2012/05/12

A minha rua, mais um sinal da crise? a juntar a mais uma asnice de PPC


Que mais dizer?
Não chegam estas imagens?
Todos os dias a ver,
Ninguém lê estas mensagens?!


Quanto ao Stop


Até posso aceitar,
Diabo, que maçada, 
Que só nos manda parar,
Pois então, vai cacetada,
Precisamos de avançar!...


Com que então, Passos Coelho
Nem é mau o desemprego?!
Pode ser um aparelho
Que nos evite ir ao prego?!...


Bem me esforcei por acompanhar a mensagem pretensamente filosófica do Primeiro Ministro, ontem, na Assembleia da República, mas não consigo chegar tão longe... 


(escusa de vir com explicações de interpretação do espírito dos termos que usou, que nós já estamos calejados!
O que está dito, dito está!...e nós ainda ouvimos bem!).

Defeito meu, certamente!...

E de milhões de desempregados, agora aconselhados a esquecer que a vida não é, também, trabalhar por conta de outrem, com dedicação, talento, consciência e... 

salário, já agora!...

Aliás, o ultra-liberalismo, que saibamos, ainda não descobriu maneira de substituir o labor do homem e da mulher na criação da riqueza!
Se não forem os trabalhadores a dar o seu contributo decisivo à Economia onde está o caminho para o Desenvolvimento?

Asnices!...
@as-nunes 

2012/05/09

Acácio de Paiva: um dos cinco autores no Mercado de Sant´Ana, em Leiria

Um dos grandes vultos das letras Leirienses é, incontestavelmente, Acácio de Paiva.
Já aqui tive ensejo de escrever, por variadíssimas vezes, sobre tão ilustre personagem de Leiria, de modo que não me alongarei na sua apresentação (ver link).
A Câmara Municipal de Leiria, deliberou dar destaque, no roteiro cultural de Leiria para este mês de Maio, a uma iniciativa deveras interessante e que deveria ter a merecida atenção das pessoas que gostem de Leiria, da sua história, dos seus antepassados que dedicaram as suas vidas à Literatura, neste caso particularmente à Poesia, ao Teatro e ao Jornalismo. E temos razões de sobra para nos orgulharmos, nós os Leirienses (também o sou, ainda que Viseense de nascimento e de afetos), pelo excecional painel de ilustres autores indelevelmente ligados a Leiria, seja por nascimento seja por aqui terem passado uma parte relevante das suas vidas, tais como:
- Francisco Rodrigues Lobo
- Acácio de Paiva
- Afonso Lopes Vieira
- Eça de Queirós
- Miguel Torga

Como se pode ver no fac-símile da pág. 08 da LEIRIAGENDA - Mercado do Livro de Leiria (Mercado de Sant´Ana) acima reproduzido, este vosso humilde autor deste blogue, estará, no dia 31 de Maio próximo, na companhia de sua mulher Zaida Paiva (poetisa com livros publicados) e Paulo Moreiras, escritor com múltiplas provas dadas na área da publicação de livros e de colaborador de imensos jornais, em conversa amena e descontraída para se falar sobre Acácio de Paiva
Estas conversas irão ter lugar no interior do Mercado de Sant´Ana de 30 de Maio a 1 de Junho, entre as 21h00 e as 22h00.
Lá esperamos a vossa presença. No dia 31 como nos outros dias, claro está, não só porque se vai conversar sobre outros autores de mérito reconhecidíssimo mas também porque as mesas são constituídas com pessoas de muito saber e experiência. 
Quem sabe não se poderão proporcionar bons motivos de  diálogo e de convívio!
-
Em tempo: mais sobre Acácio de Paiva, (aqui) e (aqui).

Intervalo... campos do Lis

 

2012/05/07

Intermitência de dois, três dias...



Durante uns dias provavelmente não darei sinais de vida aqui no meu blogue mas ando por aí, afazeres profissionais inadiáveis...


Entretanto:


1 - antes que a chuva fugisse lembrei-me de aprisionar umas gotas, só umas gotas...
2 - a Ema prestou-se a este tratamento digital. Coitada da Ema!


@as-nunes 

2012/05/06

Campos do Lis: à luz inesperada do sol dum dia de fortes aguaceiros

foto tirada nos campos do lis junto à Barosa.

No interim... 

Muita coisa se poderia fazer pela poesia:
a - Esfregar pedras na paisagem.
b - Perder a inteligência das coisas para vê-las. (Rimbaud)
c - Esconder-se por trás das palavras para mostrar-se.
d - Mesmo sem fome, comer as botas.
e - Perfuntar distraído: - O que há de voçê na água?
f - ...
(com base no que Manoel de Barros escreve no livro "Matéria de Poesia")
@as-nunes 

Olá mãe

A minha mãe chama-se Encarnação, tem 86 anos, o meu pai ao lado, será que está a ver se compra um relógio moderno, desportivo?


Olá Mãe, bom dia,
Sei que a Lourdes está aí
Que houve missa
Na capela do Casal

Beijinhos do teu filho sexagenário e tal…

António

2012/05/05

Depois das chuvas de Abril...



Hoje ao final a tarde, a oriente, começaram a notar-se umas abertas no céu. O próprio arco-íris surgiu, timidamente embora, mas foi o suficiente para dar um sinal de que, para agora, já caiu chuva quanto baste.

Este ano decidimo-nos a fazer um pequeno investimento em depósitos de água, que nos permita recolhê-la diretamente das caleiras do telhado. Ao todo devemos ter conseguido armazenar talvez uns 1.200 litros. Já poderá servir para aguentar as regas do horto e do jardim, durante algum tempo, em caso de ausência mais ou menos prolongada de água da chuva ,o que, segundo os meteorologistas, poderá vir a acontecer a partir da próxima semana. 
Fala-se em temperaturas máximas que poderão chegar aos 30 graus. 

Vamos lá  a ver...
@as-nunes 

2012/05/03

Cowboys em Portugal

Hoje à tarde, ia eu a caminho de casa, tinha ido comprar uns pés de couve "penca" e "trouxa" para plantar no meu jardim/quintal (quer dizer o meu jardim adaptado para as várias funções, dar flores e frutos e produtos hortícolas, tudo tratado manualmente cá com a prata da casa), eis que começo a ouvir na rádio, "Janela indiscreta" do Pedro Rolo Duarte, jornalista que me habituei a escutar na Antena Um, "Hotel Babilónia", (em parceria com o João Gouvern) e a seguir no seu blogue, em determinada altura ouço-o fazer referência a várias reações dos bloggers (bloguistas, como se queira) àquela famigerada escaramuça social que foi protagonizada pelo "Pingo Doce", sobejamente divulgada na TV, rádio e jornais, percebi então que já andava por aí um vídeo da rapaziada da Rádio Comercial.

Uma cowboyada à moda antiga, se calhar o FarWest mudou-se cá para este lado do Atlântico. Só que, agora, não é uma cowboyada só para ver no cinema, é uma sequência de cenas reais, actuais, espelho do momento que se vive em Portugal.

Entretanto, também tomei conhecimento de que hoje o Jornal de Negócios traz um Editorial, assinado pelo seu Diretor, Pedro Santos Guerreiro, a abordar as várias implicações desta atitude inesperada e aparentemente inconcebível do ponto de vista comercial, concorrência desleal, fala-se em "dumping" e isso é muito "feio".
Da sua leitura permito-me ressaltar as seguintes NOTAS:

1 - Visto, é inacreditável: uma turba faminta amotina-se, espanca-se, enlouquece, encena uma pilhagem sórdida. É uma miséria de marketing. É um marketing da miséria.
2 - Dar uma margem de 50% num cabaz significa ter uma margem média de 100% para ganhar dinheiro.
3 - Esta é uma campanha de "hard discount", na senda duma estratégia que já traz a experiência obtida na Polónia, com grande sucesso há quase uma década. 

Ou seja:

- Este facto rocambolesco aconteceu pela primeira vez em Portugal, precisamente no dia 1 de Maio;
- Os gestores viram um livro com curvas de oferta e procura;
- Os juristas viram um livro de direito da concorrência;
- Ficámos a saber como está o país;
- A violência que não se vê nas manifestações de rua comprime-se no afã vidrado de uma fila de supermercado.

Resume o editorialista citando Shakespeare, no "Rei Lear":

"Esta é a praga deste tempo, quando os loucos guiam os cegos".

nb
Aconselho vivamente a leitura integral deste editorial.
Há que meditar e atuar em conformidade sob pena de o nosso país descambar numa anarquia ainda mais perigosa do que a que se vive atualmente.
@as-nunes 

Ana e António






Ana e António

A Ana e o António trabalhavam
na mesma empresa.
Agora foram ambos despedidos.
Lá em casa, o silêncio sentou-se
em todas as cadeiras
em volta da mesa vazia.

«Neo-Realismo» dirão os estetas
para quem ser despedido
é o preço do progresso.
Os estetas, esses, nunca
serão despedidos.

Ou julgam isso, ou julgam isso.

Mário Castrim
Poemas Maio
Trabalho, luta

@as-nunes 

2012/05/01

Como foi possível deixar que tão poucos tenham desgraçado a vida de tantos milhões?!...


Dia do TrabalhadorHoje, a Google, talvez a maior empresa multinacional de prestação de serviços da Internet e de efeitos multimedia, em fase de uma autêntica revolução nos moldes de funcionamento, abre a sua página, desta maneira. 
Quando o Dia do Trabalhador foi formalmente instituído, nem se sonhava sequer que algum dia a tecnologia das comunicações chegaria ao ponto atual, de que a Google é o expoente máximo, conjuntamente com o Windows/Microsoft como sistema operativo por excelência.
Pode-se dizer que a Google dá trabalho a muitos milhares de trabalhadores e que contribui para facilitar uma mais racional organização do trabalho, particularmente o científico e cultural.
Mas que, simultaneamente, obrigou a uma viva discussão sobre o melhor processo de evitar tantos despedimentos motivados pela revolução tecnológica atual e consequente substituição do homem pela máquina e processos automáticos de produção.
Uma verdade, porém, é incontestável.
A Humanidade é condição indissociável da natureza do próprio Homem. Logo, a tecnologia só é útil se contribuir para o bem estar do Homem.

DIA DO TRABALHADOR

Dia do Trabalhador, a mim, faz-me recordar os meus 27 anos, a comemorar o primeiro 1 de Maio em Liberdade, já lá vão 38 anos.
Uma festa indescritível, a rotunda do Marquês cheia de automóveis com bandeiras de Portugal, a circular em voltas sucessivas, buzinadelas, pessoas fora das janelas com o V da vitória, punhos cerrados, cravos vermelhos, canções revolucionárias, sorrisos de orelha a orelha, muita confraternização, afinal passámos a ser todos iguais, cheios de vida e entusiasmo, vivas e mais vivas,

Viva o 25 de Abril
Viva a Liberdade
Viva o 1º de Maio
Viva o MFA

Fascismo nunca mais

Hoje é o que se vê! 
Como foi possível deixar que tão poucos tenham desgraçado a vida de tantos milhões?!...