2014/09/12

Ideias vitalizadoras para a Zona Histórica de Leiria? Finalmente um contraponto à nova leiria do "Shopping Center"?



A lua quase em quarto minguante





Vou à janela para melhor te ver
ó lua do meu encantamento
não me canso de te captar 
qual deles o melhor momento

Às tantas, por isso é que me puseram a pagar IMI no dobro do que pagava! ...

2014/09/09

A lua cheia, cá anda ela às voltas ... et secula seculorum



Chico Buarque - Lua Cheia




df 2.469 mm

Não indico as coordenadas
Não ma vão deitar abaixo
com um desses mísseis sofisticados
que o homem já consegue fabricar

2014/09/02

Adesba - Barreira - Leiria: novas instalações na Rua de S. Salvador.



O contador de visitantes nesta data


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2014/08/29

PRAIA do PEDRÓGÃO em OBRAS




Hoje vi o Pedrógão assim...

Agosto 28, 2014 - Poente no Centro Oeste de Portugal


Vídeo sob montagem de fotografias acabadas de tirar para capturar o admirável pôr do sol  que estava a observar, no centro oeste de Portugal, a uns 30 kilómetros do Atlântico... A música, a "Ballade pour Adeline",  é de André Rieu e a sua orquestra.

O dia estava a fechar. Um dia de trabalho de pintura no interior de casa. Um dia extenuante. 
Vim à varanda olhar o tempo que fazia. O crepúsculo noturno aí estava ele. 
Bonito. 
Uma balada...

ps
Podem-se observar com calma as fotos do vídeo aqui.

2014/08/28

Tempo a destempo!?



Eduardo White - Poeta moçambicano morreu aos 50 anos




Morreu no passado dia 24 de Agosto, de madrugada, no Hospital Central de Maputo, o poeta moçambicano Eduardo White, um dos nomes mais significativos da actual literatura moçambicana e autor de uma extensa bibliografia, inaugurada há 30 anos com Amar sobre o Índico (1984). Tinha 50 anos.

A morte de Eduardo White ocorreu às 3h da manhã, segundo uma mensagem colocada por familiares na página de Facebook do escritor, que algumas horas depois já tinha mais de centena e meia de mensagens lamentando o desaparecimento do autor de Poemas da Ciência de Voar e da Engenharia de Ser Ave (1992), Janela para Oriente (1999) ou O Manual das Mãos (2004).

Eduardo Luís de Menezes Costley-White nasceu a 21 de Novembro de 1963 em Quelimane, de mãe portuguesa e pai inglês. É um dos poetas ligados à fundação da revista bimestral Charrua, da Associação de Escritores Moçambicanos (AEMO), que em meados dos anos 80 contribuiu para renovar a literatura do país.

Em 2001, foi considerado a figura literária do ano em Moçambique, e três anos depois recebeu o Prémio José Craveirinha, atribuído ao seu livro O Manual das Mãos. Em 1992, já recebera o Prémio Nacional de Poesia por Poemas da Ciência de Voar e da Engenharia de Ser Ave. Ainda no ano passado, recebeu o Prémio Literário Glória de Sant'Anna com o livro O Poeta Diarista e os Ascetas Desiluminados.

Além de poesia, publicou também novelas e outros textos em prosa. Entre os seus livros mais recentes incluem-se O Homem a Sombra e a Flor e Algumas Cartas do Interior (2004), Até Amanhã Coração (2007), Dos Limões Amarelos do Falo às Laranjas Vermelhas da Vulva (2009), Nudos (2011), antologia da sua obra poética, O Libreto da Miséria (2012), A Mecânica Lunar e A Escrita Desassossegada (2012), O Poeta Diarista e os Ascetas Desiluminados (2012), e Bom Dia, Dia (2014), recentemente lançado pela chancela portuguesa Edições Esgotadas.

A AEMO já divulgou um comunicado a lamentar a "morte prematura de um dos maiores talentos da literatura moçambicana".

(texto publicado pelo Público na internet)
-
in
«Dos Limões Amarelos do Falo às Laranjas Vermelhas da Vulva»


Não faz mal.

Voar é uma dádiva da poesia.
Um verso arde na brancura aérea do papel,
toma balanço,
não resiste.

Solta-se-lhe
o animal alado.
Voa sobre as casas,
sobre as ruas,
sobre os homens que passam,
procura um pássaro
para acasalar.

Sílaba a sílaba
o verso voa.

E se o procurarmos? Que não se desespere, pois nunca o iremos encontrar. Algum sentimento o terá deixado pousar, partido com ele. Estará o verso connosco? Provavelmente apenas a parte que nos coube. Aquietemo-nos. Amainemo-nos esse desejo de o prendermos.

Não é justo um pássaro
onde ele não pode voar.

(p. 22)

(pode-se consultar mais aqui)