2011/11/20

João Negreiros: um artista a conhecer

No próximo dia 26 de novembro às 15 Horas, terá lugar na Biblioteca Municipal de Alcanena mais um encontro de poetas que desta vez abordará a obra de João Negreiros.
Lá estarei. A participar, a tentar aprender mais sobre poesia, sobre os poetas e demais escritores de língua portuguesa, primordialmente.


Claro, como não podia deixar de ser, também na minha função/missão de fotógrafo de reportagem, a que mais me tem seduzido ao longo da minha vida, digamos que desde os meus 18 anos, altura em que tive oportunidade de comprar a minha primeira máquina fotográfica.


Para mim, a fotografia é a musa inspiradora para a maior parte dos meus ensaios e estudos sobre as mais variadas áreas de investigação, da reportagem, da opinião, da crítica, do conhecimento, enfim.
Que melhor prova do que estou a afirmar que este meu blogue, sempre na linha de vista das ocorrências que me vão impressionando, ainda que, por vezes (demasiadas, talvez) possam correr o risco de não se sintonizarem o suficiente com os gostos de quem por aqui passa.
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João Negreiros nasceu em Matosinhos a 23 de Novembro de 1976. O escritor português foi o primeiro classificado no Prémio Internacional OFF FLIP de Literatura (Brasil,2009). Em Portugal, entre outros prémios, João Negreiros venceu o Prémio Nuno Júdice. Na área do teatro, a sua obra foi crescendo, tendo hoje quatro peças editadas, “Silêncio” e “Os Vendilhões do Templo” (2007), “O segundo do fim” e “Os de sempre” (2008). No âmbito da poesia, publicou três livros: “o cheiro da sombra das flores” (2007, Papiro Editora), seleccionado de entre as melhores obras de poesia ibérica publicadas entre 2007 e 2008 pelo Prémio Correntes d' Escritas de 2009, “luto lento” (2008, Papiro Editora) e “a verdade dói e pode estar errada” (2010, Camões & Companhia). Em 2010, é editado também o primeiro livro de prosa do autor “O mar que a gente faz”. Para além de escritor, João Negreiros é actor e tem divulgado a poesia nacional através de espectáculos e vídeos de spoken word
Em 2011, o artista foi o representante da Literatura Portuguesa na 7ª edição do conceituado Festival Internacional das Artes de Castela e Leão.
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A tristeza

A tristeza é uma irmã mais velha
que vive no quarto dos fundos           dos bolsos
sempre que não tenho trocos para lhe comprar uma cama de hotel
para poder vê-la feliz

as calças estão para lavar
as moedas tocam tambor
ou o leito de um rio que fica entre as almofadas do sofá

mana
vai-te embora que tenho saudades do meu quarto
quero dormir na minha cama

sabes
o sofá da sala tem um vale que me afunda as costas

mana
vá lá
pinta-te            sai à rua e arranja namorado

e tristeza partiu mesmo antes da morte chegar
o meu quarto está vazio              para sempre´

Um dos poemas de João Negreiros,  mais divulgados, consta do seu livro "o  cheiro da sombra das flores". 

Comprei, recentemente, e estou a ler, o seu primeiro livro de prosa: 
Livros editados - Prosa

Estou a gostar imenso. Aliás, lê-se bem. E tem uma particularidade. É extremamente original e sincero na sua concepção e no estilo da narrativa.



Pode acompanhar-se João Negreiros, inclusive na audição de alguns dos seus poemas, no seu blogue http://joaonegreiros.blogspot.com
@as-nunes

IC36: ai Leiria do Lis e do Lena

As silhuetas do Castelo de Leiria e do Santuário de Nª Sra. da Encarnação, observadas do viaduto do IC36, com os automóveis a sobrevoar o Vale do Lis.
Provavelmente já não poderei captar esta imagem na via Nascente/Poente em direcção à A19, ou à A8 ou à A17 ou mesmo em direcção à A1, se quiser virar à rotunda do IC36/S.Somão, seguir à rotunda do "McDonald" e seguir a via rápida para os Pousos e auto-estrada. 
É que, depois de aberto oficialmente ao tráfego, não se pode parar lá em cima.
 A estrada que vem de S. Romão em direcção a Fátima, o Vidigal à vista, de cá de cima do IC36
 O vale do Lis, terrenos da Quinta de S. Venâncio, lá em baixo...uma amostra do que era a quantidade de sobreiros que havia nesta zona. (clique para ver melhor, pode ser que eu não tenha visto bem).
No horizonte, a silhueta da Sra. do Monte e da Serra da Maúnça.
Ora cá estão as famigeradas portagens. Fica-se sem se perceber se estas são as taxas por se estar a percorrer o IC36 ou se serão as taxas para quem queira ir para a A8 ou se será a portagem para se seguir pela A19 até à A8. 
Confusões... deve ser por causa da minha dificuldade em me adaptar a estas alterações bruscas, coisas da idade, se calhar, os neurónios a funcionarem com memórias e recordações do que era o tempo do Lis e do Lena cantado por poetas e aproveitado para a agricultura, pastorícia e florestas a perder de vista.
@as-nunes

2011/11/18

IC36 prestes a entrar em serviço, após uma razia de floresta, nivelamento de montes e vales, poluição visual

Vale de Lobos e Telheiro; floresta e monte esventrados, habitações em equilíbrio instável
O IC36, obras imponentes, em pleno predomínio sobre a paisagem, ali era uma floresta de carvalhos, sobreiros e pinhal. Paciência? Alcatrão e betão antes de tudo? A qualquer preço? Em nome do desenvolvimento, do futuro? Futuro sem floresta?  Ali podia ter-se feito um túnel, evitava-se a destruição do meio ambiente à superfície,  respirava-se outro ar.
Não é só casmurrice da minha parte, ou será? Já nem sei que dizer, os jovens é que deviam ser chamados a dar a sua opinião acerca do que querem para o futuro do planeta.
Vale do Lis visto do Vidigal, via externa, as folhas outonais dos plátanos da quinta de S. Venâncio a acenarem-nos, de longe, como que a dizerem-nos adeus.
Inicio a subida da rua dos Lourais. Olá, anima-te, mostram-se-me estas rosas de todos os anos, dum meu vizinho.
O IC36 aqui mesmo ao pé, vai passar a ser um instante para se ir para a A1, A8, A17, A19. Viva, viva, tantas vias para andarmos de automóvel por aí fora, que importam as árvores, o Vale do Lis, o vale do Lena, os Pousos cortado ao meio?
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18nov - 10h30 - últimas notícias do IC36:
Já se circula no IC36. Uma obra monumental, esperemos que não venha a ser mais uma obra faraónica. O impacte ambiental é tremendo. Ver-se o vale do Lis e as encostas dos dois lados - Nascente com o Vidigal, S. Romão , Pousos e Poente, Vale de Lobos e Telheiro -, de cima daquele viaduto de quase um quilómetro, como que a sobrevoar  com os pés assentes nas suas sapatas gigantescas, toda aquela zona mítica, parece que muitas e românticas referências de Leiria, se esfumaram em menos de um fósforo.
O Castelo de Leiria e o Santuário de N. Sra. da Encarnação a recortarem-se no horizonte, uma nova silhueta que ficou ao nosso alcance...

Que venha a ser para o bem das novas gerações... 

2011/11/16

Uma geração traída?!...


Recebi este emocionante texto por e-mail e lembrei-me de o passar aqui...
A pensar, também, nos adolescentes de agora... e nos seus avós 
(os que já morreram e os que ainda estão vivos e lúcidos e activos, a lutar ombro a ombro com os seus filhos e netos por uma vida digna de ser vivida).


in Público de 20 de Outubro de 2011 (acabei por constatar)
@as-nunes

2011/11/15

Os tempos que aí vêm

 Hoje fotografei o Tempo com este aspecto. 
Do alto da Barreira (Lourais), em Leiria. Do lado de lá do vale do rio Lis, pode ver-se a localidade de Cortes, Sra. do Monte...
Que tempos aí vêm?


2011/11/14

O rapazito, um gato bravo




Quem diria, o «rapazito», com este seu ar de carneiro mal mortoé um gato duma bravura, que atinge, por vezes, as raias da loucura!

Sim, senhoras e senhores!

Estava-se a preparar uma chuvada das antigas, como se pode adivinhar pela foto superior, tirada aqui de cima do alto dos Lourais, na freguesia da Barreira. O que vale é que a água segue direitinha, a alta velocidade, rua abaixo, para o rio Lis.

Que não chova neste ritmo e com esta violência, como aconteceu hoje, durante muito tempo, quando não ainda o viaduto sobre o vale do Lis (IC36) acaba por ir água abaixo!

É que o rio Lis corre mansamente, romanticamente, por entre ulmeiros, salgueiros, freixos e choupos enquanto não é provocado. Quando a chuva é muita e cai forte tembém o Lis se pode tornar bruto que nem 7 carradas de mato!
@as-nunes

2011/11/12

Leiria: acessos ao IC36 em Vale de Lobos e Quinta de S. Venâncio


Rotunda Vale de Lobos/IC36-N 356-2
(clique para ampliar - lá estão: A1, A8, A17, A19; viva a fartura!)

Com a presente entrada neste meu blogue, pretendo muito prosaicamente, deixar uma nota informativa para os meus leitores poderem tentar perceber como é que, dentro em breve, vai funcionar o circuito rodoviário aqui na zona de Leiria.

É que as coisas vão ficar muito diferentes, não vai ser fácil encaixar este esquema para as pessoas se movimentarem com à vontade, aqui em Leiria, e nas suas deambulações na zona. 

Parece que se está a tornar evidente que alternativas para circular em zonas portajadas não vão faltar.

Aliás, já dou comigo a falar no Entroncamento de Leiria


Mas não quero ser demasiado repetitivo. Fiquem só a saber, desde já, olhando as placas de sinalização na via de entrada no IC36, quem sai da rotunda que fica ao pé da Quinta de S. Venâncio e na de Vale de Lobos (do outro lado do viaduto), que, seguindo aquelas indicações se pode sair do centro de Leiria (na estrada das Cortes) e ir logo direitinho para 4 auto-estradas:


A19A8A17 e a A1; aliás a intenção primeira do IC36 é ligar a A1 à A8 (por sinal vizinhas muito chegadas, sempre uma ao lado da outra).


Entretanto, reparem na desenvolvtura daquela alameda de plátanos, por dentro da Quinta de S. Venâncio, que agora vai ficar à sombrinha daquele viaduto.
E que dizer da zona florestal e agrícola da Quinta de Vale de Lobos? 


Tanto que eu ouvi falar na defesa daquela zona florestal e do Vale do Lis entre as Cortes e S. Romão, pelo menos!... 



2011/11/10

Valha-nos este bucolismo em terras do Lis e do Lena



Hoje, em dia de discussão na Assembleia da República do Orçamento do Estado Português para 2012.


Os mais desfavorecidos que paguem a crise!...
@as-nunes
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2011/11/09

Até a Lua anda aluada



O horizonte crepuscular,
 hoje, lá para as bandas do Oriente, 
a Lua, expectante, 
já nem ela pode estar descansada?
O que se passa aí em baixo, na Terra?
Andam todos aluados?!...

@as-nunes



2011/11/08

Chove no Telheiro!



É verdade. Estava no Telheiro, mas não debaixo de telha, estava dentro do carro, mal estacionado, à espera que a Zaida acabasse de fazer um depósito de euros no supermercado.


O Telheiro é uma povoação da freguesia da Barreira - Leiria, a mais povoada, com novas urbanizações, uma das quais, a de Vale de Lobos, está a constituir-se num dos mais atraentes e sofisticados conjuntos habitacionais da zona de Leiria, de cujas janelas viradas para Nascente e para o Vale do rio Lis, se usufrui um panorama majestoso, por enquanto, ainda de alguma floresta, do vale do rio Lis, dos montes da outra margem, onde se empoleiram o Vidigal, mais ao lado direito, as Cortes, subindo depois, por uma estrada ondeante, para a Sra. do Monte e lá vai seguindo aos ziguezagues até Fátima.


:: Segue-se uma resmunguice das minhas, às vezes lá calha!


A quebrar esta sinfonia de cores, está a espreitar, com olhos de lobo mau, o IC36, logo ali ao lado esquerdo de quem continua a olhar para Nascente, um viaduto monstruoso a rasgar implacavelmente a zona florestal de Vale de Lobos, o próprio Vale do Lis, mesmo na sua área de cheias históricas e incontornáveis, é tudo uma questão de meteorologia, e mais além, toda a zona florestal e de encosta que vai até aos Pousos, do outro lado do monte. 
Mais uma via rodoviária, tipo auto-estrada, que vai ter a função de ligar a A1 (Lisboa-Porto) à A8 (Lisboa-Leiria) e à A17 (continuação da A8, até Aveiro). E também à A19 ou ex-IC2.


Ou seja, há que encarreirar os automobilistas para uma de duas Auto-estradas que correm paralelamente ao longo do litoral. Concessionários para sacar o dinheiro das portagens não faltam, assim sobrevivam financeiramente os automobilistas.


Já agora, que estamos em maré de reflectir sobre a melhor maneira de gastarmos os trocados que ainda nos deixam trazer nos bolsos, como é que vai ser com a A19? (aquele lanço de autoestrada, que hoje é o IC2 e que vai servir de trampolim para uma infinidade de manobras). Vai pagar-se portagem, não vai? Ai que já estou a ouvir a resposta!
Passando a enumerá-las:
1- ligação directa para o Shopping do Engº Belmiro;
2- Idem para o Instituto Politécnico de Leiria;
(Vá lá que também vai dar para seguir por Estradas Nacionais para a Marinha Grande e para os Parceiros, sem esquecer a Barosa, claro, até porque lá, às vezes, também é necessário confirmar se chove, eheh)
3- Idem para a A8/A17;
4- Idem para o IC36;
5- Idem para a obra faraónica que é o IC9 (Nazaré - Tomar, passando aqui ao lado do IC36 e das autoestradas já enumeradas);
6- Idem para a Variante Pousos - Rotunda aérea sobre o IC2 (ou A19?), que também leva os automóveis ao colo para a A1;
7- Áreas comerciais e industriais a dar com um pau, aqui à volta de Leiria, mas onde é que está essa indústria, meu Deus?


Como se diz em latim (não somos nós, latinos?! lá se me vem à cabeça o "novo acordo ortográfico!...):
hoc opus hic, labor est
Ou nos mexemos a sério ou todo este investimento em infraestruturas rodoviárias vai servir para quê?


@as-nunes
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