2012/12/15

Chuva através do vidro do carro vs Falta de qualidade da emissão em FM da Antena UM


Leiria. Chovia a potes.
Centro, na zona do Largo 5 de Outubro de 1910.
Um dos largos de maior dimensão que eu conheço, para além da Praça do Comércio, em Lisboa.
Estava dentro do carro, estacionado, de atalaia, não fosse aparecer a polícia para me multar.
É que não se pode estacionar no centro de Leiria. 
Só a pagar, que parques de estacionamentos subterrâneos pagos (e bem pagos) há-os como cogumelos.
Era só por um bocadinho.
Claro que só é possível ter êxito nesta operação se forem duas pessoas no carro.
Uma para ficar a "fingir" que "vai já arrancar", que foi só para espirrar sem provocar um desastre.
Outra para ir à farmácia, ou buscar o jornal, ou fazer qualquer coisa rápida.
Os comerciantes bem se queixam que a cidade está às moscas, que as pessoas emigram para o Shopping e de lá não saem.
Há dias tive uma "discussão" com um polícia, que à viva força queria multar-me, num caso destes.
E eu barafustei. Dentro dos limites que não lhe proporcionassem dar-me ordem de detenção por desrespeito à autoridade.
É que são 30 Euros que vão para o maneta... que há um código nas multas aplicável à situação de "que estava a impedir a formação de fila de trânsito". É a que dá mais valor, dentro destas multas de estacionamento.

Aproveitei para ouvir a minha rádio, a Antena Um. Como chovia forte, a emissão nos 98.7 mhz (que é a que serve Leiria, Batalha, Porto de Mós) estava entre-cortada. 
Como já é habitual. Há anos que assim sucede. Sempre que chove com um bocadinho de intensidade não se consegue ouvir a Antena Um, em FM, em condições minimamente aceitáveis, nesta zona.
Não me digam que estão a pensar poupar uns cobres e porem-nos a ouvir rádio em onda média!...
Vou mandar este apontamento para a Administração da RTP e queixar-me ao Provedor.(*)

Uma vergonha, uma falha imperdoável
É caso para perguntar para que é que serve a taxa de comunicações audio-visuais que temos de pagar, todos os meses, na conta da luz/EDP?

Bem, vou ficar por aqui hoje. 
Parece que o tempo meteorológico vai melhorar, dizem.
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(*) Acabei por remeter e-mail para o António Macedo e para a Filomena Crespo, que são os que mais acompanho.
E ao provedor.
@as-nunes

2012/12/13

Memórias de Leiria, de Viseu e outras...



No seu livro “As Minhas Memórias – Leiria . 1909-1939”, Raul Faustino de Sousa, em dado passo, escrevia:
(…)
Em Junho de 1935, o Órfeão de Viseu visitou Leiria, conforme já foi referido.
No mesmo ano, em 26 de Junho, Leiria e o seu Orfeão foram a Viseu em agradecimento da visita a Leiria. Demos passeios maravilhosos, houve almoço no Parque do Fontelo, visita às Caves de Viriato, e outros pela cidade, e, à noite, o espectáculo num teatro enorme, deixando óptimas impressões a todos, O Orfeão de Viseu acompanhou-nos em cortejo até à Estação do C. Ferro, e fez despedidas com um hino, que foi retribuído com outro hino, dos de Leiria.
(…)
Pág. 114

Deixo agora esta referência particular por aqui se falar duma ida a Viseu (a minha terra natal), em anos tão longínquos, e se evocar a existência de um “teatro enorme”.
Provavelmente seria o Teatro Avenida, na Av Emídio Navarro, no centro da cidade de Viseu. Não me dei ao trabalho de indagar das hipóteses de se poder tratar também de outro Teatro de Viseu, o Teatro Viriato, uns 200 metros mais acima na mesma avenida.

Pode ser que algum dos meus leitores de Viseu me possam dar alguma dica. Quem sabe não estará ainda alguém vivo, dessa época, e que se lembre deste facto?

Sem dúvida, Raul de Sousa, Viseu já nessa altura era uma cidade de valor e mérito cultural de relevo!
Para além de ter esses dois pontos de extraordinário interesse turístico e ambiental:
Um, o Parque do Fontelo (onde cheguei a participar num acampamento da Mocidade Portuguesa; não dormi quase nada com os gritos estridentes e caraterísticos dos pavões durante toda a noite). Talvez aí pelos anos 1958/9.
Cheguei a ser chefe de quina (não me envergonho desse facto, nem sequer imaginava do significado perverso que, mais tarde, veio a ser dado à existência dessa instituição!) e a tropa é que nos forneceu a alimentação no acampamento, com cozinha montada no local e tudo. Lembro-me que foi uma experiência muito emocionante para a ganapada da altura.
 Outro, a Cava de Viriato (*)nessa altura, não deveria ser muito diferente do que era quando eu, muitos anos mais tarde, brinquei aos espadachins com espadas improvisadas com os ramos das mimosas que abundavam por ali.
Quantas horas não passei naquela zona a estudar em voz alta, horas a fio, que assim é que me sabia bem!

E a estação do Caminho de Ferro? Estaria, hoje, em pleno centro da cidade, ali muito perto do recinto da feira franca de Viseu, que se realiza todos os anos em Setembro, e que constitui um dos grandes certames do género em Portugal. Grandes jogatinas de matraquilhos com moedas de 2 tostões ou com algumas chapas à medida para endrominar o comando de descarga das bolas! E aquelas enguias em barril? E os carrinhos de choque, em pista em Ó alongado? E as projeções de filmes de corrida de fórmula um, do tempo do Fângio? E o fogo de artfício preso com o ciclista e outras figuras?

Obrigado à editora Textiverso, que, em conjunto com o Arquivo Distrital de Leiria e o apoio da Caixa Agrícola de Leiria, editou este livro a que me tenho vindo a referir há já uns registos atrás e que tão gratas recordações me trouxe, com este bocadinho do texto manuscrito e guardado nessa forma durante tanto tempo! 
Agora dado à estampa através desta edição!

Obrigado Leiria, por me teres acolhido, duma forma tão íntima e duradoura! Desde o já longínquo ano de 1966, chegava eu para exercer o cargo de professor do 6º grupo na Escola Industrial e Comercial!  Um miúdo, a enfrentar a sua primeira experiência profissional, à espera de ser chamado para a "guerra"! 
Que anos aqueles! 
Que juventude de luta pela vida! ...

Dentro de ti, ó Leiria, tenho-me sentido perfeitamente, em casa!

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Ver capa do livro e mais anotações aqui

2012/12/12

Concentrado...

composição da minha neta Mafalda 

A Ema e o Ivo aproveitaram a ocasião e ocuparam a minha cadeira da secretária onde tenho o computador...

2012/12/10

O lançamento sui generis dum livro, ...


O livro e o manuscrito que lhe serviu de suporte, dentro duma vitrina. Em exposição no m|i|mo, em Leiria.

A ver se amanhã consigo encontrar o livro que foi lançado no sábado passado no m|i|mo.
Um lançamento sui generis
Sem que o livro fosse colocado à disposição dos presentes na respetiva sessão de apresentação…

Como já narrei no registo anterior. 
(11.12.2012- ver notas complementares nos comentário e aqui)



 A noite, ao serão, passou-se melhor assim...
Vale, também, que consigo usar alguma lenha proveniente das podas das árvores...
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m|i|mo - museu da imagem em movimento
Largo de São Pedro (cerca do castelo)
Leiria
@as-nunes

2012/12/08

Memórias de Leiria do século XX, em palavras, em desenhos e esboços e em fotografias. Milhares e milhares de fotografias.



Hoje à tarde voltei a subir na direção do Castelo de Leiria. Fiz o percurso de carro e até consegui estacionar, no largo do edifício da PSP, ali mesmo ao lado do MiMO. Fui assistir a uma sessão de lançamento dum livro e da abertura duma exposição de fotografias do snr. José da Silva Fabião, talvez o fotógrafo profissional de Leiria, de mais nomeada,  durante mais de três décadas do século XX. Ainda é vivo, tem 90 e poucos anos. Consegui trocar umas palavrinhas com ele, grande amigo que foi do meu sogro, José Teles Paiva, muito privei com ele e os filhos (igualmente exímios fotógrafos).

A apresentação do livro foi muito bem conseguida, pela qualidade e brilho dos oradores, com um senão. A assistência não teve acesso ao livro! 


- Não há livros para o público?! 


Interrogámo-nos, uns quantos, se calhar todos teríamos levado um livro, dado o tema tratado ser de extremo interesse para os leirienses, acumulado ao facto de o livro ter resultado da transcrição dum manuscrito que nos foi deixado por Raul Faustino de Sousa

Raul de Sousa nasceu em 1905 na Marinha Grande mas a sua ligação à cidade de Leiria foi muito intensa, a tal ponto que as suas "Memórias", agora sob a forma de livro, diz que constituem um documento invulgar, pelas inúmeras pessoas e locais que conheceu.

Pois é. O livro não estava disponível para o público. Apesar de o termos visto, à distância das mãos de alguns dos presentes (amigos e familiares, presumo), fomos surpreendidos pelo facto de não o podermos comprar, no momento do seu lançamento. Se bem percebi, um dos patrocinadores da edição reservou para si a sua posse e distribuição posterior. Não percebi esta insensibilidade. Muito sinceramente.


Bem, mas voltemos à justificação da escolha das fotos acima.

Vinha eu de regresso da sessão, nas instalações fabulosas do MiMO (Museu da imagem em movimento), lá em cima, ao lado da igreja de S. Pedro, vai daí olhei para poente e lá estava aquele fabuloso contraste de cores do pôr do sol. Mais abaixo, já no caminho para a Sé de Leiria, deparei com aquela perspetiva da rua, da tília tomentosa do adro da Sé, e das suas folhas amarelecidas pelo outono (naturalmente alouradas). Nesta altura do ano já aquela famosa e centenária tília está na fase final do despir de parte do seu hábito. 
Quer dizer, está a ficar quase nua...

E pronto. 

Vou preparar um registo mais pormenorizado sobre a exposição dos materiais do estúdio e das fotografias que, ao longo da sua vida, o snr. Fabião foi acumulando e que acabou por se transformar num extraordinário espólio que doou ao Arquivo Distrital de Leiria.

Claro que também terei muito gosto - aliás fazia questão nisso - em divulgar o mais que me for possível o livro acima referido. 

@as-nunes

2012/12/07

A fotografia e a pintura


Uma fotografia como tantas outras que tenho tirado ao longo dos muitos anos que levo a retratar aquilo que vejo e me absorve a atenção num determinado momento.
É um desses precisos momentos que aqui deixo publicado.

Dia 5 de Dezembro de 2012, 15 horas de Portugal continental, do miradouro do antigo Paço Episcopal de Leiria, hoje a esquadra da Polícia de Segurança Pública. Vêem-se os campanários da igreja de Sto. Agostinho, a capela do santuário de N. Sra. da Encarnação, na linha de horizonte, os cumes da Sra. do Monte e da Serra da Maúnça. 

Um simples retrato? Um mero registo contemplativo? 

Os fotógrafos profissionais insistem em que a espontaneidade não implica que o fotógrafo seja menos artífice que o pintor. 
Eu, como fotógrafo não profissional, ainda que com muitos anos de experiência na fotografia espontânea, não temática, não me atrevo a propor que a fotografia force a concorrência com a pintura!...

Tema com probabilidades de originar um bom debate!
- talvez tenham interesse em ler http://az-biblioteca.blogspot.pt/2012/12/ensaios-sobre-fotografia.html

2012/12/05

Bom dia! Sou a primeira camélia deste ano!...



Há já uns anos que esta camélia se presta a servir-me de via de saudação radiosa com os meus amigos
como se pode ver aqui

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Estou apaixonado por esta camélia. 
Não consigo resistir aos seus encantos. 
Ao afago do seu olhar. 
À volúpia da sua "pele", de seda da mais pura! 
À imaculada alvura da sua presença física que se nos entranha no espírito 
e nos transmite uma incrível sensação de leveza, 
de tranquilidade, dum mundo puro, 
qual donzela cuja honra vai ser defendida em duelo medieval!
Se esta camélia  me consegue transmitir todas estas sensações, 
então só posso estar verdadeiramente apaixonado por ela!
Duvido mesmo que alguém consiga deixar de se perder de amores por ela!...
@asnunes

2012/12/03

Querem acabar com a nossa freguesia!...


Vamos a eles!...

Quer dizer, o snr. Relvas e os seus "assessores" decidiram, está decidido!?

Até agora:

Freguesias:

Leiria
Pousos
Cortes
Barreira

No futuro, já amanhã:

Agrupamento União de Freguesias de Leiria (e arredores, claro).

Parece que se chamará: União das freguesias de Leiria, Pousos, Barreira e Cortes. A sede deverá ser Leiria. 
5ª feira próxima a AR vai votar uma Proposta de Lei neste sentido e, segundo já ouvi, vão votar a favor desta Reorganização Administrativa do Território, o PSD, o CDS e o PS.

Tanta pressa para quê? Para obedecer às cegas ao mando duma pseudo Federação Europeia? 
Federação para a austeridade, que não para a União!...

União Europeia, sim, voltarmos ao Feudalismo, NÃO!...
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Veja-se o vídeo do 5º Aniversário do Grupo Coral AdesbaChorus.
Não é uma freguesia qualquer que se pode vangloriar de ter um grupo coral como este!


2012/12/02

É outono, quase inverno, e pronto








Em Leiria, junto à ponte do Arrabalde...
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Se, depois de eu morrer, quiserem escrever a minha biografia,
Não há nada mais simples,
Tem só duas datas - a da minha nascença e a da minha morte,
Entre uma e outra coisa todos os dias são meus.

A. Campos

Não me arrependo do que fui outrora
Porque ainda o sou.

A. Campos
@as-nunes

2012/12/01

Odete Santos cita Almeida Garret e pergunta quantos pobres são precisos para produzir um rico


No final da sua intervenção, Odete Santos invocou o escritor Almeida Garret, dedicando uns «versos», que adaptou, ao primeiro-ministro. 

«E eu pergunto aos economistas, políticos, aos moralistas, se já calcularam o número de indivíduos que é forçoso condenar à miséria, ao trabalho desproporcionado, à desmoralização, à infâmia, à ignorância crapulosa, à desgraça invencível, à penúria absoluta, para produzir um rico?»

,declamou, suscitando os aplausos de pé por parte dos congressistas, que gritaram a palavra de ordem PCP/PCP.

in TVI-online
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O tempo não pára. Odete Santos decidiu que era altura de dar lugar a outros, tendencialmente mais novos. Nem sempre isso acontece no PCP. O Comité Central sempre foi um órgão muito fechado e não é fácil que nele sejam admitidos jovens.
O PCP de que eu me lembro e que ainda hoje julgo conhecer é o dos célebres anos de 1974 a 1978/80.
Mantive, em tempos, acesos debates com militantes deste partido, e, em regra, dou-me bem com as pessoas enquanto cidadãos devotados à causa pública.
@as-nunes