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2011/05/29

Simplesmente... Ámen?!

Este entardecer, deste Domingo, está muito sossegado. É certo que não tenho visto televisão nem ouvido rádio. De qualquer modo - contradições do momento -  tenho a sensação de que algo de grave paira no ar.


Que diabo de altura para andarmos a ver quem vai para o poleiro da Governação de Portugal! 
O que é que fará correr tantos galos, mesmo em tempo de vacas magras? Será o sentido do dever de cidadania para dar o seu contributo de modo a sermos capazes de ultrapassar esta malfadada crise em que o país está envolvido? 
Como todos nós, portugueses, gostaríamos de acreditar!...


À minha frente, em linha de vista, através duma janela da minha casa - computador à mão, livros (muitos para pouco tempo disponível), muitos papeis, muitas contas - uma vista encaixilhada na paisagem deslumbrante do vale do Lis e da Sra. do Monte, Leiria (Barreira/Cortes-Leiria): caixilhos da janela a recortarem a paisagem, uma roseira com algumas rosas brancas, os telhados das casas de alguns vizinhos, por cima, aquela bonita grevílea robusta, matizada com as suas flores douradas, a copa dum sobreiro, de vários castanheiros, para lá do rio, floresta de pinheiros e eucaliptos, tempo em bonança, não bole uma palhinha, céu em limbos, tarde a cair, silêncio entrecortado pelo cantar das aves.


Que silêncio!
Até fico desconfiado...


Bom Domingo a todos, queria desejar-vos muita Paz, harmonia na vida dos homens, em consonância com este momento de impressionante (contrastante?!) calma na Natureza!
Momentos, a vida é feita de momentos, como seria fabuloso se a vida só fosse feita de momentos como este!...
Bem sei que este é um momento raro, excepcional, que outros mais sérios estão a ser vividos, um pouco por todo o lado, com toda a certeza, cheios de ansiedade, de incertezas, de tramóias, de violência.
Porque é que o homem não consegue conciliar a sua existência com mais harmonia, mais solidariedade, menos ganância, menos vaidade?Porquê?
Dá vontade de dizer 
- que me interessa a política, que me interessam as intrigas mesquinhas que se tecem a toda a hora e instante, por esse país fora, por esse mundo devassado?


A História diz-nos que não somos capazes de ser diferentes. Que somos assim, tal como nos mostramos. Egoístas e em constante luta pela supremacia sobre os nossos semelhantes!...


É pena que tenhamos que dizer, conformados,
Ámen
@as-nunes


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2010/11/01

A úlima morada


Cemitério de Sto. António do Carrascal - Leiria, hoje
Ainda que só amanhã é que seja o Dia («oficial») dos Fiéis Defuntos
In extremis, ao findar do dia de hoje, 1 de Novembro de 2010

A última morada



Chamam-lhe a última morada...


Lugar mórbido,
Lugar sinistro...


Flores e velas, para quê?
Para quem?
Por uma recordação?
Por pó?
Por nada?


Porquê a última morada?


O que é eterno,
Subiu à Eternidade.


O que é da terra,
Morreu, já não existe.


De quem a última morada?
De quem?
Se aqui já não há nada!

1/11/2007
Zaida Paiva Nunes
in "Talvez" - ed. Folheto 2008

-
Mesmo assim, lá fomos, eu e a Zaida, cumprir o ritual de deixar flores na campa do meu sogro, que morreu e foi enterrado em 1994...
Em tempo, nós, também, fizémos questão de lhe prestar uma homenagem que julgamos merecida, escrevendo o livro "José Teles de Almeida Paiva - 1917-1994 - Uma Vida, Uma Época, Uma Cidade", Ed. Folheto - Leiria.
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2010/07/03

Nós, Deus e o Universo


A noite correu lenta
dorida, impertinente
desmazelada, cinzenta
ela, comigo, doente

Ao amanhecer pardacento
o galo ouvi cantar
a vida num momento
com outras cores ficar

Bom dia, Vida
És tão Bela
Tão sentida
Acabei a sentinela...

Graças a Deus...
(…)

Há momentos na vida em que nos pomos a pensar de forma diferente de outros em que nos julgamos indestrutíveis, sem males de maior que nos possam apoquentar.
Sabemos como é difícil viver. Como a luta por uma vida útil e digna é árdua. Constante. Mas a nossa racionalidade impele-nos a pensar que somos capazes de vencer todos os obstáculos. Quando muito com alguns arranhões.

Mas também há outros momentos na vida em que somos levados a reflectir sobre a natureza da Força Suprema que orienta O Universo. Nessas alturas, quantas vezes – quais náufragos - tentamos agarrarmo-nos a tudo e a nada de forma a nos mantermos à tona da água. Momentos em que a nossa perspectiva do que representa a existência, o ser/estar ou não ser/não estar, o nosso próprio mundo tecido à volta de imperceptíveis nadas, nos questionam a nós próprios e nos examinam como se nem a mais pequena parte do átomo fôssemos!...

E assim há-de continuar a ser, eternamente!...
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2009/12/30

Ano Novo deita fora o Ano Velho!...

Encruzilhada

O Ano de 2009 já vai alto...
O Mundo parece que estilhaça
Vidas em confuso sobressalto
Ano Novo, ergamos a taça?!


Chegada no 31 de Dezembro
Decisiva etapa desta correria
Vida sonhada no vento
Vento que na noite bramia



Ânsias nos tempos que passam
Visões indefinidas no horizonte
Nas asas dum pássaro esvoaçam
Uma pena permanece na ponte.

Dou comigo a sussurrar, para o ar
Quantas dezenas de anos
Já ando, esbaforido, a cavalgar?
Nesta hora, planos, que planos?...

António S. Nunes


2009/11/27

A Camélia "Winter SnowDown"


O nome por que é conhecida esta camélia é: Winter SnowDown". Entretanto, na data primitiva deste post, eu chamei-lhe "Snow Winter". Já Nietchze dizia que o maravilhoso da memória é achar-se muita graça às coisas bonitas, boas, que no presente, no momento, são sempre novidade, ainda que já as tenhamos apreciado/conhecido no passado. (eu, em ressalva, em 29/11/2010).

Camélia "Snow Winter"
A primeira do meu jardim.
A sua alvura é p´ra ver
O que há p´ralém de mim...


Bons Dias...
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2008/12/27

Dispersamente com Fernando Pessoa

Agora que estamos no declinar do ano de 2008, acabamos de comemorar 120 anos do Nascimento de Fernando Pessoa.
Que melhor oportunidade para comemorar o III aniversário deste meu blogue?
Medite-se na reflexão que a seguir se transcreve:

Nenhuma época transmite a outra a sua sensibilidade; transmite-lhe apenas a inteligência que teve dessa sensibilidade. Pela emoção somos nós; pela inteligência somos alheios. A inteligência dispersa-nos; por isso é através do que nos dispersa que nós sobrevivemos. Cada época entrega às seguintes apenas aquilo que não foi.
...
Fernando Pessoa
Reflexões – excerto de “Ambiente”

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2008/11/05

Reflexão...

Reflectindo nos reflexos da luz reflectida na água e de um pinheiro manso que deixou cair uma pinha no lago de água espelhada!...
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