2018/08/24

Brasão da Freguesia de Leiria: notas sugeridas.


Passo a reproduzir tudo o que a propósito do brasão da freguesia de Leiria (agora - não se sabe se por muito mais tempo - que Leiria, Pousos, Cortes e Barreira ficaram agregadas, transformando-se numa 2ª Câmara dentro do Município de Leiria) deixei escrito no meu outro blogue http://dentrodetioleiria.blogspot.com




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QUINTA-FEIRA, 1 DE FEVEREIRO DE 2007


Brasão da Freguesia de Leiria - Águia bicéfala


Brasão da freguesia de Leiria

Justificação da Simbologia (2) - ver (1)

Águia bicéfala a negro
Em heráldica, a águia bicéfala tem vários significados concretos.
Generalizando-se, pode-se dizer que este símbolo heráldico representa a ligação entre o poder temporal e o espiritual. Este símbolo, enquanto produção pictórica e escultórica, acabou por se associar à ideia de que a Virgem Maria, enquanto “Mãe Santíssima” poderia ser representada por uma águia de duas cabeças; a Virgem como humano tornado divino ao mesmo tempo que deu carne à divindade representada pelo seu filho, Cristo-Deus feito homem.
Também foi usado este símbolo em alusão a Sto. Agostinho, sendo que neste caso se associaria a águia bicéfala ao significado de “voo da eloquência”. Simplificando todas as especulações acerca do significado do uso da águia bicéfala, poder-se-á admitir que a arte de preservar a informação necessária à aquisição do saber falar e escrever, a tipografia, venha a ser representada por este símbolo heráldico.
No caso concreto de Leiria, poderíamos especular um pouco mais, imaginando o voo da águia a bifurcar-se entre a colina do Santuário da Sra. Da Encarnação (padroeira da cidade) e a do Castelo de Leiria (símbolo do poder temporal dos homens e da formação do burgo). Sem esquecer que, de permeio, a águia poderia beber a eloquência de Sto. Agostinho, representado no Convento e Igreja da Ordem Cristã a que deu origem, os Agostinianos.
No caso concreto do brasão da freguesia de Leiria, a Águia negra bicéfala, detendo numa das garras um componedor (instrumento tipográfico para a composição dos textos a imprimir) e na outra uma almofada de carimbo, representa as Artes Gráficas.
Há que ter presente que em Leiria se terá instalado a primeira tipografia de tipos metálicos. No entanto, há quem seja de opinião que a primeira tipografia instalada em Portugal foi em Faro. Talvez que estejamos a tratar de momentos distintos: a primeira tipografia de Portugal funcionou na cidade de Faro; a primeira tipografia em Portugal a trabalhar com tipos metálicos esteve em actividade em Leiria.
-
· Leia-se a este respeito o post http://dispersamente.blogspot.com/2007/01/os-tempos-hericoromnticos-da-tipografia.html
. Agradeço à Junta de freguesia de Leiria o facto de me ter enviado por fax (1/2/2007) um documento em 3 folhas A4 com a transcrição do texto do heraldista (não identificado) que colaborou na organização do processo para envio à Comissão de Heráldica, para efeitos de aprovação do brasão, nos termos da Lei 53/91, de 7 de Agosto.
. Note-se, no entanto, que o texto acima apresentado reflecte a minha interpretação pessoal, ainda que baseada naquele documento, nos aspectos técnicos e legais.
(continua)

SEXTA-FEIRA, 26 DE JANEIRO DE 2007


Brasão da Freguesia de Leiria


Ensaio sobre a heráldica da freguesia de Leiria

Brasão, bandeira e selo branco

“Torna pública a ordenação do brasão, bandeira e selo branco da freguesia de Leiria, tendo em conta o parecer da Comissão de Heráldica da Associação dos Arqueólogos Portugueses da 1 de Julho de 1996, que foi aprovado, sob proposta da Junta de Freguesia na sessão n.º 19, de 3 de Setembro de 1996, da Assembleia de Freguesia de 27 de Setembro de 1996.:

Brasão – escudo de prata, águia bicéfala de negro, segurando nas garras à dextra um componedor e à sinistra uma almofada de tinta, tudo de ouro; em chefe, flor-de-lis de azul entre duas fontes heráldicas e, em ponta, uma folha de papel de vermelho, enrolada nas extremidades. Coroa mural de prata de três torres. Listel branco, com a legenda a negro, em maiúsculas: «FREGUESIA DE LEIRIA»;
Bandeira – vermelha. Cordão e borlas de prata e vermelho;
Selo – nos termos da lei, com a legenda: «Junta de Freguesia de Leiria».”

Extracto do Diário da República nº 255/96 de 4 de Novembro, III Série
-
NOTAS do AUTOR do BLOGUE -
A despeito de insistências várias, não consegui obter informação atempada sobre o significado dos símbolos heráldicos incluídos no Brasão da freguesia de Leiria.
Aguardando e agradecendo, embora, alguns esclarecimentos meti mãos à obra de estudar este assunto.
( ...Anotações sobre a simbologia do brasão em posts autónomos, que virão a seguir. Não quer dar o seu contributo? É que não conheço qualquer informação disponível na internet a este respeito. Simplesmente lamentável!...)
Enviei e-mail à Junta de freguesia de Leiria, em 27/1/2007 a pedir ajuda!
-
Bibliografia sobre heráldica:
'Armorial Lusitano', de Afonso Eduardo Martins Zúquete; ( Armorial Lusitano Online ) 'Heráldica', de Gastão de Mello de Matos e Luís Stubbs Saldanha Monteiro Bandeira; 'Simbologia Heráldica', de Salvador de Moya; 'Tratado de Heráldica', de Waldemar Baroni Santos; 'Titulares do Império'; de Carlos G. Rheingantz; 'Heráldica', de Luiz Marques Poliano; 'A História dos Símbolos Nacionais' de Milton Luz; 'Heráldica General', de Ignacio Vicente Cascante; 'Os Brasões da Sala de Sintra', de Anselmo Braamcamp Freire; 'Armorial Général', de J. B. Rieststap; 'Introdução ao Estudo da Heráldica', de Marquês de Abrantes; 'História da Colonização Portugueza do Brasil', Litografia Nacional - Portugal.
-

ACERCA DE MIM

A minha foto
Leiria, Portugal
Um Viseense tão Leiriense como os que o são... O que me vai ocorrendo...


2018/08/20

Deus será imutável?!



Deus será imutável
e já decidiu
tudo é fogo

e nós fazemos parte dele
ainda que
não
durante um tempo

já estou cansado
de tentar minar
um trilho
desse fogo

na percepção
da impossibilidade
de cumprir
esta missão

a DA (ago18)
após ler “Poema de ouvir o Pablo”
de Carlos Pires

Os aniversário dos amigos

O Facebook é uma coisa impressionante.
Temos sempre à mão
um sítio onde deixar correio
com endereço ou não



Olá, Carlos

Recebe este abraço
que eu quero que seja
um poema

um hino
ao teu aniversário
no significado de tempo
embrulhado
em pássaros
e outras coisas simples

como aquelas
com que nos embalas
e tornas mais fácil
a nossa viagem
rumo ao infinito


encantado por ser teu amigo
antónio d´almeida nunes
(agosto 2018: a pensar, também, na minha mãe)

- entretanto,morreu a minha sogra EVA Paiva.

2018/08/13

No aniversário de um amigo






Ao Carlos Pires

há amigos que marcam
porventura para sempre
a marcha da nossa vida

pelos montes
vales
rios 
nos quintais

encontramos sinais

como sejam
peixes pássaros formigas
maçãs chuva
Deus a sorrir por entre as folhas
das macieiras

e coisas que nos falam
de coisas a celebrar
juntam seixos na areia
e mostram-nos desenhos

que significam sempre algo
de extraordinário

por exemplo um sete
do mês de agosto

salve amigo 

Lourais, no meu quintal, em 7 de Agosto de 2018

António Nunes (a DA)

(e-mail Có-Có)

PROMETEU deu o fogo ao Homem







Prometeu roubou o fogo
A Zeus
E ofereceu-o aos homens
Para estes se servirem dele
em harmonia com a Terra
com o sol e o universo
Zeus zangou-se
talvez ainda esteja furioso
infligiu a Prometeu
martírios inauditos
e agrilhoou-o
a um rochedo escarpado
onde era devorado
nas entranhas por um abutre
e o homem não percebeu
deixou-se dominar
pela ganância de tudo conseguir
tinha a arma do poder
nada nem ninguém
nem o próprio universo
o poderia travar
rumo ao fausto e à glória
até que o próprio fogo
se virou contra ele
será que valeu a pena
o sacrifício de Prometeu?!

a DA (9ago18)

2018/08/03

um poema do mundo



medito nos olhos
um poema do mundo

talvez mesmo uma pauta sideral

e vejo imagens de bruma
e de nuvens de chuva

nas reverberações de luz do farol
diz que vai chover amanhã
a pedido do homem

que os deuses concordem
que venhas chuva
por bom caminho
mas vem chuva

nós adoramos-te
mesmo quando dizemos
que te demoras
a limpar o céu carregado

libertando o azul infindo
e o sol

(bênção, poetas em S. Pedro de Moel)
- particularmente a Carlos Lopes Pires

Leiria, 2 de Agosto de 2018 - 39ºC
--- (foto de 28jul18 - Pª Pedrógão)

a DA

2018/07/19

a luz do sol depois da chuva




















a luz do sol depois da chuva

​esta nossa irmandade
tão inesperada como santa
há-de ficar para sempre
como um farol
para a humanidade

ainda que nem ela
a esteja a ver ainda

os monges quem são ¿¡
perguntamos a quem ¿¡
não sabemos ¿¡

dividimos os nossos silêncios
lançamo-los às nuvens

a luz do sol depois da chuva
e Deus por aí

a d´almeida
18jul18

2018/07/11

Diário do meu quintal/jardim - Erva do Caril 11jul2018





A flor do caril, como a designamos por comodismo. Planta dotada de fragrâncias extraordinarias a caril. É usada em culinária.
Uma das plantas do meu jardim (ver também http://diariodumjardim.blogspot.com/ )


Descrição e história desta planta:

http://cantinhodasaromaticas.blogspot.com/2008/03/uma-enorme-coincidncia.html :


Uma enorme coincidência

A Erva-do-caril (Helychrisum italicum) constitui, para os apreciadores de especiarias, uma bela surpresa, pela coincidência impressionante do forte aroma que toda a planta liberta, exactamente igual à mistura de especiarias conhecida como caril, embora menos intenso. Esta mistura é normalmente composta por especiarias moídas. A maior parte das misturas de caril são feitas com 10 a 20 ou mais especiarias, não existindo uma fórmula padrão. A cor amarela resulta da utilização de açafrão moído. Os ingredientes mais importantes do caril são: gengibre, cardamomo, cominhos, pimenta, coentros, pimenta-da-Jamaica e sementes de feno-grego. São também utilizadas especiarias como cravinho, canela, flor de noz-moscada, pimenta-de-caiena, paprica, assim como leite de coco em pó e erva-príncipe. Depois de sabermos tudo isto, e após cheirarmos a nossa planta, é de ficar impressionado com a enorme coincidência!!!
Ocorrendo como espontânea no nosso país, é muitas vezes confundida com uma espécie semelhante, designada por perpétua-das-areias (Helychrisum stoechas).
Várias subespécies desta planta ocorrem no Mediterrâneo, algumas das quais em Portugal, principalmente em habitats junto ao litoral, em toda a nossa costa. São plantas muito bonitas, que apesar da rusticidade dos seus habitats, mantêm sempre uma folhagem cinzenta, atraente, e flores ‘semprevivas’. É impossível que passem despercebidas quando atravessámos as dunas e sentimos no ar o seu forte aroma a caril.

Arbusto perene, atingindo uma altura de 60 cm e um diâmetro de 80-100 cm, extremamente rústico e adaptável às piores condições de aridez no nosso clima, apresenta floração abundante e duradoira, de cor amarelo forte, entre Junho-Setembro. tolera temperaturas negativas.

Como ornamentais, constituem óptimas alternativas para sebes e bordaduras, ou para jardins públicos e privados próximos do mar ou em zonas de interior com baixa pluviosidade.

É muito frequente observar que junto às praias, ainda se continua a plantar o tradicional chorão, cuja propagação e comercialização está proibida pela legislação nacional, pelo facto de serem plantas invasivas e devastadoras destes habitats. Também se plantam com frequência espécies totalmente desadequadas por não se adaptarem à proximidade do mar. Esta espécie, bem como outras autóctones, já lá existem há milhares de anos!!! E cada uma mais bonita do que a outra!!!

Gosta de solos bem drenados, secos, bem expostos ao sol. Muito sensível ao excesso de água no solo, acabando as plantas por morrer em situações de má drenagem. Deve ser severamente podada no final do Verão, após a floração, para manter rebentos jovens e vigorosos.

Sensível ao oídio e a podridões radiculares. Evitar regas molhando as folhas e o excesso de água no solo. Caracóis e lesmas podem provocar alguns estragos nas plantas jovens.

Utilizam-se as folhas e flores. Devem ser obtidas frescas, uma vez que perdem a sua delicada fragrância quando secas. O seu óleo essencial é utilizado no tratamento de cicatrizes e de lesões musculares e encontra-se na composição de diversos produtos de tratamento utilizados por atletas de alta competição, bem como de diversos cosméticos há venda em lojas da especialidade por todo o país. Tem propriedades anti-microbianas, anti-inflamatórias e antioxidantes. Existe pelo menos uma plantação com fins comerciais no nosso país, que visa a produção da planta seca para exportação.

As suas folhas são utilizadas em culinária, para adicionar a saladas e pratos de arroz, dando um leve e agradável sabor a caril.

Para comprar esta planta, clique aqui.

Ver também:
http://jardimautoctone.blogspot.com/2013/01/perpetua-das-areias-helichrysum-stoechas.html

2018/07/04

Hoje voltei a falar com Deus








Hoje voltei a ver Deus

E ouvi-O também
No sítio do costume
No meu quintal

E dizemos coisas de cismar
Um ao outro
O vento na sua melodia intemporal
Acariciando o tempo-momento

Estes momentos embora indefiníveis
São momentos infinitamente plenos
Duma melifluosidade muito para além

Daqueles em que as palavras
Se entrechocam umas com as outras
Incapazes de se ajustarem
De forma a que consigam transmitir
Aquilo que elas próprias
Não sabem definir
Mesmo que em cifras
Desdobrando-se nas suas sílabas
Tocando as suas próprias letras
Desconjuntadas ao sabor do vento
Que passa passa passa

O vento vento
O vento começa por levar as letras
E sem mais delongas
As sílabas
E as próprias palavras


Agora lá estão à vista
Naquele recanto do meu quintal
Duas papoilas espontâneas
No meio de outras coisas

E tudo isto só pode ser Deus
Impossível de descrever por palavras
talvez a Poesia o consiga
um dia

a DAlmeida
(obrigado, Carlos Lopes Pires)

2018/06/30

Carlos Lopes Pires e o seu 25º livro de Poesia: «a noite que nenhuma mão alcança»





No "Jornal das Cortes" nº 386 de 7 de Julho de 2018 pode ler-se uma reportagem assinada por Carlos Fernandes, outro grande amigo, intitulada:
"Novo livro de poesia de Carlos Pires".

Estiveram na mesa, o autor dessa crónica, como apresentador da obra, Fulvio Capurso (ilustrador), o autor Carlos Lopes Pires e Rita Justino, anfitriã da Casa-Museu João Soares.
Carlos Fernandes  referiu o facto de Carlos Pires ter editado uma média de um livro por ano, de carácter literário, sendo que, ultimamente, o autor se esteja a dedicar à Poesia em exclusivo.

Dedico o vídeo deste "post" a Carlos Pires, que considero um grande amigo e que me tem seduzido com a natureza da sua poesia a ponto de o considerar, neste momento, como Mestre.
A pp 131 pode ler-se o poema "ontem Deus" que tem a dedicatória: a "António Nunes". Obrigado, Carlos Pires por tanta simpatia e pela amizade.

2018/06/23

a noite que nenhuma mão alcança. Um novo livro de poesia de Carlos Lopes Pires









Em complemento dum outro post anterior. Porque abri nova conta YouTube: Orelhavoadora.

Logo que este livro seja apresentado oficialmente irei permitir-me transcrever pelo menos um poema.

Repito o que já aqui deixei escrito acerca de Carlos Lopes Pires:


Ao mestre, amigo e ´irmão` Carlos Lopes Pires.

Mais um livro que vai apresentar - 30 jun 2018.

Mãe, onde estás?



Os dias estão sombrios
A névoa da chuva miúda
Tapa-nos a visão 
A mais longínqua

O pensamento num torpor
Indagando ansioso
Da finitude das coisas

Que força incomensurável
Faz mover a vida?!

Mãe, onde estás?


a dalmeida 7jun18
(às duas mulheres, muito idosas e em fase crítica de saúde,
às quais chamo ´mãe`)

Vale a pena escrever para ninguém






Ainda a propósito do livro de Pedro Jordão "Deus Aposenta-se" e da apresentação de Carlos Lopes Pires

gostei
muito

e vi uma lágrima
assomar-se
comovida

uma
das minhas
também

e vi rosas brancas
e muito azul

e ouvi o
pintassilgo...


mais uma vez



a DAlmeida

in FB de 6jun18

Escrever uma canção às rosas do meu jardim








estudo para aprender
segundo o que dizem os livros

mas algo estranho
se passa comigo

só consigo apreender 
o que os meus olhos veem
e o que escrevo 
como se estivesse
a enxertar uma cepa torta

tenho ouvido 
as rosas do meu jardim
a falarem entre si
as brancas pintadas de cal
as amarelas em tons de limão

como se eu não existisse

mas não
que elas alindam-se todas
quando eu me aproximo

ainda hei-de ser capaz 
de lhes escrever
uma canção

a DAlmeida
fb28maio18

2018/06/14

Mais um livro de Carlos Lopes Pires: "a noite que nenhuma mão alcança"

https://www.facebook.com/orelhavoadora/videos/10204675341400412/



De há uns tempos a esta parte, tendo o acesso à minha conta YouTube cortada, e todos os meus vídeos, quase duas centenas, "apagados", passei a fazer upload daquilo que me vai ocorrendo com o recurso a esta formidável "ferramenta" virtual das redes sociais, usando o Facebook.

A legenda deste vídeo ficou assim:


Ao mestre, amigo e ´irmão` Carlos Lopes Pires.
Mais um livro que vai apresentar - 30 jun 2018.
Claro, não podemos deixar de referir, neste ensejo, também,
os nomes de Fulvio Capurso (ilustrador), Carlos Fernandes (editor e apresentador da obra) e Pedro Jordão, que me emprestou a sua espectacular música e piano, "Yomalay", em recordação duma flor mítica de campo do ambiente místico dos Himalaias...

Lamento profundamente o que se está a passar com a GoogleYouTube:

1) Admito que usei trechos de música muito conhecida e que já circula em tudo quanto é sítio na internet;
2) Demonstra-se facilmente que não fiz esse uso senão para fundo musical de vídeos amadores, a maior parte das vezes, simples montagens de fotografias minhas, sem qualquer intuito comercial;
3) Muitos desses vídeos constituíam peças importantes de documentação de momentos importantes da minha vida;
4) Pago cerca de 25 dólares à Google por ano para ter acesso a uma maior capacidade de armazenagem de fotos;
5) Espero bem que não me apaguem definitivamente aqueles vídeos e que um dia ainda mos possam facultar.

  

2018/05/23

Voar sobre os telhados








Sim voar sobre os telhados
Como se fosse temporada
De afinar as antenas
E comunicar com quem quer que seja
Onde quer que esteja

Algures no universo

Pela via dos olhos dum gato
Pálpebras fechadas
A ver mesmo assim
A inspiração deste momento
Que me deixa transido de pensamentos

Tão díspares
Tão dispersos

Pensar por que estou vivo

A noite vai longa

a-nunes18
in FB 12mai18

2018/05/06

Minha mãe maio 2018





MÃE
-
Um sorriso antigo
A seu lado uma rosa
Olhar que assome
Sobre o muro da casa
Remoçada mas velha
Que também ela
apresenta outras memórias
De há muitos anos
Na rua daquele ´Casal`
Essas memórias passam difusas
Vozes que soam a festa
A alecrim mimosas e arraial
E há uma que sobressai
A minha Mãe a cantar
“Aleluia santº salvador”
Ele do alto do seu andor
Ela a rezar com fervor
E continua…
Aaleluuia, aleeeluuia…
E relembro o dia
Daquele meu exame
E daquele peregrino
Que te prometeu
Um milagre
E esse milagre aconteceu
Esse teu olhar embevecido
Com que me tens olhado
Sempre que nos encontramos
Jamais o poderei esquecer
“És tal e qual o teu avô”
Avô de que eu não tenho
Uma fotografia sequer
Só me ficou a imagem
Daquele dia soturno e nevoento
Do dia em que morreu
No Seixo no Porto cinzento
Mãe
Estás no fim do teu caminho
Talvez até já tu o estejas a pressentir
Mas também quer(emos) que sintas
Que não estás só…
Talvez por isso mesmo
Passo a assinar
António d´Almeida Nunes

6mai18

2018/04/16

ADONIS e o seu poema à Emigração dos Sírios através do Mediterrâneo


«ADONIS (pseudónimo de Ali Ahmad Said Esber) é considerado como um dos grades poetas contemporâneos. Nascido em 1930 na Síria, é no Líbano, a partir dos anos 50, que irá afirmar a sua diferença em relação à poesia árabe, que ele considerava demasiado conservadora, nos aspectos formal e temático.»
Cf. Nuno Júdice na tradução de "O Arco-Íris do Instante" - Antologia Poética de ADONIS. Ed. D. Quixote, 2016

2018/04/14

No blog de Carlos Pires: https://cmlopires.blogspot.pt



No blog do meu amigo Carlos Pires, na zona de comentários:
---


foi-me dado a saber
que amanhã vai ser
tempo de mais um foco
da luz dos teus poemas

há um ponto no universo
na infinitude do tempo
e no incomensurável do espaço

onde os teus versos
se procuram

no princípio que não encontra o fim

uma luz indescritível
que não invisível
pressente-se
vinda dum buraco negro
não-dimensionável

luz filtrada por rosas
e pelo voo dos pássaros

abr18
a-porfírio


Há pessoas que encontramos na vida, e nem sabemos bem porquê. Pessoas que nos fazem sentir redondos. Pessoas que se acompanham de leveza e nos fazem sentir leves. Que usam as palavras como se fossem rosas. Pessoas que podemos ter conhecido apenas ontem, mas que sentimos conhecer desde sempre e de algum lado. Assim és tu.

-

Grato pelas tuas palavras, Carlos.