2008/11/16

António Aleixo - o livro que me deixou

Todos os segundos Sábados de cada mês realiza-se em Leiria a Feira das Velharias. Todo o género de velharias. Algumas extraordinariamente interessantes, quem sabe portadoras de autênticas histórias de vida, que dariam um estrondoso best-seller dos Romances.
Comprei há dias, numa dessas feiras, "Este livro que vos deixo" de António Aleixo, edição do seu próprio filho Vitalino Martins Aleixo, em 1983. Custou-me 5 Euros.
Apreciei deveras o parágrafo final da Nota Introdutória de Joaquim Magalhães, datada de Fevereiro de 1975: "Crentes que lhe deve ser reservado lugar cimeiro de participante no processo de formação de Portugal novo que todos os portugueses conscientes desejam socialmente menos injusto do que aquele em que o poeta viveu e pensou."
Julgo interessante e oportuno deixar aqui alguns dos seus muitos versos:
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Eu já não sei o que faça
p´ra juntar algum dinheiro;
se se vendesse a desgraça
já hoje eu era banqueiro.
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Tu não me emprestas dinheiro
porque não tenho vintém;
mas se to pede um banqueiro
quer vinte, oferece-lhes cem.
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Um homem quando tem notas,
pode ser perverso e falso:
todos lhe engraxam as botas
- se as não tem, anda descalço.
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obs.: António Aleixo morreu no ano de 1949, com 50 anos, num dia de calendário tal como o de hoje em que vos deixo este post.

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2008/11/15

Paz, Futebol, Educação, Pousos - Leiria

Pousos - Leiria. Últimos retoques na instalação do piso sintético num dos campos desportivos nos Pousos. O conjunto é constituído por este campo e outro de dimensões menores, instalações balneares e pavilhão poli-desportivo. Investimentos a cargo da "Leirisport" em parceria com a Junta de Freguesia dos Pousos. o GRAP é a associação que está a dinamizar a utilização destas belíssimas instalações. Dispõe de Escola de Futebol nos vários escalões etários. Os pais dos jovens que praticam aqui desporto pagam uma mensalidade, que está a constituir a principal fonte de receita do Clube. Claro que também há receitas de publicidade e eventuais subsídios.
Temos que convir que estas acções são extremamente úteis ao normal crescimento dos jovens. Na condição imperiosa de serem acompanhadas pela supervisão dos pais no que respeita ao bom aproveitamento do seu desempenho escolar. Assim as próprias Escolas propriamente ditas funcionem em Paz e sossego!!!... Ao menos o sugerido pelo belíssimo recorte das árvores que bordejam o campo!

Há dias realizou-se no campo mais pequeno um jogo de futebol de sete, de crianças do escalão dos 10 anos, de treino e convívio, entre o S.C. Leiria e Marrazes e o GRAP. As duas equipas acabaram empatadas a 5-5. A fotografia capta o preciso momento em que o GRAP, por intermédio do António (quem sabe se qualquer dia ainda não ouviremos falar dele?...) acaba de marcar um golo de penalty. O Guilherme, meu neto, que até tem jeito para o Desporto em geral, participou deste jogo e marcou um golo muito festejado pela sua equipa (GRAP). Foi ao marcar um canto. Parece que fez uma "tribela" e o guarda-redes atrapalhou-se deixando que a bola fosse beijar as malhas do fundo da sua baliza.
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As folhas continuam a cair em Leiria

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2008/11/13

Juros a nosso favor a 8%

(clic para ampliar)

Qual crise financeira qual quê?
Um banco com um nome tão sugestivo nos tempos conturbados que correm (ou estaremos a viver uma cabala global?) oferece juros a 8%?
Em que condições, poderão os mais avisados interpelar? É que já andam por aí bancos a dizer que vão descer drasticamente as taxas de juro dos Depósitos a Prazo, a níveis abaixo dos 4%. A taxa Euribor tem vindo a cair diariamente, pelo que não será de espantar que, de facto, os juros dos Depósitos a Prazo também baixem.
Então como é?
O Zé já anda suficientemente baralhado para o confundirem ainda mais, não será?
Entretanto, há que comer umas castanhinhas assadas, para desanuviar! Estão mesmo ali, no local do costume! Uma dúzia ,2 Euros!...(assim hajam uns trocados no bolso!...)
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2008/11/11

TEIMOSIAS!...

Nº 2
EDITORIAl

Manuel Alegre

Confesso que me chocou profundamente a inflexibilidade da Ministra e o modo como se referiu à manifestação, por ela considerada como forma de intimidação ou chantagem, numa linguagem imprópria de um titular da pasta da educação e incompatível com uma cultura democrática.

- A minha opinião a respeito deste candente assunto: Estamos em face duma questiúncula desnecessária, empolada por jogadas orientadas politicamente, o que é profundamente lamentável, já que se trata de encontrar-mos, com sentido nacional, o melhor caminho para o Ensino em Portugal.
Os critérios de avaliação dos professores não são os melhores?
- O Governo e os Professores (não os Sindicatos) que encontrem forma de se entenderem. É imperioso. E todos sabemos que a melhor solução raramente é consensual. Entre pessoas instruídas será assim tão difícil?...
Só faço um apelo muito simples: estão em causa os nossos jovens! São estes desbragados exemplos que nós lhes queremos transmitir?
Teimosia da Ministra!
Teimosia dos Sindicatos!
Haja senso!...
- ADITAMENTO -
12-11-2008
Já li e ouvi algumas opiniões sobre esta questão, que propõem, pura e simplesmente, que se interrompa todo o processo de avaliação dos professores em curso. Que se demita imediatamente a Ministra da Educação. Que se entregue o estudo ponderado e sem timing apressado a pessoas e instituições verdadeiramente vocacionadas para a formação de professores e organização do Ensino.
Ou seja, se se quer apaziguar o ambiente tresloucado que se vive no Ensino - e a maior parte de nós concordará - o melhor seria voltarmos à estaca zero e recomeçar tudo de novo. Não é possível levar a cabo uma reforma coerente nas actuais circunstâncias e ambiente de exaltação emocional generalizado a que se chegou. Está-se a atingir o limite do admissível numa sociedade minimamente organizada. Influenciados por todo este ambiente de contestação às directrizes emanadas do Ministério da Educação, até os alunos do Secundário (a maior parte nem sequer sendo capazes de discernir das motivações para integrarem as manifestações) se estão a dar ao luxo de arremessar ovos contra os representantes do Governo de Portugal. Que indisciplina é esta? As Escolas já não têm capacidade para impor a devida ordem nos seus alunos?
Será que este folhetim de cordel vai continuar durante muito mais tempo?!...

2008/11/09

Escrever um livro, plantar um liquidâmbar



Em Maio do corrente ano , no dia da freguesia da Barreira - Leiria, este liquidâmbar foi-me oferecido como sinal de reconhecimento pelo livro que eu escrevi e foi editado em 2005, sob o título: "Caminhos entrelaçados na freguesia da Barreira - Leiria". Vários outros autores também foram agraciados com árvores envasadas, pelo mesmo motivo: terem escrito sobre a freguesia da Barreira. Com esse simbólico acto foram distribuídas umas dez árvores, Liquidâmbares e Grevílleas robustas. Que melhor "prenda" me podiam ter oferecido!? Plantei-a no meu jardim, uns metros quadrados à volta de casa.(aqui)
Hoje, o Outono a esvair-se em nostalgias, reparei melhor naquela árvore, recordei-me de como ela estava só com tronco e ramos e era mais pequenina quando me foi entregue a meu cargo. Um palmo, talvez.
Estes meses passados e antes que as folhas caissem todas, fotografei-a. Vejam como as suas folhas são encantadoras, apesar de haver muitos liquidâmbares (a maior parte) que nesta época do ano se preparam para o Inverno sob a cor vermelha característica.
Comecei a escrever o livro em referência nos Lourais-Barreira-Leiria, aos 13 de Junho de 2004, ainda eu mal tinha ouvido falar de blogues. Quase sem dar por isso comecei a escrever, a partir de 23 de Setembro desse mesmo ano, os passos do meu dia-a-dia, os que mais me ligavam à terra que adoptei desde 1993. Quase in extremis lembrei-me de introduzir um capítulo no livro com fragmentos desse meu Diário na Barreira. Lá ficou para sempre. Talvez uma premonição do que viria a acontecer anos depois. Deixar algumas ocorrências da minha vida e do que se ia passando ao meu redor, escritas e publicadas.
Mal eu imaginava que dois anos depois haveria de me entusiasmar pelos blogues, como é o caso presente.
E cá continuo!... Há três anos!...Até quando?...
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2008/11/07

Falta de diálogo familiar

Realizou-se recentemente em Leiria uma conferência subordinada ao tema: “Educação na era digital”.
Não tive oportunidade de estar presente, como gostaria, mas suscitou-me muito interesse e alguma preocupação o alerta lançado pelo psicólogo Leiriense, João Lázaro, ao concluir que apesar de mais informação, as famílias falam cada vez menos. Até podem comunicar regularmente utilizando a tecnologia, cada vez mais sofisticada, que temos à nossa disposição, mas a verdade é que usam as palavras de viva voz, face a face, cada vez menos.
No âmbito deste tema fundamental, João Lázaro apelou a que não se confunda o acesso à inteligência artificial com o saber trabalhar com a informação daí retirada. E esta constatação está bem à vista, particularmente no meio juvenil e nos adolescentes que, no seu vocabulário estão a utilizar cada vez menos palavras, quantas vezes meras abreviaturas em código que os mais velhos nem conseguem entender. A língua portuguesa tem cerca de 65.000 palavras e o que se constata no dia a dia? Os canais de televisão não usam senão 2.000 palavras e as pessoas comuns, no relacionamento entre si, utilizam um vocabulário que não excede as 700 palavras.
Uma pessoa só consegue pensar se tiver palavras e se, face a um sentimento mau, não conseguir verbalizar, o mais certo é o pensamento passar a um mau acto”.
Há que regressarmos urgentemente ao humanismo, a começar no relacionamento familiar.
Estamos a correr o risco sério de perdermos a noção de território familiar, o que não vai contribuir em nada para uma vida mais social e feliz, com toda a certeza. Os exemplos negativos resultantes desta perda da noção de comunidade (originada em muito pela deslocação de pessoas para as periferias das cidades) são bem visíveis. Veja-se o que se está a passar com as chamadas urbanizações que nascem como cogumelos nos meios rurais adjacentes às cidades. Os resultados da falta de integração numa comunidade com afinidades criadas por laços familiares e de vivência comum são assustadores.
O papel dos avós na boa harmonia duma família, particularmente na fase em que há filhos de tenra idade, não pode ser relegado para um terceiro plano, como está a acontecer, apesar de já se estar a provar a necessidade da sua participação activa.
Se não arrepiarmos caminho rapidamente as novas tecnologias podem agravar as já, demasiadas vezes, tensas relações na base da pirâmide social: as famílias.
Não podemos olvidar que o “Homem é um ser eminentemente social”…

2008/11/05

Jovens estudantes em Leiria

Alunos do Secundário de Leiria em luta contra o novo regime de faltas.
Ali mesmo ao lado, na Alameda Dr. José Lopes Vieira (1862-1907), Engº Silvicultor a quem se deve a correcção do leito do Rio Lis, podemo-nos extasiar com o colorido deslumbrante dum recanto (por mim incansavelmente reportado em entradas anteriores) dum conjunto variado de árvores ornamentais. Que os jovens estudantes, ao mesmo tempo que se manifestam pelos seus presumíveis direitos nas Escolas, não deixem de memorizar esta imagem deslumbrante, para que no Futuro venham a rever estas mesmas árvores, com o ambiente devidamente preservado, graças à sua actuação militante quando chegar a sua vez de serem eles a gerir a sociedade, nos seus díspares sectores.
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Reflexão...

Reflectindo nos reflexos da luz reflectida na água e de um pinheiro manso que deixou cair uma pinha no lago de água espelhada!...
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2008/11/02

Professores em luta

(Clicando amplia)
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Para quando a resolução da questão entre os Professores e o Ministério da Educação?
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Assim não é possível que o Ensino em Portugal funcione de forma a preparar as novas gerações a ajudar ao desenvolvimento sustentado deste país!
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É que a imagem que se está a projectar para a sociedade não abona nada a favor desta classe profissional...
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- Um simples reparo/sugestão: Observe-se que a forma como este cartaz está colocado deixa muito a desejar, não acham?
Já repararam no seu efeito psicológico desastroso?

(junto ao Tribunal Judicial de Leiria)
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