2006/04/12

EÇA de QUEIROZ em Leiria - post 4.n





















Este livrinho, de 56 páginas, constitui uma das páginas da vida do Município de Leiria, é um dos primeiros livros a serem registados na biblioteca dum jovem casal, à data, por sinal a Zaida é sobrinha-neta de Acácio de Paiva a seguir referido...
Américo Cortez Pinto, nasceu em Leiria a 14 de Março de 1896, foi médico, professor, conferencista e escritor de reconhecido mérito. De entre as várias dezenas de obras publicadas permito-me realçar - por motivos de maior intimidade com a sua memória - "Acácio de Paiva - Um Crésus Pedulário", evocação do Poeta Leiriense (que nasceu, nela tendo uma lápide em sua homenagem, na casa do "Boticário Carlos", ao Largo da Sé, propriedade actual dos herdeiros daquele que está romanceado no livro de Eça como o já dito Carlos).
A dado passo do livro/conferência de Américo Cortez Pinto pode ler-se:
..."E a descrição da casa da S. Joaneira, (a casa onde ele próprio habitou) com ligeiras mas evocativas pinceladas, da «rua estreita esmagada pelas altas paredes da Misericórdia, com um lampeão lúgubre ao fundo».
Dessa casa, reproduzida neste livro/conferência através duma aguarela de Lino António - 1928* e duma fotografia de 1970, provavelmente, apresentar-vos-ei proximamente uma fotografia da actualidade.
A este propósito, escrevia ainda Américo Cortez Pinto: "...a fisionomia da velha casa seiscentista é ainda a mesma, e pouco diverge a sua divisão interior em que, no primeiro andar, se mantém o apartamento que no romance teria sido habitado pelo Pe. Amaro, mas que na realidade foi habitado pelo próprio Eça que ali recebeu frequentes visitas de Ramalho Ortigão(1).
... (1) Há pelo menos três visitas historiadas por Júlio de Sousa e Costa no seu interessante livro«Eça de Queiroz (Memórias da sua estada em Leiria, 1870-1871)»."
---
* Podem ser observadas várias aguarelas deste ilustre pintor Leiriense em http://leiria.no.sapo.pt
asn

D. SANCHO I e Leiria

---
D. SANCHO I - O POVOADOR
(reinou de 1185 a 1211)
.
D. Sancho I foi chamado de "Povoador" em virtude de ter colocado habitantes em lugares onde não havia ninguém para os trabalhar e defender, e os árabes (mouros, muçulmanos, sarracenos) podiam ocupar.
Convidou muitos colonos estrangeiros para aqui se fixarem. Utilizou, tal como seu pai, os serviços da gente ligada à Igreja, para convencer as pessoas a viver em Portugal. Guilherme, Deão de Silves ( O Deão é um dignitário eclesiástico que preside ao cabido. O cabido é o conjunto de cónegos de uma catedral) foi por essa Europa fora arregimentar gente da França e da Flandres (zona da Bélgica e da Holanda) para povoar o país.
Embora pequeno, Portugal não tinha gente suficiente, nem para o defender, nem para o desenvolver. Aqui se misturaram povos de todas as raças, de todos os credos e de todos os sangues.
Ele soube concretizar o pensamento do pai e dos avós ao consolidar um país onde os povos se sentissem livres e seguros. Entregou parte das terras a colonos franceses e flamengos e às Ordens Militares (as Ordens Religiosas Militares: Templários, Santiago, Hospitalários, Calatrava, nunca combatiam contra os reis cristãos) que se tinham formado por causa das Cruzadas. Alguns dos monges guerreiros acabaram por se fixar no território devido às benesses concedidas pelo rei.
Em 1195 dá ao Castelo de Leiria, e ao seu termo, a categoria de município (a cidade tinha leis próprias).No início do reinado, D. Sancho, tenta fixar as fronteiras até ao Algarve: conquista Alvor, Silves, Albufeira, mas os árabes contra atacaram, fazendo-lhe perder estas terras e ainda Alcácer, Palmela e Almada. A partir deste momento o rei compreendeu que valia mais um pássaro na mão do que dois a voar. Dedicou todo o cuidado a tornar estável o pequeno território e a deixá-lo crescer naturalmente.
D. Sancho I, apesar de utilizar os serviços da Igreja, teve contudo alguns conflitos com os bispos do Porto, de Coimbra e ainda com a Santa Sé devido ao pagamento do censo.
Em 1210, D. Sancho, isenta o clero do serviço militar, salvo em caso de invasão árabe.
D. Sancho I lutou com dificuldades de toda a espécie, desde a peste, tremores de terra, fome e guerras; mesmo assim deixou consolidado e rico o pedaço de terra que pouco ia além de Lisboa.
Foi no reinado de D. Sancho I que nasceu o taumaturgo Santo António de Lisboa (1195-1231).
A poesia dá os seus primeiros passos. D. Sancho I é um dos nossos primeiros trovadores.

D. Sancho I e Leiria


A Rua D. Sancho I, em Leiria, quem segue na direcção do Largo da Sé, cujo adro se vislumbra ao nível do muro do lado direito. Logo a seguir olhando para o alto do morro sobranceiro à Sé, divisa-se a silhueta do Castelo de Leiria.
Talvez que o Prof. Dr. Saul Gomes, catedrático da Universidade de Coimbra venha a ler esta referência, ligeira, acerca do rei português D. Sancho I, que muito tem a ver com Leiria. As primeiras cortes em Portugal realizaram-se precisamente na localidade de Cortes, deste Concelho. Recentemente teve lugar nesta cidade um seminário comemorativo deste evento no qual teve participação activa e preponderante o prof. catedrático referido, que faz o favor de ser meu amigo, tendo inclusivé escrito o Posfácio dum livro, Ensaio monográfico e histórico que eu escrevi sobre a freguesia da Barreira, também deste concelho, a que dei o título "Caminhos Entrelaçados - na freguesia da Barreira" - Ed. da Junta de freguesia - Editora Folheto2005.
De quaquer modo vou envidar esforços no sentido de sensibilizar o Professor a escrever precisamente para este blog sobre o tema em epígrafe. A ideia de me referir concretamente à questão das Cortes e das cortes de D. Sancho I tem muito a ver com o que, uns posts antecedentes a este, escrevi, em jeito de reportagem, sobre Leiria, no Domingo passado, sob o meu olhar espaventado pelo tempo atmosférico e pelo meu psico do momento.
Já que na altura me referi a D. Sancho I, hoje aproveitei para vos deixar aqui esta fotografia ilustrativa da ligação deste Rei a Leiria.

2006/04/11

GUERRA COM O IRÃO?


In "Liberal Journal" blog



WAR WITH IRAN?
The United States government has increased its undercover operations in plans for an aerial assault on Iran, according to an article in The New Yorker Magazine:"The Bush Administration, while publicly advocating diplomacy in order to stop Iran from pursuing a nuclear weapon, has increased clandestine activities inside Iran and intensified planning for a possible major air attack. Current and former American military and intelligence officials said that Air Force planning groups are drawing up lists of targets, and teams of American combat troops have been ordered into Iran, under cover, to collect targeting data and to establish contact with anti-government ethnic-minority groups."See the full article here:
---------------
(Valerá a pena publicar a versão deste texto em português?... Demais até se tem a ajuda ilustrada do F´Santos. Imagino que, quando me enviou este cartoon, nem sabia da existência deste post num blog, ainda que os murmúrios da imprensa internacional não sejam nada animadores para o que poderá vir por aí... Cruzes Canhoto!...).
---
asn

2006/04/10

Cartoon, cartune ou cartum?


Por minha parte, que tento acautelar o mais que me é possível a portugalidade da nossa língua, fiquei satisfeito quando apareceu, há dois ou três anos, um novo dicionário da Língua Portuguesa (em dois ou três volumes). Na falta de funcionamento de um mecanismo oficial de regulamentação da nossa língua, mecanismo que infelizmente não existe, saudam-se redobradamente as iniciativas privadas. Já que a língua portuguesa "caíu na rua" (creio mesmo que caíu na valeta...) pois que seja na rua que se "regulamente"!Espreitei o dicionário (é muito caro e um tanto equívoco, para que eu me tivesse decidido a comprá-lo) e reparei que ele aportuguesa a palavra cartoon, criando o neologismo cartune. Entusiasmei-me com a novidade e desatei a escrever "cartune" por tudo quanto é papel (vegetal ou virtual). Mas reparei que, se não estava sozinho, estava pouquíssimo acompanhado. E arrepiei caminho. Regressei ao anglicismo cartoon. Porque, se estamos em minoria, não temos o direito de impôr a grafia de um neologismo.
Vem isto a propósito de um comentário que recebi por e-mail, em que A Nunes (do blog DispersaMente) comenta que o cartoonista Ferreira dos Santos usa o termo cartum, à semelhança do que fazem os brasileiros. Por minha parte, estou mais disponível para regressar à utilização da palavra cartune do que para usar o brasileirismo. Porque o vocábulo aportuguesado está mais próximo do significado original; cartoon é o anglicismo do substantivo cartão.
Muito antes de existirem as fotocopiadoras ou outros meios de reprodução ao alcance fácil, nos ateliers (ateliês...) de tapeçaria faziam-se tapetes a reproduzir uma vez, duas, dez, cem vezes um desenho que o artista desenhava sobre cartão. Era um material muito mais resistente do que o papel, e só resistindo às bolandas da oficina ele poderia continuar a ser reproduzido pelas artesãs dos tapetes anos adiante. Hoje, a sua degradação não seria problema, pois rapidamente a fotocopiadora ou a impressora do computador criaria num instante nova cópia a partir do original bem guardado em arquivo. Ainda hoje se chama cartão ao original que o artista cria (por vezes no "vidro" do computador...) com vista à elaboração de uma tapeçaria....E o termo transferiu-se para a área do desenho satírico, provavelmente porque os primeiros caricaturistas terão sido gente com mão "feita" nas oficinas de tapeçaria...
O termo cartum desvia-se daquele conceito.
Zé Oliveira
(Transcrição dum post colocado hoje mesmo no "Buraco da Fechadura". Só tem a mais o desenho/cartoon, que se está mesmo a ver há-de ser de Zé Oliveira - ó António não se zangue comigo, que despoletei, parece-me, esta tramóia toda!)
Mas é assim, pela publicidade das nossas opiniões, variadas, algumas contraditórias, algumas até paradoxais, que vamos trilhando o caminho que julgamos mais correcto. O pior é quando chegamos aos cruzamentos sem sinalização!).
---
asn

Um link num blog dos States




About Me

Name:Webmaster
View my complete profile
Links
Dispersamente (in Portuguese)
Political Wire
Politics1
Huffington Post
Crooks and Liars
Right Wing Satirical Blog (I think)
Daily Kos
Church of the Flying Spaghetti Monster


( Esta referência tem uma justifcação particular. O autor do blog é flho de pais portugueses, reside nos USA e... também consegue escrever em português, ainda que lhe seja muito mais fácil exprimir-se, nas suas ideias liberais, em inglês.)
----
asn

Onde PÁRA o DINHEIRO?


Uma nova semana de trabalho tem hoje o seu início e com ela a rotina de lidar com os problemas do dia a dia, da vida real, dos movimentos do dinheirinho, toma lá dá cá, mais para lá do que para cá, na maioria dos casos, dos que não conseguem ser "chico- espertos", daqueles que, ingenuamente até vão acreditando que os seus devedores lhes vão pagar conforme o combinado.
Quantas promessas! É hoje, é amanhã, não passa da semana que vem, pode ficar descansado.
E cá camos aguentando, quantas vezes até temos peninha dos que não nos pagam, atempadamente seria o desejável. O nosso dinheirinho, aquele a que temos direito, pois que a nossa parte do contrato já nós a cumprimos, o trabalho está feito, a factura com o incontornável Iva já está nas mãos do cliente, é que não há maneira de passar para as nossas mãos.
Malditos caloteiros "chico-espertos"!...
Que, infelizmente, também os há, que não podem pagar quando querem, cada vez mais, pessoas sérias, esforçadas, mas que, contrariamente ao que diz a divisa dos "comandos", "a sorte parece que só favorece os "audazes""!!!
(Texto da responsabilidade do editor)

(Cartoon - Colaboração de António F Santos, que agradeço/emos)
---

asn

2006/04/09

A Cidade de LEIRIA, hoje (Domingo)

O Largo da República(1) com os seus pinheiros mansos. Em segundo plano, o Castelo de Leiria a disputar visibilidade com os prédios novos que, um pouco pela cidade, de vários ângulos, o escondem, como se esta cidade pudesse chamar-se Leiria sem o seu símbolo máximo.

Ainda na mesma praça, em Leiria, 10 e meia. Um grupo de motards preparava-se para partir não peguntei para onde. O arvoredo que se mostra pertence à Quinta da Portela, uma relíquia da cidade, autêntico bosque exótico dentro da cidade, que também é do Rio Lis (apesar de o próprio Eça o ter classificado como ribeira, no seu livro "O Crime do Padre Amaro"). É privado e não se sabe bem qual será o futuro daquele local. Agora, que é uma referência incontornável desta cidade de Leiria, não tenhamos dúvidas.

Continuamos no Largo da República. Vê-se uma estátua do Rei D. Afonso III, os inevitáveis pinheiros mansos e o edifício dos Paços do Concelho, onde funcionam os serviços da Câmara Municipal. Descortina-se com facilidade um pormenor interessante. Finalmente as portas da entrada da Câmara, creio que também as janelas, estão a ser pintadas. É que já estavam necessitadas dessa mautenção há que tempos!...
A propósito, sabem qual a ligação de D. Afonso III a Leiria? Claro que sabem, só que sem consultarem os compêndios não conseguem recordar-se:
(Conforme informação livre colocada no endereço http://pt.wikipedia.org :)
D. Afonso III (Coimbra, 5 de Maio de 1210 – id., 16 de Fevereiro de 1279), cognominado O Bolonhês por haver sido casado com a Condessa de Bolonha, foi o quinto Rei de Portugal. Afonso III era o segundo filho do rei Afonso II e de sua mulher Urraca de Castela, e sucedeu a seu irmão Sancho II em 1247.
Como segundo filho, Afonso não era suposto herdar o trono destinado a Sancho e por isso fez a vida em França, onde casou com a herdeira Matilde de Bolonha em 1238, tornando-se assim conde de Bolonha. Todavia, em 1246, os conflitos entre Sancho II e a Igreja tornaram-se insustentáveis e o Papa Inocêncio IV ordenou a substituição do rei pelo conde de Bolonha.
Afonso não ignorou a ordem papal e dirigiu-se a Portugal, onde se fez coroar rei em 1247 após o exílio de Sancho II em Toledo. Para aceder ao trono, Afonso abdicou de Bolonha e divorciou-se de Matilda para casar com Beatriz de Castela. Decidido a não cometer os mesmos erros do irmão, o novo rei prestou especial atenção à classe média de mercadores e pequenos propretários, ouvindo suas queixas. Em 1254, na cidade de Leiria convocou a primeira reunião das Cortes, a assembleia geral do reino, com representantes de todos os espectros da sociedade. Afonso preparou legislação que restringia a possibilidade das classes altas cometerem abusos sobre a população menos favorecida e concedeu inúmeros previlégios à Igreja. Recordado como excelente admnistrador, Afonso III organizou a admnistração pública, fundou várias vilas e concedeu o privilégio de cidade através do edicto de várias cartas de foral.
Com o trono seguro e a situação interna pacificada, Afonso virou a sua atenção para os propósitos da Reconquista do Sul da Península Ibérica às comunidades muçulmanas. Durante o seu reinado, Faro foi conquistada com sucesso em 1257 e o Algarve incorporado no reino de Portugal. Após esta campanha de sucesso, Afonso teve de enfrentar um conflito diplomático com Castela, que considerava que o Algarve lhe pertencia. Seguiu-se um período de guerra entre os dois países, até que, em 1267, foi assinado um tratado em Badajoz que determina a fronteira no Guadiana.
No final da sua vida, viu-se envolvido em conflitos com a Igreja (tendo morrido excomungado à semelhança dos reis que o precederam), bem como com o herdeiro D. Dinis. Está sepultado no Mosteiro de Alcobaça.
--- Notas complementares sobre Leiria coligidas pelo editor:
A actual cidade de Leiria foi fundada em fins de 1135, pelo primeiro rei de Portugal, D. Afonso Henriques, ao pretender estabelecer uma guarda avançada para a conquista de Santarém, Lisboa e Sintra.
Leiria foi elevada a cidade em 1545, por influência de D. Frei Brás de Barros, reformador do Mosteiro de Santa Cruz, de Coimbra, e primeiro bispo da diocese. Recebeu forais do seu fundador, D. Afonso Henriques em 1142(2) e de D. Sancho l em 1195 (3), e, foi doada por D. Dinis, com a alcaidaria castelã, a sua mulher D. Isabel de Aragão, mais tarde Rainha Santa Isabel. Foi cenário de diversas vicissitudes da história portuguesa, preservando uma série de monumentos artísticos, nomeadamente igrejas, conventos e casas senhoriais, que atestam um passado esplendoroso. Infelizmente, as invasões napoleónicas de 1808 e 1810 afectaram sobremaneira esta região, com a violência e devastações dos soldados franceses. Saquearam e mataram em Leiria... A "Rua dos Mártires" é para nos lembrar desses horrendos tempos em que homens de Leiria e arredores, armados de alfaias agrícolas, enfrentaram tropas napoleónicas, fortemente armadas e com soldados treinados e experientes. As mulheres e as crianças também não foram poupadas.
_____________
(1) - Por deliberação camarária de 10-10-1910 foi determinado "que ao largo fronteiro aos Paços do Concelho se dê o nome de Largo da República". Foi-lhe dado este nome por, da varanda do edifício dos Paços do Concelho ali situado, ter sido anunciado o derrube da Monarquia e a implantação da República.
(2) - Esta data é contestada por alguns historiadores do Castelo de Leiria(4) , admitindo a possibilidade de esse documento ter sido forjado nos meados do séc. XVI, em defesa de interesses eclesiásticos do mosteiro da Santa Cruz.
(3) - VER Post 11/04/2006.
* 1195 ABRIL - foral outorgado pelo rei D. Sancho I a Leiria.
Assim começa a tanscrição deste foral inserta no livro referido em (4), a páginas 223 a 225.
(4) - Leia-se a obra, notável, "Introdução à História do Castelo de Leiria", do Professor Doutor Saul António Gomes, catedrático de História Medieval da Universidade de Coimbra. Este livro, 2ª Edição - Revista e ampliada, da Câmara Municipal de Leiria, é dum extraordinário interesse histórico e de bom recorte literário, tendo como objectivo principal o estudo e divulgação do Castelo sob o ponto de vista histórico e arquitectónico. Um hino judicioso à beleza, dignidade e magia do Castelo de Leiria.
asn

O sentido de humor dum cartoonista

(Colaboração de António F Santos, que agradeço/emos)

Nota: E estão a chegar mais...


asn

Taxas Desmoralizadoras


Mais palavras para quê?
(Colaboração de António F Santos, que agradeço/emos)
---
asn
Consultar "DISPERSOS I" em http://dpersamente.blogspot.com

2006/04/08

2/3 dos portugueses nunca usaram Internet?



No "Público" de 7 de Março de 2006

Dois terços dos portugueses nunca usaram a Internet.

Entretanto, haja fé. Os estudantes em Portugal "navegam" mais que a média Europeia.

Porquê tanta aversão às novas tecnologias por parte das pessoas de mais idade? Talvez porque já se imaginam fora do mercado de trabalho a curto prazo, não há que recear a falta de produtividade? O tempo de execução das tarefas não conta? À antiga é que é bom? O acesso aos equipamentos é caro? O preço de ligação à Internet é exorbitante em comparação com outros países da UE?

Sim senhor. Mesmo assim. Tenham paciência, nunca é tarde para aprender e os computadores não comem criancinhas ao pequeno almoço!

asn

2006/04/07

A Maçonaria

A questão da Maçonaria ainda hoje representa, para muitas pessoas, como que um movimento essencialmente anti-clerical, no sentido em que era tido como um movimento religioso "anti-Cristo", logo condenável pela maioria da população, tradicionalmente educada desde a infância segundo as ideias e os ritos da Igreja Católica, Apostólica e Romana. Ainda me lembro das autênticas "lavagens ao cérebro" a que éramos submetidos em pequenos, particularmente nas zonas rurais, por volta dos anos 50 a 70, pelo menos. Daí a desconfiança com que, ainda hoje, a Maçonaria é olhada por muita gente.
É certo que a Maçonaria só ultimamente é que se tem aberto à sociedade em geral, o que tentou mostrar também com a realização deste seminário público.(ver post em "http://viveremleiria.blogspot.com).
Muito se poderá dizer e aprender relativamente à Maçonaria e não faltam livros no mercado, sobre esta matéria. Coisa quase impensável há umas décadas atrás.
Algumas das personalidades mais influentes em todo o mundo pertenceram à Ordem Maçónica. George Washington, Benjamim Franklin, Goethe, Mozart e Voltaire foram Maçons.
O autor deste livro pretende clarificar a história, propósitos, crenças e rituais da Maçonaria, tornando a sua compreensão acessível, não só aos próprios membros menos esclarecidos da Ordem Maçónica, mas também aos leigos.

Em síntese,
o autor explica como os rituais da Ordem Maçónica têm por objectivo iluminar o caminho místico para a espiritualidade e fraternidade, pois os iniciados confrontam-se com questões que se colocam ao nível da Religião e da Filosofia – O que sou? Quem sou? Para onde vou? E com quem vou?”

asn

2006/04/06

Os CARTOONISTAS




Os cartoonistas com os quais tenho convivido, amadores, têm sido o Zé Paiva (da família e que é rápido, preciso e conciso mas "muito sorna, mesmo como amador" ...shiuuuuu!) e o Sérgio Vieira ( que até tem feito umas coisas giras, mais ligado à "Folheto" e aos livros que esta vai editando). Agora, encontrei-vos, a vós, amigos Zé Oliveira e demais, do "Buraco da Fechadura" e estou a ficar encantado com a vossa abertura, disponibilidade e humanidade. Naquilo que eu puder ser prestável (podem crer que não poderá ser muito, mas será de boa vontade!) estarei à v/ inteira disposição.
Espero bem que venhamos a constituir uma execelente equipa de partilha e de cooperação, quem sabe?
Zé Oliveira, vou-me permitir transcrever parte do seu último e-mail que me enviou. Acho-o dum sentido de camaradagem e de soliariedade para com os seus colegas de profissão e amigos, francamente de enaltecer.
Ao meu pedido de autorização para utilizar cartoons do Zé e outros, este respondeu-me:
(- espero que não leve a mal!)
... estão abertos à participação, mais os estrangeiros do que os portugueses, por uma razão: os portugueses não podem (ou não devem) disponibilizar os desenhos que lhes são pagos pelos "seus" jornais, fazendo concorrência dentro do próprio país. Eu disponibilizo, mas conversei isso com o Regiáo de Leiria e os outros órgãos onde colaboro. Mas só os divulgo, depois de publicados. Os estrangeiros não têm problemas. O jornal "do" Banegas, La Prensa de Honduras, por exemplo, não perde leitores se publicarmos um desenho dele...Porque esta malta disponibiliza-me os desenhos que cria para os seus periódicos, não os faz expressamente, como calcula (há excepções e o FSantos é uma delas)."Pago" aos estrangeiros, traduzindo os seus cartoons com absoluto respeito pela caligrafia de cada um. Milagres da técnica! Quando nos encontramos, TODOS me perguntam (uma só vez cada um, está bom de ver): "Como é que consegues respeitar a nossa caligrafia? Parece mesmo que fui eu próprio que escrevi em português!" Aí, eu fico vaidoso!Disponha sempre.Os cartoonistas são uma classe muito solidária, muito humanista. Dá para perceber, através dos cartoons que a gente vê, não dá?.
...
Abraços
Zé Oliveira
-----> Original Message -----
To: "José Oliveira" <o-oliveira...@sapo.pt>
Sent: Thursday, April 06, 2006 1:10 AM
Subject: Re: Buraco da Fechadura>
Caro amigo Zé Oliveira>>
Recebi hoje um e-mail do António F. Santos a dar-me autorização de utilizar os cartoons, que já lhe agradeci. Estou a perceber que a comunidade dos cartoonitas está aberta à participação nos meus blogs (amadores, atenção!) o que me sensibiliza muito. Agradeço-lhe muito toda a atenção que me está a dispensar.
>> Um abraço.
> António Nunes

asn

Comentar em blogs

asn said...
(resposta/comentário)
Quanto eu gostava de manter essa sua calma, que se nota que vem do interior de si mesma, em paz e harmonia!...
Contraditoriamente, acho que sou ao mesmo tempo introvertido e pouco discreto, a manifestar-me publicamente, correndo alguns riscos e cometendo deliberadamente imprevidências, cheio das melhores intenções desta vida!
Tenho muita dificuldade em lidar com a minha noção de justiça.
Pior, ando muito resmungão, zangado comigo mesmo, estou a chegar à conclusão definitiva de que não consegui sequer ajudar a melhorar o Mundo, pelo menos este cantito onde fomos plantados. Está a ser difícil conviver com esta sensação de vago, irrisório...
Mas a vida é bela e gosto de a viver...pena que não em plena liberdade...como naquele livro que tenho tentado reencontrar, como que um "Diário dum Falcão Peregrino escrito por ele próprio"...
PS: também vou deixar-lhe, 3za, este comentário, no seu "tempo de teia".
---
Acabei por não o deixar...não tive a oportunidade de um post no blog de 3za.
Por isso aqui deixo esse meu comentário...a propósito da falta de feedback que, às vezes se nota, no que respeita àquilo que tornamos público nos blogues. Fica-se com a sensação de que tem que se ser conhecido, ou porque se é político de nomeada, ou porque se vai à televisão, ou...porque se é jogador de futebol e até se sabe dar uns pontapés na bola...e se tem um visão "inteligente" das jogadas que cabam por dar golo...
...
O SLB acabou por ser eliminado pelo Barça. Ficou-se com a sensação de que se podia ter passado este obstáculo. Um pouquinho de sorte e...
...
asn

2006/04/05

FIEL DO CONVENTO STO. ANTÓNIO DOS CAPUCHOS

Tive ocasião de falar hoje com o snr. João António Ferreira Claudino, nascido no Crato, agora Mártires, em 28/12/1929. Assentou praça em 24/3/1950 em Caçadores 1 em Portalegre, fez a recruta em Caçadores 2, Castelo Branco e jurou bandeira novamente em Caçadores 1. Tirou a escola de cabos em 1950 na Escola Prática de cavalaria e depois de passar mais 2 anos em Caçadores 1 foi transferido em 24/5/1952 para o RAL4 em Leiria. Em 1956 tirou o curso de enfermeiro hípico no Hospital Veterinário de Lisboa. Orientou uma escola de cabos em Caçadores 8 em Braga (foi nessa altura que se deu o assalto ao paquete Santa Maria pelo cap. Henrique Galvão, rebentou a guerra de guerrilha sucessivamente na Guiné, em Angola e em Moçambique e a Invasão da India Portuguesa). Está ligado às antigas instalações do Convento de Sto. António dos Capuchos, depois Anexo do Regimento de Artilharia de Leiria (RAL4, RAL e agora RA4), desde 28/4/1958 até hoje. Todas aquelas instalações estão em ruínas, apesar de património do Estado, e à responsabilidade intitucional do actual RA4. Enquanto anexo do quartel de Artilharia funcionou como centro criador aviário. O snr. Claudino lá continua a viver, sozinho, com o seu cão - bom guarda cujos sinais são entendidos perfeitamente pelo dono - e, apesar de já ter passado à reserva desde 28/4/1986. Continua a ser reconhecido, mesmo a nivel oficial, como o Fiel zelador daquelas instalações/ruínas. Mais falámos, prometi voltar. Gostei de ouvir a história da vida do snr Claudino, pelo que vi, pessoa muito querida dos actuais habitantes daquela área da cidade de Leiria. Confesso que, apesar de viver nesta cidade há 40 anos, só agora tive oportunidade de observar "in loco" o local estranhamente abandonado do Convento de Sto. António dos Capuchos, actual anexo da responsbilidade do Regimento de Artilharia de Leiria (RA4).

*** aditamento em 30jan2022

Deixo aqui em arquivo outras fotos:


Mafalda Rodrigues (neta do Sr. Claudino)  (informa que o avô morreu em Julho de 2021) deixou esta foto no seu FB.
Ver mais estas no post do grupo:




nota:  Eu tinha uma reportagem muito interessante num site, mas este foi desativado.



________________________________
PS: Há dois anos foi publicado no "Mensageiro" um extenso artigo alusivo à história do Convento a que nos estamos a referir. Informa-se os interessados que publico, nesta data, uma sequência de algumas fotogafias que recolhi na mesma oportunidade, antes mesmo de ter contactado o snr. Claudino (autorizou-me verbalmente a publicar a sua fotografia e biografia que descrevi atrás).
# Ver uma sequência de fotos daquele Convento em http://viveremleiria.blogspot.com/
# Ver referências de datas da capela aqui
asn

ALA no Canal2 da RTP


ALA, hoje, no Canal 2 da Televisão.
A falar de si (pouco e a contragosto), do seu livro - o da Guerra Colonial vista através dos seus aerogramas - e de que estava a dar uma entrevista que não devia ter dado.
Cumpriu missões militares em Angola, anos 60. Por causa desse livro reviu camaradas de armas de há 30 anos, emocionou-se com as suas boinas e apresentações invocando os postos da hierarquia mlitar que exerceram na altura: "sou o furriel..., cabo-miliciano...". Como deve ter sido arripiante, "meu Capitão"!
Também me emocionei, António (Lobo Antunes), que estive em Moçambique, no BE2, em Nampula, de 1969 a 1971.

asn

2006/04/04

Rotunda aérea ou ratoeira aérea?


Mais um engarramento. Motivo: choque em cima da rotunda rodoviária sobre o IC2 entre Leiria e Boa Vista. Estes acidentes são diários visto que quem vem de Leiria, tem que subir à rotunda, contorná-la em 50%, voltar a descer e retomar o IC2 para prosseguir viagem na direcção Norte.
Ao entrar na dita os choques entre os que estão a circular na rotunda e os que sobem são frequentíssimos.
Não será possível resolver este ponto negro da circulação automóvel naquela zona?
E a questão dos que se baralham com a sinalização contraditória quando pretendem seguir para Norte e não percebem porque é que têm que passar por cima da via em que seguem?!
Que rico alfobre de multas!

asn
O Gui, 7 anitos, teve um acesso de fúria e desenhou a caricatura da irmã, Mafalda.
Num ápice!...

asn

2006/04/03

EÇA de QUEIROZ em Leiria - post 3.n


O diploma de José de Paiva Cardoso, presumivelmente o Boticário Carlos, referido no livro de Eça de Queirós, "O Crime do Padre Amaro".


asn

Horizonte encruzilhado...

Cabos transportadores de energia eléctrica e de telefones cruzando e bobinando os ares...
Leiria, Abril de 2006

asn

2006/04/02

ELOS CLUBE INTERNACIONAL - Leiria

Leiria unida ao mundo Lusíada
De acordo com o "Correio de Negócios" de Março de 2006, o Elos Clube da Região de Leiria vai ser formalmente constituído por 20 fundadores, em 22 de Abril próximo.
"A cerimónia de apresentação assim como a tomada de posse dos Órgãos Sociais terá lugar no Mosteiro de Santa Maria da Vitória, na Batalha, e contará com a presença do Governador Civil do Distrito de Leiria, vários presidentes de Câmara da Região de Leiria assim como, entre outras entidades, do Embaixador do Brasil em Portugal."
Nesta data 22 de Abril comemora-se o dia da Comunidade Luso-Brasileira e o da Descoberta do Brasil pelos portugueses, em 1500.
O Movimento Elista foi fundado em 8 de Agosto de 1959 pelo Dr. Eduardo Dias Coelho, médico da Sociedade Portuguesa de Beneficência e membro do conselho deliberativo da Associação Atlética Portuguesa, em São Vicente, no local denominado Prainha, localizado defronte da enseada onde ancoraram as caravelas de Martin Afonso de Souza.
Na sua essência, este Movimento assume-se como um veículo de propagação e defesa dos ideais que formam a Comunidade Lusíada, promovendo a expansão do Idioma Português, assim como a sua origem, cultura, usos e costumes, independentemente dos lugares de actuação, espalhados que estão por todo o Mundo.

--Posted by asn to
VIVER em LEIRIA at 4/02/2006 11:36:00 AM


asn

2006/04/01

Apresentação do livro "Carlos Gomes, pintor da Luz" de Arménio Vasconcelos a cargo de Dra. Celeste Alves. Assistiu-se à actuação do Grupo Coral "Cantábilis" da C.G.D., dirigido pelo Maestro Vicente Narciso. Momento poético a cargo de vários declamadores, A. Sá Pessoa, Travaços Santos, Adélio Amaro e Luis Vieira de Matos.
Na foto: Apresentadora, Carlos Fernandes, Arménio Vasconcelos; vendo-se, em primeiro plano a pintora Fátima Gomes, nascida em 1961, que tem a nacionalidade brasileira e é filha do grande Artista Plástico Carlos Gomes, seu mestre; os seus quadros, de cores vivas, já lhe proporcionaram inúmeros prémios, nomeadamente, o "Diploma de Comendadora Grande Mestre e Grande Colar de Ouro conferido pela Associação Brasileira de Desenho e Artes Visuais" em 2004, entre muitos outros.
Este lançamento do livro (cuja capa já foi reproduzida num post anterior) bem assim como a Exposição de Fátima Gomes (que ficará patente até 13 de Abril) tiveram lugar nas instalações da "Galeria de Arte CAPITEL", Rua Engº Duarte Pacheco, em Leiria.
_______________________
Mais pormenores em http://armeniovasconcelos.blogspot.com (CONSULTA OBRIGATÓRIA)

Regresso à Terra!...

Enquanto o Coronel Marco lá anda pela estratosfera a falar Português com a Terra, aqui a Primavera prossegue o seu rumo, qual pista infinitamente repetida, mas sempre BELA, maravilhosa, de encantar e nos impelir à contemplação.
Quantas vezes não me ocorrem as palavras dum ancião (pelo menos eu assim o olhava na altura), quando, estudante no ex-Instituto Comercial do Porto, 1966-1969, mantínhamos conversas sobre a origem do Universo. Invariavelmente, as nossas posições assentavam nos seguintes "princípios/conclusões":
Ancião: caro jovem, Deus não existe, Deus é a Natureza;
Eu, jovem de 18 anos: pois, mas qual a origem da Natureza, do Universo?;
Ancião: a geração espontânea explica tudo;
Eu: bla, bla, bla;
Ancião: bla, bla, bla.
...
As minhas observações de hoje, no meu jardim/quintal:
Aqui, na Terra, orientando antenas no sentido dos satélites artificiais.

2006/03/30

A língua portuguesa emitida desde uma nave espacial

Brasil chega ao espaço a bordo de uma SOYUZ TMA-8

O primeiro astronauta que fala em língua portuguesa, é brasileiro. É o Coronel Marcos Pontes que já está no espaço.É no âmbito do programa educativo da ARISS, com o apoio da Agência Espacial Brasileira, da Agência de Energia Russa, da ESA e da NASA que o Coronel Marcos Pontes, vai dispor de alguns minutos da sua agenda de trabalho, para de bordo da estação espacial, poder proporcionar a alguns jovens do concelho de Oeiras o primeiro contacto directamente realizado entre uma estação terrena portuguesa e um astronauta a bordo da estação espacial internacional a ISS. O Coronel Marcos é o primeiro astronauta que se expressa na língua de Camões. O evento já está agendado, decorre no Observatório Aeroespacial de Oeiras, situado no Centro de Juventude de Oeiras, no dia 6 de Abril, pelas 10:41horas UTC (11:41 hora local), durante a passagem orbital da ISS a 31º.
Marcos Pontes dará assim início ao Projecto Espacial Camões.
Este projecto espacial visa, para os próximos 8 a 10 anos, a construção de satélites para fins pacíficos e educacionais, entre organismos sem fins lucrativos, de países da CPLP, um programa criado pela AMRAD (Portugal) em parceria com a AMRASE (Brasil).
30-03-2006 16:00

2006/03/29

O prazer da visita


Os Blogs são um Mundo.
Estão a transformar-se numa infinita base de dados e num enorme palco onde se estão a perfilar extraordinários talentos e autênticos jornalistas free-lancer ainda que somente a trabalhar por puro amadorismo sem qualquer compensação material para além do prazer de criar ou, muito simplesmente, contribuir para uma maior e mais diversificada divulgação de ideias, factos, arte, cultura em geral.

.

Só que também nos gratifica e refresca a alma saber que este nosso trabalho/amador, executado sem que ninguém no-lo tenha encomendado, é apreciado pelos outros, quanto mais não seja, através duma visita, de vez em quando. Se nos deixarem um comentário melhor ainda. O sinal que, dessa forma nos é transmitido constituirá, muito naturalmente, o melhor estímulo para continuar, para não parar ou, mais drasticamente, para, pura e simplesmente, abandonar o projecto/sonho em que nos embrenhámos, quanto de nós, de alma e coração.

.

Caro viajante cibernauta! Deixe-nos ficar a marca concreta da sua visita. Não se limite a ficar como um simples impulso no contador dos nossos blogs! Comente, diga olá!

asn

2006/03/28

BENFICA-BARCELONA, Futebol vs Cultura luso-espanhola

Logo, ao fim da tarde, no Estádio da Luz, diz que também "A Catedral", vai disputar-se um grande jogo de futebol, para ver quem vai à meia-final da "liga dos Campeões Europeus", entre o S.L.Benfica e o FC Barcelona. Não se fala noutra coisa na rádio, de certeza que também na televisão, já vi que nos jornais então é por demais, as primeiras páginas de praticamente todos eles, sejam desportivos ou não, abordam este acontecimento em grandes parangonas e fotos.
Achei deveras interessante a maneira como a Antena1 aflorou, no programa matinal, este acontecimento, relacionando-o com os dois países ibéricos e o seu entrelaçamento cultural. E ouviram-se várias figuras ligadas ao Instituto Cervantes em Lisboa a falar desta oportunidade mediática de se interligar culturalmente estes dois países. É assim que me ocorreu colocar um Post sobre este Instituto, de relevante interesse, sem dúvida, não só para a promoção da cultura Espanhola e hispano-americana mas ao mesmo tempo a da nossa área conjunta de influência hispano-lusa por todo o Mundo.
______________________
28/03/2006 10:00 Antevisão ao Benfica-Barcelona
Ajuste de contas
Eis chegado o grande dia. Trata-se de mais um reencontro entre os gigantes ibéricos de Barcelona e de Lisboa. O Estádio da Luz vai ser o palco para mais um confronto entre o Benfica e o Barça, sendo que até hoje apenas por uma vez os catalães venceram os “encarnados", precisamente na última vez que as equipas se defrontaram, em 1992, no Camp Nou (2-1 a favor dos blaugrana).
...
______________
.
A Instituição
.
O Instituto Cervantes é a instituição pública criada pela Espanha em 1991. O seu objectivo consiste na promoção e ensino da língua espanhola e na difusão da cultura espanhola e hispano-americana. A sede central encontra-se em Madrid e em Alcalá de Henares (Espanha), cidade onde nasceu o escritor Miguel de Cervantes. Os centros do Instituto Cervantes estão situados em quatro continentes.
Objectivos e funções:
Organizar cursos gerais e específicos da língua espanhola.
Creditar mediante a expedição de certificados e diplomas os conhecimentos adquiridos pelos alunos e organizar os exames dos Diplomas Oficiais de Espanhol como Língua Estrangeira. (D.E.L.E).
Actualizar os métodos de ensino e a formação dos professores.
Apoiar o trabalho dos hispanistas.
Participar em programas de difusão da língua espanhola.
Realizar actividades de difusão cultural, em colaboração com outros organismos espanhóis e hispano-americanos e com entidades dos países anfitriões.
Colocar à disposição do público bibliotecas equipadas com os meios tecnológicos mais avançados.
...
22h25
O Benfica e o Barcelona acabaram por empatar o jogo zero a zero. Houve oportunidades de golo para cada lado mas os jogadores do Benfica conseguiram contrariar as previsões mais pessimistas que davam todo o favoritivismo ao Barcelona.
Não foi o que se viu. Aliás, pelo menos um penalty a favor do Benfica, nítido, ficou por marcar.
Lá se terá que ir ao tira-teimas daqui a 15 dias em Camp Nou.
_______________
asn

2006/03/27

A Pintura em Livro



"Carlos Gomes, pintor da Luz" é o nome do mais recente livro de Arménio Vasconcelos, que será apresentado no próximo dia 1 de Abril.

Com edição da Liga de Amigos da Casa-Museu Maria da Fontinha, Castro Daire, Portugal, e coordenação da Folheto Edições, este livro aborda a vida e obra do artista plástico Carlos Gomes. Ao longo de 80 páginas, o leitor poderá observar mais de 70 obras deste artista.

A apresentação terá lugar na Galeria de Arte Capitel, em Leiria, pelas 16 horas, seguida da inauguração da exposição de Fátima Gomes, filha de Carlos Gomes.A apresentação do livro ficará a cabo da professora e artista Dr. Celeste Alves. A animar culturalmente esta iniciativa, estará o Grupo Coral "Cantábilis".

2006/03/26

EÇA de QUEIROZ em Leiria - post 2.n

EÇA de QUEIROZ em Leiria - post 1.n

Nos tempos de estudante do Secundário "obrigavam-nos" a ler alguns livros de Eça de Queiroz, como "Os Maias", "O Primo Basílio", uma chatice, pensávamos nós, naquela idade em que bom bom era ler os livros do Emílio Salgari e outros que tais, de aventuras e de romance. Entretanto, por ser praticamente proibido para a nossa idade, era certo e sabido que uma boa parte da malta, lá ia descobrindo "O Crime do Padre Amaro", que este era muito "pesado" para a nossa idade segundo nos ia chegando aos ouvidos...
Os anos vão passando e, pelos muitos acasos da vida, acabei por ficar indelevelmente ligado ao grande Eça, pretensão a minha, está claro. Nos finais dos anos 6o acabei por casar com a Zaida que vivia numa casa no Largo da Sé, em Leiria, referida, a casa e alguns dos seus habitantes e proprietários, naquele livro.
Muito recentemente, em 2004, eu e minha mulher, metemos ombros à tarefa de escrever um livro em que fazíamos questão de repor algumas verdades acerca de aguns factos relacionados com o nome de seu pai, José Teles de Almeida Paiva, entretanto falecido.
No decorrer dos trabalhos de preparação desse livro "José Teles de Almeida Paiva - 1917-1994 - Uma Vida, Uma Época, Uma Cidade", Editora Folheto de Leiria, tive o ensejo de melhor conhecer os pormenores relacionados com a casa da família, "Pharmácia de Leonardo da Guarda e Paiva", hoje ocupada por um bar, "Pharmácia Bar". Toda a casa ainda é propriedade da família Paiva.
Não me parece que possam restar quaisquer dúvidas quanto à ligação desta casa e da antiga "pharmácia" com o boticário Carlos (seria o avô de José Paiva), descrito por Eça de Queiroz no seu célebre romance "O Crime do Padre Amaro".
Nesta perspectiva, proponho-me, hoje, a iniciar a colocação neste blog, de Post´s, sempre que disponha de novos elementos coligidos. Talvez só mais um contributo, talvez até algumas repetições do que já possa haver sido investigado e publicado...talvez irrelevantes, talvez até inovadoras mesmo para os estudiosos da vida e obra de Eça de Queiroz, quem sabe?).
Continuará...talvez...
asn

LIVROS - ORDEM E CAOS

Há tempos li uma entrevista em que o autor (um escritor consagrado) falava da ordem do caos. O entrevistado fazia a sua defesa da tese que não existem coincidências, tudo é obra do acaso e tecia considerações quase esotéricas acerca do caos harmonioso do Universo do qual o Homem não é mais que uma molécula.

Aquela abordagem das ideias de caos e ordem despertaram-me o interesse em aprofundar os meus conhecimentos, parcos tenho que admitir, mas que não me impedirão de tentar perceber como deveremos encarar a vida nesta pendência iminente e inquietante entre a Ordem e o Caos.

Não só no que concerne à vida do Homem em sociedade a povoar este planeta em que poisámos, mas também no que se refere à harmonia (ou caos com regras?) do Universo.

O Autor deste livro desempenha actualmente o cargo de Director-Geral do Conselho da União Europeia para a PESC (Política Externa e de Segurança Comum), cooperando estreitamente com Javier Solana, e inicia o seu Prefácio com o seguinte parágrafo:
"Os piores tempos da História Europeia situaram-se no século XIV, durante e depois da Guerra dos Cem Anos, no séc. XVII, no tempo da Guerra dos Trinta Anos, e na primeira metade do século XX. O século XXI pode vir a ser pior que qualquer destas épocas."

asn

2006/03/23

Deus na Natureza!...



Algures em Leiria, Portugal, Centro-Oeste, dia de chuva, há dias que chove como já não acontecia há vários anos, já há quem ande a resmungar porque se lhe estão a escapar os argumentos para pedir subsídios estatais a pretexto da seca, mesmo assim vamos a ver se esses milhões de Euros não irão parar a mãos indevidas.

asn

2006/03/22

A Fonte das Carrancas em Leiria

A fonte das Carrancas ou fonte das 3 bicas, em Leiria, com água a correr das bicas...coisa rara, nos últimos anos.
Lamentavelmente, algum energúmeno lembrou-se, possivelmente pela calada da noite, de pintar com spray (Diz que são grafitis!...Eles não sabem o que dizem, com toda a certeza!...) as carrancas tão características daquela fonte, um dos queridos ex-libris desta cidade.
Temos água, tão necessitados que andávamos dela!...
No entanto, dispensavam-se, de bom grado, os desmandos dos cobardes que se deram ao trabalho da maldade do spray.

asn

Somália - Poupar ÁGUA?!...

A man takes a breather next to a spring in Somalia in 2001. UNICEF has developed a database of existing and potential water sources in northern Somalia.

In site da UNICEF http://www.unicef.org/somalia/wes_86.html

DICAS para POUPAR ÁGUA


Clicando em cima da imagem ao lado pode seguir um link que lhe relaciona uma série de dicas para poupar ÁGUA.

Hoje é o dia Mundial da Água, como já devem ter ouvido e lido.
De qualquer modo, aqui fica esta referência, porque nunca é de mais alertar para a necessidade, cada vez mais premente, de todos nós nos preocuparmos com a nossa quota-parte no sentido de que esta Fonte imprescindível de Vida não seja tão desperdiçado como o tem sido até à data.

Ao mesmo tempo, usando esse link também podem ficar a saber algo sobre a Freguesia da Barreira, concelho de Leiria, a terra onde vivo e me sinto em casa...

asn

2006/03/21

DIA Mundial da POESIA

Está-se a comemorar o Dia Mundial da Poesia.
O meu neto frequenta a Escola Básica EB1 em Leiria e entregou para a Biblioteca um livro da colecção "25 Poemas" da Editora Folheto em que a autora é a sua própria avó, Zaida.
O livro tem o título "Pedaços de Mim". Pode-se ver a capa em http://leiria.no.sapo.pt
Hoje, logo pela manhã, uma professora daquela Escola telefonou à Zaida a convidá-la a estar presente numa aula para partilhar com os alunos a sua Poesia e conversar com eles sobre este estilo de escrever. Segundo me informaram a sessão foi muito animada, escreveu-se um poema, os miúdos quiseram autógrafos, beijinhos e abraços. Até ficaram todos a ser netos da autora, de tal modo que o próprio neto, o Gui, acabou por perguntar, irónico, se ele também continuava a sê-lo ou não.
Que melhor forma de fazer e partilhar Poesia se pode exigir?
Parece que a EB1 vai publicar brevemente um livro e que esta sessão vai nele ser referenciada.
Vou tentar saber mais pormenores sobre este livro.
Entretanto, sabem que os alunos e professores da EB1 publicam um jornalzinho da Escola, com os seus próprios meios?
Na última edição, Dezembro passado, do tal dito jornalzinho da EB1, "A Magia dos Lápis", a Lídia Pereira, parece que do 4º ano, escreveu um texto, como outros seus colegas, também o fizeram, abordando temas os mais diversos, como que a brincar com as palavras.
Dada a sugestão do título do seu texto, qual poema à Natureza, e que hoje, coincidentemente, também é o dia da Árvore e o primeiro dia de Primavera, vem mesmo a propósito, transcrevê-lo:

A árvore disse à flor:
- Que linda flor.
A flor disse à árvore:
- Achas que eu sou bonita?
- És catita,
bonita
manita.
És um amor

Que lindo jogo de palavras!...

asn

2006/03/20

Morreu Fernando Gil


Não podia deixar de marcar a minha presença neste blog sem uma referência à morte do grande filósofo que foi Fernando Gil ocorrida hoje, dia 20 de Março de 2006, em Paris.

No site do IPLB - Instituto Português do Livro e das Bibliotecas pode ler-se:

http://www.iplb.pt/


Filósofo, ensaísta e professor universitário. Realizados os estudos liceais em Moçambique, e após permanência, durante um ano, na Universidade de Witwatersrand de Joanesburgo cursando Sociologia, muda-se para Lisboa onde se licencia em Direito. Não chega, contudo, a concluir o estágio de advocacia, partindo para Paris em 1961. Aí licencia-se em Filosofia pela Universidade de Sorbonne (1961-64). No mesmo período e como aluno titular na École des Hautes Études en Sciences Sociales (EHESS), prepara uma tese, que não conclui, sobre a obra de L. F. Céline, sob a direcção de Lucien Goldmann. Ainda nesse período, traduz para português obras de autores como Karl Jaspers, Romano Guardini, Cesare Pavese e M. Merleau-Ponty. A partir de 1966, inicia na Universidade de Paris, e sob a orientação de Suzanne Bachelard, um doutoramento em Lógica, de que resulta a tese La Logique du Nom, publicada em França no ano de 1972. Entra nos corpos docentes da Faculdade de Letras de Lisboa em 1976, vindo em 1979 a integrar o Departamento de Filosofia da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, então fundada. É desde 1988 professor catedrático nessa Universidade. Em 1989, foi eleito directeur d'études (grau equivalente a professor catedrático) na EHESS. Além da docência nestas duas instituições, leccionou, como professor visitante, em várias universidades europeias e sul-americanas, designadamente nas Universidades de Porto Alegre e S. Paulo, integrando desde 1985 a direcção da Sociedad de Filosofia Iberoamericana. Com a publicação de Mimesis e Negação (1984) recebe o Prémio Ensaio do Pen Club, distinção que lhe será atribuída uma segunda vez com a publicação de Viagens do Olhar (1998). No espaço de tempo que medeia a publicação destas duas obras, outras três, Provas (1988), Tratado da Evidência (1993) e Modos da Evidência (1998), permitem reconstituir um itinerário de investigações a vários níveis notável. Longe de se permitir uma redução da Filosofia, enquanto trabalho de investigação, ao seu estudo histórico, e sem sequer se filiar numa das vias de pensamento já disponíveis, o opus de Fernando Gil recorre tanto àquele como a estas, exibindo em ambos os casos um impressionante domínio, para lançar e desenvolver um projecto de investigação pleno de ambição e actualidade. Primeiramente sob a égide do problema da prova, problema crucial da epistemologia, questiona-se sobre as condições de um conhecimento objectivo, da sua validade e universalidade (no essencial, procurando responder à pergunta pela verdade do que se sabe). A partir do Tratado da Evidência, a investigação centra-se num momento particular das preocupações epistemológicas até então desenvolvidas; em concreto, em vez de tematizar a prova, toma em atenção precisamente aquilo que a dispensa, a evidência, sem que se possa afirmar o contrário. E fá-lo introduzindo o conceito de "alucinação originária", uma hipótese forte que visa explicar o que seja a evidência. Tanto Modos da Evidência como Viagens do Olhar procuram experimentar esta hipótese, com a diferença de a segunda destas obras, em co-autoria com Hélder Macedo, o fazer no campo da literatura portuguesa renascentista (com Os Lusíadas, Menina e Moça de Bernadim Ribeiro e a poesia de Sá de Miranda). O interesse e investigação da cultura e literatura portuguesas conduziu-o ao cargo de director do Centre d'Études Portugaises entre 1990 e 1997 e do Seminário Francisco Sanches desde 1992. Além das obras individuais que assinou, dirigiu um conjunto de importantes obras colectivas (entre as quais, O Balanço do Século, 1990; Scientific and Philosophical Controversies, 1990; Philosophy in Portugal, a Profile, 1999; A Ciência tal Qual se Faz, 1999) e publicou para cima de 150 estudos, escritos em diferentes línguas, quer como artigos de revistas, quer como comunicações e apresentações a colóquios. Fundou e dirigiu a revista Análise e integra os comités de redacção de diversas outras revistas e publicações, designadamente as encicliopédias Universalis, Britannica e Einaudi (sendo o coordenador dos quarenta volumes da edição portuguesa desta última). Em virtude do seu mérito científico, internacionalmente reconhecido, foi agraciado, em 1992, com o grau de Grande Oficial da Ordem Infante D. Henrique, por proposta do presidente da República, Mário Soares, de quem foi aliás conselheiro especial. É também distinguido em 1993 com o Prémio Pessoa. O governo francês agraciou-o em 1995 com o título Chevalier da Ordem das Palmes Académiques. Finalmente, foi consagrado em 1998 doutor honoris causa pela Universidade de Aveiro.
in Dicionário Cronológico de Autores Portugueses, Vol. VI, Lisboa, 1999


Consultar a 1ª parte em http://dpersamente.blogspot.com

2006/03/19

A Arte de ser Pai



Convencionou-se que hoje passaria a comemorar-se o dia do pai.
O meu filho, que nasceu em 1974, ofereceu-me este livro.
Creio que tenho conseguido, ao longo de todos estes anos, ser um pai que sempre colocou acima de todas as suas prioridades a de ser pai com todas as letras.
Espero bem manter esta mesma rota até ao resto da minha vida.
Obrigado, meus filhos Inês e Bruno, por toda a consideração com que me têm distinguido.
asn

2006/03/16

JPP - Gostei imenso da sua visita literária a Leiria


Acabei de regressar da cidade. Cheguei atrasado à palestra proferida por Pacheco Pereira, na Arquivo, em Leiria. Motivos profissionais inadiáveis a isso me obrigaram. Isto de ser Técnico Oficial de Contas nesta altura do ano é muito problemático! Decorrem, a um ritmo alucinante, os prazos para a entrega duma infinidade de declarações fiscais e outras que nos trazem nma azáfama simplesmente diabólica. Para quando a tão badalada desburocratização e racionalização da máquina fiscal e administrativa em geral? Já não é sem tempo!

O tema da palestra versou essencialmente a questão das últimas presidenciais portuguesas, aliás como já referi num anterior post.
As instalações da Arquivo são bastante adequadas a eventos deste tipo e a assistência mostrou-se muito interessada nas palavras e nas ideias expostas por JPP.
Estive na iminência de colocar ao orador a questão dos blogs e a influência de muitas edições boguistas poderem vir a condicionar a actividade editorial em jornais, revistas e livros. Não o fiz porque cheguei fora de horas, tendo ficado assim, um tanto desenquadrado dos temas que já teriam sido debatidos entretanto.
Tirei uma fotografia da qual extraí o fragmento aqui exposto. JPP a desenvolver um tema proposto por uma das participantes.
Comprei o livro de JPP "Diário das Presidenciais" (Julho 2005 - Janeiro 2006) da editora "ALÊTHEIA" - Janeiro de 2006.
Está claro que não ia deixar fugir esta oportunidade de obter um autógrafo numa dedicatória do autor. Tive ocasião de lhe falar do seu blog, informou-me que já tinha chegado aos 3 milhões de visitantes, como se pode, aliás confirmar no contador respectivo no fundo da página dos posts recentes no endereço: http://abrupto.blogspot.com
Trocámos uma rápida troca de impressões sobre este fenómeno em que se está a transformar esta moda dos blogs. A verdade é que, de facto, é extremamente fácil editar digitalmente utilizando esta nova técnica. Nem sequer é preciso saber-se nada de html e de técnicas de transferência de ficheiros por ftp.
Continue, Dr. Pacheco Pereira, a actualizar o seu blog, a escrever livros, a colaborar nos Jornais, Revistas, Rádio e Televisão. Estas e outras actividades a que se dedica são cansativas não são JPP? É que o vi um bocadinho cansado após a maratona do serão na Arquivo.
Termino, pedindo-lhe, se acaso ler este meu Post, que possa vir a fazer no "abrupto" alguma referência aos Radioamadores e à sua luta pelo reconhecimento oficial da sua actividade lúdica, cultural, científica e de colaboração com o SNBPC - Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil (http://blogdosradioamadores.blogspot.com).

2006/03/15

Deixei o meu Coração em África

A leitura de um bom livro (a avaliação terá de ser a de cada um de nós, condicionada, obviamente, pela nossa sensibilidade, formação académica e literária, ambiência da sua própria vida, etc. etc.) é fundamental para o nosso equilíbrio emocional e para a formação, quiçá muitas reformulações, do nosso próprio pensamento e modo de encarar a vida em todas as suas múltiplas cambiantes.
Hoje comprei o livro que apresento a seguir:


Título: Deixei o meu Coração em África
Autor: Arouca, Manuel
Ed.: Oficina do livro - 2005

"No decorrer do mês de Dezembro, recebi mais um monte de cartas. Passei-as como quem folheia ansiosamente as folhas de um livro. Depois de me aperceber que o silêncio de Isabel permanecia, fui separando os envelopes, um a um: lá estavam a fiéis cartas da minha mãe, do meu pai, da Leonor. Mas senti um impulso de não as abrir. Naquele particular momento, sem influência do álcool, da noz de cola, só, naquela pujante e inebriante natureza, senti-me profundamente ligado a África e interiorizei que nunca mais de lá sairia. Em termos de paixão, só Isabel me ligava a Portugal."

A minha predisposição para a leitura deste livro tem a ver com o facto de, eu próprio, ter vivido dois dos mais emocionantes anos da minha vida, em Moçambique. Claro, tinha 21 anos, a minha mulher e a minha filha comigo, apesar de estar a cumprir o serviço militar obrigatório, alguns familiares ali emigrados (quer dizer, localizados a quase 500 kilómetros de Nampula), nas suas machambas, aquelas cores da paisagem e o cheiro da terra após aquelas intensíssimas chuvadas, próprias só daquele clima tropical de Moçambique, todas estas extraordinárias sensações e momentos de vida determinaram uma paixão infinita por aquelas paragens.
... Parece que ainda estou a ouvir emocionado "This is Africa", uma faixa dum disco em vinil, 45 rotações, tocada com o volume quase no máximo, numa aparelhagem comprada pelo meu camarada de quarto, estava a poucas semanas de "passar à peluda", a família já estava no continente...
ASN


Consultar a 1? parte em http://dpersamente.blogspot.com

2006/03/09

O Blog de Pacheco Pereira - escritor, político na reserva, professor, bibliófilo...

Nota do editor deste blog:
Julguei de interesse, para quem ainda não conhecer o blog de "Pacheco Pereira", deixar aqui a nota abaixo, que o autor se sentiu na necessidade de divulgar:
------------
6.3.06
(JPP)
PONGE sem caixa do correio habitual, completamente cheia.Por favor usem jppereira@gmail.com, visto que o imperialismo americano dá-me uma caixa de correio maior do que a pt.
------------
Sabia da existência dum blog da coordenação de Pacheco Pereira, que me habituei durante muitos anos, a ver simplesmente como político, mas que se percebe, logo às primeiras, extraordinariamente sabedor e dado ao culto dos livros e documentos em geral, também escritor de mérito.
A incomensurável base de dados que se está a construir na internet é, cada minuto que passa, mais e mais impossível de avaliar em termos de consequências para a formação cultural da humanidade e para a qualidade e perenidade do armazenamento da informação. Quanta da informação que está a ser depositada na internet não virá a volatizar-se, pura e simplesmente, sem aviso prévio. Basta que um servidor, daqueles que pertencem a empresas comerciais, por exemplo, inopinadamente, seja destruído acompanhando a falência dessa empresa...
E quanta dessa informação não se reveste de uma importância/valor excepcional? Quem a vai preservar, defendendo-a das contingências da falibilidade dos equipamentos em que é armazenada digitalmente? Julgo saber que existem cópias de segurança de todo o conteúdo da internet em vários pontos do globo.
Será que existem mesmo e que esses backups são fiáveis? Podemos contar com eles numa emergência?
É que, de facto, tem-se produzido tanta informação e esta tornada imediatamente pública através da internet, alguma de qualidade excepcional, que seria dramático que, dum momento para o outro, lhe perdêssemos o rasto.
É certo que uma pequena parte desta informação se encontra publicada em jornais e revistas e, por consequência, guardada contra a intrusão de vírus informáticos e de apagões de discos nos computadores. Mas e toda aquela que não teve a mesma sorte? É que publicar, no sentido tradicional do termo, por impressão em papel, continua a ser uma opção ainda reservada só a uns quantos privilegiados, ou porque têm edições asseguradas, dada a qualidade e ressonância do nome do autor, ou porque existem entidades financeiramente capazes de suportar os custos das edições em papel, interessadas em que tal suceda.
Confesso que já há anos que ando pela internet, mas entretido a construir umas paginazitas web, sem grandes pretensões, só para me manter ao corrente destas novas tecnologias, mesmo assim com o apoio do meu filho, Engenheiro de Informática. Recentemente convenci-me com os blogs, ando a ensaiar uns passitos, não sei se aguentarei o balanço. Sou Contabilista de formação e de profissão... está tudo dito. Há lá profissão mais mal-fadada para quem gosta de pensar sem ser com números e leis, fiscais ainda para cúmulo?
Só há pouco tempo é que encontrei o blog de Pacheco Pereira, apesar de já ouvir falar dele há que tempos...
Aquele contador de visitas deixou-me siderado!... E então não é que acredito mesmo nele?
Vou passar a ser um visitante mais assíduo de http://abrupto.blogspot.com !...
O problema é que não me sinto com capacidade para sequer pensar em participar...
Mas passarei a avolumar o contador, com toda a certeza.
Leiria