2007/03/08

A Mulher, fonte de Vida...

O rio Lis, na nascente
Suas águas límpidas
Vigorosas, na corrente
Geram vida como a semente

Através da objectiva

Imagens nítidas

De beleza,
De grandeza,
Mimosas,
Sinuosas,
Ondulantes,
Vicejantes.

E lembro-me

Naturalmente

das Mulheres da minha vida!

Encarnação, Zaida

Inês

Mafalda

-

Não posso perder esta oportunidade para reforçar que não me esqueço da minha nora, a Ana, que está mesmo à beirinha de nos dar mais uma mulher para a família, que há-de chamar-se CAROLINA. Estamos todos, pelo menos nós, os amigos e família, ansiosos pela vinda de mais esta MULHER((aça), segundo rezam as crónicas das observações pré-Natal entretanto feitas).

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2007/03/05

à la minute (II)

Tal como o prometido no post anterior, aqui fica a minha foto à la minute, encaixilhada como se tivesse sido entrevistado pela RTP de antigamente.
E então não é que vem mesmo a propósito, agora que se estão a comemorar os 50 anos das primeiras emissões de televisão em Portugal? Que também eram a preto e branco, tinha eu 10 anos de idade. Bem me lembro do assombro com que vimos os primeiros bonecos na Televisão. Aquilo era um corropio para os cafés das redondezas. Despesa obrigatória que o espectáculo não podia ser de borla. O Televisor era caríssimo!
E aqueles célebres e frequentes "interlúdios musicais" para ocupar o tempo enquanto os técnicos estariam a tentar restabelecer a emissão: "A emissão segue dentro de momentos"...
O José Gomes, de 23 anos, ficou meu amigo. Conversámos bastante, no dia da fotografia. Hoje, dia 6, voltámos a encontrarmo-nos, estava ele a refugiar-se da chuva, ia eu para o elevador do Edifício do Paço (o da Zara como é conhecido popularmente). Lá voltámos ao assunto daquelas máquinas à la minute, centenárias, construídas pela Kodak e pela Compur (aquilo parece que era tudo do mesmo grupo), as lentes Schneider ou Volte Cander, também Carl Zeiss. Os aspectos técnicos da lente desta máquina confirmam-se, 135 mm, abertura normal 3.4, mas a família tem em stock várias outras lentes conforme os trabalhos a realizar.
Ofereceu-me um jornal "Diário de Leiria", desta data, que traz lá, a pág. 4, uma reportagem tipo "Foto do Dia" em que incluem uma foto do pai, Alberto Gomes, noutra zona de Leiria, com outro equipamento completo, autênticos laboratórios fotográficos ambulantes, mas genuinamente "à la minute". Pelos vistos, acabam por ocupar, o José, o pai e a mãe, todo o seu tempo a percorrer o País de lés a lés a tirar retratos nas mais diversas situações, assim mesmo, na via pública, a maioria das vezes. Mas estão disponíveis para aceder a acções de demonstrações até para efeitos didácticos. É que ali é tudo à antiga, como mandavam os cânones dos primórdios da fotografia.
Já foram várias vezes às Televisões e entrevistas para os jornais já contabilizam muitas.
Ah, e estão colectados, garantiu-me, por via de algumas dúvidas da concorrência dos das "Polaroid", que não tem nada de arte, como me confidenciou. Eu concordo. Arte a apoiar é esta da fotografia "à la minute". E fiquei com a sensação, para não dizer a certeza, que não é arte que se aprenda do pé para a mão. A desta família já vem de várias gerações!...
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(Parte II do post anterior)Posted by Picasa

à la minute


Hoje, no Largo do Papa, em Leiria, já com o novo visual "Polis", o fotógrafo Gomes, orgulho de ser o continuador de uma geração de fotógrafos "à la minute", sede em Espinho, trabalho ambulante e nómada, uns dias aqui outros noutro lado qualquer, máquina sem nome de fabricante, já centenária, lente Schneider* 13,5 cm **. 50 anos depois eis que me tiram uma nova fotografia por este processo. A primeira, lembro-me bem, foi no jardim em frente à Escola Industrial e Comercial, actual Emídio Navarro, em Viseu, estava-se em 1958 (ou seria 1959?), o meu pai andava comigo a tratar do meu primeiro Bilhete de Identidade para me matricular no 1º ano do Ciclo Preparatório, como então se designava o actual 5º ano do Ensino Básico.
Não resisto a publicar, já, quase em tempo real, este apontamento.
Antes do fim do dia quero ver se tenho oportunidade de completar este post com mais o seguinte material:
1) A minha fotografia dentro duma moldura como se estivesse no écran da Radiotelevisão Portuguesa;
2) Mais duas fotos de pormenor da máquina.
Pequenos encantos que a vida e o acaso de estar a passar por aquele sítio na hora certa, nos proprocionam!
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O amigo Gomes garantiu-me que seria possível ter uma fotografia pronta num minuto. Como não havia pressas e eu estava interessado em conversar um bocadinho, está claro que acabámos por estar ali à espera que o trabalho ficasse pronto, aí uns dez minutos. Entretanto começou a juntar-se gente conhecida e amiga e vai daí começámos a trocar umas recordações e, se não tivesse que ir tratar da minha vida, ainda agora lá estava...

Clicando-se em cima das fotos consegue-se ver o pormenor da lente, uma Schnneider de 13,5 cm (será?); na do post de cima repare-se no "olhó passarinho!"; a minha foto tem que ficar para amanhã.

Nota: Segundo o dicionário Editora da Língua Portuguesa - 6ª Edição - 1986 (o que tinha aqui à mão, agora): "à la minute" (loc. fr.). num minuto; rapidamente; à pressa.

* Que ainda há bem pouco atrás fabricava computadores...

** Será mesmo 135 mm de distância focal? Tenho que confirmar/que me informar melhor, que gosto de fotografar, mas não sou lá grandemente entendido nas questões técnicas da fotografia. É só a intuição e o prazer de fotografar, de registar um momento, que me movem neste mundo fantástico que nos prende a atenção e nos mostra pormenores inimagináveis. ...

... Após um pequeno compasso de "até sabia mas não me lembrava": pois está claro que as lentes de distância focal entre 85 e 135 mm são as mais indicados para fotos de retratos, produzindo imagens sem distorção, guardando as proporções originais do modelo. É o que dizem os manuais e se confirma na prática. Estas indecisões são o nítido resultado de, na actualidade, podermos comprar máquinas com objectivas de distância focal variável e, mais cómodo ainda, com dois ou mais conjuntos de objectivas amovíveis. É só substituí-las (operação extremamente fácil e rápida) "et voilá". Fotos "à la minute" em menos de um segundo!... para todos os gostos e necessidades!

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2007/03/03

Olhemos pelos cursos de água, pela nossa saúde!

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(4mar07-actualização: após a leitura do comentário de "zé lérias" senti-me na necessidade de acrescentar o seguinte: É verdade que o dito MPRL, salvo um fôlego inicial em que se levaram a cabo algumas iniciativas de sensibilização, caiu no marasmo de esperar para ver. De qualquer modo penso que poderá haver uma melhor rentabilização desta ideia partindo duma chamada de atenção às instituições que fundaram o MPRL. Mas não me repugna nada que se funde uma Associação na sequência daquele movimento. Sem a intervenção activa das Juntas e das Câmaras nada se conseguirá).
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2ª actualização: Para que conste do conjunto deste post:
Alguns versos de O Pastor Peregrino de Francisco Rodrigues Lobo:
...
E, esquecido o Mondego,
O Guadiana, O Minho, o Douro, o Tejo,
Por meio de outra pena
Cante só Lusitânia o Liz e o Lena.
---
Estão-se a esquecer do MPRL? Acaso os srs. actuais Presidentes de Junta de Leiria, Barreira, Amor, Parceiros, Golpilheira, Barosa e outras, e os Presidentes de Câmara de Leiria, da Batalha e de Porto de Mós, se esqueceram deste Movimento, solenemente formalizado no Salão Nobre da Câmara Municipal de Leiria, em 2002?
É que tenho ouvido e lido que há pessoas a organizarem uma Associação para defesa do Rio Lena!...
Andamos assim tão distraídos ou tudo isto é folclore, só para ficar na fotografia e "enriquecer" o curriculum de alguns carreiristas políticos e sociais?!...
Mais informação sobre o MPRL - Movimento para a Recuperação do Rio Lena no sítio
http://mprl.no.sapo.pt
Não seria de se aproveitar esta iniciativa, em vez de se estar a regressar à estaca zero?

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2007/03/01

À volta do maviosíssimo poeta Francisco Rodrigues Lobo

Quem se aproxima da Praça Rodrigues Lobo, em Leiria, vindo da Rua D. Dinis, outra das imortais referências desta região e de Portugal inteiro. Num dia luminoso de prenúncios da Primavera de 2007.

Fermoso rio Lis, que entre arvoredos
Ides detendo as águas vagarosas,
Até que üas sobre outras, de invejosas,
Ficam cobrindo o vão destes penedos;
.

Verdes lapas, que ao pé de altos rochedos
Sois morada das Ninfas mais fermosas,
Fontes, árvores, ervas, lírios, rosas,
Em quem esconde Amor tantos segredos;
.

Se vós, livres de humano sentimento,
Em quem não cabe escolha nem vontade,
Também às leis de Amor guardais respeito.
.

Como se há-de livrar meu pensamento
De render alma, vida e liberdade,
Se conhece a razão de estar sujeito?
.

Primavera, Vales e Montes..., Floresta Undécima

2007/02/28

A Primavera está aí em força

Nos meus percursos diários entre a Boa Vista e Leiria e vice-versa, de vez em quando, dou umas sortidas pelas variantes nos campos dos arredores de Leiria. Quando nos dipomos a observar a natureza, são incontáveis os pequenos pormenores que a Natureza nos permite observar e admirar.
Como podemos ser tão indiferentes à vida que se renova em ciclos, ano após ano?
Com uma beleza estonteante!...Repare-se, muito simplesmente, neste TOJO!
Posted by Picasa Vejam mimosas e a sua cor viva e esfusiante, apresentadas no blog do Agostinho
- Mais info sobre o "tojo"

2007/02/27

Que raio de ideia!...

O meu amigo F´Santos, cartoonista, continua a privilegiar-me com vários trabalhos, que mos envia por e-mail. Tenho que me penitenciar por não ser suficientemente perspicaz para encontrar oportunidade e publicar mais neste blogue disperso, disperso até ao meu eu e mais além, muito mais além…
Hoje enviou-me este, que vos mostro.

Quem se atreve a escrever um texto sobre o tema proposto?
Se aparecer algum voluntário que queira alinhar no desafio de completar este post, aqui fica o repto.

Que raio de ideia mais estapafúrdica!…

Olhares

2007/02/24

Dentro de ti, ó Leiria!

Vista panorâmica sobre Leiria, o seu castelo empoleirado num morro, conjunto ex-libris deste Concelho. Pode vislumbrar-se, do lado direito, o monumental Estádio Dr. Magalhães Pessoa, construído por alturas e a pretexto do "Euro 2004" de futebol, desde então sempre às moscas, que é do bairrismo dos Leirienses?! O seu custo atingiu somas astronómicas, que estamos e estaremos, por muitos anos, a pagar com juros. Cá nos irá sair dos bolsos...enquanto lá tivermos uns trocados!
O ponto de partida deste olhar é o mesmo do da foto a seguir.
É verdade! Ainda se podem apreciar cenas campestres como esta, dentro da zona urbana de Leiria!
Por quanto tempo mais se conseguirá preservar este ambiente?
Esta vista panorâmica foi tirada em 20 de Fevereiro próximo passado. Ângulo: imagine-se imediatamente ao lado do IC2 - estrangulado, atrofiado, em movimento automóvel incessantemente infernal - Rua da Fonte do Rito, freguesia de Marrazes, a olhar no sentido Norte/Sul. A urbanização visível é a da Quinta do Bispo. Lá vivi, de 1980 a 1992...
E lá cresceram os meus filhos, a Inês e o Bruno, eu e a Zaida a vê-los fazerem as malas e irem para Coimbra. Hoje, ela é mãe da Mafalda e do Guilherme, professora de História da Arte, ele vai ser pai da Carolina, já para o mês que vem (ena, é já daqui a dias!...) e é Engenheiro de Informática e formador.
Eu meti-me, de alma e coração, no Radioamadorismo, campeão de cartões de QSL e de Diplomas de concursos internacionais via rádio...
O meu vizinho do 3º andar é que não gostava nada da brincadeira, sempre com resmunguices, que me cortava o cabo de transmissão, que deitava abaixo as antenas lá em cima do prédio, que até ia construir uma moradia por via dos "incómodos". Que incómodos?! Acabei por ser eu a sair antes, para uma moradia na Barreira. Ainda cá tenho um estendal de antenas em cima do telhado, que só visto! Aliás já as mostrei aqui num post, acho eu!...Só a paciência e compreensão da Zaida é que me afoitaram àquele empreendimento! Bons velhos anos 80!...

2007/02/21

Centenário do Nascimento de Miguel Torga (II)


Comunicado

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Na frente ocidental nada de novo.

O povo

Continua a resistir.

Sem que ninguém lhe valha,

Geme e trabalha

Até cair.
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Miguel Torga
Coimbra, 18 de Abril de 1961

2007/02/20

Bizarrias 1-n

 
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A Rita e o Bombom

Lembram-se de, há cerca de um ano atrás, lhes ter mostrado uma ninhada de gatos que nasceu num terreno/silvado mesmo ao lado de minha casa?
Pois cá andam, sempre muito fugidios, gatos da rua, às vezes mais domésticos, nós cá em casa a ajudar-mos à sua subsistência, apesar de tudo bons caçadores, bem reparamos nas penas de pássaros que eles vão apanhando.
Estes dois são, da esquerda para a direita, a Rita e o Bombom. A laranja que se perspectiva sobre a cabeça da Rita é a parte visível duma laranjeira novita mas produtiva, ali mesmo ao lado.

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2007/02/16

O carvalho mais antigo da Península Ibérica?

Porventura o mais antigo carvalho da Península Ibérica. Estima-se que tenha mais de 1.000 anos de vida. Há quem avente a hipótese de estar muito perto dos 1.500 anos. Esta foto foi tirada em 15 de Fevereiro de 2007.
Enquanto não tiver informações mais precisas, fica aqui, simplesmente, esta dica. Este carvalho é conhecido por "carvalho do Padre Zé" (caminho branco - Reguengo do Fétal), nos arredores de Leiria, numa zona povoada por muitos carvalhos, alguns de grande porte.
Nesta mesma área podem observar-se muitas oliveiras e sobreiros que têm, seguramente, várias centenas de anos de vida.
Segundo me informou o meu acompanhante e guia (na foto) este carvalho já foi observado por elementos da QUERCUS para efeitos duma possível classificação como património mundial.
Também fui informado de que este carvalho tem sido objecto de alguns atentados com vista à sua destruição, nomeadamente através dum furo feito com um trado de 30mm de diâmetro e 60 cm de altura. Nele foi introduzido ácido sulfúrico numa ocasião e noutra até dinamite foi utilizado. Infrutiferamente, pelo que se vê. Felizmente.
António Oliveira, o meu companheiro de visita e amigo, nasceu nesta zona e nela viveu e vive durante os seus 44 anos de existência. Conhece aquela zona como a palma das suas mãos. Tem muitas histórias a contar sobre toda aquela área duma beleza e contrastes naturais extraordinários. Até as lágrimas lhe vêm aos olhos só de pensar que o destino deste carvalho possa ser o abate, puro e simples, para fazer lenha!...
Esperemos que quem de direito e com responsabilidades na preservação da Natureza tome medidas urgentes antes que seja tarde.

2007/02/15

ANDRÉ BRUN vs Acácio de Paiva

Há uns meses atrás conheci, na Net, uma pessoa, que se está a revelar um inesperado amigo. Ainda não o conheço pessoalmente apesar de já termos trocado alguma correspondência. Começou por se mostrar a oferecer-me um livro, edição antiga, de SAMUEL MAIA (v. post anterior). Acabou por me explicar que tinha de sua posse uns livros que lhe tinham chegado às mãos por herança, mas que, na maior parte dos casos, estava interessado em se desfazer deles encontrando quem lhes pudesse dar uso e neles se mostrasse interessado.
Recentemente, sem despesas da minha parte, que não sejam as inerentes aos portes de correio registado, enviou-me um outro livro, por se ter apercebido do meu interesse particular no trabalho literário de Acácio de Paiva, conforme também já aqui foi focado. Foi assim que me chegou às mãos o livro de ANDRÉ BRUNDez contos de papelFolhinha de qualquer ano – contos e crónicas, um deles dedicado a ACÁCIO de PAIVA: “A “Serenata”, de Schubert”. O conto I está dedicado a Júlio Dantas e tem por título “A doida da minha rua”, um e outro autênticas preciosidades.
.
André Brun (1881-1926), filho de franceses, autor de prosa divertida e de humor subtil e generoso, ao atingir a maioridade pediu licença ao pai para optar pela nacionalidade portuguesa.
Foi um dos fundadores da sociedade de que resultou a SPA - Sociedade Portuguesa de Autores.

Assim termina o conto com dedicatória a Acácio de Paiva. Mesmo não se tendo lido todo o enredo deste texto literário, facilmente se antevê o fino humor que lhe serviu de fio condutor. A condizer, aliás, com a peculiaridade humorista do poeta Leiriense Acácio de Paiva.

2007/02/14

AMOR para SEMPRE!

Talvez eu esteja a cometer uma inconfidência...talvez!
-
Hoje, S. Valentim sussurrou-me ao ouvido. Que talvez não fosse má ideia eu fazer um post no "dispersamente" a sugerir quão importante tem sido para mim o Amor da minha vida.
E vê lá tu, António, - acrescentou - que hoje é o dia a seguir ao teu 60º aniversário. Já reparaste nos anos que dura esta relação tão linda entre voçês, tu e a Zaida? Não penses só em livros, só em árvores, na tua profissão, na (in)segurança social. Deixa passar este dia sem andares a resmungar porque abateram aquela árvore no Jardim ou porque as pessoas/instituições têm alguns comportamentos com os quais não concordas!
Talvez até tenhas razão nalgumas das tuas reclamações!

Pensa também mais em ti!... Já não tens tanto tempo à tua frente como isso! Bem percebi a ansiedade que patenteaste na fotografia do post anterior!...

Descontrai-te, não receies o Tempo. O Amor sobreviverá!...
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Obrigado, S. Valentim pelos teus conselhos!
Obrigado, Zaida, pelo teu Amor!

»»»

Talvez…

Talvez eu devesse guardar o meu sentir;
Talvez eu devesse rasgar o que escrevi;
Talvez, pelo contrário, o devesse mostrar a toda a gente;
Talvez, quem sabe, alguém possa sentir o que eu senti.
Talvez…
Talvez…

(Zaida - versos recentes...)

2007/02/10

Continuamos a desflorestar à BRUTA!

Porque não impôr que aquando do abate para efeitos de exploração da madeira, se poupe a vida a uma certa percentagem de árvores, nomeadamente as de porte monumental e em zonas pré-definidas? Na minha opinião, nesta área, no mínimo, este eucalipto poderia ter sido poupado. Aquele local, anteriormente, aprazível à vista, transformou-se num ermo desalentador!
Até quando?

2007/02/09

SALANGA em Leiria


Notas explicativas:
a
) O cartaz está colocado numa montra da cidade de Leiria, no Largo das Forças Armadas (Edifício da Zara);
b) Salanga é um artista plástico de Leiria (oriundo de Angola) e sócio fundador da Associação Internacional de Artes e Letras de Leiria;
c) O reflexo do lado esquerdo representa um aspecto da Sé Catedral de Leiria;
d) Na parte direita da foto vê-se a Torre Sineira da Sé, no enfiamento da Rua da Vitória;
e) Salanga é, efectivamente, e pelo que conheço pessoalmente, um artista nato e muito conceituado no mundo da pintura, sendo frequentemente, convidado para fazer palestras sobre Artes Plásticas e para orientar cursos de sensibilização e formação, a diversos níveis;
f) Todos os dias úteis circulo nesta zona, até porque aqui tenho escritório e casa.

Reprodução dum seu quadro na capa dum livro, editado em 2006.
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2007/02/07

Futurismo incompatível com preservação da Memória passada?

A requalificação da zona do Rio Lis, em Leiria, entre S. Somão e o Arrabalde da Ponte (d´Aquém e d´Além, segundo a toponímia tradicional) passando pelo Jardim da memória da cidade, o de "Luís de Camões", está em fase de acabamento. Parece que se vai proceder, já em Março próximo, à inauguração destas obras, com a presença do nosso Presidente da República. São de grande envergadura, sem dúvida! E assumem maior realce ainda, num tempo de vacas magras como o que vivemos. Diz-se e sente-se, pelo menos alguns de nós.
É justo, entretanto, referir-se que este projecto já está em curso há anos, estando devidamente orçamentado desde então. Trata-se dum projecto no âmbito do Programa Polis "Viver Leiria". Mas como, de permeio, se meteu o Euro2004, as obras só agora (iniciaram-se em princípios de 2005) é que avançaram.
Não sei se a situação que aqui fica retratada terá sido tão notada como isso. Os Leirienses não me parecem ser lá muito bairristas, mas a mim, que sou Viseense de nascimento e tão Leiriense como os que o são, não me passou despercebidamente. E chocou-me, tenho que o dizer.
Esta foto foi tirada em 18/9/2006 do interior do dito jardim de Luís de Camões, na direcção do Castelo de Leiria. A árvore(*), de grande porte, que se vê, em parte, no lado direito da foto, foi abatida há dias. Não me chegou ao conhecimento qualquer informação das razões justificativas de tal iniciativa. Estaria velha? Caquética? Carcomida pelo tempo? Ou deu jeito para se poder seguir a rigor o traçado do projectista?
Aliás, também me chocou bastante o abate de dois choupos emblemáticos, de alguma monumentalidade e, certamente, observadores que foram de muita história da cidade de Leiria. Estavam eles localizados no sítio onde hoje ficou implantada uma bifurcação/confusão no Largo do Papa Paulo VI.
Coisas de certas requalificações em que, por oposição, se desqualificam aspectos que já nos/me estão a desestabilizar emocionalmente!
Contradições?! Esta requalificação, em sede de projecto Polis, tem obras de vulto, sem dúvida, dizem uns que muito irão beneficiar o bem-estar de quem vive e de quem visitar Leiria, outros dizem que nem por isso, outros que se sentem ao mesmo tempo expectantes e ansiosos...
Que têm dado nas vistas, lá isso têm! A ver vamos o resultado final!
Notas complementares:


(*) Esta árvore estava identificada no "Atlas das árvores de Leiria" (ed. 1992) do seguinte modo:

(A foto que ilustra o abate desta árvore é da autoria de janu)

Liriodendron tulipifera
Nome Vulgar:
Tulipeiro, árvore-do-ponto
Família:
MAGNOLIACEAE
Género:
Liriodendron
Nome científico:
Liriodendron tulipifera

Observações:
Em Coimbra, os estudantes chamaram-lhe árvore-do-ponto, porque dá flores pela altura dos exames.



- Tenho que o repetir. Se não foi por motivos de morte natural qual a razão justificativa para se proceder a este abate? Ir-me-ão responder, porventura, que terá sido por necessidades imperiosas do programa polis. Mesmo que assim seja, algo terá sido muito mal ponderado. Não posso conceber que se abata uma árvore destas somente porque o projecto nem sequer teve em consideração a sua existência e o natural interesse ornamental e sentimental para as pessoas que vivem em Leiria, quantas, há décadas, habituadas à sua silhueta e beleza.



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2007/02/06

Inverno a cheirar a Primavera!

No Verão passado andei nesta área, no local da vista panorâmica, a tirar fotos de choupos...tenho uns posts neste blogue a esse respeito. Esse foi um dos vários episódios da minha descoberta de faias em Leiria. Esta fotografia foi tirada da variante Pousos-Rotunda aérea junto à antiga "Shell", que era/é c0mo nós sempre conhecemos aquela zona da chamada "Cova das Faias".

A via por onde se faz esta circulação liga a A1 ao IC2 e, daqui, à A8, lá mais para os lados do Alto Vieiro/Continente. Trata-se duma via rápida, tipo auto-estrada, com cerca de 3 kilómetros de extensão. Na minha opinião poderia circular-se perfeitamente à velocidade com que circulamos na própria A1. No entanto, não se sabe bem com que intenção (foi só por motivos de segurança?! Por essa ordem de ideias teríamos que formar bichas de caracol na maior parte das boas estradas deste país!...), está colocada uma placa de limitação de velocidade de 90 km precisamente na zona mais propícia a alguma aceleração quase sem se pôr o pé no acelerador. Claro, sempre que as autoridades decidem fazer um controlo de velocidade, aí estão um ror de papalvos para pagar as respectivas multas. E se elas, agora, são pesaditas!

CUIDADO com as "velocidades"!...

2007/02/04

Naquele tempo...





Hoje é Domingo, dia 4 de Fevereiro de 2007. Estou a dias de completar 6 décadas de vida…
Apeteceu-me deixar aqui, agora, neste meu “dispersamente”, uma nota pessoal…
-
Setembro de 1968 - juramento de bandeira - Mafra - Tínhamos acabado a recruta COM na EPI. Nunca mais soube de nenhum destes meus camaradas de armas! Deste pelotão do Curso de Oficiais Milicianos (COM) de julho/Setembro de 1968 só eu segui para a Administração Militar. Os restantes foram todos para atiradores de infantaria e operações especiais. E se eu até nem tinha cunhas, não fiz ronha nas provas físicas, andava sempre nos primeiros lugares em corrida, treino militar em geral e nas restantes provas. Talvez porque tinha acabado o meu curso de contabilista e administração no ex-ICP. Mesmo assim fui mobilizado para Moçambique* onde lá estive de 1969 a 1971.
.
Desculpem lá, porque diabo é que, tanto tempo depois, me ponho para aqui a falar destas coisas?!...
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Penso que não será preciso escrever mais palavras. Só uma referência à data: Agosto de 1968.



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O meu cunhado, o Zé Paiva, vê-me, hoje – há umas semanas atrás, que foi quando produziu o trabalho - como mostra na caricatura abaixo.
Não sei porquê mas vejo esta caricatura, de esguelha. Todavia, como todos os que me conhecem concordam com o Zé, tenho que me render à evidência. Mais me parece assim um personagem do séc. XIX ou mesmo da era de Neandertal.
Vejam só o efeito de 40 anos na vida dum sujeito!...

*
África
Moçambique
está a progredir no combate à pobreza.
Fundo Monetário Internacional defende mais reformas para estimular economia.

2007/02/01

Comunicar...com quem quer que seja onde quer que esteja!...


Hoje, a passar as zero horas, em Leiria, arredores, na direcção Este, celestial.
Efeitos inesperados do reflexo da luz da lua na objectiva da câmara.
Sou radioamador, daí se verem as antenas de radiocomunicão em cima do telhado. Há uma semana, pouco mais, trepei à torre que se vê, uma pequenina manutenção, coisa que já não fazia há mais de 10 anos, seguramente.
O sortilégio de olhar e imaginar que nós, radioamadores, já utilizamos a lua como retransmissor natural de sinais de rádio há 15 anos ou mais.
Simplesmente por reflexão, em condições muito especiais, de sinais radioeléctricos em VHF (very high fequency).
Mas também noutras frequências.


O prazer de comunicar de viva-voz, via rádio, à antiga, sem Internets nem outras tecnologias mais modernas!...


CQ, CQ, CQ de CT1CIR, calling anyone, anywhere and listening! Over!