2012/01/07

Largo da Sé de Leiria - Adeus II

Aqui era a Tinturaria/Lavandaria Americana (Anos 70, deixou o Largo, recentemente)
Figuração alusiva a Sócrates. A questão é que esta figura não é a de Sócrates (filósofo da Antiga Grécia)
O chão actual do Largo da Sé, com um empedrado desadequado à história do local. Quanto a esta questão teríamos pano para mangas, parece-me...
Bancos do Largo da Sé, com alguns anos, poucos, quantas vezes é que eu já fotografei este recanto?
Uma perspectiva em que se pode ver a casa da família Paiva, ao lado uma outra em ruínas, ao alto o Castelo de Leiria. Também se pode ver, do lado direito, as obras inacabadas das antigas instalações da Associação de Futebol de Leiria.
A Rua D. Sancho I, vista do Largo da Sé, ao fundo, o Largo Cónego Maia.



Aqui nasceu 
ACÁCIO de PAIVA
Altíssimo Lírico 
e o maior humorista da
Poesia Portuguesa
n. em 14-4-1863
m 29-11-1944
Vista através duma janela do princípio do séc. XX, interior da casa da família Paiva, para a Rua Acácio de Paiva, paralela ao Largo da Sé, poente.
Uma perspectiva inconfundível da Sé de Leiria, lá estão os Jacarandás que substituíam os Padreiros (ácers pseudo.plátanos)
A ordem destas fotos é a da sequência  tal como saíram da câmara da minha máquina fotográfica, um dia destes, em jeito de despedida, até sempre, vou deixar de te ver todos os dias, acompanhar-te nas tuas amarguras, algumas alegrias também, personagens do romance de Eça de Queirós, a Amélia, o Padre Amaro, a passearem-se, esquivamente, outras em cavaqueira sobre a actualidade local, na botica do Carlos, o próprio Eça a dar despacho ao serviço de Administrador do Concelho, no primeiro andar na esquina da Rua da Vitória com o Largo da Sé,  Procissões concorridas, venda de tremoços, pevides, regueifas, colchas nas janelas das casas dos Paivas, dos Hingá, a sede da Associação de Futebol de Leiria, o Faria a vender toda a espécie de miudezas, a Tipografia Carlos Silva, centenária, as queimas das fitas de Maio, as intermináveis obras dos últimos 20 e tal anos, o estaleiro com que foste atrozmente ultrajada, as árvores (padreiros) que te retiraram dos teus braços para os substituírem por jacarandás, nunca percebi porquê, o teu Adro que nos anos 70 nem sequer as crianças podiam usar para jogar à bola, agora transformado num parque de estacionamento de automóveis, o assalto em 1975 à sede do MDP/CDE por causa do Dr. Vareda - advogado, com ideias revolucionárias, talvez um perigoso comunista, eu bem vi o comando, quatro ou cinco homens em passo de corrida, nitidamente com treino militar, vindo da Rua D. Sancho I, que abriu as hostilidades com cocktails molotov 
(por acaso não rebentaram quando os lançaram para a varanda por cima da "Tinturaria Americana", teria sido uma desgraça para o centro histórico de Leiria, ardia tudo naquele verão quente de 1975)
, acabaram por recorrer ao assalto em pessoa, na primeira investida foram corridos por um enxame de abelhas que os "revolucionários esquerdistas, "perigosíssimos", deixaram nas instalações quando as abandonaram à pressa, o Povo na rua a repor a ordem revolucionária que estaria a virar demasiado à esquerda? tropas a mando do MFA a substituir a Polícia, coitado do Alferes miliciano que comandava o pelotão de "barbudos", via-se bem que não tinha mão naquela tropa fandanga, o ribombar de petardos sobre o rio Lis no assalto à sede do PC, tiros de G3, cujo som se repercutia sinistramente por entre as ruas estreitas do centro da cidade,  ainda se notam os buracos de balas disparadas para o ar (?!) com pessoas à janela, não foram atingidas por mera sorte do destino (hoje estaria viúvo), um auto de fé dos livros do Dr. Vareda, as labaredas cresciam do meio do Largo da Sé até à altura dos prédios envolventes... os bombeiros só altas horas da madrugada é que foram autorizados pela populaça a apagar o fogo, 
tantas recordações, tantas...)

A propósito da figuração (alusiva a Sócrates, o filósofo da Antiga Grécia) um dia destes irão ler num dos jornais de Leiria, ou num livro ou mesmo só aqui, a versão - creio que definitiva mas ainda não divulgada, só do meu conhecimento por via de investigações minhas e um acaso feliz - que permite classificar, sem margem para dúvidas, os azulejos da fachada da "Pharmácia de Leonardo da Guarda e Paiva", aqui no Largo da Sé, como bem saberão, como sendo "Viúva Lamego".

Desculpem lá, por hoje vou ficar por aqui, estou cansado, tenho andado em trabalhos quase forçados, depois poderei deixar nota dessa ocorrência  neste meu blogue (será só meu?!). 

@asnunes 


2012/01/05

Zambujo - Leiria em fotografia

 A vista panorâmica de baixo tratada digitalmente pelo "PICASA" da Google, em formato Poster.
Da minha varanda virada para Nascente tenho o privilégio de registar momentos como este. A tarde a cair num destes primeiros dias de 2012...
@asnunes 

2012/01/01

Este Primeiro de Janeiro de 2012

Hoje é Domingo e o primeiro dia do ano da (des)graça de 2012, a avaliar pelos ensaios já levados a cabo no decorrer do ano de 2011, travagens bruscas no nível de vida dos portugueses, a Europa gaseada de todo, serão ainda os efeitos dos primeiros bombardeamentos de gás mostarda da I Guerra Mundial?


Começámos o dia acordados pelo ribombar dum foguete-petardo, qual terá sido a ideia não sabemos, terá sido para comemorar o fim do 2011, de tão má memória, terá sido para chamar a atenção aos deuses da fortuna para nos darem mais ânimo para enfrentar 2012?

Os nossos gatos, os que estão fora de casa, mas com condições invejáveis, três ao todo, acharam por bem ofertarem-nos os despojos do nosso rouxinol, sobrou a cabeça e algumas penas. Eles próprios, talvez o rapazito, tinham-se encarregado de, por artes e manhas de que só eles é que são capazes, deitarem a gaiola ao chão, a porta abriu-se, o rouxinol escapuliu-se mas não abandonou as redondezas da casa. Acabou por ser apanhado pelos felinos, estava-se mesmo a ver.
O rouxinol, já em liberdade, eu a fotografá-lo no meio dum piricanta com os seus pomes característicos (são comestíveis e considerados dum extraordinário valor medicinal) ainda não sabia que era o que até há pouco tempo estava dentro duma gaiola. No dia seguinte, provavelmente hoje, acabou por ser apanhado pelos gatos que lhe chamaram um figo. Era um rouxinol oriundo do Japão...


Continuam a estralejar foguetes!...
Ainda não ouvi rádio, nem vi TV, nem li jornais, não sei nada do que se passa no mundo, hoje, à hora a que me sentei aqui defronte do monitor do computador, com a ideia de registar a simplicidade fransciscana deste primeiro dia do primeiro ano pós 2011.


Já andei pelo quintal, a ver a horta e o jardim, a ajudar a Zaida em arrumações exteriores, também. E assim irá ser o nosso dia, muito provavelmente...

11h45...12h20 tmg.
- vou fotografar a vista panorâmica aqui em frente, na direcção nascente, mil vezes mirada, mil vezes registada em milhões de pixels!...
- o que é que vai sair deste arrolamento de ocorrências na vida de um casal de suburbanos, já entradotes, mas que querem manter-se activos, física e mentalmente?
A ver vamos!


Acabei de tirar a supra dita fotografia. Não sei se a vou inserir nesta entrada do meu blogue. É mais uma das perspectivas de sempre. Estarei a ficar monótono?
Antes de começar a descer as escadas para o rés-do-chão, passei por uma das estantes da nossa biblioteca e lembrei-me de reler uma passagem do "Diário" de Torga, no ano de 1947, o do meu nascimento, em Viseu, ali à beira do Vouga, serra de S. Macário à vista, S. Pedro do Sul a dois passos. Apeteceu-me. Gosto muito do Torga.
Respiguei isto, escrito em 8 de Janeiro de 1947:
"...
Aqui é preciso aceitar tudo, porque o trigo e joio fazem parte do mesmo corpo, sem possibilidade de separação. Daí, a multiplicidade, partidos, controvérsias, oposição. A uniformidade social é a monotonia de um batatal. E a história perdoa tudo, menos a monotonia.
..."
O que se estará a passar no mundo? Ainda nem sequer passei os olhos pelas notícias on-line.


Mais um foguete!... Deve ser para recordar os mais distraídos que já mudámos de ano de calendário!


12h50 tmg................................................................... já cá volto
(é possível que, enquanto em edição, pelo menos, algumas gralhas pousem por aqui...espero que só temporariamente...
E mais, ainda temos a questão do Novo Acordo Ortográfico; obrigado, Alda, pela sua sugestão de não me preocupar com esse acordo(des).
-
Já são 18h45m, noite cerrada. Continuo sem saber nada do que se passa por esse mundo fora. Estarei a perder alguma informação relevante? Algo que possa vir a contribuir para a melhoria da nossa vida? Os chineses já compraram mais algum pedaço de Portugal? 


Entretanto, cá temos passado o dia em trabalhos de manutenção da casa. Um pouco a contragosto, que me apetecia começar o novo ano nas calmas, acabei por passar o dia às voltas com um berbequim, chaves de fenda, martelo, alicate, parafusos, prateleiras, alguns trabalhos na minha oficina, uma parafernália de todo o tipo de material e ferramentas acumuladas ao longo de várias décadas de vida.  


Finalmente dou por terminado este apontamento, por ora. Deixa-me lá dar uma espreitadela pela janela dos noticiários da rádio e tv.
Antes, vou ver o que se anda por aí a badalar na net.


Mais foguetes! Tem sido isto toda a tarde, aqui pela zona do Vale do Lis, a nascente a meia dúzia de passos. Nem sei para quê, talvez para espantar os espíritos ruins que nos andam a acenar com sombras esquisitas moldadas em silhuetas indefinidas!...


Ora então vamos a ele, ao 2012!
Que venha em paz!
Que venha com menos egoísmos!
Que os governantes da Europa e do resto do mundo assumam um genuíno compromisso de honra em como vão defender a qualidade de vida dos cidadãos!


@asnunes  

2011/12/30

Bom Ano de 2012, mais que o melhor possível, se possível!...



 Venho desejar a todos os navegantes da WWB que aqui aportem, 
um Bom Ano de 2012, 
o melhor ano possível, 
digo, melhor que o melhor possível...


Letra: Sérgio Godinho 
MúsicaFrancisca Cortesão
"Mútuo Consentimento" 

  • A minha filha Inês (também devem andar por aqui os ouvidos dos meus netos, a Mafalda e o Guilherme) ofereceu-me o CD no Natal.
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Também anda aos pinotes pela Internet:


Desculpem lá o gesto, mas há alturas em que uma pessoa não consegue resistir...
@asnunes  

2011/12/29

Eça em Leiria, um grafite a evocar "O Crime do Padre Amaro"

Cheguei ao Largo da Sé, em Leiria, descendo a Rua Cónego Sebastião da Costa Brites, aquela calçada que vem do Largo Manuel de Arriaga, ali ao Governo Civil (ex-Governo civil, que agora já não há governadores civis, sei lá), quem vem da zona do Castelo.
Reparo na azáfama dum fotógrafo, às voltas com o melhor ângulo para fotografar a gravura estampada na parede, como se mostra na foto. Arte Grafite, diz-se.
Se se ampliar, pode ler-se a seguinte legenda: "O seu nome era Amaro Vieira". Ficámos por ali um bocado à conversa sobre quem é o autor daquele mural, parece que já o "Correio da Manhã" andou a investigar quem será o artista mistério (actualização: ver vídeo TVI24), que já fez apresentações deste género, mas sempre originais e propositadas, em vários pontos da zona de Leiria. 
Será Leiriense?
Acabámos por chegar à conclusão que até já tínhamos trabalhado na mesma empresa, há muitos anos atrás, falámos imenso sobre máquinas fotográficas, objectivas, lentes, aberturas, velocidades, sensibilidade, tempos passados em que a fotografia era com rolos, etc. etc., trata-se do Filipe, repórter fotográfico profissional, pareceu-me pessoa já muito experiente e activa, falámos do "Diário de Leiria", de Agências de Informação, etc., a primeira página do DL vai trazer hoje, 29 de Dezembro, uma reportagem sobre esta história do artista mistério, acabei por lhe tirar esta foto, os fotógrafos raramente ficam nos "bonecos" está bom de ver, entretanto eu também acabei por tirar uma data de fotografias.
Fiquei com a ideia de que o Eça também estava metido nesta história e lá fui dar mais uma espreitadela no "O Crime do Padre Amaro". E lá está, na pág. 11 da edição da "Lello & Irmão - Editores", não tem a indicação do ano em que foi impresso, mas deve ser dos anos 50/60 do século passado:
"..., o pároco José Miguéis foi definitivamente esquecido.
Dois meses depois soube-se em Leiria que estava nomeado outro pároco. Dizia-se que era um homem muito novo, saído apenas do seminário. O seu nome era Amaro Vieira. ..."
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@asnunes 

2011/12/25

Natal 2011...ao cair do pano

Tinha acabado de assistir ao lançamento da IV Antologia de Poetas Lusófonos (Ed. Folheto-Leiria). O dia estava a declinar. Escola Superior de Educação, tinha-me sentado ao volante do meu carro para regressar a casa, na Barreira. Este crepúsculo mostrou-se em todo o seu esplendor. Não resisti a captá-lo nesta fotografia. 
@asnunes
Posted by Picasa

2011/12/23

Natal em Portugal... 2011

Em Leiria, algures numa rua do centro (não, não é na chamada Zona Histórica, ainda que seja no centro) o Pai Natal, a reflectir sobre se devia seguir viagem a voar com um saco às costas e entrando pelas chaminés das casas, se via satélite, ou mesmo via antena tradicional 
(ponham-se a pau que a TDT é já para o princípio de 2012, há que comprar o aparelhozinho que transforma o sinal digital terrestre de televisão para se poderem ver os canais do pacote da TV não paga) 
{não paga?! então e os 6 Euros de taxa não é pagamento? a propósito, porque é que os assinantes de TV da Meo/PT, da Zon e outros que tais, paga e bem paga, também pagam essa taxa, que até está bem dissimulada na conta da Luz/EDP? Já sei que me vão dizer que é por causa da Televisão e da Rádio Públicas; pois, mas os impostos que pagamos não é para o Estado proporcionar serviços públicos aos seus cidadãos? ou é para desbaratar a pagar honorários e avenças chorudas a uns quantos?)}
Quezílias à parte. 
É Natal.
Este presépio é todo bolo.
Sim, bolo, para se comer.
Aliás, já foi comido.
E que bem soube às crianças duma escola aqui de Leiria.

A receita pode ser pedida à Zaida, que ela é que o concebeu nas suas várias facetas: design, confecção culinária e entrega ao "domicílio".

Que passem um Bom Natal, queridos/as amigos/as e companheiros/as de jornada bloguística, ao menos na expectativa de melhores dias, não para já, temos que ter paciência e ir furando o cinto até onde for possível...
Talvez lá para 2013...ou será 2015?!...

É que já ouvi da boca do Primeiro Ministro as duas versões!...
Só nos resta estar atentos aos acontecimentos e, se for o caso, fazer valer a razão da nossa opinião! 
Não podemos é baixar os braços!... 
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ps: 
cá continuo nesta indecisão:
AO, sim?
AO, não?
Talvez sim, talvez não. Para já.

2011/12/21

Gosto de ti...


Do lado de cá, o Ivo; do lado de lá, a Mia...


Porque gosto de ti...


Gosto de ti, porque és a simpatia
Dos entes raros e idealizados
E porque  tens a invulgar magia
Que conforta os que à Dor são condenados.


Gosto de ti, porque és a luz dum dia
Ameno, sem orgias nem pecados,
Luz que suaviza, acalma e acaricia
Meus dias penumbrentos, macerados!


Gosto de ti, porque há no teu olhar
A doce placidez dum lindo olhar
Onde flutuam pétalas de amor!...


Gosto de ti, porque a tua alma sã
Lembra um canto sublime de Chopin
Que nos transporta a um Mundo Superior!...

(Encontrei este soneto num livro, ed. de 1958, Lourenço Marques
Sombras, poemas por Anunciação Prudente)
@asnunes

2011/12/19

Largo da Sé, Rua da Vitória, Leiria - Sweet Dreams


Um dia destes, 
no Largo da Sé, 
em Leiria,
chovia, 
ouvia-se
Eddie Vedder
e o seu Ukulele.
-
Em tempo - dia 20:
Este meu blogue continua um grande companheiro. 

(A minha filha Inês... (depois conto)...).

Cá vai servindo para me manter em ação, em contacto com os meus amigos que por aqui vou encontrando, aturando as minhas notas dispersas, muitas vezes bastante dispersivas... experimentalistas, também (não só as palavras, todo o manancial de inovações multi-media (ou será que devia escrever multimedia?))...
-
Ah,  e que dizer do Novo Acordo Ortográfico? Já comecei a ensaiar escrever em conformidade. Mas ainda ando um pouco confuso. Olho para as palavras que me vão saindo do teclado e não as reconheço. 
Mas que grande desassossego!

(Aguardo com alguma ansiedade...notícias do Hospital...14h...)
...
21h
Correu tudo  bem. A Inês, minha filha, já está em recuperação. Esperemos que depois de amanhã já esteja em casa, ao pé da família, depois de lhe ter sido extraído o apêndice, por via das dúvidas.
@asnunes

Sentido obrigatório


Estamos quase a entrar no Inverno de calendário. Margem esquerda do rio Lis, em Leiria, na zona do Arrabalde, junto à Piscina Municipal.
Não resisti a tirar esta foto, por um lado, para mostrar o aprazível circuito de manutenção dos cidadãos, construído ao abrigo do programa Polis (há 6 anos, mais ou menos), por outro, pela curiosidade de ter apanhado em flagrante delito um ciclista.
É que os sinais indicam que devia virar à esquerda, mas o senhor seguiu em frente, pela mesma via dos peões. Diga-se, em abono da verdade, que nem sei mesmo se algum dos ciclistas que por ali passeiam, reparará sequer naquele sinal de advertência/trânsito.

O que é que acham? Se um polícia, daqueles que andam de caderninho na mão, todos pressurosos, a fiscalizar veículo a veículo, os automóveis com tickets fora de tempo ou mesmo sem eles nos variadíssimos locais de estacionamento, pagos ao cronómetro, na cidade, observassem esta manobra, multavam o ciclista?

Não me parece, o alvo está bem definido. O automobilista é uma das principais fontes de receita para o Orçamento da Câmara e do Estado em geral. 
@asnunes

2011/12/16

Um diálogo permanente com o Universo



...
não posso adiar para outro século a minha vida
nem o meu amor
nem o meu grito de libertação


António Ramos Rosa - em 1961
-
Ele quer levar essa descida ao extremo limite da integração cósmica (embora, como dissemos, acabe por integrar o cósmico na sua atmosfera pessoal), ao máximo de comunhão entre Corpo e Terra, para se sentir despojado, longe da cadeia do mundo convencional, livre, enfim (até onde essa liberdade lhe é possível...).
(in Ensaio de João Rui de Sousa sobre António Ramos Rosa no nº 1 da Revista bandarra - Primavera 1961)
-
                   em dia de 7º aniversário deste blogue.            
@asnunes

2011/12/11

DISPERSAMENTE: Índice analítico (Anotações) - Demolição da Capela das Chãs

http://dispersamente.blogspot.com/2010/06/capela-das-chas-regueira-de-pontes.html (c)
http://dentrodetioleiria.blogspot.com/2010/07/chas-capela-propriamente-dita-e-um.html

Estou a consultar a edição desta data do livro "Couseiro"(b)
Numa vista rápida encontrei, inesperadamente, referências à capela das Chãs. E veio-me à lembrança a actualidade deste tema, que, aliás, já aqui tenho abordado noutras oportunidades (*). De modo que achei por bem aqui deixar este memorando (a).
Seguindo o link (c) acima e outros relacionados pode ficar-se com alguma informação sobre esta questão tão candente como é o da demolição da capela das Chãs - Regueira de Pontes - Leiria.

foto incluída na entrada com link (*)

Entretanto, acrescentei na entrada correspondente, neste blogue, uma nota (a), em jeito de comentário, agora que temos mais à mão as memórias do Bispado de Leiria, ou seja, as memórias dos principais acontecimentos e da situação vigente à altura do manuscrito "O Couzeiro", que terá sido escrito no séc. XVII(b) :
-

(b) Foi editado, recentemente (A sessão de lançamento no passado Sábado, no Arquivo Distrital de Leiria, constituiu uma autêntica lição de sapiência proferida pelo Padre Dr. Luciano Cristino) o livro, cuja capa se reproduz ao lado, que publica o conteúdo do manuscrito mais notável da bibliografia de Leiria, COUSEIRO, e que é, na sua essência, a transcrição da 2ª edição, de 1898. Temporalmente, o Couseiro original, cobre principalmente os finais do século XVI até à primeira parte do século XVII.

Tenho a honra de ser um dos 200 subscritores desta edição.

Será natural que volte a referir pormenores deste evento e do conteúdo desta bem vinda edição.

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(a) e (c)
as-nunes disse...


Caro amigo TV
Por acaso vim aqui recapitular este tema e deparei com esta sua nota.


É sempre mais uma achega.

De qualquer modo, pode ler-se no "COUSEIRO", ed. da textiverso - 2011, a pp 174 a nota (26) em que se pode inferir que já em 1712 existia ali uma capela, ultimamente conhecida por a Capela de N. Senhora das Necessidades...

Enfim, um caso de lesa-património, mas que, pelos vistos, em tempo, não houve vontade nem engenho de resolver com um projecto em que não fosse necessário destruir o legado dos nossos avós, no que à preservação da nossa história diz respeito.

António Nunes

2011/12/10

A EMA


Em pose
olhar indeterminado
mas atento
estás à espera de quê?
interroga-me ela?


flap...
eis a Ema
toda catita,
com pinta...

(entretanto, as cimeiras da UE continuam a dar em águas de bacalhau)
@asnunes


2011/12/09

De crepúsculo em crepúsculo até ao eclipse total da UE?

 Na direcção Ocidente, o snr. Obama a clamar, que o Euro até faz falta...para servir de almofada!...
Ao mesmo tempo, na direcção Leste, a Europa, nas nuvens, declarações e mais declarações, as peças do xadrez a posicionarem-se, os jogadores a fazerem bluff...
Assim vai a União Europeia...em vésperas de Natal de 2011

Mas qual é, afinal, a questão? Dinheiro? Então, mas o BCE não pode imprimir €uros em quantidade suficiente para emprestar a juros decentes aos membros da zona €uro em dificuldades? 
Além do mais, os sócios da UE mais aflitos, já provámos à saciedade que até somos bem comportados, que agora que há regras rígidas (à custa do Zé, do Zé Povinho, nada de confusões) para melhor controlar o Défice Orçamental até seremos capazes de equilibrar as contas públicas.

Tudo o que se passa nestas cimeiras é só folclore, quem é que acredita que se vai deixar cair uma moeda tão bem cotada como o €uro? 
Deixem-se de fitas! Se o BCE não pode servir de Banco para financiar a UE então para que é que queremos o BCE? Para controlar a inflação na zona Euro?! 

Resumindo estas "doutas" reflexões deste blogue (02h00AM):

1- Não se vai decidir nada de concreto;
2- Fica na calha permitir que o FEEF possa substituir o BCE como Banco financiador;
3- Os países pobres da UE passarão a comprometer-se a ser cada vez mais pobres;
4- Mesmo assim, as suas Dívidas Públicas serão pagas a prazos infinitos, mas os juros estarão sempre a contar;
5- Daqui a umas gerações logo se fará o balanço final.

Amanhã, Sexta-Feira, cá estaremos para conferir!...



2011/12/07

Barreira - Leiria: 4º Aniversário do Coral AdesbaChorus



Esta montagem-vídeo pretende transmitir uma ideia da admiração que nutro pelo trabalho desenvolvido pela valência cultural da ADESBA - Associação para o Desenvolvimento e Bem-Estar Social da Barreira.
No passado Domingo, este grupo coral, comemorou o seu 4º aniversário, promovendo um encontro de coros na Barreira, local da sua sede. 
Esses grupos corais foram, para além do aniversariante:
- Coral de S. Pedro, Gouveia
- Coro Municipal Carlos Seixas, Coimbra


As minhas ligações à Adesba já vêem de longe, dos tempos em que tomei um contacto mais íntimo com as questões desta freguesia, através da minha participação na sua gestão autárquica entre 2001 e 2009, quer na sua Junta quer na Assembleia de Freguesia. Foram momentos inolvidáveis.
De tal maneira passei a viver esta freguesia, que também é a minha  desde 1992, que acabei por escrever e publicar um ensaio monográfico sobre esta terra e as suas gentes, edição de 2005, sob o título "Caminhos Entrelaçados - na freguesia da Barreira". 


A participação nestes eventos é sempre uma boa oportunidade para rever amigos, dos quais, devido às contingências da vida - não tão poucas vezes como isso - andamos afastados, cada um a tratar de orientar a sua vida, o melhor que pode e sabe.


Que cada um de nós faça a sua parte, e a sociedade funciona melhor, de certeza absoluta.
Não podemos é cruzar os braços...


Muitos parabéns, coralistas, maestro Jorge Narciso e direcção da Adesba e AdesbaChorus, por este 4º Aniversário. 


A vossa dedicação está a dar os seus frutos. 
@asnunes

2011/12/04

Alves Redol: Uma Fenda na Muralha; reedição apresentada na Nazaré

Miniaturas dos barcos de pesca Nazarenos. O do lado direiro, "Mar Santo ", foi o barco onde Alves Redol viveu uma extraordinária aventura de Medo e de Coragem, na companhia de pescadores da Nazaré.
Talvez que dessa quase-tragédia, tenha resultado o nome do livro "Uma Fenda na Muralha". Segundo algumas interpretações, a do próprio filho que esteve presente na sessão da Biblioteca (ver vídeo abaixo), o título do livro significa precisamente o milagre que foi, o barco em que seguiam, ter conseguido, in extremis,   furar a muralha que eram os enormes vagalhões que assaltavam, nos mares da Nazaré, aquele barco, o "Mar Santo".
O filho do mestre desse barco, o Snr. Diamantino Peixe, contou-nos essa história, que foi o que inspirou a escrita daquele livro durante pouco tempo após o sucedido em alto-mar, quando já toda a Nazaré, se preparava para enfrentar a grande desgraça, que teria sido mais um naufrágio, para cúmulo, com um barco em que Alves Redol se tinha prontificado a viajar para viver na companhia dos próprios pescadores, as suas ansiedades e expectativas da pesca.

Alves Redol, ao seu lado direito, o filho António Mota Redol, que apresentou a reedição do livro, "Uma Fenda na Muralha", na Biblioteca Municipal da Nazaré.


No vídeo que a seguir será aqui colocado poderão ouvir-se outros pormenores da vida de Alves Redol, da ambiência política e social em Portugal, nos anos 60 e dos escritores famosos e de referência da época, particularmente do neorealismo literário, Manuel da Fonseca, Piteira Santos; Cardoso PiresFernando Namora e outros.
 
nota: 
O snr. Diamantino Peixe acima referido, vê-se, neste vídeo, na mesa, ao lado direito de António Mota Redol, enquanto este falava sobre o seu pai, Alves Redol.
@asnunes

2011/12/03

Nazaré e o Centenário do Nascimento de Alves Redol



Estivemos, no passado último feriado do 1 de Dezembro, na Nazaré. Um grupo de amigos, de boa idade, mas sempre alerta. Depois de almoçarmos uma boa caldeirada no "Sete Saias" lá seguimos a pé até à casa do casal Soares Duarte. Pelo caminho, ali na marginal, de braço dado com o mar, as suas inseparáveis gaivotas e o belo areal daquela que é, por muitos, considerada a mais bonita praia de Portugal. 

Claro, dispersei-me do grupo e lá andei, uns momentos, nas asas duma daquelas gaivotas que por ali espreitavam pela sua oportunidade de ver o peixe a saltar...
---
Reedição do Livro “Uma Fenda na Muralha” de Alves Redol apresentada na Nazaré


    A Biblioteca Municipal da Nazaré realiza, no próximo sábado, 3 de Dezembro, às 16h00, uma sessão de apresentação do Livro “Uma Fenda na Muralha”, de Alves Redol, reeditado, que contará com a presença de vários convidados. 
    António Mota Redol, filho do escritor,  pescadores que privaram com Alves Redol e a Comunidade de Leitores da Biblioteca Municipal da Nazaré (que arrancou as suas actividades com a leitura e discussão desta obra), entre outros convidados, são as presenças confirmadas nesta sessão, marcada para o próximo sábado.

    Esta iniciativa surge na sequência do Programa Nacional de Comemoração do Centenário do Nascimento de Alves Redol (1911 – 2011), que tem desenvolvido, ao longo deste ano, inúmeras actividades pelo país, e que já trouxe à Nazaré, ao Centro Cultural, em Setembro, a  Mostra Bibliográfica sobre o escritor, organizada pelo Museu do Neo-Realismo de Vila Franca de Xira.

    A Nazaré acolhe agora mais uma iniciativa dedicada ao escritor com a realização da sessão de apresentação de “Uma Fenda na Muralha”, livro (original lançado em 1959) que retrata o quotidiano nazareno dessa época. 
    in
    http://www.cm-nazare.pt

    Lá estaremos!...
    @as-nunes

    2011/12/01

    Estado crepuscular


    Nem é de noite nem é de dia, nem é Barreira nem é Cortes, rua, ora sossegada ora com o ruído de automóveis a subir, só com iluminação pública/natural da via pública ou também com iluminação privada.

    Era só para observar as diferenças de tons das cores destas duas fotografias tiradas no mesmo sítio e no mesmo momento (mais coisa menos coisa)...
    Interessante, muito interessante.... fronteira, luz, sombra, público, privado... 

    Orçamento do Estado Português mais gravoso de que há memória nas últimas décadas. Aprovado pela maioria governamental, cortes e mais cortes, tudo "A Bem da Nação"!

    Os meus pensamentos num turbilhão!...

    Ah, pois...hoje, por sinal até será o último 1º de Dezembro que vamos comemorar na sorna, com direito a feriado nacional.
    Quer dizer, deixa de haver o 1º de Dezembro, ou seja, já não nos interessa por aí além, que em 1 de Dezembro de 1640 nos tenhamos livrado do domínio dos Filipes, nuestros hermanos
    E deixem-me que vos diga, não será premonição do que irá acontecer nos tempos mais próximos? Ou nos federamos a nível da União Europeia - política, económica e financeiramente - ou então voltamos à antiga, cada um que trate de si, com a sua própria moeda, fronteiras controladas a rigor, salve-se quem puder!

    A Alemanha, mais uma vez, a tramar a Europa! Até parece que serão auto-suficientes, que podem muito bem viver sozinhos!

    Foi para isto que, após tratados e mais tratados, assinados e jurados por homens decididos, se lançou a Europa na aventura fantástica que era a ideia duma Europa Unida para o que desse e viesse, mas no sentido do incremento dum verdadeiro espírito de Solidariedade?

    Infelizmente parece que este sonho já está a entrar no difuso campo do crepúsculo. Ainda se vêm umas luzes, mas por quanto tempo mais?

    Vim aqui só para tagarelar um bocadinho e acabo chamuscado com esta tremenda inquietação destes tempos inquietantes!


    penosos   estes pensamentos
    cortados em fragmentos
    europa   uma riça?
    chiça!...
    @as-nunes