2009/05/31

Os professores e as outras classes!



Uma impressão cada vez mais consistente nos está a ficar na retina e na memória. Destas manifestações dos Professores começa a realçar um personagem do género de alguns filmes que eu já vi. A do Comandante. E, neste caso, aí está ele, o Comandante Mário Nogueira!
(Praticamente o único que teve direito a mostrar-se a falar na Televisão)
Vão vê-lo um dia destes bem empoleirado num galho do Poder, todo contente e satisfeito porque o resultado do seu trabalho está à vista: conseguiu mobilizar, por várias vezes, os Professores deste nosso Portugal.
Sou do tempo das manif a esmo, por tudo e por nada.E, pela minha experiência, constato que não é à força de manifestações consecutivas, que iremos fazer vingar os nossos argumentos de classe. Ainda que se trate do Ensino Público, na organização dos seus professores...
Se este Governo não cede mais, neste momento, lá terá as suas razões. Também concordo que terá havido alguma precipitação da parte do ME! Parece-me que muitas corrrecçoes haverá a fazer ao actual Estatuto da Carreira Docente e aos critérios das avalaiações, etc.
Mas...terá que ser à FORÇA que algum dia teremos Paz no Ensino?
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TODOS NÓS iremos julgar este Governo nas próximas legislativas. Mas TODOS, não só os Professores do Ensino Público!
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A fotografia está muito bem enquadrada, com caras muito bonitas.
Rendo-me à vossa força!...Não subestimem a força das MULHERES UNIDAS!...
Só é pena é que outras classes não tenham a vossa força mobilizadora.
De qualquer modo, se assim fosse, andaríamos todos num reboliço geral...
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2009/05/29

Dentro de ti, ó Leiria...



Maio
Entardecer
Nem Verão
Nem Primavera
O dia a fenecer
Olhar de reflexão
Visões d´outra era

Maio...hoje...Tília
Escadaria vinda da Sé
Casario calçada acima
Relógio na Torre Sineira
O Castelo em vigília

Largo da Sé de Leiria
Hoje, Maio, 2009

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2009/05/27

Tulipeiro - Árvore-do-ponto, em Leiria

Pelo que tenho vindo a observar, a Câmara Municipal de Leiria, tem andado numa grande azáfama, a colocar placas identificativas das árvores mais típicas, em toda a cidade. Uma excelente medida. Assim os habitantes da cidade as preservem e nelas reparem...


Não resisti a ficar off até Sábado. Encontrei, finalmente, uma árvore que já procurava em Leiria, há que tempos. O Tulipeiro ou Árvore-do-ponto, como os estudantes de Coimbra a conheciam em tempos idos. Talvez que ainda hoje a olhem para se concentrarem nos exames...
Está plantada na Rua da Assunção, a caminho do ISLA em S. Romão. Perto desta, observei a existência de mais uma. Talvez mais...
Sabem porque é que esta árvore também é conhecida por árvore do ponto? Muito simplesmente porque floresce por alturas dos exames Universitários. E esse tempo está próximo!...

A ver se não me esqueço de a fotografar quando em flor!...

Bons exames, Snrs(as) Doutores!...
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(mais...)
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2009/05/25

Toc, toc, está aí alguém?



Sabe o que é ser-se TOC? Digamos que temos como missão arrecadar uma grande fatia da Receita Fiscal do Estado. E que não temos direito a férias durante todo o ano. Sabia que temos prazos imperativos a cumprir, todos os meses? ...
Os poucos dias em que nos conseguimos desenfiar não podem ultrapassar 8 dias seguidos. E mesmo assim, andamos sempre com o credo na boca, não vão os serviços fiscais lembrarem-se de nos comunicar que há que esclarecer qualquer questão de pormenor...

Até Sábado próximo bem podem tocar à porta da minha toca!...
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Já se aperceberam da cowboyada que tem sido a questão da entrega das Declarações Electrónicas mod. 3 (IRS - 2ª fase) e da mod. 22 (IRC)? Então admite-se lá que um Secretário de Estado venha para a comunicação social dizer que os Portugueses deixam tudo para a última da hora para justificar a inoperacionalidade do NOVO sistema informático que está a ser implantado no Ministério da Finanças? E nós, que passamos o dia agarrados ao computador a pedir, ansiosos e nos limites da paciência, que nos abram a porta de entrada no Portal das Finanças e a resposta é para tentarmos daí a mais meia hora, que se transforma em horas e horas seguidas ou interpoladas. Soube, há pouco, que nos fazem a mercê de nos dar mais um dia. Um dia? Depois de toda a confusão gerada, temos mais um dia, por especial favor?!
E se, com mais um bocadinho de calma, o prazo fosse até ao fim do mês, morria alguém?
Que diabo de planeamento é que passou pela cabeça dos crânios do Ministério das Finanças para alterarem o sistema informático numa altura crítica de entrega, dentro do prazo, das Declarações Anuais de Rendimentos dos cidadãos e das empresas?...

26mai09
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Ruas e ruelas de Leiria - Rua José Estêvão

(clic para ampliar)

Ao lado esquerdo a Fonte Freire, do séc. XVIII. Ao cimo, à direita, o Arquivo Distrital, com um excepcional acervo de livros, jornais, revistas e arquivo de outros documentos, nomeadamente paroquiais e de registos de instituições diversas, de consulta obrigatória, para quem quiser conhecer Leiria, na sua marcha ao longo dos tempos.

José Estêvão Coelho Magalhães, nasceu em Aveiro em 1809 e faleceu em 1862.
Foi um excelente orador, Tenente-coronel de Artilharia e lente da Escola Politécnica.
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2009/05/23

Benção das Pastas - Estudantes em Leiria


(clic para ver as flores dos Jacarandás)

O Largo da Sé, em Leiria. Estudantes universitários e familiares em preparativos para a Bênção das Pastas.
Eu cá estou, entocado no escritório, a ultimar trabalhos de fim de prazo. Inapelável.
Os Jacarandás a começar a florir, embora a medo. O tempo também não está para outra coisa. Tem chovido a potes, hoje...
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2009/05/22

Dia de Leiria (Município)


(foto "controlKedições")
Hoje comemora-se o Dia do Município de Leiria
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LEIRIA
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A minha terra...Basta ser a tua
Para que mais nenhuma assim me agrade,
Na parte velha, a nossa mocidade
(A cegueira dos anos...) continua.
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Ora me demorei vendo uma rua;
Talvez a mais antiga da cidade...
Conserva-te menina: ingenuidade,
Comedimento, a não ver Sol nem Lua.
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Há bairros novos, casas de cimento,
Reparos brancos em ruínas, feira
mudada, restaurantes, movimento,
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Outras línguas - política, suponho,
Recolhamos, afável companheira,
À capelinha rósea de meu sonho!
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Acácio de Paiva
(1863-1944)
In Acácio de Paiva - Um Crésus perdulário
Américo Cortez Pinto - 1968
O autor deste blogue está a compor esta entrada, pressionado pela gestão do seu tempo disponível tendo em conta a época do ano e a necessidade premente de cumprir prazos implacáveis no âmbito da sua actividade profissional.
Pela janela do meu escritório de trabalho, vejo a Sé Catedral de Leiria com o seu Adro e o respectivo Largo. Do interior do templo ouvem-se, vagamente, os cantos de Grupos Corais. À esquerda, olhando mais para o alto, o Castelo de Leiria, a Torre Sineira, a rua empedrada que sobe até à Igreja de S. Pedro, ao Antigo Paço Episcopal e ao próprio Castelo, a figura mais emblemática da cidade de Leiria, a par do seu rio Lis, talvez dos rios mais escritos e cantados por poetas, músicos e prosadores.
Na casa onde me encontro, nasceu há 145 anos, o poeta autor deste belo soneto dedicado a Leiria. Aqui vivi e trabalho desde 1968. Aqui nasceu a Zaida (Paiva e... Nunes), também ela com uma veia poética, quantas vezes espontânea..., o meu filho Bruno (Paiva e Nunes)... Aqui continua viva a alma da família Paiva. Aqui pairam, a silhueta grandiosa de Eça de Queirós e ondas sublimes de inspiração do seu celebérrimo romance "O Crime do Padre Amaro".
Muito gostaria de, neste ensejo, escrever, escrever até que as mãos me doessem de tanto bater no teclado do computador, sobre o lídimo escritor, prosador e poeta, bucólico, humorista, dramaturgo, um dos mais crésus perdulários, com a sua extensíssima obra espalhada por todos os jornais e revistas da sua época. Acácio de Paiva(*). Muito gostaria de vos transcrever, aqui, agora, mais poemas de Acácio de Paiva. A falar, infatigavelmente, da sua amada Leiria, dos rios Lis e Lena, da Sra. da Encarnação, das Olhalvas e das suas ervinhas, da Sra. do Monte, da Rainha D. Isabel e dos seus ciúmes de amor provocados pelos muitos amores de D. Dinis, o semeador do Pinhal de Leiria, de S. pedro de Moel e do seu grande amigo, Afonso Lopes Vieira, da variada correspondência que trocavam entre si.
Sem esquecer a sua amada terra das Olivais (Ourém), onde faleceu na sua Casa das Conchas, e dos seus verdes prados, do arvoredo cheio de aves, quais diáfanas inspirações para muitos dos seus poemas bucólicos e de saudades múltiplas!...
- (*) Está em curso a organização de vários eventos em sua homenagem, durante o corrente ano, promovida sob a coordenação da AOD - Associação Oscilação Dinâmica, sedeada no Largo do Gato Preto, em Leiria (ver entrada recente).
...
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2009/05/18

Preservação do Património - Leiria

O BE em campanha. Sobreposição ao jardim Luís de Camões. Nada me move contra o Bloco de Esquerda, mas a Câmara Municipal não devia permitir que estes cartazes aqui estejam colocados. Assim como muitos outros do mesmo género, noutros locais desapropriados!

É que o Jardim é de Todos!...
Publicidade da TMN. A sobrepor-se à estátua e demais elementos do conjunto escultórico da Rotunda D. Dinis.
Largo da Sé. Edifício da antiga "Pharmácia de Leonardo da Guarda e Paiva", fachada em azulejos "viúva lamego" e a confusão envolvente, com cadeiras garridas, completamente fora do conjunto histórico do lugar.
E o barulho até altas horas da madrugada, por causa dum bar que ali funciona? Apesar das insistentes queixas à PSP e à Câmara Municipal, não há maneira de se resolver este problema, que acaba por se estar a transformar numa questão de saúde pública, visto que é praticamente impossível os moradores daquela zona dormirem em paz e em sossego, durante praticamente toda a semana.

Assim vai a preservação do património e da qualidade de vida dos habitantes de Leiria!...
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2009/05/16

LIVROS E CREPÚSCULO NA PRAIA DO PEDRÓGÃO - Leiria

Faz hoje oito dias. Feira das Velharias, Leiria, no segundo Sábado de cada mês. Digna de ser apreciada. Há sempre qualquer coisa que nos atrai. A vista, os sentimentos, recordações, aquele velho e raro livro que, por um impulso determinado, nos chama a atenção e nos convence a comprá-lo. Por exemplo, o livro sobre "Herculano e a sua geração dos anos 70 (séc. XIX), impeliu-me a escrever algo sobre este "solitário de Vale de Lobos". E então, não acontece que aqui em Leiria, existe uma Quinta de Vale de Lobos (Já vos mostrei a entrada, mas da qual já tenho mais material) e também existe uma povoação que se chama Azoia?
Se bem sabem, Herculano, retirava-se por longas temporadas, para a sua Quinta de Vale de Lobos, perto de Azóia, localizada mesmo ao pé de Santarém. Emocionou-me saber que a maior felicidade de Herculano era deixarem-no em paz, a reflectir a vida, junto a três belas Faias. Já coloquei nos meus planos indagar se essas faias ainda existem e, se possível, obter fotos da Quinta e das árvores.
No dia seguinte fui ao Pedrógão, aqui a 30 Km de Leiria. Vinha de casa do meu cunhado Zé Paiva, olhei o mar, o Sol estava já no limiar do seu desaparecimento no horizonte marítimo. Fui buscar a máquina fotográfica e ainda o consegui agarrar por uma pontinha do seu amarelo poente, in extremis!...
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2009/05/14

Leiria - Adro da Sé e as suas árvores


Faz hoje, precisamente, um ano. Da janela do meu escritório o Adro da Sé de Leiria, nas suas belas e antigas árvores, uma Tíia tomentosa e um Jacarandá grandiflora tinham este belíssimo aspecto. Este ano, não sei o que se passa, os Jacarandás ainda não estão em flor. Pelo aspecto, talvez comecem a florir daqui a 10 a 15 dias.

Esta zona da cidade de Leiria, uma das mais emblemáticas, já foi um centro vital. Hoje, aparte o alarido próprio dos estudantes, na Queima das Fitas e uma ou outra Serenata nos degraus da Sé, tem vindo a ser votada praticamente ao abandono. As casas que fazem a moldura do Largo, estão, quase todas num estado deplorável, a requerer uma recuperação urgentíssima.
Uma cidade não pode perder a tipicidade do seu núcleo urbano. Da sua zona histórica.
O que caracteriza e humaniza qualquer cidade, é, sem dúvida, o seu Centro Histórico.
Estamos à espera de quê?

Não me poderei esquecer: Quem foi da ideia de arrancar as árvores centenárias ( padreiros ou acer pseudo plátanos, cheios de vida, com aves de pequeno porte, às centenas, que alegravam o nascer e o pôr-do-Sol daquele local?) que emolduravam o Largo da Sé, antes de lá se plantarem Jacarandás, há uns 8 anos atrás? Vou à procura duma fotografia de 1974 que mostra como era aquele Largo nessa altura.

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