2017/07/31

Contar Histórias e Historietas por David Teles e Contos Infantis por Zaida Paiva Nunes

A Biblioteca Municipal de Leiria organizou um Piquenique de Leituras no Jardim de Sto. Agostinho no passado sábado. 

Uma iniciativa muito interessante, que só foi pena que não tivesse tido tanta participação como a que merecia. De qualquer modo, aqui fica o registo com a atuação brilhante de David Teles Ferreira que foi secundada, duma forma espontânea, pela Zaida Paiva Nunes com contos infantis-surpresa.
Algumas fotos do FB da Biblioteca Afonso Lopes Vieira (B.Mun. de Leiria):









Ver mais no Fb acima.

2017/07/28

A atividade de Blogger e o Jornal de Leiria

Um dos jornais de referência de Leiria é o "Jornal de Leiria", como é sabido. Claro, vou dar-lhe, neste ensejo, a devida projeção, porque a pp 42 a jornalista Lurdes Trindade, publica uma entrevista/crónica que me fez um destes dias em que aborda a minha qualidade de blogger associada àquilo que tem sido a minha vida de 70 anos.
Obrigado, Lurdes Trindade pelo seu trabalho.
Pode ler-se seguindo os links: 
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Fotos incluídas no artigo:


 A família reunida no Natal em 2015

A minha estação de radioamador em 2012.
Indicativo internacional CT1CIR

2017/07/25

Crónica em torno da Comemoração do Centenário do Nascimento de Manuel Ferreira (1917-2017)

Na sequência dos ´posts` anteriores escrevi a crónica que reproduzo a seguir. O "Diário de Leiria" de 24/07/2017 publicou na sua p. 8 uma parte...
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Em modo DISPERSO… (XLII)
No Centenário do Nascimento de Manuel Ferreira (1917-1992)
Mais um ilustre leiriense que urge (re)descobrir

No último serão literário das Cortes, no 2º sábado de Junho, o Engº Carlos Fernandes, um dos mentores deste grupo desde a primeira hora, fez a devida menção ao “Sarau Literário Manuel Ferreira (1917-2017)” organizado pela Biblioteca Municipal Afonso Lopes Vieira (bibl.  Dra. Ângelo Salgueiro Pereira) na prossecução das comemorações do Centenário do Nascimento deste ilustre leiriense . O evento teve lugar no passado dia 18 no auditório da biblioteca de Leiria com a sala completamente lotada.
Pelo que se pôde confirmar,  a ignorânica acerca de quem foi Manuel Ferreira é muito grande. Tendo em vista obviar a esta lamentável circunstância temos a boa nova que é saber-se que o professor do IPL, Dr. João Bonifácio Serra,  tem vindo a investir muito do seu tempo e disponibilidade na investigação e consulta dos vários arquivos nacionais do exército e da Torre do Tombo a par com o espólio familiar e que lhe estão a permitir coligir muita e aliciante informação biográfica de Manuel Ferreira. Com a sua exposição, no decorrer do Sarau, o Dr João Serra conseguiu transmitir-nos, magistralmente, uma imagem, ao mesmo tempo íntima e biográfica literária e social.

Mas, afinal, quem foi Manuel Ferreira? A Biblioteca Municipal de Leiria tem vindo a sintetizar a seguinte resenha biográfica: «A obra ensaística e literária de Manuel Ferreira está profundamente marcada pela sua vivência africana. Através dela, expressa a repressão do colonialismo e do regime nas comunidades onde marcou presença.
O seu estudo e pensamento sobre a literatura africana é hoje incontornável para a investigação nesta área.
Natural de Gândara dos Olivais, Leiria, onde nasceu no dia 18 julho de 1917, estreou-se como escritor em 1944 com a publicação do romance Grei, seguindo-se a Casa dos Motas (1956). Ambas as obras integram-se claramente na corrente neorrealista que despontava na época.
Seguiram-se os seus romances de inspiração africana. Em meados dos anos 70 do século XX, já em Portugal, criou na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa uma cátedra dedicada à Literatura Africana de Expressão Portuguesa.
Na sua atividade de escritor colaborou e fundou diversas revistas literárias, nomeadamente, África – Literatura, Arte e Cultura. Publicou vários livros de literatura para a infância.
Recebeu ainda diversos prémios, com “Morabeza”, em 1958, o Prémio Fernão Mendes Pinto, com “Hora Di Bai”, em 1968, o Prémio Ricardo Malheiros e, em 1967, o Prémio da Imprensa Cultural para «A Aventura Crioula». Em 1991, foi distinguido com o título de cidadão honorário da cidade de Mindelo (Cabo Verde) pelo seu papel de divulgador e estudioso das literaturas dos PALOP.»
Foram ditos vários poemas escritos por Cabo-verdianos magistralmente interpretados por David Teles, Helena  Santo, Isabel Soares, José Pires e José Vaz. O “Poema de Amanhã” (1945) dito por José Vaz é da autoria de António Nunes, que nasceu também em 1917 na cidade da Praia, Cabo Verde. Ficou para a história da Literatura como o primeiro neo-realista Cabo-verdiano e este seu poema foi originalmente publicado na Revista “Certeza”.
Cristina Nobre presenteou-nos com o seu estilo peculiar e maravilhado/oso na leitura do conto infantil que Manuel Ferreira publicou em 1971, “Quem pode parar o vento?”.
O momento musical acabou por ser do agrado geral e ficou a cargo do Grupo CV com Martinho Nunes, na voz e na guitarra acústica e JudePina na guitarra acústica a acompanhar.
Esta sessão, muito pedagógica e altamente elucidativa, acerca do ilustre leiriense justamente celebrado, encerrou com a morna, interpretada por Martinho Nunes (Cabo-verdiano) e a assistência emocionada, que, sem dúvida, constitui um autêntico hino a Cabo Verde: “Sodade Di Nha Terra S. Nicolau”…
Ficamos à espera do livro que ficou ali mesmo ´apalavrado`, na presença da Vereadora da Educação e Bibliotecas da Câmara Municipal de Leiria, Dra. Anabela Graça, que há-de ser compilado pelo Dr. João Bonifácio Serra.  Seria uma imprudência inadmissível que o trabalho profundo e de qualidade de João Serra, que nos ficou perfeitamente percetível já estar disponível,  não viesse a ser dado a lume.

Manuel Ferreira merece essa Homenagem e Leiria também…
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Ainda a propósito do Sarau do Centenário de Manuel Ferreira - Leiria.


2017/07/24

Manuel Ferreira - Exposição Comemorativa do Centenário inaugurada nas Caldas da Rainha

Conta-nos Carlos Fernandes no seu FB:


"MANUEL FERREIRA EVOCADO NAS CALDAS DA RAINHA

No Museu José Malhoa, nas Caldas da Rainha (Parque D. Carlos), foi inaugurada, no dia 22 de Julho, uma exposição comemorativa do centenário do nascimento de Manuel Ferreira, escritor leiriense (da Gândara dos Olivais) e investigador pioneiro no estudo das literaturas africanas de expressão portuguesa, intitulada “Manuel Ferreira. Capitão de Longo Curso”. Em seguida realizou-se um pequeno colóquio em que participaram João Bonifácio Serra (responsável pela investigação, concepção, guião e bibliografia da exposição) e os professores Ana Paula Tavares (angolana, da Faculdade de Letras de Lisboa), Fátima Mendonça (da Universidade Eduardo Mondlane, Moçambique) e Mário Tavares (do Instituto Politécnico de Leiria) que deram testemunho, em especial, da vida académica de Manuel Ferreira, mas também do seu trabalho cultural nas Caldas da Rainha na década de 50 (1953-1958), tendo sido, designadamente, o primeiro presidente do CCC – Conjunto Cénico Caldense. A exposição estará ali patente até 17 de Setembro, devendo depois ser montada em Leiria."

E mostra-nos estas fotografias:








Cá esperamos para ver in loco esta exposição em Leiria.

2017/07/18

Manuel Ferreira - 1917-1992 - Um leiriense pioneiro dos estudos da Lusofonia





MANUEL FERREIRA (18.07.1917-17.03.1992) – Natural da Gândara dos Olivais, estudou em Leiria onde vem a terminar o antigo curso dos Liceus. Licenciado em Ciências Sociais e Políticas pela Universidade Técnica de Lisboa. Foi colaborador do Região de Leiria. O serviço militar mobilizou-o como expedicionário para Cabo Verde (1941-1947) onde conhece e casa com a cabo-verdiana Orlanda Amarílis. Em Cabo Verde convive com grupos intelectuais locais ligados às revistas Claridade e Certeza. Entre 1948 e 1954, é destacado para Goa (Índia Portuguesa), onde desenvolve atividade na rádio local. Mais tarde, vai para Angola. Visitou ainda outros países africanos e veio a tornar-se um profundo estudioso da cultura de expressão portuguesa das antigas colónias. A sua obra ensaística e literária está profundamente marcada por essa vivência africana, e através dela expressa a repressão do colonialismo e do regime nessas comunidades. O seu estudo e pensamento sobre a literatura africana é hoje incontornável para a investigação nesta área. Estreou-se como escritor em 1944 com a publicação do romance Grei, seguindo-se a Casa dos Motas (1956), ambas as obras integram-se claramente na corrente neorrealista que despontava na época. Seguiram-se os seus romances de inspiração africana. Em meados dos anos 70 do século XX, já em Portugal, criou na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa uma cátedra dedicada à Literatura Africana de Expressão Portuguesa. Na sua atividade de escritor colaborou e fundou diversas revistas literárias, nomeadamente, África – Literatura, Arte e Cultura. Publicou vários livros de literatura para a infância. Recebeu ainda diversos prémios, com Morabeza, em 1958, o Prémio Fernão Mendes Pinto, com Hora Di Bai, em 1968, o Prémio Ricardo Malheiros e, em 1967, o Prémio da Imprensa Cultural para A Aventura Crioula. Em 1991, foi distinguido com o título de cidadão honorário da cidade de Mindelo (Cabo Verde) pelo seu papel de divulgador e estudioso das literaturas dos PALOP.

2017/07/14

Jamais esquecerei este meu blogue "DISPERSAMENTE..."


O autor na sua secretária de trabalho nos Lourais - Barreira em 5 Julho 2017

Ultimamente não tenho prestado a atenção devida a este meu ´blog` (blogue). Tenho 70 anos de idade e já frequento a web desde os anos 80. Sou Radioamador (uma forma que nós gostamos de usar em vez de ´rádio-amador`) desde 1982. Tenho um diploma de iniciação à programação de computadores em linguagem COBOL datado de 1972. Claro, na altura, ainda usávamos o cartão e fita perfurada para o tratamento da informação binária. Pouco tempo depois veio a notícia de que os americanos tinham inventado o primeiro disco. Esses discos rígidos, na época, eram de uso muito restrito e requeriam que fossem  manuseados com cuidados extremos, em termos de temperatura e humidade ambiente para além de requererem que o seu funcionamento se processasse sem trepidações e pó.
Julgo já ter aqui deixado a informação de que, entretanto, também me tenho dispersado pelas redes sociais, concretamente, o "Facebook" e o Twitter.
O meu endereço de Facebook é: 

Este nome "orelhavoadora" tem uma história muito hilariante mas também muito pessoal, talvez. Já a contei variadíssimas vezes e tem como base uma ocorrência que teve lugar era eu estudante no ICP- Instituto Comercial do Porto, em 1965. Não a vou repetir.

No momento em que escrevo esta nota tinha acabado de falar ao telefone com uma jornalista do "Jornal de Leiria", Lurdes Trindade, acerca da possibilidade de publicar naquele semanário um artigo na coluna "Histórias de Vida". O convite agradou-me obviamente e ficou combinado que, dentro de dias, nos encontraríamos para conversar. 
Contrariamente ao que algumas pessoas pensam, eu não tenho qualquer rebuço em me dar a conhecer e mostrar aquilo que de mais ou menos interessante possa ter andado a fazer e/ou publicar, seja através das variadíssimas páginas Web em que participei, como principiante nestas coisas, seja no Facebook, livros e jornais. Sem esquecer a minha vida repartida pela profissão, pelo associativismo e pela militância política.
Não tenho qualquer preocupação em ser referenciado como uma pessoa mediática, no sentido de ser conhecido e famoso, mas também não gosto de me esconder como um eremita e tentar passar incógnito a todo o custo. Se a minha passagem pela Terra puder ter alguma utilidade para os outros, que mais não seja, pela curiosidade de tomarem conhecimento da minha existência e daquilo que fiz ou podia ter feito, já me sinto compensado pelas muitas horas/dias despendidas a imaginar, fotografar, estudar, escrever, sobre temas os mais diversos, sempre dando o enfoque primordial à minha família, a Leiria e Viseu, as minhas Terras Natais. Viseu porque foi lá que nasci; Leiria, porque foi aqui que fixei a minha vida ativa e constituí família.
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Em 23/9/2017 (a propósito duma década da sua existência) escrevi neste blogue:
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O "Dispersamente..." proporcionou-me o estímulo necessário à edição de variadas composições multimédia. Tem sido muito o que consegui aprender e deixar registado sobre Leiria. Por exemplo, numa rubrica que me tem sido muito querida e que eu apelidei "Dentro de ti ó Leiria" ou "Viver em Leiria". Como auxiliar de memória fica - não só para minha própria consulta, mas também de todos os leitores interessados - um "Índice Temático" que está à vista do leitor na barra lateral deste blogue. Está identificado com o título: "temas ordenados alfabeticamente".
Quantas vezes não me tenho socorrido desse índice para recuperar informação que aqui tenho deixado registada. O mesmo tenho constatado que tem acontecido com pessoas individuais e instituições, cujo feedeback me tem chegado com regularidade através de contactos por e-maila pedirem-me colaboração relativamente a alguns temas que fui abordando e registando ao longo destes anos.
O próprio motor de busca da Google tem sido uma ferramenta, hoje em dia imprescindível, para se localizarem fontes de informação para as mais diversificadas investigações e consultas oriundas deste blog. "
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Tenho de voltar às coisas da contabilidade, fico por aqui, por ora...

2017/06/09

José Manuel Soares, Mestre pintor, em exposição da sua pintura na Galeria do Mercado de Santana em Leiria


Fotografia do meu amigo Rui Pascoal, no decorrer da exposição. O autor deste blogue à conversa com Luís Pinto, amigo de longa data, a recordar tempos de militância na JS.

Outras fotografias de Rui Pascoal:

 Luis Vieira da Mota a apresentar a exposição.
Uma das pinturas do Mestre em abono da cidade de Leiria.
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"José Manuel Soares, para muitos, e em Pinhel agora também, o Mestre José Manuel Soares, pintor, não de paredes, que também pintou algumas, mas com a mesma arte, nasceu em São Teotónio, Odemira, Alentejo, província da qual pintou paisagens agrestes e secas ou doces de ribeiros, pormenores da duríssima vida rural, ou monumentos históricos, as que vendeu, vendeu, as que não quis vender estão agora, não em Odemira, mas em Pinhel.
O mestre Soares foi muito novinho, adolescente, para Lisboa, com o lápis na ponta dos dedos e as imagens na alma. Ilustrou banda desenhada, revistas de humor, livros de lazer e escolares, fixou-se em Lisboa, foi galardoado várias vezes em concursos e exposições, pintou pormenores de rua, pormenores de vidas, monumentos, sítios já desaparecidos, de tudo o que pintou e não quis vender, não está agora em Lisboa, está em Pinhel.
O mestre Soares amava a Costa da Caparica e aí alugou, e depois comprou, onde residir. Ele ainda lá está, há quase dez anos imobilizado, apenas os olhos vivos e alguns movimentos de lábios inaudíveis. Mas o que restou dos seus retratos de pescadores, de faina piscatória, dos pormenores das arribas, dos recantos das casinhas populares, não ficaram na Costa, nem em Almada, estão agora em Pinhel.
Nos últimos anos da década de setenta do século XX o mestre Soares veio a Leiria, a convite duma galeria, a primeira galeria privada da cidade, expor dos seus trabalhos. E encantou. Paisagens alentejanas, ribatejanas, lisboetas, os pescadores da Costa, os portais dos monumentos, ou artesãos de ofícios desaparecidos. Tudo com pormenor impressionante. Não impressionista, mas impressionante. E encantou-se, como se a “balada do encantamento” de D. José Pais de Almeida, popularmente “dentro de ti, Ó Leiria”, o tivesse enfeitiçado. Comprou um pequeno apartamento na Rua do Coronel Artur Paiva e começou a pintar Leiria. De dia, de noite, a toda a hora. As horas mortas dos outros eram as suas mais vivas. Leiria e arredores. Recantos das Cortes, das Fontes e da Batalha. Exposições históricas em datas centenárias. A monumental exposição, no Dia da Cidade, em 1986, onde todos os quadros representavam Leiria com todo o seu encanto de solidão nocturna. O castelo em quase todos, que de todos os lados se vê o castelo em Leiria, e as fontes e os recantos mais recônditos e românticos. As entidades oficiais da época, e as seguintes, embora tendo sido alertadas para o facto, não se interessaram pelo espólio do mestre Soares. Nem um exemplar figura em qualquer museu público da cidade. Estão, agora, em Pinhel.
Soares nunca foi a Pinhel. O mais próximo que pintou de Pinhel foi Monsanto. E também com paixão e pormenor impressionantes. Idanha-a-Nova ainda tentou adquirir o espólio. Mas a tentativa falhou. Meda candidatou-se a seguir, organizou uma exposição grandiosa, inaugurada por PELO Presidente Cavaco Silva e também desistiu. 
Pinhel quis, preparou as instalações, muito dignas instalações e inaugurou, no passado dia 25 de Agosto, seu Dia da Cidade, o Museu José Manuel Soares. Agora Pinhel, porque os responsáveis da cultura da Cidade não “cederam” a opiniões de críticos de arte, que não pintam senão paredes, avançaram com a obra e agora têm lá todo o espólio do romântico Mestre Pintor José Manuel Soares, a biografia, fotografias de “família”, a banda desenhada, os quadros com recriações das mais significativas batalhas e heróis da nossa História, desenhos mais perfeitos que fotografias de monumentos nacionais, os bois, as árvores, os lagos, os pescadores, o mar. E têm-nos porque fizeram por os merecer, porque são de textura impressionante. Todas as outras cidades, que tinham o dever de adquirir, pelo menos a parte que aos seus sítios dizia respeito, não o fizeram por isso mesmo: por serem de “tessitura” impressionante e não impressionistas, modernistas, surrealistas, cubistas, “ectcetristas”, conforme os críticos aconselham a quem queira comprar arte ou… instalar museus novos. 
De qualquer modo, o espólio de Mestre Soares, emigrando, seguiu as normas actuais do país: deita-se fora o bom e recolhe-se a caca. Também, quando mãe é madrasta, é melhor ser bem adoptado. Ou, como diz o povo, guardado está o bocado para quem o há-de comer. Pinhel tem agora um museu aonde quer levar os alunos das escolas para “verem” a História.
Por falar em fotografias e pintura realista. Ângela Vimonte, esposa de José Manuel Soares, pinta principalmente naturezas mortas. Em Castelo Rodrigo fotografei uma hortênsia, a flor “natal” de Ângela Vimonte. Depois, em casa, comparei a minha fotografia com um quadro dela. Fiquei triste e muito abalado: na minha representação de hortênsias faltava o orvalho da sua saudade."
Luís Vieira da Mota
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Escrevi um e-mail aos membros dos "Serões Literários das Cortes" nestes termos:

Caros amigos e companheiros de Tertúlia
dos Serões Literários


Gostaria de partilhar convosco esta composição, só possível graças à inspiração da poesia de Carlos Lopes Pires e da música e voz de Pedro Jordão.
Repare-se nas hortênsias do vídeo.
Hoje tive o privilégio de assistir à sessão de apresentação duma exposição na Galeria do Mercado de Santana em que Luís Vieira da Mota nos brindou com três excelentes intervenções.
Ao lado das pinturas de fino recorte técnico e de imagens fabulosas de Leiria à noite nas décadas de 60/80 tivemos a ocasião rara de apreciar alguns quadros que nos representavam hortênsias nos contrastes das suas cores tal como as estivéssemos a apreciar ao vivo.
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Sugiro que apreciem a reportagem fotográfica que o nosso companheiro Rui Pascoal fez da exposição referida:

2017/06/06

O Largo da Sé de Leiria, a "Pharmácia Paiva", a família a ela associada e Eça de Queiroz



https://cld.pt/dl/download/6769502c-c51c-40f7-af61-424a57834426/MAIO%20leiria.pdf



Este número do "Notícias de Colmeias" de 9 maio 2017 tem um Suplemento dedicado a Leiria, pela passagem de mais uma Data Comemorativa do Dia da Cidade - 22 maio. As páginas 1,3-5 são de minha autoria. Título: «O Largo da Sé de Leiria, a "Pharmácia Paiva", a família a ela associada e Eça de Queiroz. O Jornal está à venda nas Tabacarias, particularmente no "Shopping" - Leiria. 
Pode-se ler o artigo, na totalidade, consultando o seguinte link acima
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ps.: 
O célebre ex libris de Leiria, edifício do Largo da Sé a que se refere no artigo, «Pharmácia Paiva», vai ser objeto de obras de restauro em breve.
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O edifício vai ser objeto de profundas obras de restauro. Vamos ficar com aquele ex libris mais vistoso ainda, o que reforçará a sua referência inquestionável, no rol do património histórico e romântico de Leiria, na linha do que se usava nos prédios burgueses e de família de finais do séc. XIX e meados do séc. XX. É urgente explorar em termos turísticos a sua mais valia, tendo em conta a sua ligação à família Paiva, ao insigne poeta, jornalista e dramaturgo Acácio de Paiva e ao próprio Eça de Queiroz e as suas referências e vivências pessoais naquele edifício, não só através da sua extraordinária obra "O Crime do Padre Amaro" mas também da sua permanência amiúde na Botica do Carlos, que era o dono da farmácia na altura da permanência do escritor em Leiria.

2017/06/01

Adeus maio de 2017




Um passeio pelo meu jardim com fundo musical e voz de Pedro Jordão e poema de Carlos Lopes Pires.
O trabalho, imaginação e empenho da Zaida são visíveis...


2017/05/30

Pintura de Virgínia Goes - XEQUE EM BRANCO - no Banco de Portugal emLeiria


"Uma das mais interessantes exposições de pintura que me foi dado admirar no Banco de Portugal em Leiria." 30-05-2017
Deixei esta nota no livro da exposição. 

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Virgínia Goes nasceu em Gândara dos Olivais, Leiria, em 1945. 
Tem o curso de Artes Decorativas da Escola-Museu Fundação Ricardo Espírito Santo Silva, o curso de Pintura da Sociedade Nacional de Belas-Artes, o Curso Complementar de Pintura e outros.
Licenciou-se em Arquitetuta pela Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa.
Tem variadíssimos prémios e uma grande dedicação a Leiria.
Ler mais:
"Xeque em Branco" - 18 maio a 25 junho 2017 - Banco de Portugal - GaleriaMunicipal - Leiria, ed. Câmara Municipal de Leiria - maio2009.


















Vídeo-montagem com fotografias das árvores do recreio da Escola Básica da Cruz da Areia - Leiria, poema de Carlos Lopes Pires e Música de Pedro Jordão.


Uma das minhas homenagens aos amigos:
Carlos Lopes Pires (Poema)
Pedro Jordão (Música)

Que se abalançaram à edição dum CD intitulado "era tão azul", cuja capa e contracapa é assim:


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Vídeo-montagem com fotografias das árvores do recreio da Escola Básica da Cruz da Areia - Leiria, poema de Carlos Lopes Pires e Música de Pedro Jordão. Poema "no silêncio da semente".

2017/05/27

Reunião em Burinhosa Pataias descendentes Almeida e Santos e Nunes em 27 Maio 2017





Os primos descendentes de António Santos e Maria das Neves Nunes - Casal, anos 60 do séc. XX.
Reunião em 27 Maio 2017 no empreendimento de bungallows em Burinhosa - Pataias - Marinha Grande.
Vídeo reeditado em 11 Jul 2018.

2017/05/02

Ruy de Carvalho em Leiria a apoiar o livro "Felicidade 100Idade" e a APpeas


Em modo DISPERSO… (XXXVI)    (in Diário de Leiria de 1 maio 2017 - p. 8)

Ruy de Carvalho em Leiria a apoiar
o livro “Felicidade 100Idade”

Jorge Gameiro é licenciado em Gestão de Recursos Humanos pelo ISLA com Pós graduação pela Universidade Complutense de Madrid, entre outras qualificações e experiências. Integra, desde a sua fundação, o núcleo dinamizador da APpeas-Associação Portuguesa para a Promoção do Envelhecimento Ativo e Saudável,  com sede em Leiria. No intuito de melhor se dar a conhecer as suas finalidades, escreveu o livro “Felicidade 100Idade”, que foi recentemente lançado em Leiria (19ABR2017), no Teatro Miguel Franco, e que teve o apoio incondicional do Dr. Gentil Martins e do reconhecido e homenageado Homem da Cultura, o grande Ator Ruy de Carvalho, que escreveu o Prefácio.
(Jorge Gameiro, Ruy de Carvalho, Gonçalo Lopes, Zaida Paiva Nunes)

A Câmara Municipal de Leiria também se associou a este evento com a participação ativa de Gonçalo Lopes (Vereador da Cultura e Vice-Presidente) e das vereadoras Anabela Graça e Ana Valentim, responsáveis pelos pelouros do Ensino e do Desenvolvimento Social, respetivamente.
No seu cap. 4 – “Se o tempo envelhecer o seu corpo mas não envelhecer as suas emoções, você será sempre feliz.”- Augusto Cury, (1958- ) são apresentados vários depoimentos sobre o tema, nomeadamente o de Zaida Paiva Nunes (72 anos), pp 140-3, com o qual esta abriu a sessão do Teatro Miguel Franco, cheio, apesar de ser um dia de semana.
No ensejo desta crónica é de se destacar a necessidade premente de se promover a APpeas e de se congregar à sua volta todos os meios e vontades que lhe permitam prosseguir com a requerida eficácia, os seus objetivos.
De facto, dada a sua juventude em termos de existência formal e o desafio geracional do século XXI a que se propõe fazer frente (segundo as palavras do seu Presidente, Baptista Cabarrão), todos os contributos que se possam reunir nunca serão demais.
O intuito primordial deste livro e da Appeas é o de sensibilizar a opinião pública em geral e os idosos, instituições de Segurança e Solidariedade Social  e as autarquias locais, Câmaras e Juntas, em particular, para a necessidade premente de se dotar a sociedade de mecanismos que permitam contribuir para o Bem Estar Social e o Envelhecimento Ativo e Saudável dos Idosos. É inquestionável que o apoio ao envelhecimento ativo e saudável das populações tem de ser encarado como uma área fundamental na boa organização da Sociedade atual. 
“A Organização Mundial da Saúde (OMS) define envelhecimento ativo como sendo o processo de otimização de condições de saúde, participação e segurança, de modo a melhorar a qualidade de vida à medida que as pessoas ficam mais velhas.”
A verdade é que a promoção do envelhecimento ativo está a assumir-se como um dos grandes desafios do presente e do futuro. Foi nesta perspetiva que surgiu a ideia da constituição duma associação como a APpeas com uma visão perfeitamente definida do que deve ser e como promover o envelhecimento ativo e saudável, consubstanciada na própria letra dos seus Estatutos. Baptita Cabarrão e Rita Andrade (vice-Presidente da Appeas), no seu depoimento no livro de Jorge Gameiro escreveram: “A Appeas-Associação Portuguesa para a Promoção do Envelhecimento Ativo e Saudável, é uma instituição particular sem fins lucrativos e de âmbito nacional constituída em 2014, que não professa qualquer ideologia política ou religiosa e propõe-se defender a pessoa humana e os seus direitos individuais e sociais, qualquer que seja a sua condição, etnia, cultura ou nacionalidade.”  E prosseguem dizendo: “Deve desmistificar-se a visão triste, penosa e decadente da velhice, encarando-a como uma oportunidade de reconhecer os valores do ser humano de modo holístico.”.
Do Prefácio de Ruy de Carvalho, corroborado com as suas palavras de estímulo e apoio à ideia da Appeas, que proferiu no decorrer da sessão no Teatro Miguel Franco (ver/ouvir vídeo no youtube: https://youtu.be/XujjRWORrTs), deve dar-se a devida ênfase à forma com o termina: “Dia a dia, passo a passo, embora um pouco mais lentamente que antigamente, sigo o meu caminho, tentando mostrar à minha geração a importância de fazer tudo com amor, com dignidade, com a força que me advém de estar vivo, evitando rastejar, mentir a mim próprio, e sobretudo mostrando a firme convicção de que parar… é morrer! É morrer, inutilmente.”
Pela minha parte, tendo participado em todas as atividades ligadas a este evento formidável, que foi a apresentação dum trabalho que o próprio Ruy de Carvalho considera que deve ser um dos livros de mesinha de cabeceira de cada um de nós, jovem ou idoso, não posso dar por encerrada esta crónica sem antes agradecer todo o empenhamento e entusiasmo demonstrado por todos os intervenientes para que este evento pudesse ter o brilhantismo e repercussão mediática que teve, em prol da nobre causa da Appeas.

Vão seguir-se sessões nos mesmos moldes na maior parte dos concelhos do país, se possível em todos.

2017/04/23

Apresentação do Romance "Ai! Joaquinita . um crime à beira de água" de Pedro Moniz



Tive a suprema honra de ser convidado para apresentar o Romance de Pedro Moniz, "Ai! Joaquinita - Um crime à beira de água".

Ora:
Quem é Pedro Moniz?
Pedro Moniz de Almeida Pereira nasceu em Leiria a 3 de Outubro de 1971. Residente na Barreira, cursou o ensino secundário no Colégio Conciliar de Maria Imaculada, da Cruz da Areia (Leiria), até ao 9º ano. No Liceu Francisco Rodrigues Lobo, também em Leiria, concluiu o complementar, sendo galardoado com o prémio Morais Rosa, que distinguiu o aluno com notas mais altas no 10º e 11º anos, nas áreas de Ciências e Humanísticas.
É licenciado em Direito, pós-graduado em Estudos Europeus pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra e advogado.
Exerceu as funções de jurista em estágios profissionais na Câmara Municipal de Leiria e na então IGT (Inspeção Geral do Trabalho) de Portalegre.
Fundou o Jornal da Barreira, organizou a antologia de Poesia e Prosa do General Oliveira Simões e tem sido colaborador da imprensa regional. Em 2011, publicou o livro D. António Antunes Bispo de Coimbra e em 2016 lançou a coletânea de poesia Pérolas de Vida
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A realização do vídeo esteve a cargo de Maria Padrão, com presença no FB em https://www.facebook.com/maria.padrao.10 e a produção e montagem é de António Nunes.

Sinopse do romance:
O ano de 1928 começou, como sempre, com renovadas esperanças de prosperidade e felicidade. Joaquina Duarte aceitou fazer um favor aos tios da Quinta da Cerca, nas Cortes - Leiria, e deslocou-se a casa deles para auxiliar nas tarefas domésticas, já que a tia estava prestas a dar à luz.
As despreocupadas e inocentes dezasseis primaveras tinham sido vivenciadas com o espírito ledo. A vida era harmoniosa, o coração estava ocupado por um nobre sentimento de amor, que até era correspondido, crescia no seio de uma família que a amava e de uma paróquia que a acolhia maternalmente.
Em circunstâncias misteriosas, contudo, Joaquina Duarte aparece morta no rio Lis. O que terá acontecido? Quem ou o que terá provocado a sua morte? É o que Pedro Moniz procura desvendar, recriando a seu modo o clima tenso que rodeou este acontecimento insólito no meio pacato da região. (in contracapa do livro, ed. Textiverso).
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Vídeo em que Pedro Moniz fala do seu novo livro, o Romance "Ai! Joaquinita - CRIME À BEIRA DE ÁGUA"

2017/04/20

Ruy de Carvalho em Leiria na divulgação das linhas de rumo para a APpeas - Associação Portuguesa de promoção do Envelhecimento Ativo e Saudável,


Jorge Gameiro teve a ideia de se lançar na empresa de escrever um livro que poderia constituir-se como uma rampa de lançamento e Manual para o Envelhecimento como forma de colaborar na implementação da APpeas - Associação Portuguesa de Promoção do Envelhecimento Ativo e Saudável.
E conseguiu esse intento graças ao "esforço colaborativo de um alargado número de pessoas e organizações, que com a sua entrega, conhecimentos e saberes, contribuíram para o mesmo." Como o próprio autor reconhece no capítulo dos "Agradecimentos".
Uma colaboração que se tem de destacar pelo seu notório significado mediático e de atitude cultural é a do grande e altamente homenageado ator Ruy de Carvalho. O Prefácio deste livro, "Felicidade 100 Idade", que nesta sessão em Leiria se lançou ao conhecimento público, é de sua autoria. Ruy de Carvalho começa o seu Prefácio com uma frase que podemos classificar de lapidar: "A vida ao nos conceder naturalmente a liberdade, torna-nos obrigatoriamente dignos da felicidade.
Sem menosprezo por todas as outras colaborações permito-me destacar as do Dr. Gentil Martins e de Zaida Paiva Nunes, que se vê a integrar a mesa da sessão e em cujo decurso a apresentou oralmente.

Podemos conferir a pp 49-53 o que se diz sobre a APpeas. O título do ponto 2.3 A visão APpeas do envelhecimento ativo e saudável, cujo texto é da autoria de Batista Cabarrão, Presidente da APpeas e de Rita Andrade, Vice-Presidente da APpeas começa por identificar A APpeas e termina definindo as linhas mestras desta associação no seu contexto específico do envelhecimento ativo e saudável. Eis o que se diz acerca do que é a APpeas:
"A APpeas - Associação Portuguesa para a Promoção do Envelhecimento Ativo e Saudável, é uma instituição particular sem fins lucrativos e de âmbito nacional constituída em 2014, que não professa qualquer ideologia política ou religiosa e propõe-se defender a pessoa humana e os seus direitos individuais e sociais, qualquer que seja a sua condição, etnia, cultura ou nacionalidade."
Este livro está à venda por 10€ sendo que metade da receita daí resultante reverte a favor da APpeas.
É de destacar, nesta oportunidade, que o seu mentor da primeira hora é o engº Batista Cabarrão, um amigo de longa data, dos tempos em que trabalhámos juntos, no início dos anos 80, numa empresa de construção de máquinas para a indústria de calçado, a já extinta, Carvalho & Catarro, Lda. em Leiria. 
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Consultar também http://dispersamente.blogspot.pt/2017/04/zaida-paiva-nunes-na-apresentacao-de.html