez os catalães venceram os “encarnados", precisamente na última vez que as equipas se defrontaram, em 1992, no Camp Nou (2-1 a favor dos blaugrana).
O Instituto Cervantes é a instituição pública criada pela Espanha em 1991. O seu objectivo consiste na promoção e ensino da língua espanhola e na difusão da cultura espanhola e hispano-americana. A sede central encontra-se em Madrid e em Alcalá de Henares (Espanha), cidade onde nasceu o escritor Miguel de Cervantes. Os centros do Instituto Cervantes estão situados em quatro continentes.
Objectivos e funções:
Organizar cursos gerais e específicos da língua espanhola.
Creditar mediante a expedição de certificados e diplomas os conhecimentos adquiridos pelos alunos e organizar os exames dos Diplomas Oficiais de Espanhol como Língua Estrangeira. (D.E.L.E).
Actualizar os métodos de ensino e a formação dos professores.
Apoiar o trabalho dos hispanistas.
Participar em programas de difusão da língua espanhola.
Realizar actividades de difusão cultural, em colaboração com outros organismos espanhóis e hispano-americanos e com entidades dos países anfitriões.
Colocar à disposição do público bibliotecas equipadas com os meios tecnológicos mais avançados.
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2006/03/27
A Pintura em Livro
"Carlos Gomes, pintor da Luz" é o nome do mais recente livro de Arménio Vasconcelos, que será apresentado no próximo dia 1 de Abril.
Com edição da Liga de Amigos da Casa-Museu Maria da Fontinha, Castro Daire, Portugal, e coordenação da Folheto Edições, este livro aborda a vida e obra do artista plástico Carlos Gomes. Ao longo de 80 páginas, o leitor poderá observar mais de 70 obras deste artista.
A apresentação terá lugar na Galeria de Arte Capitel, em Leiria, pelas 16 horas, seguida da inauguração da exposição de Fátima Gomes, filha de Carlos Gomes.A apresentação do livro ficará a cabo da professora e artista Dr. Celeste Alves. A animar culturalmente esta iniciativa, estará o Grupo Coral "Cantábilis".
2006/03/26
EÇA de QUEIROZ em Leiria - post 1.n
LIVROS - ORDEM E CAOS
Aquela abordagem das ideias de caos e ordem despertaram-me o interesse em aprofundar os meus conhecimentos, parcos tenho que admitir, mas que não me impedirão de tentar perceber como deveremos encarar a vida nesta pendência iminente e inquietante entre a Ordem e o Caos.
Não só no que concerne à vida do Homem em sociedade a povoar este planeta em que poisámos, mas também no que se refere à harmonia (ou caos com regras?) do Universo.
O Autor deste livro desempenha actualmente o cargo de Director-Geral do Conselho da União Europeia para a PESC (Política Externa e de Segurança Comum), cooperando estreitamente com Javier Solana, e inicia o seu Prefácio com o seguinte parágrafo:
"Os piores tempos da História Europeia situaram-se no século XIV, durante e depois da Guerra dos Cem Anos, no séc. XVII, no tempo da Guerra dos Trinta Anos, e na primeira metade do século XX. O século XXI pode vir a ser pior que qualquer destas épocas."
asn
2006/03/23
Deus na Natureza!...
Algures em Leiria, Portugal, Centro-Oeste, dia de chuva, há dias que chove como já não acontecia há vários anos, já há quem ande a resmungar porque se lhe estão a escapar os argumentos para pedir subsídios estatais a pretexto da seca, mesmo assim vamos a ver se esses milhões de Euros não irão parar a mãos indevidas.
asn
2006/03/22
A Fonte das Carrancas em Leiria
asn
Somália - Poupar ÁGUA?!...
In site da UNICEF http://www.unicef.org/somalia/wes_86.html
DICAS para POUPAR ÁGUA
Clicando em cima da imagem ao lado pode seguir um link que lhe relaciona uma série de dicas para poupar ÁGUA.
Hoje é o dia Mundial da Água, como já devem ter ouvido e lido.
De qualquer modo, aqui fica esta referência, porque nunca é de mais alertar para a necessidade, cada vez mais premente, de todos nós nos preocuparmos com a nossa quota-parte no sentido de que esta Fonte imprescindível de Vida não seja tão desperdiçado como o tem sido até à data.
Ao mesmo tempo, usando esse link também podem ficar a saber algo sobre a Freguesia da Barreira, concelho de Leiria, a terra onde vivo e me sinto em casa...
asn
2006/03/21
DIA Mundial da POESIA
Dada a sugestão do título do seu texto, qual poema à Natureza, e que hoje, coincidentemente, também é o dia da Árvore e o primeiro dia de Primavera, vem mesmo a propósito, transcrevê-lo:
A árvore disse à flor:
- Que linda flor.
A flor disse à árvore:
- Achas que eu sou bonita?
- És catita,
bonita
manita.
És um amor
Que lindo jogo de palavras!...
asn
2006/03/20
Morreu Fernando Gil
Não podia deixar de marcar a minha presença neste blog sem uma referência à morte do grande filósofo que foi Fernando Gil ocorrida hoje, dia 20 de Março de 2006, em Paris.
No site do IPLB - Instituto Português do Livro e das Bibliotecas pode ler-se:
http://www.iplb.pt/
Filósofo, ensaísta e professor universitário. Realizados os estudos liceais em Moçambique, e após permanência, durante um ano, na Universidade de Witwatersrand de Joanesburgo cursando Sociologia, muda-se para Lisboa onde se licencia em Direito. Não chega, contudo, a concluir o estágio de advocacia, partindo para Paris em 1961. Aí licencia-se em Filosofia pela Universidade de Sorbonne (1961-64). No mesmo período e como aluno titular na École des Hautes Études en Sciences Sociales (EHESS), prepara uma tese, que não conclui, sobre a obra de L. F. Céline, sob a direcção de Lucien Goldmann. Ainda nesse período, traduz para português obras de autores como Karl Jaspers, Romano Guardini, Cesare Pavese e M. Merleau-Ponty. A partir de 1966, inicia na Universidade de Paris, e sob a orientação de Suzanne Bachelard, um doutoramento em Lógica, de que resulta a tese La Logique du Nom, publicada em França no ano de 1972. Entra nos corpos docentes da Faculdade de Letras de Lisboa em 1976, vindo em 1979 a integrar o Departamento de Filosofia da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, então fundada. É desde 1988 professor catedrático nessa Universidade. Em 1989, foi eleito directeur d'études (grau equivalente a professor catedrático) na EHESS. Além da docência nestas duas instituições, leccionou, como professor visitante, em várias universidades europeias e sul-americanas, designadamente nas Universidades de Porto Alegre e S. Paulo, integrando desde 1985 a direcção da Sociedad de Filosofia Iberoamericana. Com a publicação de Mimesis e Negação (1984) recebe o Prémio Ensaio do Pen Club, distinção que lhe será atribuída uma segunda vez com a publicação de Viagens do Olhar (1998). No espaço de tempo que medeia a publicação destas duas obras, outras três, Provas (1988), Tratado da Evidência (1993) e Modos da Evidência (1998), permitem reconstituir um itinerário de investigações a vários níveis notável. Longe de se permitir uma redução da Filosofia, enquanto trabalho de investigação, ao seu estudo histórico, e sem sequer se filiar numa das vias de pensamento já disponíveis, o opus de Fernando Gil recorre tanto àquele como a estas, exibindo em ambos os casos um impressionante domínio, para lançar e desenvolver um projecto de investigação pleno de ambição e actualidade. Primeiramente sob a égide do problema da prova, problema crucial da epistemologia, questiona-se sobre as condições de um conhecimento objectivo, da sua validade e universalidade (no essencial, procurando responder à pergunta pela verdade do que se sabe). A partir do Tratado da Evidência, a investigação centra-se num momento particular das preocupações epistemológicas até então desenvolvidas; em concreto, em vez de tematizar a prova, toma em atenção precisamente aquilo que a dispensa, a evidência, sem que se possa afirmar o contrário. E fá-lo introduzindo o conceito de "alucinação originária", uma hipótese forte que visa explicar o que seja a evidência. Tanto Modos da Evidência como Viagens do Olhar procuram experimentar esta hipótese, com a diferença de a segunda destas obras, em co-autoria com Hélder Macedo, o fazer no campo da literatura portuguesa renascentista (com Os Lusíadas, Menina e Moça de Bernadim Ribeiro e a poesia de Sá de Miranda). O interesse e investigação da cultura e literatura portuguesas conduziu-o ao cargo de director do Centre d'Études Portugaises entre 1990 e 1997 e do Seminário Francisco Sanches desde 1992. Além das obras individuais que assinou, dirigiu um conjunto de importantes obras colectivas (entre as quais, O Balanço do Século, 1990; Scientific and Philosophical Controversies, 1990; Philosophy in Portugal, a Profile, 1999; A Ciência tal Qual se Faz, 1999) e publicou para cima de 150 estudos, escritos em diferentes línguas, quer como artigos de revistas, quer como comunicações e apresentações a colóquios. Fundou e dirigiu a revista Análise e integra os comités de redacção de diversas outras revistas e publicações, designadamente as encicliopédias Universalis, Britannica e Einaudi (sendo o coordenador dos quarenta volumes da edição portuguesa desta última). Em virtude do seu mérito científico, internacionalmente reconhecido, foi agraciado, em 1992, com o grau de Grande Oficial da Ordem Infante D. Henrique, por proposta do presidente da República, Mário Soares, de quem foi aliás conselheiro especial. É também distinguido em 1993 com o Prémio Pessoa. O governo francês agraciou-o em 1995 com o título Chevalier da Ordem das Palmes Académiques. Finalmente, foi consagrado em 1998 doutor honoris causa pela Universidade de Aveiro.
in Dicionário Cronológico de Autores Portugueses, Vol. VI, Lisboa, 1999
Consultar a 1ª parte em http://dpersamente.blogspot.com
2006/03/19
A Arte de ser Pai
Convencionou-se que hoje passaria a comemorar-se o dia do pai.
O meu filho, que nasceu em 1974, ofereceu-me este livro.
Creio que tenho conseguido, ao longo de todos estes anos, ser um pai que sempre colocou acima de todas as suas prioridades a de ser pai com todas as letras.
Espero bem manter esta mesma rota até ao resto da minha vida.
2006/03/16
JPP - Gostei imenso da sua visita literária a Leiria
Acabei de regressar da cidade. Cheguei atrasado à palestra proferida por Pacheco Pereira, na Arquivo, em Leiria. Motivos profissionais inadiáveis a isso me obrigaram. Isto de ser Técnico Oficial de Contas nesta altura do ano é muito problemático! Decorrem, a um ritmo alucinante, os prazos para a entrega duma infinidade de declarações fiscais e outras que nos trazem nma azáfama simplesmente diabólica. Para quando a tão badalada desburocratização e racionalização da máquina fiscal e administrativa em geral? Já não é sem tempo!
O tema da palestra versou essencialmente a questão das últimas presidenciais portuguesas, aliás como já referi num anterior post.
As instalações da Arquivo são bastante adequadas a eventos deste tipo e a assistência mostrou-se muito interessada nas palavras e nas ideias expostas por JPP.
Estive na iminência de colocar ao orador a questão dos blogs e a influência de muitas edições boguistas poderem vir a condicionar a actividade editorial em jornais, revistas e livros. Não o fiz porque cheguei fora de horas, tendo ficado assim, um tanto desenquadrado dos temas que já teriam sido debatidos entretanto.
Tirei uma fotografia da qual extraí o fragmento aqui exposto. JPP a desenvolver um tema proposto por uma das participantes.
Comprei o livro de JPP "Diário das Presidenciais" (Julho 2005 - Janeiro 2006) da editora "ALÊTHEIA" - Janeiro de 2006.
2006/03/15
Deixei o meu Coração em África
Hoje comprei o livro que apresento a seguir:
Título: Deixei o meu Coração em África
Autor: Arouca, Manuel
Ed.: Oficina do livro - 2005
"No decorrer do mês de Dezembro, recebi mais um monte de cartas. Passei-as como quem folheia ansiosamente as folhas de um livro. Depois de me aperceber que o silêncio de Isabel permanecia, fui separando os envelopes, um a um: lá estavam a fiéis cartas da minha mãe, do meu pai, da Leonor. Mas senti um impulso de não as abrir. Naquele particular momento, sem influência do álcool, da noz de cola, só, naquela pujante e inebriante natureza, senti-me profundamente ligado a África e interiorizei que nunca mais de lá sairia. Em termos de paixão, só Isabel me ligava a Portugal."
A minha predisposição para a leitura deste livro tem a ver com o facto de, eu próprio, ter vivido dois dos mais emocionantes anos da minha vida, em Moçambique. Claro, tinha 21 anos, a minha mulher e a minha filha comigo, apesar de estar a cumprir o serviço militar obrigatório, alguns familiares ali emigrados (quer dizer, localizados a quase 500 kilómetros de Nampula), nas suas machambas, aquelas cores da paisagem e o cheiro da terra após aquelas intensíssimas chuvadas, próprias só daquele clima tropical de Moçambique, todas estas extraordinárias sensações e momentos de vida determinaram uma paixão infinita por aquelas paragens.
... Parece que ainda estou a ouvir emocionado "This is Africa", uma faixa dum disco em vinil, 45 rotações, tocada com o volume quase no máximo, numa aparelhagem comprada pelo meu camarada de quarto, estava a poucas semanas de "passar à peluda", a família já estava no continente...
ASN
Consultar a 1? parte em http://dpersamente.blogspot.com
2006/03/09
O Blog de Pacheco Pereira - escritor, político na reserva, professor, bibliófilo...
17:46 (JPP)
PONGE sem caixa do correio habitual, completamente cheia.Por favor usem jppereira@gmail.com, visto que o imperialismo americano dá-me uma caixa de correio maior do que a pt.
A incomensurável base de dados que se está a construir na internet é, cada minuto que passa, mais e mais impossível de avaliar em termos de consequências para a formação cultural da humanidade e para a qualidade e perenidade do armazenamento da informação. Quanta da informação que está a ser depositada na internet não virá a volatizar-se, pura e simplesmente, sem aviso prévio. Basta que um servidor, daqueles que pertencem a empresas comerciais, por exemplo, inopinadamente, seja destruído acompanhando a falência dessa empresa...
E quanta dessa informação não se reveste de uma importância/valor excepcional? Quem a vai preservar, defendendo-a das contingências da falibilidade dos equipamentos em que é armazenada digitalmente? Julgo saber que existem cópias de segurança de todo o conteúdo da internet em vários pontos do globo.
Será que existem mesmo e que esses backups são fiáveis? Podemos contar com eles numa emergência?
É que, de facto, tem-se produzido tanta informação e esta tornada imediatamente pública através da internet, alguma de qualidade excepcional, que seria dramático que, dum momento para o outro, lhe perdêssemos o rasto.
É certo que uma pequena parte desta informação se encontra publicada em jornais e revistas e, por consequência, guardada contra a intrusão de vírus informáticos e de apagões de discos nos computadores. Mas e toda aquela que não teve a mesma sorte? É que publicar, no sentido tradicional do termo, por impressão em papel, continua a ser uma opção ainda reservada só a uns quantos privilegiados, ou porque têm edições asseguradas, dada a qualidade e ressonância do nome do autor, ou porque existem entidades financeiramente capazes de suportar os custos das edições em papel, interessadas em que tal suceda.