2012/09/30

? Javardices ! ...


Sem Governo o que é que andamos a fazer de Portugal ?

- Ultimas javardices:

António Borges, diz que Conselheiro do Governo:
"Os empresários portugueses são uns ignorantess";

Ministra da Justiça:
"A impunidade acabou"

Ora bolas!...
---
"Uma mentira comum da propaganda é estar sempre a dizer que "ninguém apresenta alternativas", o que não é verdade. Mas o Governo não quer ouvir, e onde hoje toca estraga tudo e acabará por ser derrubado ou por cima, porque os poderosos que sempre o apoiaram o vêem hoje como um empecilho e um risco, ou por baixo, pela multidão. Em ambos os casos é um caminho muito perigoso, até porque começa a perceber-se que é um caminho sem alternativas..."
José Pacheco Pereira 
(aqui)
@as-nunes

2012/09/29

Livros, escritoras, editoras ...

 Maria Manuel Viana e Patrícia Reis
 Elsa Ligeiro no uso da palavra

No âmbito do 13º aniversário da editora "alma azul", a que fiz referência no registo anterior:

1 - As duas escritoras convidadas, Maria Manuel Viana e Patrícia Reis, no decorrer das apresentações dos seus livros;
2- As escritoras e a editora, Elsa Ligeiro, enquanto esta, no meio de lágrimas de comoção e alegria, ia dizendo sobre a editora e os seus projetos para o futuro, ao mesmo tempo que tecia rasgados elogios ao trabalho das duas amigas e escritoras presentes;
3- Os livros, ao fim e ao cabo os temas de animação deste convívio literário:
-
Por Este Mundo Acima
Patrícia Reis
ed. D. Quixote - 2011
Patrícia Reis nasceu em 1970, começou a sua carreira jornalística em 1988 no semanário O Independente, passou pela revista Sábado e realizou um estágio na revista norte-americana Time, em Nova Iorque. De volta a Portugal, é convidada para o semanário Expresso, fez a produção do programa de televisão Sexualidades , trabalhou na revista Marie Claire, na Elle e nos projectos especiais do diário Público. Editora da revista Egoísta, é sócia do atelier de design e texto 004, participando em projectos de natureza muito variada. Escreveu a curta biografia de Vasco Santana e o romance fotográficoBeija-me (2006), em co-autoria com João Vilhena, a novela Cruz das Almas(2004) e os romances Amor em Segunda Mão (2006), Morder-te o Coração(2007), que integrou a lista de 50 livros finalistas do Prémio Portugal Telecom de Literatura, No Silêncio de Deus (2008) e Antes de Ser Feliz (2009).
ouvir entrevista RTP
-
O verão de todos os silêncios
Maria Manuel Viana
Ed. Planeta - 2011

Na contra capa do livro de Maria Manuel Viana, escreve Inês Pedrosa:

"Num tempo em que a pirotecnia da citação passa por literatura, a voz de Maria Manuel Viana impõe-se pela singularidade de um universo povoado por personagens inesquecíveis, sobreviventes da memória, do esquecimento e da luz crua da paixão. A sua escrita envolvente obriga-nos a redesenhar os territórios da dor, do sonho, da inteligência e da cumplicidade. A viagem das três mulheres deste romance torna-se uma viagem aos lugares mais secretos de cada um de nós."

O convívio foi muito interessante e as escritoras prestaram-se a um animado colóquio sobre a arte de escrever livros, da influência muito subjetiva da crítica literária publicada em jornais e revistas e da necessidade de se escrever com tempo para investigar e aprofundar os temas que se tratam, de forma a se apresentarem à estampa duma forma original e instigadora à leitura.
(entrada na az-biblioteca)
@as-nunes

2012/09/27

Andarilhar por aí: Travessa da Paz - Vidigal




Uma travessa com rotunda e tudo ...

Hoje decidimos ir a Coimbra, ali à zona de Santa Clara-a-Velha, participar duma sessão de aniversário da editora "Alma Azul", da nossa querida e recente amiga Elsa Ligeiro. Fomos comemorar o 13º aniversário desta editora e atelier de artes.
Em boa hora Elsa Ligeiro convidou duas escritoras(*) para se apresentarem, falarem da sua atividade literária e não só, dos seus livros mais recentes. Julgo ser oportuno escrever uma crónica/reportagem sobre este assunto, já a seguir.

Vem isto para dizer que este "post" acabou por "ir para o ar" às 22h00, como eu o tinha agendado, mesmo antes de escrever uma linha ou duas, pelo menos, como é da minha praxe e estilo.
Ora acontece que acabámos mesmo agora de chegar a casa, são 23 horas... 

O que é que eu pretendia dizer? Nada de especial, a não ser que há momentos, os mais prosaicos, de inspiração da mais genuína e simples. À quinta feira costumo fazer o percurso Pousos-Barreira ,pelo que, com muita frequência, passo pela zona do Vidigal (Leiria). Só hoje é que reparei que sigo indiferente à placa toponímica acima e decidi que havia de dar uma vista de olhos àquela travessa.
É o resultado fotográfico dessa curiosidade que hoje aqui deixo plasmado.

(*) 
Maria Manuel Viana
O verão de todos os silêncios
ed. Planeta - 2011
-
Patrícia Reis
Por Este Mundo Acima
ed. D.Quixote - 2011

@as-nunes

2012/09/26

Possuem palácios, iates, aviões e limusinas, E evitam as ruas onde vivem os que não têm tecto.



ANTÓNIO

No Norte de África decerto se lembrou de outro santo, outro António,
Que séculos antes, junto ao Nilo fora tentado muitas vezes.
Bosh mostrou ao mundo as suas tentações,
Assim como Giotto mostrou ao mundo o doce Poverello.
«Dá-me a tua pata», disse Francisco ao lobo,
E a pata pousou na mão do santo que António seguiu e venerou
No tempo da lepra, da peste e dos mendigos.
Dava pão aos pobres, pedia pão aos pobres, era pobre entre os pobres
Este santo de Lisboa, sábio entre os sábios,
Que cantava nos caminhos e atacava com a palavra os poderosos e a usura.

Os mercadores-banqueiros de Pádua e Florença
Estão hoje em Wall Street, na City e noutras praças.
Possuem palácios, iates, aviões e limusinas,
E evitam as ruas onde vivem os que não têm tecto.
Os seus olhos não sabem abrir-se para o nascimento de uma rosa.
Escuta, Santo: continua a ser difícil dialogar com a usura.
Mais fácil é falar com o trovão, como fizeste.

Maria Amélia Neto
Colóquio Letras
Mesmo o Passado
É sempre incerto
Número 142 Outubro-Dezembro 1996
p. 159
@as-nunes

2012/09/24

Rio Lis, uma vista à soleira do Outono


O rio Lis, em Leiria, tem destes momentos mágicos ...


plátanos, do lado direito (margem direita);
tílias 





catalpas, do lado esquerdo.











2012/09/22

Portugal em reflexão (ed. revista)



Ai Portugal, Portugal!

Todos os portugueses têm o dever/obrigação cívica de se pronunciarem, objetiva e concretamente, sobre os problemas que afligem esta Nação milenar.
Cada um de nós tem uma opinião formada ou formatada de acordo com a sua vivência. 

A questão é que as instâncias do poder são demasiado autistas ou atuam exclusivamente na defesa dos setores da sociedade que lhes interessa. Normalmente os que detêm o poder do Capital, pois que, como se sabe, vivemos numa sociedade capitalista, pura e dura.

Talvez porque nos tenhamos acomodado, chegámos a esta miserável situação em que a gestão do nosso futuro está nas mãos de várias troikas:

- Troika propriamente dita (FMI, CE e BCE);
- Governo (Passos, Relvas e Portas);
- Troika portuguesa (PR, BP e CES).

E nós temo-nos limitado, como meninos bem comportados, a seguir ao ritmo do toque da caixa, mansamente, apesar de sermos "nobre povo/nação valente".
O Governo lança uns balões de ensaio e fica à espera da reação. E nós vamos emitindo as nossas opiniões. Às vezes até fazemos manifestações de rua! Algumas até são grandiosas, de fazer pensar em como o Povo, se quisesse, seria quem mais ordenava.

De qualquer modo, parece que os ventos que sopram auguram uma mudança radical na nossa maneira de olhar para os políticos que ocupam cargos na cúpula do poder.
Começam a ser acossados em todo o território nacional. O Povo começa a ir para a Rua e com ele na rua o Poder começa a dar sinais de desnorte. 

Para esfriar os entusiasmos encenam-se Conselhos dos partidos, do Estado, da Igreja ... 
E ficam à espera que as coisas se conciliem. E fingem que estão disponíveis para ouvir a voz do Povo.

Foi o que aconteceu com o famigerado tema das TSU.
Tanto foguetório, tanto folclore, tantas sumidades a aparecerem nos écrans da Televisão, nos jornais, e o Governo e a coligação que o apoia a testarem as suas estratégias político/ideológicas, que mais não foi o que andaram a fazer.
Então, quer dizer, o PM já anda a dizer por meias palavras (mais uns balões de ensaio, provavelmente), que vamos moldar melhor esta questão da TSU. Moldar como?

Ah sim, o IRS está aí mesmo à mão, nada melhor que extorquir mais uns milhares de milhões aos rendimentos do trabalho. E, claro, mais uma vez, a dita classe média (onde está?!) lá se terá de pôr a jeito para deixar nos cofres do poço sem fundo do OE o pouco que já lhe está a restar.

E atenção, muita atenção! 

Convém ter presente que ainda nada se decidiu, diz o nosso Presidente, só quando houver Orçamento do Estado é que se pode tomar uma posição séria sobre as contas públicas, os Planos de Actividade para o Futuro de todos nós e as estratégias a seguir. Entretanto, nós não temos qualquer razão para estar a dar palpites nem protestar. Afinal estamos a protestar contra quê? Contra declarações formais de intenção, apresentadas com pompa e circunstância, quer pelo Primeiro Ministro quer pelo Ministro das Finanças?!

Olha o desaforo deste “bom povo português”! …

A proposta que se segue vai ser mais do mesmo. Os trabalhadores é que vão ser sobrecarregados ainda mais para se fingir que se resolve o problema do défice, para que se possa fingir que vamos pagar a monstruosa dívida pública que os sucessivos governos de Portugal têm vindo a acumular, e que ninguém das altas instâncias do círculo do poder central, se tem mostrado interessado em averiguar das suas reais origens.

De facto, temos andado entregues à bicharada!

António Nunes
(um Zé do Povo)
@as-nunes
nb.: esta edição foi revista...23/09/2012-12h55
Os comentário até ao 6º estão conotados com a 1ª versão. Peço imensa desculpa.

2012/09/20

Que se lixem as Troikas ?!



Bem vou abrindo 
as porta(das) das janelas !...

E o que vejo?
Com mais luz
menos luz 
a paisagem 
minha velha conhecida
parecendo adormecida
não se dá por vencida
presto-lhe vassalagem.

Fosse esta paisagem
capaz de iluminar
as mentes 
das Troikas
que nos governam!  

Malfadadas Troikas
Fmi, BCE, Comissão Europeia
Relvas, Passos, Portas. (*)

É urgente também
julgar quem endividou
Portugal e os portugueses
quem tanto desbaratou
e nos deixou refém.

É urgente que se faça justiça!
-
(*) sem esquecer uma outra Troika Portuguesa:
- Banco de Portugal
- Conselho Económico e Social
- Presidente da República

@as-nunes

Guerra aberta da Cultura contra Passos Coelho ?


Pedro Dias, investigador e professor catedrático da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra

Depois de Maria Teresa Horta ter esta terça-feira recusado receber o Prémio Literário D. Dinis, outorgado pela Casa Mateus, pelo seu Romance "As Luzes de Leonor", das mãos do primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, sabe-se, menos de 24 horas depois, do teor da carta de demissão do diretor da Biblioteca Nacional de Portugal, António Pedro Dias, 60 anos.

Na missiva enviada a 11 de setembro ao gabinete do secretário de Estado da Cultura, Francisco José Viegas, explicando que terminou uma ligação de quatro décadas com o PSD por ter deixado de se rever neste partido.
Pedro Dias sublinha estar “completamente contra a política” de um Governo ao qual não reconhece legitimidade para se manter em funções depois de “ter renegado todas as promessas feitas ao eleitorado” e do qual não aceita “ser cúmplice”.

Algo vai muito mal no “reino” de Cavaco e Passos Coelho …

Não é impunemente que um partido em geral e um político em particular ganham umas eleições legislativas com base em promessas enganadoras …
@as-nunes

2012/09/18

Morreu Luiz Goes, um dos maiores cantores e poetas da música de matriz coimbrã

ASAS BRANCAS (1)

Quando era pequenino a desventura
Trazia-me saudoso e triste o rosto,
Assim como quem sofre algum desgosto,
Assim como quem chora de amargura.

Um anjo de asas brancas muito finas,
Sabendo-me infeliz mas inocente,
Cedeu-me as suas asas pequeninas,
Para me ver voar e ser contente.

E as asas de criança, o meu tesoiro,
Ao ver-me assim tão triste iam ao céu...
Tão leves, tão macias - penas de oiro -
Tão brandas como a aragem... como eu!

Cresci. Cresceram culpas juntamente,
Já grandes são as mágoas mais pequenas!
As minhas asas vão-se... ficam penas!
Não mais voei ao céu, nem fui contente.






(1) Sobre um tema de Almeida Garrett, com o mesmo título.
Esta canção, com música também de minha autoria, foi gravada em discos por Armando Góis (tio de Luís Góis), António Bernardino e ultimamente por Luís Góis.
Todavia, na data desta 2ª Edição, em outras gargantas se tem ouvido e gravado.
in
Do Choupal até à Lapa - Recordações de um antigo Estudante de Coimbra
Afonso de Sousa  (Ilustre advogado Leiriense, poeta e guitarrista de mérito, já falecido)
Coimbra Editora, Lda. - 1988





ps.:
Consta da minha biblioteca, uma extensa coleção dos livros publicados por Afonso de Sousa (1906-1993), dos quais destaco:
Farrapos 
(Leia-se a edição de  26 de Fevereiro de 2018 onde se inclui a caricatura de curso com referências a este livro e a Afonso Costa; esta refª tinha a ver com o facto de nos tempos de estudante se ter apresentado, em jeito de ironia, como o "Afonso Costa" (figura dominante da I República, como se sabe)).
Poesias (Quadras)
Breve notícia de uma geração artística
Frustração
Como eu vi alguns Museus da Europa
Sarça ardente e outras sarças
Roteiros subjetivos na minha terra (3 edições)
Antigas e novas civilizações - (O Egipto - O Brasil)
O canto e a guitarra na Década de Oiro da Academia de Coimbra (3 edições)
Breve Cancioneiro de Coimbra e Outras Trovas (3 Edições)
Do Choupal até à Lapa - Recordações de um Antigo Estudante de Coimbra (1988)  




@as-nunes

Paz de espírito


A Ema é que não está nada virada para se meter em confusões.

Ali está ela, atenta, no telhado, em local estratégico, a observar o que se está a passar pelas redondezas!

Quem me dera ter a paz de espírito que ela aparenta! ...

Diz-se por vezes que os animais não falam por lhes faltar capacidade mental. E isso significa: "eles não pensam, e é por isso que não falam".
A questão é que tal como não podemos saber ao certo se as outras pessoas experimentam as coisas do mesmo modo que nós, também não nos podemos surpreender por ainda não sermos capazes de perceber o que se passa na mente dos animais não-humanos.

Em síntese diria que, pelo que conheço da Ema, ela está simplesmente a filosofar...
-
nota: mais sobre gatos
@as-nunes