2008/11/29

Ilha de Moçambique - Mesquita 1969


O casal Nunes, na mesquita da Ilha de Moçambique, em 1969. Em Moçambique, apesar de, nessa altura ser uma colónia portuguesa, as várias raças e religiões, conviviam dentro da maior normalidade, sem sobressaltos significativos. Aquele território era povoado por muitos Muçulmanos e Indus, particularmente pela proximidade com da zona Arábica e da Índia, para além de Cristãos, como era óbvio. Claro que teremos que excluir as situações de guerra de libertação, promovidas pelas forças guerrilheiras, naturalmente mais politizadas à medida que o andar dos tempos lhes ia dando cada vez mais força anímica e os Portugueses ficavam "orgulhosamente" sós. O nosso isolamento internacional e problemas internos atingiram tais proporções, que levaram ao sucesso do Movimento das Forças Armadas Portuguesas em 25 de Abril de 1974.
Fiquei a gostar de Moçambique.
Espero bem lá poder voltar, nem que seja só em turismo
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Nota: Este post dedico-o especialmente aos meus amigos de Moçambique que estão a visitar este blogue com alguma regularidade. Um grande abraço para todos os Moçambicanos!
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2008/11/25

Dispersamente...com Fernando Pessoa.

(pintura de Norberto Nunes)

Sonho. Não sei quem sou.
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Sonho. Não sei quem sou neste momento.

Durmo sentindo-me. Na hora calma

Meu pensamento esquece o pensamento,

Minha alma não tem alma.

Se existo é um erro eu o saber. Se acordo

Parece que erro. Sinto que não sei.

Nada quero nem tenho nem recordo.

Não tenho ser nem lei.


Lapso da consciência entre ilusões,

Fantasmas me limitam e me contêm.

Dorme insciente de alheios corações,

Coração de ninguém.


Fernando Pessoa

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SÓ a Natureza é Divina

Só a Natureza é divina, e ela não é divina...
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Se falo dela como de um ente
É que para falar dela preciso usar da linguagem dos homens
Que dá personalidade às cousas,
E impõe nome às cousas.
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Mas as cousas não têm nome nem personalidade:
Existem, e o céu é grande a terra larga,
E o nosso coração do tamanho de um punho fechado...
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Bendito seja eu por tudo quanto sei.
Gozo tudo isso como quem sabe que há o sol.

Fernando Pessoa/Alberto Caeiro
(É considerado um dos maiores poetas de língua portuguesa, e o seu valor é comparado ao de Camões. Nasceu em 13 de Junho de 1888 e morreu em 30 de Novembro de 1935 em Lisboa.
Está-se a comemrorar o 120º aniversário do seu nascimento com uma conferência na Associação de Turismo de Lisboa).

2008/11/24

Casa dos pintores - Leiria


autor: Alfredo Ribeiro
Antes de iniciados os trabalhos de reabilitação. As confrontações deste edifício, tomando como referência a foto: do lado esquerdo: Rua Manuel António Rodrigues. Do lado direito: Rua Acácio de Paiva (Insigne Poeta Leiriense) com ligações à família do autor deste blogue.
Durante a visita guiada à Casa dos Pintores, já na sua fase final de requalificação. Não se vê a porta porque ainda estava encoberta pelos tapumes em chapa (bastante inestéticos, diga-se, e que nos impediu de tirar fotografias de acompanhamento dos trabalhos). O interior foi significativamente modificado.
Conversas sobre Arqueologia - “Casa dos Pintores”

No passado dia 15 de Novembro, pelas 16 horas, teve lugar na Casa dos Pintores e na Biblioteca Municipal Afonso Lopes Vieira, a terceira sessão do ciclo de conferências sobre arqueologia, subordinada ao título “Casa dos Pintores”. Esta conferência apresentou a “Casa dos Pintores”, como uma experiência de intervenção interdisciplinar de reabilitação urbana no centro histórico de Leiria e teve como oradores Anabela Carvalho, Susana Carvalho, Vânia Carvalho, Sidney Lopes, Vitória Mendes, Filipa Pinhal e Ana Rita Trindade, que constituem a equipa do Município de Leiria ligada à intervenção neste edifício. A Casa dos Pintores é uma referência de arquitectura histórica notável, que se revela de especial importância no conjunto edificado do centro histórico da cidade de Leiria, estando muito presente na memória dos leirienses. Vulgarmente designada “Casa dos Pintores”, devido à grande quantidade de artistas que pintaram a sua fachada, situa-se no coração do antigo centro urbano medieval, tratando-se de uma peça de tipologia singular. (texto adaptado do site da Câmara Municipal de Leiria).
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Da parte da assistência há a realçar a intervenção viva do Engº João Charters, que chamou a atenção para o grande investimento que foi feito num prédio sem qualquer valor histórico e arquitectónico e do Historiador Leiriense Dr. Jorge Estrela, que destacou o facto de se ter destruído a parede mestra central (que originalmente separava dois prédios de pequena dimensão que, com o decorrer do tempo, acabou por se transformar num só, o actual); também se referiu ao reduzido interesse histórico e arqueológico desta celebrizada "Casa dos Pintores", que o é somente pelo facto de ter sido muito pintada, dado o ângulo e perspectiva que se consegue sobre o Castelo de Leiria, lá no alto do morro.
Das intervenções dos membros da mesa resultou uma explicação geral dos trabalhos levados a cabo, os quais possibilitaram a descoberta de uma moeda de Zanzibar já do princípio do séc. XX, do fragmento duma pedra tumular, que serviu de material de construção da parede mestra central, com referências ao séc XVI (altura provável da construção inicial) e duma pia de escoamento de águas residuais também do séc. XX, que acabou por ser usada como material de trabalho de restauro enquadrado no estágio duma finalista desta área académica. Também apresentaram a explicação do porquê do interior ter sido substancialmente alterado ao ter sido usado material em vigas de ferro para sustentar a estrutura interna e, ao mesmo tempo, evitar que as paredes originais mestras pudessem, mais tarde, colapsar.
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2008/11/21

Porquê?


PORQUÊ?

Porque será que cada sêr persiste
Em sempre vêr as coisas a seu modo
E a mesma coisa para uns é lodo
Que para os outros em prazer consiste?
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Porque será que para uns é triste
O que p´ra outros é alegre e doudo?
Porque será, porquê, que o mundo todo
Diverge sempre em cada sêr que existe?
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Porque será que cada olhar que poisa
Vê d´um modo diverso a mesma coisa
E o mesmo som differe em cada voz?
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Sei lá!…Talvez que o mundo e a própria vida
Não sejam mais que a imagem reflectida
De tudo aquillo que se passa em nós.
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Ruy Correia Leite
Almanach Bertrand, 1932
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2008/11/19

DEMOCRACIA, ALTO!


Democracia, ALTO!
Agora passam as Reformas, que vão ao pé coxinho...
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INTERRUPÇÃO TEMPORÁRIA DA DEMOCRACIA?!


(excerto de foto da Net - Sapo)

Vai por aí um grande alarido à volta duma saída infeliz da Dra. Ferreira Leite, Presidente do PSD português, ontem, num almoço com militantes.
Disse a Sra. Dra que nós somos tão teimosos e contestatários, que qualquer Reforma de fundo do nosso sistema de organização política e administrativa da Nação, só terá viabilidade, se nos calarem a boca e nos paralisarem as pernas, pelo menos durante seis meses. Bastaria meio ano.
Muito sinceramente, não posso acreditar que a Sra. estivesse a falar a sério. Acredito piamente que usou este tipo de linguagem como uma mera “forma de expressão”, como vem sustentar, em jeito de solidariedade partidária, o chefe da Madeira, Alberto João, rei e pretenso senhor do nosso jardim no meio do Atlântico Norte.
Uma infelicidade, foi o que foi. A Dra. Manuela Ferreira Leite teve mais um dos seus típicos lapsos linguísticos. Como já vem demonstrando à saciedade, tem muita dificuldade em exprimir por palavras a mensagem que pretende transmitir.
Claro, o PS e restantes partidos concorrentes às próximas corridas eleitorais, não perderam tempo e estão a explorar ao máximo, este lapso. Até já há quem diga que lhe fugiu a boca para a verdade do seu pensamento político.
Os tempos que correm estão muito conturbados, como bem sentimos na pele e, particularmente, nos ouvidos. Estamos a ser bombardeados a toda a hora e instante por notícias desanimadoras quanto ao rumo que a vida do Homem está a seguir. A nível de todo o Planeta.
Não será tempo de focarmos as nossas energias no essencial e desligar-mos o interruptor do acessório?
Coitada da Dra. Ferreira Leite! Coitados de nós, que estamos entregues à bicharada!
É caso para dizer: “Aqui d´El Rey”!
Sem interpretações mal intencionadas, claro está!

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2008/11/16

António Aleixo - o livro que me deixou

Todos os segundos Sábados de cada mês realiza-se em Leiria a Feira das Velharias. Todo o género de velharias. Algumas extraordinariamente interessantes, quem sabe portadoras de autênticas histórias de vida, que dariam um estrondoso best-seller dos Romances.
Comprei há dias, numa dessas feiras, "Este livro que vos deixo" de António Aleixo, edição do seu próprio filho Vitalino Martins Aleixo, em 1983. Custou-me 5 Euros.
Apreciei deveras o parágrafo final da Nota Introdutória de Joaquim Magalhães, datada de Fevereiro de 1975: "Crentes que lhe deve ser reservado lugar cimeiro de participante no processo de formação de Portugal novo que todos os portugueses conscientes desejam socialmente menos injusto do que aquele em que o poeta viveu e pensou."
Julgo interessante e oportuno deixar aqui alguns dos seus muitos versos:
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Eu já não sei o que faça
p´ra juntar algum dinheiro;
se se vendesse a desgraça
já hoje eu era banqueiro.
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Tu não me emprestas dinheiro
porque não tenho vintém;
mas se to pede um banqueiro
quer vinte, oferece-lhes cem.
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Um homem quando tem notas,
pode ser perverso e falso:
todos lhe engraxam as botas
- se as não tem, anda descalço.
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obs.: António Aleixo morreu no ano de 1949, com 50 anos, num dia de calendário tal como o de hoje em que vos deixo este post.

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2008/11/15

Paz, Futebol, Educação, Pousos - Leiria

Pousos - Leiria. Últimos retoques na instalação do piso sintético num dos campos desportivos nos Pousos. O conjunto é constituído por este campo e outro de dimensões menores, instalações balneares e pavilhão poli-desportivo. Investimentos a cargo da "Leirisport" em parceria com a Junta de Freguesia dos Pousos. o GRAP é a associação que está a dinamizar a utilização destas belíssimas instalações. Dispõe de Escola de Futebol nos vários escalões etários. Os pais dos jovens que praticam aqui desporto pagam uma mensalidade, que está a constituir a principal fonte de receita do Clube. Claro que também há receitas de publicidade e eventuais subsídios.
Temos que convir que estas acções são extremamente úteis ao normal crescimento dos jovens. Na condição imperiosa de serem acompanhadas pela supervisão dos pais no que respeita ao bom aproveitamento do seu desempenho escolar. Assim as próprias Escolas propriamente ditas funcionem em Paz e sossego!!!... Ao menos o sugerido pelo belíssimo recorte das árvores que bordejam o campo!

Há dias realizou-se no campo mais pequeno um jogo de futebol de sete, de crianças do escalão dos 10 anos, de treino e convívio, entre o S.C. Leiria e Marrazes e o GRAP. As duas equipas acabaram empatadas a 5-5. A fotografia capta o preciso momento em que o GRAP, por intermédio do António (quem sabe se qualquer dia ainda não ouviremos falar dele?...) acaba de marcar um golo de penalty. O Guilherme, meu neto, que até tem jeito para o Desporto em geral, participou deste jogo e marcou um golo muito festejado pela sua equipa (GRAP). Foi ao marcar um canto. Parece que fez uma "tribela" e o guarda-redes atrapalhou-se deixando que a bola fosse beijar as malhas do fundo da sua baliza.
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As folhas continuam a cair em Leiria

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2008/11/13

Juros a nosso favor a 8%

(clic para ampliar)

Qual crise financeira qual quê?
Um banco com um nome tão sugestivo nos tempos conturbados que correm (ou estaremos a viver uma cabala global?) oferece juros a 8%?
Em que condições, poderão os mais avisados interpelar? É que já andam por aí bancos a dizer que vão descer drasticamente as taxas de juro dos Depósitos a Prazo, a níveis abaixo dos 4%. A taxa Euribor tem vindo a cair diariamente, pelo que não será de espantar que, de facto, os juros dos Depósitos a Prazo também baixem.
Então como é?
O Zé já anda suficientemente baralhado para o confundirem ainda mais, não será?
Entretanto, há que comer umas castanhinhas assadas, para desanuviar! Estão mesmo ali, no local do costume! Uma dúzia ,2 Euros!...(assim hajam uns trocados no bolso!...)
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