2011/10/16

LEIRIA: Fé e Arte, um diálogo de séculos

Do interior da Igreja da Pena, Castelo de Leiria, infelizmente já a céu aberto, que não se tem conseguido dinheiro para fazer face às mais que justificadas obras de requalificação daquele espaço histórico e religioso, com reminiscências medievais, românicas e góticas, para além da sua íntima ligação à Rainha Santa Isabel e D. Dinis, cujos aposentos ainda estão bem conservados, mesmo ali ao lado).

O Bispo de Leiria-Fátima, D. António Marto e o Prof. Dr. Saul Gomes, no decorrer duma brilhante exposição sobre a Igreja da Pena. Um momento muito interessante para mim foi ter tomado conhecimento, no sítio, da colocação no interior desta Igreja, já nos princípios do séc. XX, dum arco (manuelino?) que tinha sido retirado da antiga e, entretanto, já demolida "Capela de Sto. António do Carrascal"(*).
Tanta insensatez! Porque é que aqueles nossos antepassados não se preocuparam minimamente em nos deixar aquela capela de legado?
Tenho a reprodução duma foto da época (1930?) com aquela capela em ruínas. Mesmo assim ainda se teria ido a tempo de preservar aquele marco da vida desta comunidade Leiriense. Foi pena!
(Talvez por isso alguém se ter lembrado de colocar um arco dessa capela na Igreja da Pena)!

No Adro da Sé de Leiria. Em segundo plano, a célebre casa de fachada de azulejos azuis (viúva Lamego), a antiga "Pharmácia de Leonardo da Guarda e Paiva", a botica do Carlos, personagem de relevo na trama do célebre romance de Eça de Queirós, "O Crime do Padre Amaro".

Nos claustros da Sé. Ao fundo vê-se uma porta para lá da qual existiu uma capela dedicada a S. Teotónio, cujas ligações a Viseu (de cuja diocese é patrono) e a Leiria são de realçar.

Uma "carranca" nos claustros da Sé de Leiria.


No interior da Sacristia da Sé de Leiria. Todo este conjunto arquitectónico, incluindo mobiliário, quadros e outros adereços, são de muita beleza e dum primor requintado.
No passado Sábado, entre as 14h45 e as 18h00, participámos, numa visita guiada ao património religioso de Leiria. A parte desse património. Talvez o mais simbólico. Muito mais há a ter na devida conta, quiçá com o mesmo significado histórico, cultural e religioso para Leiria, cidade e diocese.
Os nossos guias foram o pároco da Sé de Leiria, o Bispo da Diocese de Leiria-Fátima, D. António Marto (por acaso também de Viseu) e o Prof. Dr. Saul Gomes, meu particular amigo 
(até me fez o especial favor de escrever o Posfácio do meu livro/ensaio monográfico sobre a freguesia da Barreira, "Caminhos Entrelaçados", ed. 2004, o que muito o valorizou, tenho a certeza)
e profundo investigador e conhecedor da história de Leiria, cidade, concelho, diocese e outros e variados aspectos da História. Um ilustre professor catedrático da Universidade de Coimbra a quem Leiria muito deve, pelos seus excelentes trabalhos, palestras e conferências.
No decorrer das suas explanações fez questão em relembrar a íntima ligação que Leiria, tem, nas suas origens de organização diocesana, a Coimbra e, mais recentemente, a Fátima.
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a) Referências à Capela de Sto. António do Carrascal podem ser encontradas seguindo o link deste próprio blogue;
e também neste "Leiria";
b) Para melhores e mais completas informações podem consultar-se, entre outros, os seguintes livros:
- Introdução à História do Castelo de Leiria
Saul António Gomes - ed. Câmara Municipal de Leiria, 2004
- Catedral de Leiria: História e Arte
Virgolino F Jorge, Luciano C Cristino, Saul A Gomes e Vitor Serrão - ed. da Diocese de Leiria-Fátima, 2005
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2011/10/14

Açores - Celorico da Beira: lendas ao vivo e a cores


Com a Fé da D. Mariazinha bem podemos ficar esperançados que a Sra. do Açor nos possa valer nestes tempos conturbados, em que parece que o Mundo está a desabar sobre a cabeça dos Portugueses!

Na semana de 5 a 9 deste mês decidimos, eu e a Zaida, que era altura de também nos permitirmos fazer uma excursão ao centro interior do nosso país. Um dos locais que escolhemos foi  a freguesia de Açores, no concelho de Celorico da Beira, muito particularmente por se tratar duma terra que se especula possa ter a ver com o arquipélago dos Açores, terra de origem da mãe da Zaida, hoje com 93 anos, a viver em Leiria, há mais de 80.
Estávamos nós, nas imediações da Igreja de Sta. Maria (nome original da igreja da localidade de Açores), a observar o seu exterior, as lajes de sepulturas muito antigas que se encontravam no Adro, o cruzeiro, os sinos colocados numa espécie de torre separada da igreja, quando alguém se lembrou de nos perguntar se gostávamos de ver o seu interior. 
E foi chamada a sra. D. Mariazinha (a sra. do vídeo), que logo nos veio abrir a porta e servir de cicerone. Por sinal, pessoa muito simpática e conhecedora dos pormenores relacionados com esta igreja e que faz parte da comissão que a zela. Pelo que percebemos, ex-emigrante dos USA. 
(vale a pena ampliar) 
Lá deixámos a nossa contribuição para as obras de restauro daquele património religioso e arquitectónico e da "Fazenda da Esperança" em Maçal do Chão.
Pode-se saber mais pormenores e contribuir para ajudar a nascer a esperança a jovens que desejam libertar-se das drogas, do álcool
e outras dependências consultando o blogue com o link (clicar)

Lendo-se o texto abaixo transcrito fica-se com a garantia de que a visita guiada pela D. Mariazinha constituiu uma prova de que a tradição oral tem sido, ao longo dos tempos, uma forma,  historicamente confirmada, de transmissão dos hábitos e tradições das populações, sejam elas as mais isoladas.  
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Antiga vila, Açores conserva ainda traços da sua longevidade. Situada a Nordeste de Celorico da beira, confronta com freguesias do BaraçalVelosaRatoeira e Lajeosa do Mondego no concelho de Celorico da Beira e Vila Cortês do Mondego e Sobral da Serra no concelho da Guarda.
Outrora designada por Freixial, a actual designação deriva da ave com o mesmo nome, associada aos mitos em torno da Senhora do Açor. A freguesia é constituída pelos aglomerados de Aldeia Rica e Açores.

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A lenda da Senhora do Açor

"O Açor e o Pagem“
Um rei cristão que veio de longe em peregrinação à senhora do Açor fazia-se acompanhar por um pagem que em determinada altura, segurava um açor destinado à caça de altanaria . Porém, o pagem descuidou-se e a ave fugiu das suas mãos pelo que irritou grandemente o monarca, que de pronto sentenciou que lhe fosse cortado um braço . O seu criado vendo-se aflito, pediu auxilio à Senhora que atendeu o pedido do pagem fazendo com que o açor viesse de novo pousar milagrosamente no braço do criado, safando-se este da mutilação .
A lenda do aparecimento da Senhora ao Rústico da Vaca"
Havia um pastor que ia a passar com uma vaca num largo, que antigamente existia, junto ao edifício escolar; pelo que a vaca se assustou, desviando-se do trilho de pedra, que permitia a travessia, indo cair no largo, pelo que o pastor na impossibilidade de salvar a vaca, invocou a Senhora, que fez com que as águas se separassem e eles pudessem sair do lago . 

 “A lenda da Batalha da Penhadeira"
Em 1187, um poderoso exército castelhano, entrou em Portugal, invadindo e apoderando-se de vários castelos beirões. Quando estavam já em retirada foram surpreendidos por um pequeno exército, chefiado pelos alcaides de Trancoso e Celorico da Beira, que com ajuda da virgem venceram os castelhanos, nessa noite em que a Lua e as Estrelas deram mais brilho. 



Desta lenda surgiu a romaria à Senhora do Açor.
in
http://www.cm-celoricodabeira.pt/concelho/freguesias/acores/Paginas/default.aspx
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2011/10/11

Hortênsias, dálias...em sede da ACLAL


Uma hortênsia e uma dália
Nos jardins do Museu Maria da Fontinha
Além do Rio, Gafanhão, Castro Daire. 
No último de 5 dias a visitar o Centro de Portugal, de Celorico da Beira, a Castro Daire, sempre que possível a viajar de automóvel por estradas nacionais e municipais, alcançámos este local paradisíaco, com o pretexto de participar numa Assembleia Geral da ACLAL (1).
Ainda que tencione deixar aqui uma reportagem mais elaborada sobre essa Assembleia Geral e sobre os desígnios culturais em prol da Lusofonia desta Academia e sobre o Museu Maria da Fontinha (2), desta feita, pretendi anexar aqui este singelo apontamento mostrando-vos duas flores com que este mês de Outubro, que já não se consegue descortinar se é Outono, se Verão, se Primavera, nos presenteou antes de se dar início à maratona da Ordem de Trabalhos. Essa OT continha tão só 20 pontos. Começou às 15h45. Eram quase 21 horas quando eu e a Zaida nos vimos forçados a sair em direcção a Leiria. Só quem conhece minimamente aquela zona é que pode imaginar o que é transitar naquelas estradas estreitas e sinuosas, encosta acima, encosta abaixo, lá ao fundo o Rio Paiva, no meio de uma zona florestal densíssima. É a coisa mais fácil deste mundo perdermo-nos e acabarmos por andar às voltas, à nora, em plena serra. Nem o GPS nos consegue acudir!

Claro, chegados à A24, a partir daí a fluidez e velocidade do tráfego muda da noite para o dia. Mas, e chegar lá? E ainda tínhamos 230 km pela frente, que o dia seguinte era de trabalho já previamente programado.
Este interessantíssimo projecto que é a ACLAL justifica plenamente todos estes trabalhos e canseiras!...
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(1) ACLAL - Academia de Letras e Artes Lusófonas (www.aclal.org ou http://aclalusofonas.blogspot.com )
(2) Pode-se ficar com uma ideia de como é este fabuloso Museu consultando este blogue em
http://dispersamente.blogspot.com/search/label/museu%20maria%20da%20fontinha
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2011/10/10

Forca medieval...


Não, na Idade Média não se vestia assim. Mas...
Depois de uma subida por caminhos íngremes, pedregosos, um autêntico calvário até lá chegar ao cimo da serra, na localidade de Fornotelheiro, concelho de Celorico da Beira, encenámos esta fotografia.
O local é ermo, a paisagem à volta, mítica. Mais parece um local de passagem divina que o sítio onde se enforcavam pessoas, na Idade Média. 
Uma sensação estranha!...


O interior Centro, toda a Beira-Alta, Distritos de Viseu, Guarda, Covilhã, mostram-nos, a todo o passo, recantos naturais de uma beleza estonteante.


(E muitos de nós, portugueses, em vez de nos esforçarmos por conhecer o nosso próprio país, gastamos os nossos subsídios de férias nos ditos locais exóticos na América Central e outros, encafuados nos complexos turísticos (iguais em todo o lado) e pouco mais! 
Não concordam que devemos dar prioridade ao turismo no nosso próprio país? Não nos podemos esquecer que Portugal, sendo um país pequeno, contém na sua área geográfica, uma autêntica manta de retalhos de todo o mundo, seja em termos paisagísticos, seja em temperaturas ambiente, montanha, planície, vales fabulosos, praia, valor e beleza do património histórico.)

Mesmo quando se nota a presença do Homem desde os tempos mais recuados.
Serra, formações graníticas de extraordinária beleza são uma constante na paisagem de toda esta área à volta da cordilheira onde se integra a majestosa Serra da Estrela.
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2011/10/09

Fornos d´Algodres e Celorico da Beira: na rota da zona raiana da Beira Alta

 Prosseguindo esta nossa rota de revisitação (após muitos anos de ausência) da zona da Beira Alta interior, com uma linha de referência, nítida, obra impressionante, uma autoestrada (A25 - liga Aveiro a Vilar Formoso) a rasgar o interior serrano, isolado,  decidimos subir a Fornos d´Algodres, terra do meu amigo de já alguns anos (Al Cardoso, assim mesmo) com o qual mantenho contactos via redes sociais da Internet e que tenho o prazer de conhecer pessoalmente.
A foto de cima retrata o momento em que parámos para a Zaida comprar produtos serranos, como azeite puro, queijo da serra, doces de abóbora, maçã, pera, da região, numa lojinha muito anunciada em tabuletas desde que se começa aquela subida sem fim, chamada Gourmet do Agricultor
Nota-se, aqui e em todos os sítios por onde se ande, nesta zona interior, um carinho muito especial pelas árvores centenárias, que se preservam até ultrapassarem o limie de idade (Uma Melia azedarach
Em segundo plano pode apreciar-se a Igreja matriz, com o seu célebre relógio de sol 
(por acaso não se conseguem observar as horas, porque a peça de metal que permitiria determinar a hora solar não estava no seu sítio. É pena.)

 E continuámos a seguir a via que sobe e sobe e sobe até ao cume da montanha, na expectativa de encontrarmos uma necrópole medieval, muito anunciada desde que se começa o caminho. Passámos as Ínfias e os miradouros de espantar que se podem improvisar em todo o lado.
Acabámos por insistir seguindo um percurso pedestre, já lá no alto, mais não se podia subir, extremamente agreste, até custa a perceber como é que ainda há gente a viver por ali perto, zona extremamente inóspita. Em tempos idos as pessoas deviam viver da pastorícia e alguma difícil agricultura de subsistência.
Por mais que caminhássemos não conseguimos descobrir vestígios da necrópole, apesar de alguma sinalização que fomos observando na estrada até chegarmos ao cimo daquela subida íngreme. Lamentável que deixem os turistas completamente às cegas, precisamente já na parte final...

Daqui regressámos à A25 para chegarmos à etapa seguinte, com mais rapidez, ainda que com muito pouco prazer na observação das paisagens e povoações, cujas silhuetas se vão divisando pelo canto do olho, atenção repartida com a condução a velocidades superiores a 110 km. Conduzo habitualmente em Auto estrada entre os 120 e os 140 km/h.
Foi assim que, rapidamente, atingimos Celorico da Beira. Começámos por fazer uma primeira abordagem, de carro, pelas ruas estreitas do seu centro histórico. Claro, iniciámos o passeio pelo seu Castelo, cuja história é um assombro. Relatos de factos históricos misturados com lendas fabulosas, como é, por exemplo, a que explica as figurações que compõem o brasão da cidade, em que são personagens centrais uma truta, uma águia e o castelo propriamente dito. Adqurimos, no museu instalado, na Torre do Castelo, um livro que nos conta essa lenda e nos explica todo o trabalho de requalificação daquele Castelo. Fiquei algo surpreendido pelo facto de aquelas obras terem sido financiadas em parte com fundos portugueses e espanhóis. A verdade é que a proximidade daquele Castelo com a fronteira de Espanha constituiu um factor predominante nas estratégias das escaramuças fronteiriças que amiudadamente ocorriam entre forças dos dois países.
Tão próximos que nós somos, tão irmãos que somos e tão rivais que temos permanecido ao longo de toda a nossa já longa História. 
Uma das paragens obrigatórias é o "Solar do Queijo", um antigo palácio da conhecida família dos "Osórios". Claro, comprou-se o inevitável queijo da Serra, devidamente certificado. Aproveitamos para observar as peças do Museu, relacionadas com a história do fabrico daquele mundialmente conhecido e saboreado queijo.
A Zaida deixou registada no Livro de Visitas, escrita num repente, a seguinte quadra:


Para nos fazer felizes
Qual é a melhor maneira?
Saborear um queijinho
De Celorico da Beira.


Z.P.N 7/10/2011

2011/10/07

Mangualde - Terras de Azurara


Reprodução de duas páginas de um livro com descrições histórico/geográficas, edição já antiga mas muito elucidativa da história social e geográfica de Portugal, da responsabilidade da Fundação Calouste  Gulbenkian, que contém apontamentos de extraordinário interesse. Fiquei com vontade de adquirir esta obra, em dois ou três volumes, se bem percebi. Li este, que aborda a zona centro, nas instalações do Solar dos Condes Costa Cabral, uma insígnia muito simbólica destas terras de Azurara. 

Não fossem estes sinais inequívocos de Outono, quem diria que, nesta altura do ano, em plena zona centro/área da influência natural da Serra da Estrela, com 32 graus de temperatura ambiente, não estaríamos, pelo calendário, em plena estação das castanhas, bem bonitas que elas se apresentam neste jardim do solar dos Azurara, no centro da cidade de Mangualde? 
Uma pequena cidade do centro de Portugal, é certo, mas bem recheada de património (solares, igrejas, casas senhoriais, quintas muradas com vários ha em pleno centro, árvores centenárias... e aqueles pasteis de feijão(*) fabricados e vendidos na pastelaria do Centro Paroquial...são, de facto, uma delícia divinal).



No horizonte próximo, a silhueta da Serra da Estrela, num dia de Outono estival.
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(*) BlueShell, foi mesmo de passagem...
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Viseu e Casal de Ribafeita

Estávamos a chegar à cidade de Viseu, na Beira Alta - Portugal. Preciso estas referências porque no Pará - Brasil, também existe uma cidade bem bonita chamada precisamente Viseu. Viva o Pará, não se deixem dividir!...
Quer dizer, entramos pela zona do Campo, entroncamento de vias como a A24, que vem do IC3, que liga também à A25 (ex-IC5), que liga Aveiro a Vilarformoso. Estávamos a descer a Av. da Europa...
Fomos almoçar e passar parte do dia com os meus pais, Daniel e Encarnação, 86 anos, na minha aldeia Natal, Casal, freguesia de Ribafeita, em Viseu. O aspecto que se observa na foto, retrata a rua principal, como ela é hoje. Ainda me lembro de esta rua ser de terra batida, só nela passarem carros de bois e não haver energia eléctrica. Andávamos com candeias a petróleo ou os chamados "petromax". Os serões eram passados na zona da lareira, que também era cozinha e, às vezes, sala de estar.
Gravações feitas na parede da casa ao lado da dos meus pais, junto à fonte (cuja água, no presente, é imprópria para consumo, mas que era a principal via abastecedora de água para cozinhar e beber, transportada em canecos de barro, normalmente pelas mulheres). Segundo me chegou a informar o habitante dessa casa (já me esqueci do nome...), pretendeu perpetuar a memória de dois acontecimentos históricos que se terão passado ali, naquele sítio: um é o local onde fez ricochete uma bala disparada pelas tropas francesas aquando das invasões peninsulares; o outro tinha a ver com um outro disparo relacionado com uma briga que metia um judeu e já não sei que mais (pode ser que alguém mais informado ainda aqui possa vir a explicar melhor os factos que aqui deixo aflorados).

Tive que regressar à aldeia, passadas umas horas, que me tinha esquecido da carteira dos documentos.
Na direcção da serra da Gardunha, o Sol estava a escapulir-se, não sem antes reclamar contra o facto de os fios  condutores de electricidade e telefones continuarem pendurados nos postes, como se não fosse mais que tempo de os passar através das tubagens que já há, mas que são mal aproveitadas.
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2011/10/05

República ou Federação de Estados?

Em 5 de Outubro de 2005.

Parece-me que estou a conhecer este republicano português!
Outros tempos!...
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6 anos decorridos, que expectativas para esta República?

Estaremos na III República? Ou já na IV?

Ou já não temos outra solução que não seja virmos a integrar uma Federação de Estados da Europa?

Começa a tornar-se cada dia mais claro que nós, portugueses, e restantes povos da Europa, cada um com a sua História própria, teremos que encarar seriamente a ideia de unirmos esforços com vista à criação de um espaço comum, que não seja só económico.
Será este o momento em que, finalmente, os Europeus, depois de tantas vicissitudes por que passámos, pelo menos desde a Idade Média, nos conseguiremos unir numa Federação em que a Solidariedade entre Estados seja realmente um facto?

Haverá outra saída para ultrapassar o risco iminente de a Europa perder o seu lugar no actual contexto mundial?
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2011/10/03

Está tudo em Ordem?!...






Hoje ao anoitecer, no Vale do Sirol,
de facto parecia que tudo estava em ordem:
A Lua lá estava no seu Quarto Crescente da ordem;
o Sol estava a desaparecer no horizonte para Ocidente, como manda a ordem cósmica;
os choupos (ainda que carecas, como é da ordem, nesta altura do ano) estavam alinhados entre si e em ângulo recto da ordem com os fios eléctricos;
o muro de limite duma habitação estava alinhadinho e bem ordenado ao longo da rua da Ordem.


No entanto, a placa toponímica da rua da Ordem, 
obedecendo, talvez,
à ordem dos caracóis,
desfocava o campo, florido, no plano seguinte.


A Rua da Ordem estava, aparentemente, em Ordem...
Mas... e aquele prado em flor!?...
Oposição à Ordem?!...


Será que para haver Ordem
a Natureza terá de recorrer à Desordem?


Motivos para
interrogações e exclamações
não nos faltam.


Desgraçadamente!...


@as-nunes


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