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2010/06/18

Leiria e a Comunidade Judaica



No passado dia 13 do corrente mês tive o grato prazer de estar presente na sessão de lançamento do livro “A Comuna Judaica de Leiria – das Origens à Expulsão”, da autoria do Prof. Dr. Saul António Gomes. O evento teve lugar no auditório da Junta de Freguesia de Leiria, precisamente no dia em que se comemorava o VIII aniversário desde que foi instituído que o seu Dia seria festejado nesta precisa data, conforme justificação já aqui exposta algumas vezes.
Da esquerda para a direita: Presidente da Assembleia de Freguesia deLeiria, Saul Gomes, Marques de Almeida, Presidente da Junta de Freguesia deLeiria
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Segundo o autor nos explicou, este livro apresenta a história daquela que foi uma das mais prósperas comunidades judaicas do Portugal medieval.
Este livro é apresentado nos seguintes termos:
O autor, depois de proceder à avaliação da tradição histório-gráfica acerca da memória judaica e cristã-nova leiriense, passa à contextualização da fixação dos primeiros judeus nesta antiga vila estremenha, por finais do século XII e princípios de Duzentos, e avalia pormenorizadamente as particularidades económicas, sociais e culturais da comuna israelita local em cujo seio, na década de  1490, funcionou a tipografia da família Ortas, oficina impressora do célebre Almanaque Perpétuo de Abraão Zacuto. Estabelece-se, de seguida, para os séculos XIII a XVI, a presença e a sobrevivência do povo hebraico em Leiria e em toda a sua região.”

Neste extraordinário estudo histórico e documental são reproduzidos e/ou referenciados 210 documentos, muitos dos quais foram recolhidos após centenas de horas de investigação na própria TT – Torre do Tombo; talvez também seja oportuno deixar a informação do próprio autor de que esta recolha se reporta a trabalho levado a cabo há cerca de 20 anos, na altura em que o processamento digital da informação era ainda um embrião cujo desenvolvimento era então uma grande incógnita.

A edição desta obra a todos os títulos notável no que respeita a um aprofundamento do estudo do Judaísmo em Portugal e ao seu enquadramento na história da vida errante e de resistência inigualável do povo Hebreu, durante séculos espalhado por todos os cantos do Mundo, tem  o  apoio incondicional da Cátedra de Estudos Sefarditas «Alberto Benveniste» - Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.

A apresentação do livro foi feita pelo Professor Doutor A.A. Marques de Almeida, Coordenador Executivo e Científico da Cátedra de Estudos Sefarditas e Director da Série Monográfica «Alberto Benveniste».

Penso ser de todo o interesse deixar aqui trasncrito o Índice deste livro:

1.   Introdução (O autor escreve, já na parte final: “ Contudo, a apresentação desta monografia traz alguns elementos inéditos. Penso nas questões da topografia local, na definição dos quadros iniciais do estabelecimento judaico por terras estremenhas, na própria vivência da comunidade nos séculos XIII a XVI. Penso, finalmente, no corpus documental que fica agora disponível a todos quantos desejem aprofundar o conhecimento do passado israelita em Portugal.”)
2.      Fundação da Judiaria e sua topografia
3.      Infra-estruturas urbanas
4.      População
5.      A antroponímia judaica local
6.      Personalidade jurídica da comuna e administração
7.      Vida económica e rendas da Judiaria
8.      Sociedade e vida quotidiana
9.      Cultura e conversões ao Cristianismo
10.  Expulsão e sobrevivências
      Documentos.
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Também pode ler neste blogue:
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2010/06/11

CASTELO DE LEIRIA - Os Radioamadores em acção



(clic para melhor ler e observar)

De 11 para 12 do mês em curso, Sexta e Sábado, os Radioamadores da ARAL vão activar a estação CT6ARL a partir do Castelo de Leiria.
Vão estar operativos em onda curta, para todo o Mundo, e em VH/UHF.
Com esta actividade pretendem colaborar com a Junta de Freguesia de Leiria nas Comemorações da VIII Comemoração da criação do Dia desta Freguesia.
O cartão de QSL acima reproduzido, na sua frente e verso, será outorgado a todas as estações que contactarem a CT6ARL, incluindo os radioamadores que se façam presentes no decorrer da emissão e da sessão de lançamento do livro de Adélio Amaro, "Leiria - ao encontro do castelo", um trabalho com que a Editora Folheto vai iniciar uma colecção "Cantos, Recantos e Encantos de Leiria", essencialmente à base de fotografias desta cidade das mais típicas e históricas de Portugal.
O autor deste blogue vai envidar todos os esforços para manter os seus seguidores a par do que se for passando. Os radioamadores passarão toda a noite no Castelo...
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QSL - cartão confirmativo do contacto via rádio que seja estabelecido com a estação da ARAL, instalada no Castelo. Também será outorgado a todos os que se fizerem presentes no Castelo de Leiria no dia 12, Sábado, mesmo não sendo radioamadores.
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O autor deste blogue é radioamador desde 1980. Tem o indicativo CT1CIR e estará no ar no período indicado. Aproveitará o ensejo para levar a cabo uma reportagem a propósito deste evento.
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2010/06/06

LEIRIA: O Couseiro, quem o escreveu?

Manuscrito de O Couseiro, oferecido à Câmara Municipal de Leiria, em 1975. Era Presidente da sua Comissão Constitutiva o então Coronel Carvalho dos Santos.
Frontispício da 1ª Edição do mesmo livro, também pertença da Biblioteca Afonso Lopes Vieira, Leiria.

Leiria. Biblioteca Municipal Afonso Lopes Vieira. Apresentação do livro de Ricardo Charters D´Azevedo, "Quem escreveu O Couseiro?".
Na mesa, da esquerda para a direita: Carlos Fernandes, Director da Editora Textiverso - Leiria, Engº Ricardo Charters, Prof. Dr. Saul António Gomes, historiador da Universidade de Coimbra e Dr.Gonçalo Lopes, vereador do Pelouro da Cultura da Câmara Municipal de Leiria.

Sessão muito animada abordando um tema extraordinariamente interessante do ponto de vista da investigação histórica e literária. Trata-se de apresentar o primeiro ensaio credível para se tentar perceber e ficar a conhecer as origens autorais do mais antigo e melhor informado documento histórico do séc. XVII sobre a região correspondente aproximadamente à actual zona geográfica da Diocese de Leiria. Esse documento, no original, sabe-se que há-de ser um manuscrito escrito há cerca de quatrocentos anos, durante os reinados de Filipe III (Filipe IV de Espanha) e de D. João IV, o incontornável O Couseiro ou Memórias do Bispado de Leiria, "o livro mais notável da bibliografia leiriense".

O autor do presente trabalho, arrojado e provocador, promove na defesa das suas teorias cinco ideias fundamentais:

1) O autor do manuscrito de O Couseiro ou Memórias do Bispado de Leiria é desconhecido;
2) As cópias que hoje existem tiveram como base outras cópias e inevitavelmente terão erros de transcrição;
3) Os estudos levados a cabo indicam que esse manuscrito terá duas partes distintas, que se poderão atribuir a primeira a António Couceiro, Provedor da Comarca de Leiria e a segunda ao Deão da Sé de Leiria, que terá nele feito os seus registos entre 1651 e 1660;
4) Existem três edições impressas até hoje que contêm muitos erros e imprecisões;
5) Justifica-se plenamente uma 4ª edição anotada e com base num trabalho aprofundado e com apoio de Académicos de reputado perfil na matéria de investigação histórica.

A dado passo do seu livro, Charters d´Azevedo escreve: "Vemos assim que as três edições acima mencionadas são diferentes, pois cada uma tem acrescentos e adendas diferentes, mas todas dizem reproduzir, o mais fielmente possível, um manuscrito, que não é o original, pois não o encontraram."

Para se poder aquilatar do extraordinário interesse deste manuscrito basta dizer do facto de a consulta do seu conteúdo, seja através das cópias manuscritas seja das versões impressas (esgotadas, claro está), ser absolutamente imprescindível para quem pretender investigar sobre a história de Leiria do séc. XVII.(*)

Partindo destas premissas, Ricardo Charters remata, desafiando a Câmara Municipal de Leiria e os estudiosos da bibliografia leiriense a prosseguirem este seu ensaio com as hipóteses por si aventadas e agora apresentadas à discussão pública neste seu notável livro.
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(*) Livros de consulta obrigatória nas investigações sobre Leiria (e o seu distrito): Anais do Município de Leiria, de João Cabral; Monografia de Leiria, a Cidade e o Concelho ou LEIRIA - Subsídios para a história da sua Diocese, ambos de Afonso Zúquete; Introdução à História do Castelo de Leiria, de Saul Gomes, Villa Portela, os Charters d´Azevedo em Leiria e as suas relações familiares (séc. XIX), de Ana Margarida Portela, Francisco Queiroz e Ricardo Charters, entre outros igualmente merecedores de relevo.
* Na Bibliografia deste último, "Villa Portela" pode ler-se a referência ao livro do autor deste blogue, "Caminhos Entrelaçados - na freguesia da Barreira-Leiria", ed. da Junta de Freguesia - 2005.

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2010/03/03

Leiria - O último "alcaide" do seu Castelo


Quando em 1966 cheguei a Leiria, um dos primeiros locais que visitei foi, inevitavelmente, o Castelo de Leiria.
E lá estava o Snr. Basílio,  carinhosamente tratado pelo alcaide do Castelo. E assim ficou para a posteridade: o último "alcaide" do Castelo de Leiria.
Não podia deixar passar este infausto evento  sem uma referência, singela que seja, neste meu blogue.
O snr. Basíllio foi um homem de sete ofícios. Um dos que eu posso comprovar foi o de mecânico de cofres. Uma  ocasião, por volta do ano de 1979, era eu o responsável do Departamento Financeiro da firma, já extinta, Carvalho & Catarro, Lda. no Alto Vieiro, Leiria. Precisava de resolver uns assuntos inadiáveis (estávamos aliás na altura do pagamento dos ordenados do pessoal, já nessa época as finanças estavam muito periclitantes para a empresa e para os trabalhadores) e tinha absoluta necessidade de aceder ao cofre. Intento gorado. O sistema de abertura não funcionava. Chamou-se o Snr. Basílio. Depois de umas quantas tentativas lá se conseguiu resolver o problema e o cofre foi aberto, graças à sua persistência e  engenho.

Basílio Artur Pereira nasceu a 17 de Agosto de 1913 no "Bairro dos Anjos", Leiria e foi, durante toda a sua vida, um dos mais típicos e considerados personagens da cidade de Leiria.

Em 1952, Basílio Artur Pereira, aceitou o convite que lhe foi endereçado pelo célebre Arquitecto Ernesto Korrodi (*), para trabalhar como guarda permanente do Castelo de Leiria, daí lhe advindo o cognome de "alcaide" do Castelo. Esta tarefa não tinha segredos para o novo "alcaide" pois já o seu avô e o seu pai tinham desempenhado funções idênticas naquele castelo.
Nas duas últimas décadas da sua longa vida dedicou-se a colaborar com os jornais e rádios locais sempre com muita vivacidade e uma capacidade de memória fantásticas.
Uma parte das muitas histórias que sabia acerca do castelo, das personalidades que por lá passaram e da cidade em geral, escreveu-as num livro "As minhas lembranças". Bem tentei comprá-lo, recentemente. Já está esgotado há uns anos. Não admira. As histórias que nos conta nesse seu livro são de uma sinceridade a toda a prova. Um autêntico manancial de informação viva que perpassou por Leiria, as suas gentes, o seu Castelo, durante quase todo o século XX.

O último "alcaide" do Castelo de Leiria também era poeta:
Alguns versos soltos... à guiza de preito de saudade e homenagem:



“Qual dia qual hora
Que os homens em fraterno
Se abraçarão
Em amizade nos dêem
A certeza
Que em cada lar
Nunca falta pão.”

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"Porque não um mundo mais feliz?"

Sublinha o "Diário de Leiria" de hoje, na sua segunda página, toda dedicada a esta figura que agora partiu desta vida, talvez descontente, ao contrário do que sempre mostrou no contacto com os amigos, que eram praticamente todos os Leirienses!

(*) Leia-se a obra ímpar "Introdução à história do Castelo de Leiria", Ed. da CMLeiria, Prof. Dr. Saul António Gomes, a que já aqui se fez a devida e merecida referência. O arquitecto Korrodi foi o grande impulsionador das obras de restauro do Castelo de Leiria, na primeira metade do séc. XX e um dos autores dos projectos de obras de vulto, ainda hoje das mais admiradas em Leiria, pelo seu estilo característico e robustez das construções.
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2010/02/15

LEIRIA - CASTELO, SÉ CATEDRAL, VISTA PANORÂMICA - Fevereiro de 2010


(para ouvir o som de fundo deve desligar o som da barra lateral)

 
O filme que acima se reproduz aborda aspectos dos mais representativos e caracterizadores da cidade de Leiria.
O seu Castelo, a sua Sé Catedral e Torre Sineira ( a última fotografia) e o seu Largo fronteiriço, tão familiares que estes ícons de Leiria me são, intimidade que já remonta ao ano de 1966, data em que pisei, pela primeira vez, esta histórica e romântica terra, são dignos da nossa melhor atenção.


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Castelo de Leiria

Acerca do Castelo de Leiria foi  publicado em 2004 um excelente trabalho, da autoria do Prof. Dr. Saul António Gomes: "Introdução à História do Castelo de Leiria". Este livro de grande interesse historiográfico e literário, tem como objectivo principal o estudo e divulgação do Castelo sob o ponto de vista histórico e arquitectónico, contem ainda uma valiosa recolha de factos, de lendas e narrativas da maior importância para o conhecimento da história de Leiria e das suas gentes.

Alguns aspectos fotografados incluídos neste filme correspondem a pormenores descritos por Saul Gomes com grande precisão histórica e de belo recorte literário. É o caso do "Portão Norte" e das muralhas do Castelo de Leiria a que o autor do livro em referência dedica os seguintes excertos:
1) Permaneciam, contudo, os vestígios materiais do empenho pretérito da aristocracia concelhia no zelo da sua muralha, encontrando-se um honorífico testemunho heráldico do que acabamos de afirmar na porta românica da entrada norte da barbacã. Ali se encontra o brasão medievo do concelho. Simbolicamente, a sua observação pelos que demandavam a alcáçova recordar-lhes-ia o poder municipal leiriense, a sua jurisdição em todo aquele espaço, o senhorio deste dentro e fora das muralhas. ...
2) Em 1641-42, os procuradores de Leiria às Cortes de Lisboa reclamavam do rei a reparação do Castelo e das suas muralhas, defendendo que poderia ter um papel militar activo nas guerras que se previam.
Mas em meados de Setecentos, o corredor entre a muralha e a barbacã servia de quintal, agravando-se a degradação das muralhas no decorrer de daquela centúria e da de Oitocentos.

 

2008/11/09

Escrever um livro, plantar um liquidâmbar



Em Maio do corrente ano , no dia da freguesia da Barreira - Leiria, este liquidâmbar foi-me oferecido como sinal de reconhecimento pelo livro que eu escrevi e foi editado em 2005, sob o título: "Caminhos entrelaçados na freguesia da Barreira - Leiria". Vários outros autores também foram agraciados com árvores envasadas, pelo mesmo motivo: terem escrito sobre a freguesia da Barreira. Com esse simbólico acto foram distribuídas umas dez árvores, Liquidâmbares e Grevílleas robustas. Que melhor "prenda" me podiam ter oferecido!? Plantei-a no meu jardim, uns metros quadrados à volta de casa.(aqui)
Hoje, o Outono a esvair-se em nostalgias, reparei melhor naquela árvore, recordei-me de como ela estava só com tronco e ramos e era mais pequenina quando me foi entregue a meu cargo. Um palmo, talvez.
Estes meses passados e antes que as folhas caissem todas, fotografei-a. Vejam como as suas folhas são encantadoras, apesar de haver muitos liquidâmbares (a maior parte) que nesta época do ano se preparam para o Inverno sob a cor vermelha característica.
Comecei a escrever o livro em referência nos Lourais-Barreira-Leiria, aos 13 de Junho de 2004, ainda eu mal tinha ouvido falar de blogues. Quase sem dar por isso comecei a escrever, a partir de 23 de Setembro desse mesmo ano, os passos do meu dia-a-dia, os que mais me ligavam à terra que adoptei desde 1993. Quase in extremis lembrei-me de introduzir um capítulo no livro com fragmentos desse meu Diário na Barreira. Lá ficou para sempre. Talvez uma premonição do que viria a acontecer anos depois. Deixar algumas ocorrências da minha vida e do que se ia passando ao meu redor, escritas e publicadas.
Mal eu imaginava que dois anos depois haveria de me entusiasmar pelos blogues, como é o caso presente.
E cá continuo!... Há três anos!...Até quando?...
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2008/07/05

200 anos depois...


Homenagem aos Leirienses mortos pelas tropas francesas em 5 de Junho de 1808. Uma coroa de flores e o respectivo toque da banda militar de honra. 200 anos são passados. Há que recordar o passado de modo a que não se repitam os erros então cometidos.
Postada entre dois oficiais superiores do Exército, encontra-se a Presidente da Câmara Municipal de Leiria, Dra. Isabel Damasceno. Ao fundo o perfil do Castelo de Leiria.

A mesa de apresentação do livro evocativo desta triste efeméride. Estamos no Salão Nobre da Câmara Municipal de Leiria. Por coincidência ou não encontram-se gravadas em relevo numa das paredes, as palavras "LIBERDADE" e "IGUALDADE"...
Da esquerda para a direita: Vitorino Guerra, historiador; Carlos Fernandes, coordenador; Vitor Lourenço, vererador; Editor e apresentador
Vencido o passo da Portela, deixaram aí os franceses o parque de artlharia junto à igreja de S. Bartolomeu, com um corpo unido, que seria de 700 homens: o mais espalhou-se pela cidade e seus arrabaldes, matando e roubando quanto se encontrava, e, perpretando os mais agravantes atentados. Mulheres, crianças, velhos, enfermos e aleijados, era tudo sacrificado com igual impiedade. Os templos, as casas, as ruas e os campos ofereciam as mesmas cenas de mortandade, saque, sacrilégios e libertagem: nada escapou ao furor destes bárbaros. - José Acúrsio das Nevesin "O Massacre da Portela - 200 anos" - Carlos Fernandes - ed. textiverso
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2008/07/04

O massacre da Portela – 5 de Julho de 1808

Amanhã comemoram-se 200 anos sobre o massacre de quase todos os habitantes da cidade de Leiria, à época uma pequena urbe.
Este momento histórico da invasão das tropas de Napoleão, comandadas pelo general Margaron, saldou-se no massacre de cerca de 120 leirienses, muitos fuzilados sumariamente por terem de sua posse qualquer das alfaias agrícolas usadas na altura.
Existe documentação bastante para se perceber e compreender o que se passou nesse fatídico dia, mas a sua dispersão é grande, repartida por capítulos de alguns livros (por exemplo, “A Mãezinha” de Júlia Moniz (Barreira), Villa Portela (cap. I do livro), "História da Barreira" de Borges da Cunha (Barreira), entre outros, e muitas gravuras da época.
No âmbito das comemorações desta terrível data para as gentes de Leiria e milícias em número reduzido, comandadas por alguns soldados do Batalhão Académico de Coimbra, realizam-se várias iniciativas, dentre as quais se destacam:

1- Lançamento do livro “O massacre da Portela – 200 anos depois” ed. Textiverso coordenação de Carlos Fernandes, no Salão Nobre da Câmara Municipal, pelas 16h30; Sábado, 5 de Julho de 2008;
2- Exposição cedida pelo Museu da Marinha, no Arquivo Distrital de Leiria, que ficará patente até 29 de Agosto;
3- Homenagem aos mártires do massacre, junto ao local assinalado com uma placa evocativa no muro sul do Convento da Portela (Rua Dr. João Soares);
4- Exposição de 100 gravuras de época, de grandes dimensões, na Casa Museu João Soares, Cortes, Leiria; algumas destas gravuras são inéditas, como as da autoria de João Mouzinho de Albuquerque , que esteve em Leiria, de passagem, no séc. XIX;
5- A Câmara organizará um colóquio sobre este tema, nos próximos dias 14 e 15, na Escola Superior de Educação de Leiria.
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2008/01/30

Beleza e história de Leiria

A estátua de D. Afonso III, na Praça da República. A grandiosa zona verde que se observa a seguir reporta-se à Quinta do Chalé da Portela, um símbolo da antiga família Charters d´Azevedo, iniciada nesta cidade de Leiria, no séc. XIX. A história relacionada com os terrenos, a sua área e a sua propriedade têm sido, ao longo dos anos, alvo de muitos e graves desentendimentos entre os proprietários e a Câmara Municipal. Amanhã vai ser lançado o livro "Villa Portela" no Arquivo Distrital de Leiria. A este livro já tive ocasião de fazer referência neste blogue.
Estas duas fotografias tirei-as ontem, ao sair das instalações da Câmara Municipal de Leiria, cuja frontaria está virada a Nascente. Imagine-se a hora deste registo. De manhã? À tarde?
Leiria é uma cidade bonita. Pena que ainda tenha muitos pontos negros a salpicar a beleza e a história da urbe.
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