2014/07/18

Leiria e Rua Mouzinho de Albuquerque: memórias que reportam ao dia 5 de Outubro de 1966





E esta aldraba, que só agora é que reparei nela?
Durante dois anos andei a tocar-lhe, indiferente! ...


No dia 5 de Outubro de 1966, mais ou menos, cheguei a Leiria vindo de Viseu na carreira dos Claras.
Estou-me a imaginar, de mala na mão, pasmado, cheio de calor, ali pela zona a que se reporta a primeira fotografia.

Vinha para lecionar na então Escola Industrial e Comercial de Leiria. 
Acabei por arranjar um quarto no número 15 daquela Rua e comer no "Restaurante Peninsular", na porta ao lado, onde esteve o "Aquário", lembram-se? Hoje é um Snack-Bar.
Os dois anos (1966-1968) que permaneci em Leiria (após o que me casei e fui mobilizado para Moçambique) foi ali que vivi, num quarto com a janela a seguir ao letreiro de "vende-se", para a direita.
...
É verdade, Rui, lá estava a leitaria, o barbeiro ...  tudo mudou!
...

General Humberto Delgado



2014/07/16

Cortes - Serão Literário no CRCC, à Quinta da Cerca


2014/07/14

Manuel da Gertrudes - 100 anos de vida no Centenário do Concelho de Alcanena




(Reportagem da TVMinde)

Para que conste deste blogue.
O Snr. Manuel da Gertrudes tem aqui  sido referenciado com muita frequência. E é caso para isso.
Faz 100 anos de vida precisamente no I Centenário da vila de Alcanena. E que melhor forma de comemorar este seu aniversário tão singular do que apresentar o seu 2º livro de poemas?
Quadras Soltas e Mais Alguma Poesia" é o título deste livro.

Sinto uma enorme alegria em o ter como amigo e companheiro de tertúlia no "Grupo de Poesia e Cultura de Alcanena".

Fotografias desta sessão podem ser vistas aqui https://www.facebook.com/media/set/?set=a.4454233050914.1073741886.1742211899&type=1

(há-de continuar...)


2014/07/04

Alcanena - Apresentação do livro de poemas "Puramente Simples", de Bruno Dias


O Bruno ao lado da sra. vereadora da cultura da CM Alcanena, Dra. Maria João.

O Bruno com a sua avó, a quem dedica com fervor, alguns dos seus poemas.

Uma singela nota
aqui quero deixar
o Bruno sem batota
de poesia a falar

Simplesmente ...

(No encontro do Grupo de Poesia e Cultura da Biblioteca Municipal de Alcanena, no dia 28 de Junho de 2014)

2014/06/30

O snr. Manuel da Gertrudes e o Concelho de Alcanena irmanados no mesmo Centenário




In contracapa do 1º livro do snr. Manuel, VERSOS MEUS , ed. Gama, 2007:

«Manuel António Ferreira da Gertrudes nasceu em Julho de 1914 na freguesia de Bugalhos. Filho de António Rodrigues da Gertrudes e Maria da Conceição Ferreira.
Terminada a quarta classe, ingressou no seminário de Santarém, não tendo concluído o seu curso por motivo de doença grave. Leccionou no ensino primário, onde trabalhou com crianças e adultos e como prova do seu desempenho foi-lhe atribuído um prémio pelo Ministério da Educação.
Casou aos vinte e quatro anos, e teve três filhas, neste momento só uma se encontra viva. Era esta filha muito jovem quando foi atacado por uma tuberculose. Decorreram cinco anos até se curar totalmente. Por esse motivo deixou de leccionar.
Trabalhou na Comissão Reguladora do Comércio Local de Alcanena, onde se manteve até à sua extinção. Seguidamente trabalhou na Caixa de Crédito Agrícola da mesma vila, onde parmaneceu dezassete anos. Trabalhou ainda numa empresa metalo-mecânica durante dezoito anos. Como não tem paciência para estar parado, dedicou-se à horticultura, actividade que ainda hoje exerce.

Herculano Gonçalves

2014/06/27

O papel das Bibliotecas Públicas na minha vida de estudante, ali pelos anos 1963/1966

Elegia dum funcionário da Biblioteca Municipal do Porto, talvez o senhor Sá, que tantas horas, durante três anos, de 1963 a 1966, compartilhou a enorme Sala de Leitura da Biblioteca, comigo ... eu, estudante, sem dinheiro para livros (pelo menos o de Economia Política, que esse bem me lembro de o ter passado à mão, quase todo...).


"(...)
eu quando estiver para ir
senhor sá levo bagaço do bom
vá combinando com fernando
pessoa um encontro nos 
claustros da biblioteca daí
a terra prometida e dada
inapelavelmente ao corpo
senhor sá a vida é assim
diga-me como são os livros
depois de apodrecermos"
-
José Viale Moutinho
(faço meus estes versos, amigo José Moutinho)




Tinha eu acabado de receber, via CTT, dum alfarrabista, o livro "Ao Porto - Colectânea de Poesia sobre o Porto", Dom Quixote. 2001. 
Também dedico este "post" à memória (às tantas ainda é viva?!) da minha profª Dra. Silvana Braga (autora do livro/sebenta da esquerda, na foto). Lembra-se Dra. Silvana? de quando foi chamada ao gabinete do Diretor do ICP por causa da minha prova de exame final, 2ª época? Disciplina nuclear, chumbava o ano todo; e eu até era aluno de alguns 17 e até 18 (naquela época!). Lembra-se que não se conformava com a ideia de eu poder repetir a prova depois daquele incidente surreal?! ... E de como eu lhe provei que sabia a matéria toda??? de fio a pavio???? ...

Uma aldraba em Amor - Leiria



Morará aqui um Sportinguista ferranho?!

Aldrabas e outros pormenores de casas antigas em Leiria








Não identifico rigorosamente o local onde tirei as fotografias. Deliberadamente ... Constata-se facilmente que estas peças, que eram, primitivamente, de utilidade para "bater à porta", passaram a acumular uma função estética. A verdade, porém, é que a maior parte das que ainda se observam, ali estão ao abandono, em casas fantasma de outros tempos. Mas ainda se podem apreciar algumas que estão a ser preservadas como ornamento simbólico/histórico.