2008/01/31

Exposição e invocação de Torga em Alcanena

Uma comitiva do ELOS CLUBE de LEIRIA vai estar presente em Alcanena, no próximo Sábado, dia 2 de Fevereiro, e participar activamente na sessão, através de projecção de slides, de memórias vivas na primeira pessoa, do tempo em que Torga viveu e trabalhou como médico em Leiria, da dissertação de poemas e duma actuação musical. Conta-se, desta forma, contribuir de forma à maior dignidade do fecho das Comemorações do 100º Aniversário do Nascimento de Miguel Torga.
(clicar para ver melhor)
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2008/01/30

Beleza e história de Leiria

A estátua de D. Afonso III, na Praça da República. A grandiosa zona verde que se observa a seguir reporta-se à Quinta do Chalé da Portela, um símbolo da antiga família Charters d´Azevedo, iniciada nesta cidade de Leiria, no séc. XIX. A história relacionada com os terrenos, a sua área e a sua propriedade têm sido, ao longo dos anos, alvo de muitos e graves desentendimentos entre os proprietários e a Câmara Municipal. Amanhã vai ser lançado o livro "Villa Portela" no Arquivo Distrital de Leiria. A este livro já tive ocasião de fazer referência neste blogue.
Estas duas fotografias tirei-as ontem, ao sair das instalações da Câmara Municipal de Leiria, cuja frontaria está virada a Nascente. Imagine-se a hora deste registo. De manhã? À tarde?
Leiria é uma cidade bonita. Pena que ainda tenha muitos pontos negros a salpicar a beleza e a história da urbe.
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2008/01/27

Abrupto corte

Hoje está um Belo dia de Sol!... Agora, de manhã, ainda faz uma brisa que traz consigo algum frio...
Larguei o computador e fui arejar um pouco ao meu jardim . Fotografei azáleas e narcisos, as flores que estão agora a florir, juntamente com as acácias (que não tenho no jardim nem se aconselha a sua cultura, dada a sua característica invasora da nossa floresta) e as camélias.


Mas, há dias, sentia que algo não estava bem. Como pode estar?!...
Vidas dispersas

Abrupto corte
Dos laços familiares
Dias estonteados
Vidas deduzidas em penares.

E as crianças?
São bolas de ping-pong?

Repartidas no viver
Retalhadas no sentir
Ora aqui ora acolá
Sem olhar ao seu porvir?

A vida não é o mar de rosas
Que alguns julgam sonhar
Antes uma partilha séria
De todo o verbo amar…

Legenda, de cima para baixo: Inês, em 1970, Nampula, Moçambique, minha filha e mãe da Mafalda e do Guilherme (2003), na foto de baixo.

2008/01/26

Assembleia Geral do ELOS CLUBE de LEIRIA


Reportagem da minha neta Mafalda Nunes de Moura (12 anos). Eu acho que está excelente. Aliás, até teve outro mérito. Conseguiu levar os membros da mesa a assumirem momentaneamente, uma pose menos formal e mais alegre. Aqui se vê a força do entusiasmo das crianças!... Deixem-nas viver ao seu ritmo!

Na segunda foto podem ver-se: José Cunha, Presidente da Junta de Freguesia da Barreira, Lucília Vasconcelos, Secretária da Mesa, Arménio de Vasconcelos, Presidente do Clube, que, nesta Assembleia resignou(*) a favor de Adélio Amaro, último ao lado direito da foto. Estávamos no Salão Nobre do Solar do Visconde da Barreira, administrado pela Junta de Freguesia por delegação da Câmara Municipal de Leiria.

(*) Já que, noutra sessão, logo a seguir, no restaurante "O Telheiro", nesta freguesia da Barreira, iria tomar posse como Governador ELOS para a zona centro de Portugal. Mais

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2008/01/24

Assim é que não vamos a lado nenhum!...

Indo eu, hoje, a caminho do meu local de trabalho, seguindo o itinerário de quem vem dos Pinheiros/Marrazes até entroncar no IC2 no célebre cruzamento da Boa Vista - Leiria, tive que parar no STOP. Como ando sempre com a máquina fotográfica pronta a usar, gravei esta amostra das javardices dos automobolistas quando param nestas zonas. Mas não é só aqui. Se se reparar, praticamente em todos os locais nos arredores das cidades, bermas das estradas incluídas, é ver este "lindo serviço". E o que está à vista é só uma pequena amostra.
Onde está o civismo? Não é só gritar que "isto está mau", que "isto é uma cambada de malandros, que só querem é tachos", etc e tal. Temos que admitir que muitos dos que ocupam lugares de responsabilidade pública, que têm de zelar pelo bem-estar das populações, que deviam servir com a mentalidade de que a sua função na sociedade é zelar pelo bem-estar das pessoas, do equipamento público e da execução coerente do orçamento a que a sua instituição está subordinada, não o fazem com o devido empenho e isenção.
Só que cada um de nós tem de fazer a sua parte. Assim é que não. Tanto egoísmo e falta de espírito cívico!
Com este individualismo criminoso é que não vamos a lado nenhum! Quando é que aprendemos a viver em sociedade?
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2008/01/22

Árvores de Leiria - Av. Sá Carneiro

Afinal, Nevitas, como podes ver, as mimosas já estão em flor. Veio o Sol e o calor de Inverno e ei-las, na borda da Av. Sá Carneiro, no antigo caminho para os Marinheiros, em pleno esplendor de cor. Apesar de tudo concordo com o Pedro, no seu blogue http://sombra-verde.blogspot.com/, quando se insurge contra a propagação desta árvore em Portugal. A verdade é que ela se transformou num grande pesadelo para o controlo da floresta autóctone portuguesa. Quer estas mimosas quer as outras acácias, nomeadamente as acácias-de-folha-longa, também amarelas e muito bonitas, propagam-se com muita facilidade, são praticamente indestrutíveis que nem o fogo consegue destruir as suas sementes e sobrepõem-se às outras espécies, nomeadamente o pinheiro e os carvalhos, sobreiros e azinheiras. De ano para ano notam-se cada vez mais manchas de acácias em zonas da floresta própria desta área geográfica. É que a rapidez e facilidade do seu desenvolvimento é extremamente superior ao daquelas nossas espécies.

A meio da subida da Av. Sá Carneiro, do lado direito. Um carvalho, penso que um cerquinho, ali está a mostrar-nos os seus ramos nus à espera da Primavera do calendário.
Hoje, por volta das 13 horas, ao descer a Av. Sá Carneiro, em Leiria. Para quem já teve oportunidade de observar estas árvores (grevillea robusta) plantadas no separador central, aqui estão elas, a crescerem a um ritmo impressionante. Sempre gostaria de cá andar para ver, dentro de mais 4 ou 5 anos, o tamanho do hábito e a espessura do tronco destas árvores. Repare-se na largura do separador central e imagine-se o que vai acontecer daqui a uns anos, não muitos, a ver o trânsito automóvel a circular a centímetros das árvores. E mais. Esta avenida vai transformar-se numa via de intenso tráfego automóvel e até de peões. Aliás, no que respeita aos peões, veja-se que até à data ninguém se preocupou com a abertura dum passeio, devidamente resguardado da faixa de rodagem, para que estes o utilizem em segurança. Esta avenida liga o centro da cidade à zona do "planalto" numa distância de mais de 1 kilómetro e já é muito usada por quem não tem automóvel (há mais pessoas nessas condições do que imaginar se possa), que autocarros de ligação são poucos, pelo que me é dado observar nas minhas viagens diárias naquele percurso. Vê-se muita gente a fazer aquele percurso a pé, à chuva, ao calor abrasador e ao frio intenso que às vezes ali se faz sentir. O trilho é constituído por terra batida, cascalho e, para quem for mais aventureiro, o próprio alcatrão da estrada, a fazer gincana com os automóveis.
Impõem-se medidas urgentes antes que aconteça o pior. Convém não esquecer o drama do acidente mortal com uma criança(*), há uns anos atrás (lá continuam os ramos de flores da família a assinalar aquele momento fatídico) um pouco mais abaixo...
- (*)Jornal de Leiria,hoje, 24 de Janeiro de 2008: "Tribunal de Leiria condenou condutor a 18 meses. Atropelamento mortal na passadeira resulta em pena suspensa. ...Margarida Varela, advogada de Luís Henriques, vai recorrer da decisão, assim como Sandra Silva, representante da família da vítima. A seguradora do arguido foi condenada a pagar 90 mil euros à família da vítima numa fase anterior do processo."
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2008/01/20

Objectiva nas janelas

(clicar para observar ao pormenor)

Hoje, de manhã, soalheira. Esta encosta, já aqui mostrada várias vezes, em diversas épocas do ano, é constituída por terras de cultivo e de pastoreio. No local onde se encontra um homem a cavar, existia não há muitos anos, um pomar. Foi derrubado, talvez porque o resultado da sua exploração acabava por ser negativo.
Esta é uma das vistas de encantamento que ainda consigo observar das janelas de minha casa. Zona intermédia entre o urbano e o rústico. Da janela nascente avista-se a Sra. do monte, as Cortes e o maravilhoso vale do Lis, desde a nascente e durante uns 3 km.
Estamos na freguesia da Barreira - Leiria
.

Por volta das 13 horas toda a área de terra lavrada tinha sido cavada à enxada.

Vista panorâmica duma das janelas viradas a Nascente. Travessa dos Lourais, vendo-se um jacarandá com as folhas já amarelecidas, uma grevillea robusta, oliveira e parte da copa duma nogueira. Ao fundo antevê-se o arvoredo que bordeja o rio Lis. Amieiros, salgueiros e choupos são as árvores dominantes. Do lado de lá do rio, um pomar de macieiras e encosta acima o casario a tomar posições, as mais estratégicas, na sanha do homem a roubar a terra às plantas, as autóctones, azinheiras, sobreiros, pinheiro bravo e pinheiro manso. No cimo, a povoação de "Famalicão das Cortes". (Clic para ver estas duas últimas fotos devidamente ampliadas como só a Google o consegue fazer).

Vou acompanhar mais de perto a evolução destas paisagens durante o próximo ano. Assim Deus me dê vida, saúde e a necessária disposição anímica.

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2008/01/19

Ruas e Ruelas de Leiria








Como em muitas das cidades portuguesas, em Leiria também existe a Rua Direita, nome oficial "Rua Barão de Viamonte".
Vai do Largo da Sé até ao Terreiro. Está muito cosmopolita e a ser utilizada por muitos lojistas jovens, com ideias novas, em substituição do comércio e serviços tradicionais que, até há cerca de 10 anos, existiam: mercearias, sapateiros, oficinas de bicicletas, tascas, papelarias, retrosarias e fotógrafo.

O nome de "Rua Direita" ficou de tradição constando já na planta da cidade de 1809.
Eis uma sequência de imagens por mim captadas ante-ontem à tarde...

- Para mais pormenores leia-se o "Roteiro Cultural de Leiria - Rua e Ruelas" de Acácio Fernando de Sousa, ed. Região de Turismo Leiria.Fátima. Nesta Roteiro sugere-se um caminho que, ao longo da toponímia actual recupera a antigae procura aproximar-se da malha que se manteve quase estática até ao início do séc. XX numa variedade de curiosidades a observar-se.

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2008/01/16

Leiria no século XIX

Muito embora se centre no chalé Villa Portela, o seu primeiro proprietário - Eng. Roberto Charters Henriques d’Azevedo – e nos Viscondes de S. Sebastião, esta obra abrange algumas das mais importantes famílias da região de Leiria no século XIX, tais como os Costa Guerra, os Lopes Vieira, os Veríssimo, os Crespo, os Monteiro, os Soares Barbosa, os Zúquete ou os Taibner de Morais.
As histórias da Invasões Francesas em Leiria, a figura do Cardeal D. Patrício da Silva, a casa dos Charter’s d’Azevedo no Terreiro e as biografias de alguns dos mais abastados proprietários do concelho de Leiria em meados do século XIX podem também ser encontrados nas páginas deste livro.
Através de inúmeras fotografias antigas e referências documentais inéditas, o conteúdo desta obra ultrapassa claramente o âmbito familiar, confundindo-se com a própria história da cidade de Leiria na época no Romantismo. (Ed. Gradiva)
-
Um trabalho de grande envergadura, que evidencia à saciedade o grande rigor com que a informação pretendida nele foi vertida, justificando em pleno o facto de ter ocupado os seus autores durante cerca de uma década.
Tenho o raro privilégio de constar como autor de um dos livros arrolados na secção de bibliografia: Nunes, António Almeida Santos, "Caminhos Entrelaçados - na freguesia da Barreira" - Ed.Junta de freguesia da Barreira/Folheto, 2005.

2008/01/15

Largo da Sé de Leiria - 15jan2008

O Largo da Sé de Leiria, hoje, de manhã.
Destaques:
1- Não sei se na sequência dos protestos da população pelo mau gosto manifestado, finalmente foram retirados os placardes tipo totemes, espalhados pela cidade; o do Largo da Sé, que se pode
rever aqui, então constituía uma situação gritante do despropósito e falta de sentido estético de quem deles teve a lembrança;
2- O amontoado de cadeiras * de esplanada de cor vermelha, amarradas com um cadeado ao candeeiro público, mesmo no centro do Largo lá continua! Esta situação justifica-se minimamente? Não, é claro, até pelo mau aspecto do eventual serviço de bar que reporta ao estabelecimento que ali perto tem instalações;
2- Os bandos de pombos * que frequentam a cidade, particularmente o Largo da Sé, pode-se considerar que são dos principais causadores da degradação em que se encontram alguns prédios antigos desta zona, a começar pelos telhados.
Impressionante a falta de actuação prática dos serviços camarários nomeadamente desautorizando quem os alimenta diariamente, como passatempo, com quantidades astronómicas de milho e água. Os reservatórios de água, em plástico amarelo (mesmo a condizer com o local!?...) estão colocados ao lado da escadaria que liga o Largo ao topo poente do Adro da Sé e à Rua que vai para o Castelo de Leiria. Inadmissível, tanta passividade da parte de várias entidades/autoridades, como por exemplo: Câmara, Delegação de Saúde, Polícia...

* Consultar o tema: largo da sé leiria, neste blogue.

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