2007/04/14

Antigos Combatentes Portugueses

Mais um ciclo infernal da minha vida profissonal como TOC. Hoje é Sábado. O dia está bonito, cheio de Sol. Apetece andar na rua. Passear. Viver sem pressas. Sem prazos. Sem papéis e contas. Sem relatórios. Sem estatísticas. Ja é 1 e meia da tarde. Estou no escritório a pensar abalar daqui para fora, para já. Estou saturado.
Pus no leitor do computador, o CD de hoje, que vem com o "Público". Música Portuguesa. Daquela que ficou no ouvido das gerações de 60 e 70? Está a arrastar-me para a melancolia.
Antes de ir para a rua dei uma vista de olhos no jornal. No "EspaçoPúblico" ressaltou à minha vista um artigo assinado por João Mira Gomes, Secretário de Estado da Defesa Nacional e dos Assuntos do Mar. Escreve a lembrar a Memória dos portugueses sobre o significado de mais um Aniversário da batalha de La Lys, celebrada no passado dia 9 do corrente mês, Dia do Combatente Português.
E veio-me ao espírito questionar-me e às consciências em geral, do significado e da revolta emocional por tanta morte e sofrimentos inenarráveis dos combatentes de todas as guerras, em todos os tempos. E de todos os Zé Manéis Solipas que, não morrendo em combate, sofreram e desperdiçaram a sua juventude? E ficaram afectados na sua saúde psíquica e física para o resto dos seus dias! E, muitos, nessa sequência, acabam por morrer sem que isso pareça afectar a sensiblidade de quem tem a obrigação de zelar pelo equilibrado uso do poder legislativo sem o qual nada se pode fazer neste país. Como é da Constituição, aliás.
Por isso registei, com alguma expectativa, uma passagem da crónica do Snr. Secretário de Estado: "Também se está a trabalhar no regime mais geral dos Antigos Combatentes, através da revisão e regulamentação da Lei 9/2002.".
É que esta Lei já vem do tempo em que Paulo Portas detinha o mesmo cargo deste snr. secretário do actual Governo de Sócrates!
Não será tempo mais que suficiente para, duma vez por todas, se regulamentar com a justiça devida, esta Lei?
Que Deus nos oiça e inspire os homens que detêm o poder temporal de resolver esta questão candente dos Antigos Combatentes nas suas várias vertentes: rede nacional de apoio às vítimas de stress pós-traumático militar, correcção de injustiças na actualização de algumas pensões, contagem para efeitos de reforma da bonificação do tempo de serviço militar em zonas de intervenção operacional de 100%.
Não nos devemos esquecer que os últimos portugueses combatentes no ex-Ultramar já estão com 60 e mais anos! E que muitos, a maior parte deles, já nem sequer fazem parte do mundo dos vivos!
Haja moral! Faça-se justiça!

2007/04/13

É assim a Vida!

Morreu o Zé Manel

Vamos hoje, nós os familiares, amigos e colegas de trabalho, acompanhar o Zé Manel à sua última morada.
O Zé Manel tinha 57 anos de idade e trabalhava comigo há 16 anos. Um amigo que dificilmente se vai esquecer. Já se estava à espera deste desfecho...há uns meses. Acompanhámos o definhar inexorável da sua vida, sempre na secreta esperança (que nós sabíamos que também era a dele...) de que pudesse ocorrer um milagre, durante 6 meses... contados quase ao minuto...principalmente pela família.

Como em tantos e tantos casos, segundo MANDA a Natureza, Deus!
Nestas alturas a nossa memória como que se aviva. E recordamos! Recordamos muitas passagens das nossas vidas entrelaçadas pelas circunstâncias de cada momento.
Como andámos os dois na tropa, no tempo da Guerra Colonial em Moçambique, fins dos anos 60, tínhamos frequentes conversas sobre o que então passámos, especialmente ele. Parece que o estou a ver a calcorrear com o seu pelotão(**), debaixo de qualquer tempo, sob o olhar felino do adversário (aqueles que nos diziam na recruta e na especialidade, que era o IN(*) ), aqueles trilhos e picadas ao longo do caminho de ferro do Zambeze, a fazer a segurança daquela linha de comunicação e comércio, vital para os objectivos militares dos altos comandos, que ligava a cidade da Beira à Barragem de Cabora Bassa. A sede que, no decorrer das operações militares, lançados à sua sorte durante semanas, no mato, os obrigava a beber água nas piores circunstâncias imaginárias. Bem que levavam uns comprimidos para "tratar" a água mas nós bem sabemos a protecção que essa precaução lhes proporcionava. Os ataques de paludismo que teve de suportar, as mazelas que essa espécie de malária nos deixou no sitema hepático. Digo-o com experiência própria. Não integrei grupos operacionais de combate , mas sofri na pele os efeitos do clima, particularmente o paludismo. E não só eu, também a Zaida(3).

O Zé Manel morreu em consequência duma grave e irreversível doença do seu sistema hepático!
O José Manuel Solipa era um dos que faziam parte de Associações de ex-Combatentes, que têm continuado a luta pela defesa de alguns reconhecimentos do Estado pelas condições difíceis que vivemos em defesa da Pátria Portuguesa, aquela que Camões e Fernando Pessoa tão magistralmente cantaram e louvaram. Mas que também, como nós, os vivos (ainda!...), recriminamos pela falta de solidariedade para com aqueles que deram os anos áureos da sua juventude, quantas vezes a própria vida, em sua defesa!
Que, no mínimo, em honra dessas vidas sacrificadas, se olhe pelas condições de vida dos sobreviventes, uma grande percentagem a sentir problemas de saúde. E que cada vez somos menos, como podemos constatar todos os dias. Nem quero acreditar que seja esse o objectivo ao se adiar, sine-dia, várias questões reivindicadas pelas Associações de Ex-Combatentes.

Já agora, uma reivindicação básica: que se conte, para efeitos de aposentação e reforma (o Zé foi dos milhares e milhares que contribuiram financeiramente para o sistema de segurança social, sem qualquer retorno...) a bonificação do tempo de serviço militar prestado em zonas de intervenção a 100%. Aquelas em que morríamos em combate. E ficávamos feridos e estropiados! E não foram tão poucos como isso!
Muito mais(2) haveria para dizer da vida e do meu relacionamento com o Zé Manel!...

O resto ficará para outra altura...

Descansa em Paz, Zé Manel!...

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(**) Foi Alferes miliciano
(*) IN - inimigo
(2) O Solipa foi jogador de alto gabarito no Sport Clube Leiria e Marrazes (1965 a 1969?)

(3) Pois é. Também esteve em Nampula, enquanto prestei parte do meu serviço militar. Apesar de tudo, fui um privilegiado, que era da Administração Militar.

2007/04/12

Cemitério de árvores?

Nos arredores de Leiria. Mais uma urbanização. Estes sobreiros estão cortados, como se tivessem sido guilhotinados.
Qual será a ideia? Será este o primeiro passo para o abate definitivo? Ou será que, como que por milagre, se pretende recuperar este bosque?!...

Desta maneira?!

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2007/04/11

Árvores de Leiria - Ulmeiro (2)



Grande plano do pormenor das folhas e flores/frutos do Ulmeiro Pumila existente em Leiria, na Rua D. José Alves Correia da Silva, junto à Prisão Escola de Leiria. Neste local existem, pelos menos, dois ulmeiros desta espécie conforme a primeira foto.
Para mais especificações de carácter científico consultar atlas de leiria e dias-com-arvores
Estas fotos são de 10-04-2007 pelo que as comparações com os dados do "atlas de leiria" são relativamente difusas. O Atlas foi editado em 1992 mas é dum interesse científico, formativo e cultural, de extraordinário mérito. Também o blogue "dias-com-arvores" atrás referido, para mim uma referência incontornável e fiável na área da informação sobre botânica, emite a mesma opinião.
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Pode-se ver o Ulmeiro glabra em "dentro-de-ti-ó-leiria"
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2007/04/09

Protecção das dunas?!

(clicar em cima das fotos para ampliar)
Praia do Pedrógão, 8 de Abril de 2007.
Onde está o exemplo? Gasta-se o dinheiro em campanhas de protecção das dunas e de promoção da Praia do Pedrógão, concelho de Leiria, e o resultado está à vista!...
Será que o dinheiro necessário à manutenção desta zona se esgotou? Terá sido gasto com racionalidade?
Mais comentários para quê?
E esta foto não diz tudo o que de degradante se passa ao longo de toda a marginal do Pedrógão: passadiços destroçados, garrafas de vidro e outro lixo! Como se já não bastasse a deslocação desregrada das areias da zona Sul, deixando à vista, praticamente ao nível do mar na maré baixa, rochas em vez do volumoso areal doutros tempos!...

Efeitos das alterações climáticas? E a mãozinha do Homem?!...

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2007/04/08

Estado actual da blogosfera


A blogosfera está a morrer ou a evoluir?

Esta é a pergunta que o "público" coloca à discussão, no seu Suplemento "Digital" de Sábado, passado dia 17.
Acrescenta:
Muitos bloggers desistiram, mas a blogosfera não parou - evoluiu.
E remete-nos para a página 8.

Todos nós, os bloguistas, gostamos que os nossos posts sejam comentados, o que é perfeitamente natural, até para podermos aquilatar do possível interesse que os temas e informações que colocamos na Net despertam a quem nos lê. É gratificante saber que conseguimos integrar um grupo de leitores, normalmente eles próprios, também bloguistas, que nos lêm e nos vão incentivando a continuar, porque demonstram que apreciam o trabalho que estamos a apresentar, na esmagadora maioria dos casos, por simples gosto de partilhar, por carolice, enfim.

Nesta perspectiva, os autores deste trabalho do "público", esforçam-se por enumerar uns quantos conselhos a seguir pelos "bloggers" (expressão que gostam de utillizar) que, por os considerar de interesse, aqui refiro em títulos, para o caso de não ter tido oportunidade de ler o jornal:

- Os nomes são importantes
- Regularidade é bom
- Seja um bom vizinho
- Faça amigos
- Não seja tímido
- Tags e bookmaking
- Lembre-se do RSS
- Amigo dos motores de busca

Por mim, digo e repito: a minha intervenção* na blogosfera durará o tempo que durar o meu interesse e entusiasmo nesta maneira de estar em sociedade. Uma coisa é certa. Pela minha experiência das andanças pela Internet, seja através de sites propriamente ditos, seja através de blogues, constato que, desde que tenhamos o devido respeito pelos outros, todo o manancial de informação que vai ficando na Rede é útil e será, em mais ou menos casos, quantos com os quais nós nem sequer sonhamos, aproveitado pelos navegantes da rede global, sejam estudantes, analistas, investigadores, escritores, jornalistas, sei lá que mais.

"Todo o trabalho é Útil e Digno desde que executado com Carinho, Talento e Consciência".
* Escrevi uma resenha das minhas memórias de internauta de mais de uma década...(aqui)

2007/04/06

Continuando a visita à freguesia de Ribafeita - Viseu

RIBAFEITA (clic nas fotos para ampliar)
Chegados ao local da freguesia de Ribafeita onde está implantada a Igreja Paroquial de Nª Sra. das Neves, cuja fachada poente se observa em segundo plano, fomos, eu e o meu pai Daniel, ao cemitério, com dois objectivos, no que a mim me diz respeito: revisitar esta camélia, de que eu me lembro desde que me conheço e o sítio onde ficou sepultado o meu padrinho Serafim, recentemente falecido com 80 anos, irmão mais novo que era de meu pai.
Como se pode ver esta cameleira apresenta-se com uma boa envergadura e a sua idade é proveta, mais de 100 anos, com toda a garantia, segundo opiniões de diversas pessoas antigas nomeadamente o meu pai(na foto) com 83 anos.

Estamos no adro da Igreja. O painel chama a atenção para a figura de Madre Rita(1), recentemente canonizada pela Santa Sé, um icon religioso da freguesia. Em fundo pode admirar-se um belíssimo bosque de carvalhos, precedidos, na perspectiva, por um de pomar de pereiras.

Esta fonte fica perto da Igreja no caminho até à povoação de Ribafeita, propriamente dita. Convinha aconselhar os crentes que não era necessário vir para a igreja já com o "grão na asa"...conselho que eu sei que nem sempre era lá muito bem aceite. O meu tio Xis que o diga!
- Proximamente iremos até Covelas.

(1) pode ler-se "Perfil Pedagógico de Rita Lopes de Almeida" (Madre Rita), Ed. 2000, autora Maria Madalena Frade da Costa, Irmã da Congregação de "Jesus Maria José", precisamente fundada pela Madre Rita. Este trabalho foi apresentado na Faculdade de Teologia da Universidade Católica portuguesa para a sua Licenciatura em Ciências Religiosas. Tem uma Nota de Abertura do então Bispo de Viseu, D. António Monteiro, com data de 20 de Outubro de 1999.

2007/04/05

Uma visita à freguesia de Ribafeita - Viseu

CASAL

Fonte da Barroca - Casal - Ribafeita - Viseu - 4 de Abril de 2007 - dia de Sol - uma hora da tarde.
Esta fonte foi construída, na sua forma actual, em 1946, conforme está escrito, em baixo relevo artesanal ,na própria pedra de onde sai a bica. A água provém da serra, era muito usada para todos os fins. Actualmente, com a água canalizada e o saneamento, já poucas pessoas se servem daquele precioso líquido.

Não é por falta de receptáculo que o correio deixa de ser entregue no endereço correcto.
Se bem me lembro era esta a eira onde a minha avó Maria de Jesus (1883-1971) com a ajuda das suas filhas (Dores, Aurelina,Adélia, Cassilda,Encarnação) e homens que se contratavam ou, simplesmente, ajudavam, malhavam as espigas de milho e outros cereais e leguminosas, cevada e feijão, sei lá que mais. Lembro-me vagamente de ter experimentado um mangual (pode ser que ainda faça um desenho dessa ferramenta tal como me recordo, tantos anos passados...).

O que resta dos "espigueiros" de antigamente (activos até aos anos 70, mais coisa menos coisa), que eram os abrigos e secadores das espigas de milho, depois de desfolhadas. Tinham uma estrutura-base em pedra granítica aparelhada e o entaipamento era feito em finas tábuas de pinho que deixavam passar o ar para que as espigas secassem. Daqui seguiam para a eira para serem malhadas e os grãos secarem. Quantas vezes não se tinha que recolher o grão todo para o palheiro ao lado, por causa da chuva!

Em segundo plano pode observar-se um carvalho (carvalha como se dizia, aliás os meus pais têm um pinhal/carvalhal que se chama "carvalha". Quantas vezes é que já não ardeu nos fogos dos últimos anos!)

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Em próximos posts gostaria de vos mostrar outros aspectos desta freguesia da Beira Alta: comecei pelo Casal (terra onde nasci). De seguida iremos à zona da Igreja Paroquial de Ribafeita, com uma vista panorâmica deslumbrante sobre uma extensão enorme do Rio Vouga. Junto ao portão do cemitério, no seu interior, existe uma cameleira(*) digna de ser propagandeada; tem, seguramente, segundo me garante o meu pai, com 83 de idade, mais de 100 anos...sei lá quantos mais não terá?! Seguiremos para "Covelas" - lembram-se das notas anteriores sobre o Dr. Samuel Maia e o seu livro "Mudança d´Ares", ed. de 1916? - a terra da azeitona, a minha mãe, hoje com 82 anos, bem se lembra dos anos em que andou na apanha da azeitona, a calcorrear aqueles caminhos íngremes e pedregosos, sempre com o serpentear agreste do Vouga lá bem no fundo dos montes! Iremos à Lufinha ver a sua capela e o coreto inaugurado há pouco tempo. Passaremos por Gumiei, cuja Escola Primária frequentei, ainda que por poucos meses. Lembro-me bem da cana que o professor Américo tinha sempre à mão! Gumiei é uma aldeia com grandes tradições, muitos vestígios de casas senhoriais, agora votadas praticamente ao abandono! Requer uma reportagem especial em tempo oportuno!

(*) Tenho fotos para mostrar. Redescobri outra acácia, no Casal, nas traseiras do casario do Eirô (meio-do-povo), que terá a mesma idade!?...

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2007/04/03

Largo da Sé em Leiria - 1974-2007

Venho do "dentro de ti ó leiria" onde acabei de dar entrada duma nota sobre o que era o Largo da Sé em 1974. A fotografia que lá postei é da minha autoria, tirada com a minha velhina Kodak Retina S1 (de 1966) e pretende ser uma referência para se comparar com o que é hoje o mesmo sítio. A minha maior zanga, já remonta ao ano de 2000 e tem a ver com o abate injustificado e brutal das árvores que ornamentavam aquele local. Ainda hoje não me conformo com a arbitrariedade que foi cometida na altura.
Senão veja-se:

Não me vou repetir. A reportagem, o mais sintética que me foi possível, sobre este massacre, está publicada no supradito blogue. Só poderei acrescentar que, na altura, este assunto foi para a imprensa regional, mas contra a força das "autoridades" parece não existirem argumentos!
Toda esta brutalidade para que o Largo ficasse assim:

Modernices, ensaiar o moderno, embrulhando o património cultural duma cidade e que remonta a datas longínquas, em papel atraente mas que dificilmente é compatível com o seu significado histórico incontornável, não me parece constituir uma boa solução. Talvez que se possa mostrar com um desenho bonito à vista actual. Mas, e o ambiente histórico e cultural da época, numa zona carismática do Centro Histórico de Leiria, não conta para nada?
Seguindo esta lógica porque não ir ao castelo de Leiria, arrancar todo o empedrado do tempo em que se andava a cavalo e a pé, quando muito de carroça e substituí-lo por pedrinhas de calcário a fazer desenhos bonitos no chão?

2007/04/02

Tempo incerto!

O tempo anda assim a modos que esquisito. Dizemos e também constatamos nós. Ora faz sol a rodos. Ora chove. Ora desce a temperatura. Ora sobe a temperatura.
Ora bolas, digo eu! Sabia bem uns bons dias de Sol. Até porque tirei esta semana de férias e farto de casmurrices ando eu!
Stop à chuva. Luz verde para o Sol!...
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Pois..."Sol na eira, chuva no nabal"...
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Esta foto foi tirada, hoje, em Leiria, estava o sinal vermelho duns semáforos a passar para verde. Saquei da máquina fotográfica, ali mesmo ao lado, disparei no preciso momento em que o sinal estava a passar para verde.
Parecia um duelo ao pôr do sol...
Pode ser que haja coincidências...para contrariar os Meteorologistas, que prevêm para amanhã chuva. Tanta chuva este ano e tão pouca que ela foi nos últimos anos!...
É como o dinheiro! Está muito mal distribuída!