2011/10/31

Álamo Oliveira: embaixador cultural da Terceira e não só, em Alcanena


O Director da Biblioteca Municipal de Alcanena, a fazer a apresentação prévia do escritor Álamo Oliveira, que veio da Ilha Terceira para participar, a convite, na sessão de Outubro do Grupo de Poesia e Cultura em geral de Alcanena. Como se pode verificar na foto acima, a idade não conta.
Álamo Oliveira, no uso da palavra. Um estilo despretensioso mas muito objectivo e pedagógico, não só pela sua larga experiência como escritor, mas também pelo seu invejável curriculum como conferencista em vários pontos do mundo, particularmente Universidades Brasileiras e dos Estados Unidos.
Claro, falou-se principalmente de poesia. E disse-se muita poesia da sua autoria. Nesta foto, para além do autor convidado, vê-se a Vice-Presidente da Câmara Municipal de Alcanena e Joaquim Soares Duarte a dizer um poema, no seu modo peculiar e com a qualidade que se lhe reconhece.


Na recepção do hotel de Alcanena onde ficou alojado Álamo Oliveira. Luísa Soares Duarte, para praticar um pouco a área de fotografia que frequenta na Universidade Sénior da Nazaré, tirou-nos este instantâneo. Esta foto  tem uma dupla justificação: em primeiro lugar pelo gosto mútuo em ficarmos com uma recordação destes momentos e de eu também poder ficar na fotografia; em segundo lugar, porque vai permitir que a mãe da Zaida, que também é do Raminho, na ilha Terceira, dos Açores, a possa ver, nestas circunstâncias especiais.
(Esta, Álamo, já não a vou incluir no e-mail que lhe vou enviar.)
Que terço mal rezado: "Avé-Maria, cheia de graça...Quem sabe o que irão fazer agora?... Bendita sois vós entre as mulheres..."/ "E se fosses à polícia contar o que se passou? Santa Maria, Mãe de Deus..."/ "Isso nem vale a pena. A polícia quer lá saber do que se passou..." / "Rogai por nós, pecadores, agora e na hora..." / "E depois é tudo doutores que até um homem... Cobrem-se todos com a mesma manta..." / "Na hora da nossa morte..." / "Pobre Burra Preta!...Amén, Jesus." O casal Maúrça estava decidido. Mandaria matar a "burra". Ia fazê-lo com o coração amarrotado, a ternura amortalhada no frio daquela noite de novembro - mês das almas e crisântemos, dos sinos dobrados pelo choro e pelo vento. E se o Divino Espírito Santo cobrisse, com o mantão do seu silêncio, a morte de Burra Preta, tirariam uma dominga de coroação, dariam esmolas de carne aos pobres e parentes , "função" aos convidados e "brindeiras" aos inocentes.


Aqui fica um excerto do livro acima apresentado. Só para aguçar o apetite pela sua leitura. Vale a pena ampliar para ler a nota de João de Melo, pela qual se fica com a ideia precisa do conteúdo deste romance publicado em 1995. Aquele último parágrafo há-de estar sempre actualizado. 
Crise antropológica permanente em que o homem se enredou. Ou foi enredado. Por quem, podemos questionar-nos? 
Seremos capazes de, algum dia, a superarmos? Em teoria seria tão simples!...


Mais pormenores sobre esta vinda de Álamo Oliveira a Alcanena podem ser vistos no site da Biblioteca Municipal desta vila Ribatejana.


Foram momentos (a tarde de Sábado passado) muito enriquecedores dos pontos de vista cultural e humanístico.
A repetir.
@as-nunes

2011/10/29

Borboleta Papilio Machaon: em vias de extinção



Este vídeo pretende mostrar a sequência de metamorfoses por que passa a borboleta Papilio Machaon.
As fotos e o vídeo da larva foram obtidas há dias num jardim.

As da borboleta já têm 5 anos, ainda que a tenhamos visto recentemente a cirandar aqui pelo jardim.

Fizemos uma montagem em filme, este que agora se apresenta publicamente, para deixar aqui um registo que possa proporcionar a visionalização  da beleza e tamanho da lagarta (larva) que, provavelmente, dentro de poucos dias, começará a fase de se encasular em fios de seda. Após uma gestação de 45 dias surgirá a borboleta Papilio Machon
(julgamos que estamos certos na classificação desta borboleta, pelas consultas feitas, particularmente através do material disponível no blogue do amigo Augusto Mota; fonte segura pelo que conheço do meu amigo e autor deste e doutros trabalhos rigorosos de observação da Natureza).

Pelo menos já se conseguiu proporcionar uma excelente demonstração prática do quão interessante é acompanhar a vida na Natureza, nas suas mais diversas formas. O público alvo foram as crianças do Jardim-Escola dos Capuchos em Leiria. Claro, quem se incumbiu desta missão, em colaboração interessada com as professoras, foi a avó Zaida. As crianças adoraram.

A larva foi reencaminhada para a planta do jardim onde andava atarefadíssima a comer as folhas verdes e fresquinhas, com a chuva que tinha caído.
Já a voltámos a observar hoje. Lá continua a comer folhas, umas a seguir às outras. E continua a crescer. Esperemos que não demore muito tempo a encasular.
Este espécime - dizem os entendidos - está em vias de extinção.

Esperamos que apreciem este trabalho, feito com todo o entusiasmo, a pensar em como é gratificante poder partilhar conhecimentos com todos, particularmente com crianças de tão tenra idade.
Tudo o que se possa fazer para os ajudar a aprender a amar a Natureza, nunca é de mais.

2011/10/25

ÁLAMO OLIVEIRA: presente no encontro de Outubro do grupo cultural e de poetas de Alcanena

Álamo Oliveira em Alcanena no próximo Sábado. Consulte também BMA (aqui)
Monte Brasil-TERCEIRA - Posto de vigia das baleias
Vitorino Nemésio, outro ilustre Terceirense, escreveu um imortal poema(*) sobre este tema da caça das baleias.
Fotografia de 2006, no decorrer de uma inesquecível viagem de turismo e de romagem ao local de nascimento da mãe  da Zaida (Eva de Sousa Esteves Paiva - nascida, há 93 anos, no Raminho)

Álamo Oliveira vai estar presente na tertúlia mensal do Grupo Cultural e de Poetas de Alcanena, nas instalações da Biblioteca Municipal daquela vila, no próximo Sábado. Este grupo/tertúlia tem sido brilhantemente coordenado pelo Dr. Óscar Martins, desde há já bastantes anos, quantos não consigo precisar, que só há cerca de dois tenho o privilégio de o integrar, em sub-grupo de Leiria (eu próprio, Joaquim Soares Duarte, Luísa Soares Duarte e Zaida Paiva Nunes). 

Estas sessões orientam-se com base numa brochura-guia de trabalho organizada pela Biblioteca, sempre de muita utilidade e de óptima qualidade. O autor é escolhido por consenso dos participantes. Desta vez optou-se por Álamo Oliveira, que nasceu em Maio de 1945 no lugar e freguesia de Raminho, concelho de Angra do Heroísmo, Ilha Terceira (Açores), emérito escritor e poeta de reconhecidos dotes literários, com obra publicada e estudada nas áreas da Poesia, Teatro, Ficção, Ensaio e Contos.
A 10 de Junho de 2010, nas comemorações do Dia de Portugal e das Comunidades, Álamo Oliveira recebeu o grau de Comendador da Ordem do Mérito.

Muito mais se vai acrescentar, com toda a certeza, na reportagem que conto proporcionar aos leitores deste blogue. 

Na certeza do maior sucesso desta oportuna e prestigiada sessão de promoção da cultura e da língua Lusíada, aqui deixo, muito simplesmente, o seguinte poema de Álamo Oliveira:
-

antónio


nome redondo     pássaro solto
pelos búzios da ilha
que deixou sonhada.


arrumava a bruma nos bolsos dos calções
a ternura nas mãos     como
punhado de araçás.


da banqueta da memória     fez
emergir a ilha e a distância dos navios
- seu destino de marujo à descoberta
de tesouros de feno e bagas de faia.


antónio tinha o mapa secreto das cores
e navegava no oceano macio da saudade.

in
antónio
porta-te como uma flor
ed. salamandra - 1998
-
Poesia dedicada por Álamo Oliveira a António Dacosta
...
Antes, bem a tempo, já o poeta havia perguntado:«e que desígnios se ocultam para lá da tela»?
Assim remata, Fernando Azevedo, o seu Prefácio.

@as-nunes


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As Farpas de Eça: 139 anos depois

Uma pequena mostra do que vai circulando pela Net. 
Muitos de nós já recebemos na caixa de correio electrónico mails deste teor e de outros do mesmo quilate.
Poder-se-á dizer, lá estamos nós a lavar roupa suja, só a dizer mal da situação, sem avançar com soluções para os problemas que temos em mãos. 
A verdade, porém, é que a situação económica e financeira em Portugal era muito grave no tempo em que Eça e o seu amigo Ramalho Ortigão escreviam a criticar a atitude dos que se arvoravam em mentores políticos da Nação sem que para isso tivessem a ombridade necessária.
O tempo passa e continuamos na mesma...


Será que não se consegue sair deste circuito vicioso?
-
PS.: Ó Zé, mas que grande bombardeamento que me estás a fazer à minha caixa de correio! E cada .pdf mais verrinista  mas assertivo que o anterior.
Isto é que vai uma crise!...
Financeira e de valores, temos que admitir!
@as-nunes
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2011/10/24

Chuva em arco-íris




E a chuva aí está


vinda de Sul para Norte


e no intervalo


o arco-íris...
-


talvez a preparar a síntese do negrume dos dias que aí vêm...
@as-nunes
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2011/10/22

Amanhã chove





Diz que sim, amanhã vai chover em Portugal. Segundo os meteorologistas, vai chover água e granizo, talvez mesmo alguma neve, e vai-se sentir muito vento.
Há quem augure que uma corrente gélida vinda de Nordeste possa trazer uma chuva de notas de «sem» euros, valha-nos Deus!


Quem diria?!
Hoje, o tempo tão bonançoso, não buliu uma palhinha...
Muita luz, o céu no limbo do nebuloso/solarengo, temperatura amena...


Sardinha assada, batatas cozidas, salada de agriões, alface, cebola, tomate, algum azeite e pouco vinagre...


O Bruno, a Ana e a Carolina, a sua vozita cheia de vida, a vida a desabrochar neste Outono raro, ainda quente, vistoso, flores, a minha camélia «Winter snowDown». 


Não sei como esteve no resto do país, mas aqui entre o vale do Lis e as Serras à volta da Barreira - Leiria, o dia esteve sublime...


Cá te esperamos, chuva, abençoada sejas tu, que vens por bem, com certeza.
E já sentimos muito a tua falta!...
@as-nunes
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Sinais dos tempos?




Clicar para ampliar, pode ser que encontre algo que interesse. Os preços parecem ser em conta!
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IVO!!!???...

2011/10/20

Leiria: O Fim da Melia

Perguntei à alameda por onde passo
se sabia da razão deste fim
ela já muda de cansaço
só me disse: a vida é assim



E assim acabou esta bela, sinuosa,
velhinha, Melia Azedarach...
que tantas vezes,
ao longo de muitos anos,
com ela troquei olhares
e murmúrios
e recortes de encantar.
.
.

Há árvores que só deviam morrer de pé!...
.

nb:
a árvore em causa é a do lado direito da 2ª foto de baixo, na montagem. (clicar para melhor admirar);
era companheira do liquidâmbar (na 1ª foto de cima com as folhas vermelhas, do Outono), duma faia púrpura, de dois padreiros e de uma tília e namorada de sempre, do Rio Lis e dos seus barbos e bogas e ...
minha paixão arrebatada, como se pode ver aqui e aqui
@as-nunes
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